Fanfic: ::Juntos Pelo Acaso::AyA | Tema: AyA

Poncho subiu em sua moto e saiu acelerando, não queria mais pensar em nada, mas não conseguia tirar a imagem de Annie nos braços do tal Michel. De repente ele ouviu o barulho de uma buzina ecoando longe e freou a moto bruscamente, fazendo a roda traseira derrapar pelo asfalto, soltando a respiração ele olhou em volta para identificar o que tinha acontecido, foi então que percebeu que havia ultrapassado no sinal vermelho e agora estava parado no meio de um cruzamento com uma caminhonete a poucos centímetros de si. – Tudo bem? – Ele olhou atordoado para o motorista da caminhonete que agora estava ao seu lado.

Poncho: Tudo bem sim, desculpa por isso. – Ele indicou o transtorno que havia causado. O motorista então se afastou com um aceno de cabeça para Poncho, e subiu em seu carro.

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Annie: Você sentiu isso? – Ela olhou para Michel que estava sentando ao seu lado enquanto ela fazia um lanche.

Michel: Isso o que?

Annie: Não sei, uma sensação estranha, mas pelo jeito foi só eu que senti. – Ela deu um sorriso sem graça. – Deve ser besteira minha.

Michel: Então... Você vai conversar com o seu namorado?

Annie: Eu vou, mas vai ser difícil, ele é muito cabeça dura.

Michel: Eu percebi, mas é por isso que você gosta dele. – Ele sorriu para ela.

Annie: Claro que não. – Ela riu.

Michel: Eu vi vocês dois juntos, e posso afirmar que ele gosta de você também, ele estava por um fio de perder a cabeça ali e partir pra cima de mim, mas só a sua presença foi o suficiente pra ele não fazer isso, e eu fico agradecido.

Annie: Você tem certeza disso?

Michel: Claro,vocês dois se completam pequena sininho.

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Poncho estava sentando na calçada de frente para o mar, era como se ele esperasse que a brisa da praia levasse todos aqueles pensamentos para longe. Ele olhava para o mar, com suas ondas calmas, mas por vezes agressivas, e se imaginou como uma onda, riu sozinho diante da ideia de ser uma onda.

Olhando para o relógio em seu pulso ele percebeu que estava quase na hora do almoço, precisava decidir se almoçaria em casa ou em algum restaurante, puxando o celular do bolso ele olhou para a foto de Annie, que agora era o seu protetor de tela. Decido ele levantou e subiu em sua moto, estava decido a se entender com Annie, afinal agora eles eram namorados.

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Annie havia acabado de entrar em casa, nenhum sinal de Poncho, então ela começou a arrumar a casa, ou melhor, ela só arrumou as coisas que estavam fora do lugar. Quando estava indo para a cozinha a campainha tocou, fazendo-a voltar até a sala.

Annie: Pois não? – Ela teve que se conter pra não mostrar a reação de susto diante da Assistente Social que a encarava.

A.S: Surpresa? – Ela deu um sorriso cínico.

Annie: Não, claro que não. – Ela sorriu e abriu espaço para a Assistente passar. – Só não esperava que a Senhora fosse aparecer na hora do almoço.

A.S: Eu entendo. Enfim, vamos direto ao assunto. – Ela foi sentando-se numa poltrona, localizada na sala de estar.

Annie: Ok! – Ela se sentou de frente para a mulher que a encarava.

A.S: Onde esta o Alfonso?

Annie: Ele... Teve que comparecer na gravadora.

A.S: E você não esta trabalhando?

Annie: Sim, estou. – Ela teve que se conter diante daquela pergunta, pois já sentia seu sangue ferver. – Desculpa mudar de assunto, mas, como é que você se chama mesmo?

A.S: Juliana. Meu nome é Juliana.

Annie apenas deu um sorriso e para a assistente social parada a sua frente, e fez um sinal para que ela a seguisse até a sala de estar onde ambas sentaram uma de frente para a outra.

A.S: Então como estão indo as coisas com o Enzo?

Annie: Ótimas, ele aprendeu a falar “papa” e “mama”, já esta... – Ela foi interrompida quando a porta da frente se abriu e Poncho adentrou a sala de estar.

Poncho: Eu queria conversar contigo... – Ele interrompeu a frase quando notou a presença de uma mulher que estava de costas para ele, reconhecendo a moça ele sentou ao lado de Annie. – Oi. – Foi o que ele conseguiu dizer.

A.S: Como vai Alfonso?

Poncho: Ótimo, obrigado por perguntar. – Ele sorriu.

A.S: Bom saber, enfim, eu estava perguntando há Anahi sobre como andam as coisas com o Enzo.

Poncho: Ela te contou que ele aprendeu a falar? Ou melhor, ele ta iniciando a falar. – Enquanto ele falava com a assistente social, só conseguia pensar em Annie, só queria se entender com ela e lhe pedir desculpas.

Annie: Eu tava contando que o Enzo estava começando a querer caminhar. – Ela falava sem olhar para Poncho, embora estivesse falando com ele.

A.S: É bom saber que ele está evoluindo. – Ela sorriu para o casal a sua frente.

Poncho: Ele não é Pokémon pra evoluir. – Ele balbuciou para si e teve que reprimir um grito de dor quando Annie beliscou seu braço com força.

Annie: A senhora aceita um café? Ou talvez um chá?

A.S: Eu agradeço, mas já estou de saída. – Ela disse isso se levantando. – Eu queria avisar a vocês que esta foi minha ultima vizita para determinar a guarda de Enzo, dentro de alguns meses vocês receberão uma carta convocando-os a uma reunião no tribunal.

Annie a acompanhou até a porta: Eu sei que a senhora fará o que é melhor para o Enzo. – Ela tentou sorrir.

A.S: Claro, e por sinal, fico feliz em ver que você e o Alfonso estão se entendendo. – Ela deu um sorriso e saiu em direção ao seu carro.

Annie fechou a porta espantada, será que tava muita na cara que ela e Poncho tinham um relacionamento? Talvez aquela assistente social fosse algum tipo de bruxa...

Poncho: Annie? – Ele estava parado de frente para ela a olhando.

Annie: O que? – Ela o olhou, séria.

Poncho: A gente pode conversar? – Ele sentia suas mãos suarem por conta do nervosismo.

Annie: Ok. – Ela cruzou os braços e o encarou.

Poncho: Eu agi por impulso... Disse coisas que eu não deveria ter dito... – Ele a olhava tentando buscar as palavras certas para expressar o quanto havia se arrependido. – Desculpa por ter sido tão idiota, por ter te magoado... É só que naquele momento, por um segundo eu pensei que pudesse estar te perdendo, e isso foi o suficiente pra me fazer perder o controle.

Annie: Eu te odiei naquele momento.

Poncho: Eu sei... Eu mesmo me odiei.

Annie: Você achou mesmo que eu fosse te trair? – Ela se esforçava para resistir a vontade de beija-lo.

Poncho: Não... Eu só fiquei com medo... – Ele baixou o tom de voz antes de voltar a falar. – Era como se ele pudesse te roubar de mim, e eu não sei se aguentaria isso. – Ele fechou os olhos ao senti o toque suave da mão dela em seu rosto.

Annie: Ninguém vai me tirar de ti, eu sou só sua e sempre vai ser assim. – Sem conseguir se conter, ela deixou uma lagrima escorrer pelo seu rosto. – Você não precisa ter medo... Eu não quero que você se descontrole de novo, por que eu realmente pensei que você fosse matar o Michel.

Poncho: Eu queria ter feito isso. – Ele olhou-a nos olhos. – Eu não quero mais que você fique sozinha com ele, e a partir de agora eu vou te acompanhar nos seus ensaios fotográficos.

Annie: Eu vou adorar ter você por perto. – Ela sorriu discretamente. – Meu ursinho.

Poncho: Minha Barbie. – Ele envolveu os braços na cintura dela, aproximando seus corpos. – Eu acho que to perdidamente, indiscutivelmente, incontrolavelmente apaixonado por você. – Ele beijou a ponta do nariz dela.

Annie: A Dul e o Ucker não acreditariam se nos vissem agora, assim... – Ela sorriu. – Você deu sentido a minha vida, Poncho.

Poncho fazia círculos com a ponta dos dedos na cintura dela, enquanto roçava seus lábios nos dela. Annie mordeu o lábio inferior dele levemente o puxando, e com um sorriso nos lábios ela sussurrou – Quanto tempo nós temos? – Antes de responder Poncho a pegou em seu colo e pressionou o corpo dela contra a porta, apertando as coxas dela ele sussurrou – Tempo o suficiente. – Annie soltou um gemido baixo quando os lábios dele se apossaram de seu pescoço, à deixando tonta de desejo.