Fanfic: Aprisionados

Chloë. Dia-a-dia.

Saí de meus devaneios com um leve farfalhar de folhas as minhas costas.

E era apenas a droga de um esquilo.

Isso foi extremamente idi...

E então tudo que vi foi a escuridão.

Alguém colocou em minha cabeça, um saco, talvez um pano, escuro, e puxou  minhas mãos, amarrando-as em minhas costas.

Tentei gritar, mas alguém colocou sua mão em minha boca, por cima do pano.

Obviamente eram mais pessoas, pois estas cochichavam ao mesmo tempo.

O pânico tomava conta de mim. E se eu estivesse sendo seqüestrada e levada para um lugar onde me torturassem?

Foi então, depois de alguns minutos eu suponho, as cordas que amarraram minhas mãos afrouxaram, e as pessoas foram, aos poucos, parando de me empurrar para seguir em frente.

Quando a mão saiu de minha boca, e foi para o topo de minha cabeça para tirar o pano, eu já estava pronta para tirar as cordas e acertar quem quer que fosse o (os?) psicopata.

- Hey... Calminha aí! – Disse Madeline ofegante entre os risos, depois que eu quase desferi um soco nela.

Olhei em volta e lá estavam minhas adoráveis (perceberam a ironia?!) amigas: Madeline e Mohini.

- Mas que diabos é isso? – Perguntei, visivelmente irritada, jogando o pano em Madeline.

- Ah, qual é foi engraçado! – Disse Mads, quase rolando de rir no chão. Mohini dava uma risada meio sem graça, visivelmente constrangida com a falta de sensibilidade de Madeline.

Vou explicar melhor: Essas são minhas melhores amigas, Madeline (ou Mads) e Mohini (ou Mô).

Mohini estava escorada em uma árvore, um pouco sem graça. Seus longos cabelos castanhos caiam em cachos bem abaixo dos ombros. Ela tinha grandes olhos castanhos e feições muito bonitas. Usava um vestido (desses que você vê em filmes românticos) meio alaranjado que combinava perfeitamente com sua pele morena. Mohini não usava um pingo de maquiagem (seu pai não permitia) mas ainda assim estava bonita.

Já Madeline quase caía de tanto rir da minha cara de indignação.

Entenda: Mads é minha melhor amiga, mas nós desconfiamos muito uma da outra; e, acredite em mim, Madeline Dare seria capaz de me empurrar de um penhasco se isso fosse faze - lá conseguir uma bolsa Gucci esgotada!

Mas não se engane fácil com ela, Mads esta longe de ser a garota sem cérebro e fútil que você deve estar imaginando. Todos na família Dare tem segredos, grandes segredos, inclusive Madeline. E eles estão longe de ser sobre bolsas esgotadas.

Enfim, Madeline e eu brigamos feito inimigas, apenas pelo fato de ela ser arrogante e não aceitar um “não” como resposta, e eu, por diversão ou irritação, contesto-a com freqüência, o que a deixa a ponto de me estrangular.

Amigos... Sempre tratando uns aos outros com carinho.

Bom, umas das coisas que me irritam na Mads é que ela é P-E-R-F-E-I-T-A. Até demais.

Depois que conheci Mohini, pensei que não conseguiria achar um ser humano mais bonito do que ela na mesma cidade. É, eu estava errada. Madeline era literalmente perfeita. Seus cabelos longos e dourados como ouro, levemente cacheados, pareciam seda toda vez que ela se movimentava, sua postura era ereta e elegante, seus olhos eram profundos como o mar. Ela era perfeita. Isso proporciona certa frustração nas pessoas.

- E aí, gostou da nossa pequena brincadeira de Helloween? – Perguntou Mads, dobrando o pano preto e colocando delicadamente dentro de sua bolsa Gucci cor creme.

- Claro, afinal eu amo ser sufocada por um pano preto.

- Não seja dramática. – Disse Mads me puxando pelo braço, enquanto Mô acompanhava-nos com certo receio. – Eu quero que você passe na minha casa amanhã á noite para preparar a nossa “pequena” festa de Halloween.

Ah, sim, a “festa”. Mads teve a terrivel idéia de fazer uma festa de Halloween em uma casa abandonada que notavelmente fica em uma rua deserta. Dizem que a família inteira morreu enforcada na casa. É apenas uma história boba de Halloween.

Mas ainda assim é assustador.

- Ah... sim. Você terá que levar as bebidas. – Completou ela.

Ótimo, ela quer uma casa mal assombrada cheia de garotos depressivos e bêbados.

- Digamos que esse ano a surpresa de Halloween será em dobro. – Disse Madeline. Seu sorriso, neste momento, se igualava ao de um psicopata.

Nada bom.