Fanfic: ::Juntos Pelo Acaso::AyA | Tema: AyA

Poncho e Annie estavam sentado num sofá, eles aguardavam a assistente social.

Poncho: O que vai acontecer agora?

Annie: Eu não sei... – Ela olhou para ele e o abraçou.

Poncho:  Nós deveríamos avisar os parentes deles.

Annie: Eu sei, nós...

Xxxx: Anahi Portilla e Alfonso Herrera.

Eles se olharam e seguiram a mulher que os chamou até uma sala.

Poncho: Onde esta o Enzo?

Assistente Social: Sentem-se por favor. – Ela indicou as duas cadeiras em frente a sua mesa. – Nós precisamos conversar.

Poncho: Desculpa, mas onde esta o Enzo?

Assistente Social: O bebê esta em um abrigo.

Annie: O que?

Assistente Social: Ele só poderá ficar com um familiar e pelo que me consta vocês não tem nenhum parentesco com a criança.

Poncho: Ele é filho dos nossos melhores amigos que agora estão mortos, ele acabou de perder os pais, então porque fazer isso? – Poncho estava visivelmente alterado.

Assistente Social: É a lei Sr.Herrera, vocês até poderiam recorrer a adoção mas pra isso teriam que ser casados.

Annie: Casados? Em que século a senhora vive?

Assistente Social: Eu entendo a alteração de vocês, é um momento difícil, mas exijo respeito.

Poncho: Tudo bem, nós podemos ir ver ele pelo menos?

Assistente Social: Claro, aqui esta o endereço, eu aconselho vocês a irem rápido porque as visitas vão só até as 19h.

Eles pegaram o endereço e foram dispensados, Poncho que sabia onde ficava o local foi na frente em sua moto, sendo seguido por Anahi. Chegando no local indicado pela assistente social eles hesitarão um pouco.

Annie: Você ta preparado?

Poncho: Pra que?

Annie: Sei la, pra reação dele...

Poncho: Eu não sei... – Ele sentiu o braço de Annie envolver o seu, e os dois entraram no local.

Depois de alguns minutos uma moça entrou na sala que eles estavam com Enzo nos braços. Annie sentiu as lagrimas deslizando pelo seu rosto novamente, e então ela o pegou.

Annie: Ei baixinho. - Como se soubesse o que estava acontecendo ele começou a chorar e ela o abraçou. – Vai ficar tudo bem, eu prometo. – Ela o entregou a Poncho.

Poncho olhou para bebê em seus braços, ele lembrava facilmente seus pais, beijando a testa de Enzo ele sussurrou: Nós vamos te tirar daqui, eu prometo.

Eles ficaram mais um tempo com Enzo e depois cada um foi para sua casa, eles precisavam disso, de um tempo para si. Em poucos minutos suas vidas haviam mudado, e nada e ninguém poderia fazê-las voltar ao que era, eles perderam seus melhores amigos, considerados irmãos. A vida de um ser humano não valia mais nada no mundo atual, pessoas matavam sem dó, sem pensar na família da vitima, na mãe, no pai, nos irmãos, na esposa, no filho... Nos amigos.

Três dias haviam se passado desde que eles receberam a noticia, o velório de Dulce e Christopher já tinha acontecido, e mesmo com as insistências de Poncho e Annie, não permitiram que Enzo participasse.

Annie: E então, o que a gente vai fazer? – Ela olhava para o homem a sua frente. Poncho e Annie foram até a casa do ex advogado de seus amigos.

Poncho: Nós precisamos tirar o Enzo daquele lugar.

Advogado: Vocês já falaram com os familiares dele?

Annie: Já, a Dulce perdeu os pais muito nova e sua tia que a criou disse que não podia cuidar de um bebê.

Poncho: A família de Ucker mora no Canadá, eles disseram que não podem ficar com o bebê também.

Advogado: Isso complica as coisas, mas tem uma solução...

Annie/Poncho: Qual?

Advogado: A alguns meses o Ucker me procurou para fazer um testamento onde ele deixava tudo o que ele e a Dulce tinham para vocês... Incluindo a guarda do filho deles.

Annie: Como assim?

Advogado: Bem, ele me disse que queria se prevenir, é como se ele tivesse pressentido o que iria acontecer.

Poncho: Sempre prevenido. Hum, isso quer dizer que eu e a Annie temos por direito a guarda do Enzo?

Advogado: Sim, mas com um porém, vocês dois tem que criar o bebê juntos, morando juntos.

Annie/Poncho: O que?

Advogado: Esta aqui. – Ele mostrou a folha que continha a assinatura de Christopher e de Dulce.

Annie: Não tem como mudar isso?

Advogado: Não, esse é o único jeito de poder tirar o Enzo do abrigo.

Annie: Nós precisamos conversar. – Ela puxou Poncho para a rua. – E agora?

Poncho: Não acredito que eles fizeram isso, nós nunca... Sabe.

Annie: Acho que eu não to pronta pra assumir a guarda de uma criança e ainda mais ter que morar com você.

Poncho: Você ta pensando em deixar ele lá? Você quer abandonar ele?

Annie: Não, não foi isso o que eu disse. Eu nem consigo raciocinar mais, droga.

Poncho: Nós não podemos deixar o Enzo Annie, e se pra poder ficar com ele eu tivesse que me mudar e morar com você, eu faria isso... Por ele.

Annie o olhou, respirando fundo: Tudo bem, eu concordo então.

Eles voltaram para a sala onde o advogado os esperava.

Advogado: E então?

Annie: Uma pergunta.

Advogado: Qual?

Annie: Nós temos que nos casar?

Advogado: Não, eles deixaram bem claro no testamento que vocês só precisavam morar juntos.

Poncho: Nós aceitamos.

Advogado: Isso é ótimo, eu vou dar entrada com os papéis da guarda dele e no máximo em 3 dias vocês poderão ir pegar ele. Eu sei que eles fizeram o certo escolhendo deixar a tutela do Enzo com vocês.