Fanfics Brasil - 5 Aprendendo a ser pai! - Patrícia Knoll

Fanfic: Aprendendo a ser pai! - Patrícia Knoll | Tema: livro original


Capítulo: 5

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CAPÍTULO V


 


Apesar de saber que de certa maneira for­çara Mac, Paris levou as crianças à bi­blioteca de Cliffside onde os olhos de Simon se arre­galaram de excitação ao ver tantos livros. Depois de ter feito alguns telefonemas para se certificar de que Paris na verdade morava na área e de que não era uma estranha na cidade tentando fugir com alguns livros da biblioteca pública, a bibliotecária responsável permitira que ela escolhesse tantos livros quantos ela, Elly e Simon pudessem carregar.


Para si, Paris encontrou alguns compêndios sobre o desenvolvimento das crianças e cuidados especiais, que a bibliotecária lhe sugerira. Paris sabia que a mu­lher estava morrendo de vontade de perguntar sobre Elly e Simon, mas não era suficientemente rude para fazer isso na frente deles.


Com a desagradável idéia de que as pessoas de Cliff­side a faziam lembrar-se dos habitantes bisbilhoteiros de sua cidade natal, Paris acompanhou de perto Elly e Simon até o carro. Colocou os livros no assento tra­seiro com exceção do que Simon levava nas mãos. Quando ia pôr os dois no carro, Elly gritou:


— Balanços! Venha, Simon. Vamos nos balançar.


Antes que Paris pudesse impedi-los, Elly já corria para o local.


— Espere, Elly! — ela gritou e correu atrás da me­nina. No caminho, agarrou Simon.


Ele também gritava:


—   Balanços! Balanços!


—   Olhe, Pris, você pode nos empurrar, não pode? — Elly pediu, subindo num dos balanços e segurando nas correntes laterais. Elly não se esqueceu de chamar o irmão: — Vamos, Simon! Venha.


Simon correu ao encontro dela. Agarrou o primeiro balanço a seu alcance e Paris preparou-se para ajudá-lo a subir.


Momentaneamente ficou apreensiva. Mac recomen­dara uma visita breve e isso depois de muita discussão e desentendimentos. Não autorizara um passeio pelo parque. A primeira reação dela foi chamar as crianças e voltar a casa, mas Simon estava tão ansioso para se balançar, tanto que até derrubara seu querido livro no chão, e Elly tão entusiasmada, que não quis desa­pontar nenhum dos dois. Com certeza Mac entenderia.


Ela colocou Simon num balanço onde havia cordas apropriadas para crianças pequenas. Não quis desafiar Mac, longe disso.


Satisfeita com sua lógica, Paris concentrou-se em brincar com os dois. Empurrou ambos os balanços até seus braços doerem. Mas não podia comparar um can­saço físico satisfeito, com o vazio que conhecera nos anos de seu casamento com Keith.


Talvez se eles tivessem tido filhos, Paris pensou en­quanto colocava Elly e Simon nos cavalinhos de pau, empurrando ora um, ora outro, as coisas teriam sido diferentes. Talvez Keith não gastasse tanto dinheiro sabendo que estava prejudicando os filhos.


Talvez não. Afinal, Keith não ouvira quando ela o avisara que estava arriscando o futuro de ambos. O sentido de perda e tristeza que pesara sobre ela du­rante muitos meses não lhe parecia tão devastador agora que se levantava ao nascer do sol, cuidando de duas crianças.


Vagara sem destino durante um ano, deixando para trás tudo o que conhecera, preparando-se para iniciar a procura de empregos que nunca imaginara precisar ter, tentando se recuperar da perda do marido, da de­silusão e do desaponto que sofrera. Nada do que fizera lhe dera o consolo e a alegria que sentia cuidando daqueles pequeninos.


Após alguns minutos nos cavalinhos eles quiseram voltar ao divertimento favorito, os balanços.


— Mais alto, Pris, mais alto — Elly pedia, mexendo o corpo no assento. — Mais alto.


Paris insistiu que ela se segurasse firme, depois mostrou-lhe como esticar as curtas e gordas pernas e trazê-las de volta para subir mais alto. Elly ficou encan­tada com sua nova habilidade e praticou-a mais e mais. Simon satisfez-se em balançar-se indo e vindo calma­mente, apenas observando o mundo mudar de posição. De quando em quando ele ria sem motivo especial.


O coração de Paris estava cheio de amor por aque­les dois sobrinhos de Mac, e ela pensava o tempo todo no tio.


Quando Mac voltara à cozinha depois do banho, na véspera à noite, o calor humano que Paris enxergara antes nele não voltara, calor humano por ela ou pelas crianças? Terminado o jantar e depois que Elly e Simon foram postos na cama, Mac desaparecera no próprio quarto onde Paris podia ouvi-lo se movimentando de um lado para o outro, inquieto.


Ficara algum tempo do lado de fora, se perguntando se haveria alguma coisa que pudesse fazer para acal­má-lo. Amedrontada com a própria atitude, finalmente retirara-se para seu quarto. Acalmar o patrão não era sua tarefa!


De qualquer forma, calmo ou nervoso, Paris desejava que ele não ocupasse tanto seus pensamentos.


Era quase meio-dia quando Paris conseguiu persua­dir as crianças de que estava na hora de saírem do parque, e só os convenceu ao dizer que precisava fazer compras na loja.


Quando chegaram à mercearia de Becky, Paris sen­tiu alívio ao ver que os dois homens que a importu­naram antes não se encontravam na entrada. Natu­ralmente isso não significava que não estavam no in­terior. Carregando Simon no colo e dando a mão a Elly, entraram. Suspirou aliviada ao constatar que o local se achava vazio com exceção de Becky que enchia alguns potes com balas coloridas.


Becky sorriu à entrada dos três.


— Oi! Bem-vindos de volta! — disse, abraçando as duas crianças. — O que andaram fazendo?


Ela deu algumas balas a Elly e a Simon e ganhou a amizade dos dois num segundo.


Paris perguntou então a Becky como fazer para en­contrar grupos de crianças aos quais Elly e Simon pu­dessem se unir. Mas antes que Becky respondesse o sino da porta tocou e uma senhora entrou.


— Alô, mãe — disse Becky. E depois, dirigindo-se a Paris: — Paris, esta é minha mãe, June. São os filhos de Sheila, mãe, e esta é Paris Barbour, que tra­balha para Mac.


June, uma senhora idosa, aproximou-se e perguntou à filha:


— Posso levá-los lá para cima, ao seu apartamento, Becky? Eu gostaria de chamar Irene Devlin a fim de conhecê-los. Você concorda? — June perguntou a Paris.


— Ela era muito amiga da mãe de Sheila e Mac e acho que gostaria de ver as crianças.


Paris hesitou um pouco, mas logo cedeu. Afinal, Mac era muito amigo de Becky, portanto achou que podia confiar em June. E respondeu:


— Naturalmente que pode levá-los.


— Ótimo — disse June. E olhando para Elly: — Podemos tomar refrigerante.


Elly indo, Simon calmamente foi junto, segurando a mão de June.


Becky observou-os caminhando, e sorriu.


— Meu irmão e família moram em San Francisco, por isso minha mãe não os vê muito. E como eu não tenciono ter filhos, ela terá de satisfazer seus prazeres de avó conforme puder.


— Você não deseja ter filhos? — Paris lhe perguntou, admirando-se da própria franqueza em perguntar.


— Como? E interromper minha brilhante carreira na indústria do varejo? Contudo, pode ser que eu en­contre o homem ideal e tenha filhos algum dia. E você? — Becky perguntou. — O que a fez decidir trabalhar para Mac, se não se importa que eu lhe pergunte? E mesmo que se importe, responda à minha pergunta de qualquer maneira.


Paris fez um rápido resumo de sua vida no último ano, concluindo que desejara um lugar calmo para tra­balhar durante algum tempo. Enquanto conversavam, outra senhora entrou na loja. Becky apresentou-a como Irene Devlin. Ela cumprimentou Paris e subiu para ver os filhos de Sheila. Paris se impressionou com o interesse de June e de Irene por eles.


— Outra vovó necessitada — comentou Becky, e voltou ao assunto da conversa. — Você procurou um lugar calmo? Garanto que não conseguiria um lugar mais quieto do que a casa de Mac. Apenas ouviria o eco de uma casa sem móveis. Eu gostaria de estran­gular aquela Judith por tirar tudo de lá quando aban­donou Mac.


Judith? Alerta, Paris sentou-se mais perto de Becky. Paris não gostava de ouvir, tampouco de fazer, fofocas. Afinal, Mac era seu empregador. Porém queria muito saber o que fizera dele um homem tão cauteloso, des­confiado, e isso parecia ter algo a ver com Judith.


Becky enxergou perguntas no olhar de Paris.


— Acho que você não sabe nada sobre ela — disse.


— Mac não lhe contaria. Se eu não o amasse como um irmão, teria lhe dado alguns pontapés por ter se envolvido com aquela idiota. Mas as coisas andaram bem no início. Um rico engenheiro com conhecimento de informática contratara Judith para decorar o inte­rior de uma casa que Mac arquitetara. Foi assim que se conheceram. Mac trabalhava muitas horas por dia, sem tempo de conhecer outras mulheres, e preocupando-se com o casamento de Sheila, que por sinal se desmantelava. E Sheila fazendo tudo o que lhe vinha na cabeça, qualquer loucura, enfim.


Como por exemplo deixar as crianças com Mac e ir para a África, Paris pensou.


— Judith parecia ser o sonho de qualquer homem se transformando em realidade. Era linda e sofisticada —         Becky prosseguiu: — Tinha uma calma que Mac devia ter achado refrescante. Não sei quanto tempo ele levou para concluir que a tal calma era pura in­diferença. — Becky sacudiu a cabeça enquanto colo­cava os potes de balas coloridas nas prateleiras. — Dei-lhe crédito por ele ter finalmente conhecido o ver­dadeiro caráter de Judith, mas foi apenas bem perto do colapso que Mac enfim se livrou dela.


—  Perto do colapso? — Paris indagou, alarmada. — Colapso? Mac sofreu um colapso?


—  Você não ouviu falar? Não posso acreditar que ninguém nesta cidade ainda não encheu seus ouvidos com todos os detalhes.


—  Você é a única pessoa com quem conversei aqui, até o momento. — Paris não lhe contou que Mac, por algum tempo, a proibira de ir a Cliffside. Mas Paris tinha a impressão de que iria descobrir naquele mo­mento o que havia com Mac.


—  Bem, graças ao bom Deus você está ouvindo isto de mim. Do contrário, quem pode saber o tipo de men­tiras que lhe seriam contadas? — Becky pegou duas garrafas de refrigerante e as duas sentaram-se para beber, num canto da loja onde havia mesas e cadeiras. — Esta é a hora mais sossegada do dia para mim, por isso temos alguns minutos para conversar antes da hora do almoço quando chega a multidão. Não, Mac não teve um colapso. O edifício da escola primária de Cliffside ruiu. Ele era o arquiteto e engenheiro res­ponsável. O prédio estava quase pronto, até com te­lhado, quando desabou no meio da noite.


—  Por quê? Qual a razão disso?


—  Trabalho mal-feito.


—  De Mac? — Paris perguntou, mas não acreditava naquilo.


—  Não. Ele subcontratou seu melhor amigo Fred Dexter para o serviço de concreto. Fred fez um trabalho péssimo e embolsou um bom dinheiro. Sorte foi o prédio ter caído durante a noite. Não houve vítimas.


—  Não posso acreditar que Mac não tivesse descon­fiado de Fred antes.


—  Não, ele não poderia. Fred sempre fora uma pes­soa confiável, mas começara a jogar e a beber, e, bem, isso o arruinou.


—  E Mac sentiu-se responsável?


—  Sim. Era o engenheiro responsável. Acabou tendo de pagar todas as custas. Vendeu sua empresa, seus carros. Tudo, enfim, exceto a casa.


—  A construção não tinha seguro? — Paris perguntou.


—  Tinha, mas um seguro inferior ao montante da perda. Mac teve de pagar a diferença de seu próprio bolso. Perdeu tudo, inclusive a noiva. Não que Judith fosse uma grande perda. Ela partiu para melhores praias. O pior foi o modo como a cidade toda o tratou desde então. — Fregueses começaram a chegar e Becky pôs-se a falar bem mais baixo: — Todos se esqueceram de que ele havia sido o melhor esportista da univer­sidade e sempre um aluno excelente. Depois que seus pais morreram, ficou responsável pela irmã. Mac co­meçou seu negócio com apenas vinte e cinco anos de idade e arranjou emprego para muita gente aqui da cidade.


Becky levantou-se a fim de cuidar da freguesia e Paris continuou sentada, refletindo sobre tudo o que lhe fora contado. Enxergava Mac carregando nas costas a responsabilidade da culpa que não fora dele. Aliás, ele era uma pessoa fácil de assumir responsabilidades. Ficara com os filhos da irmã para que Sheila pudesse ir ao safari.


Paris comparava-o a Keith. Mac perdera seus ami­gos da cidade. Keith perdera sua fortuna, tendo sido roubado pelos amigos da cidade. Embora fossem duas criaturas bem diferentes, ambos eram iguais no modo como os amigos lhe viraram.as costas.


Desejando fazer mais perguntas a Becky, Paris seguiu-a na loja. Encontrou-a no fim de um corredor e perguntou:


— Mas, Becky, Mac não poderia mesmo ter sabido o que esse Fred iria fazer e...


Ela parou de falar quando viu dois fregueses, os irmãos Lyte, virando a cabeça ao ouvir-lhe a voz. Quan­do viram de quem se tratava, Floyd disse:


—  Estão falando sobre Mac, não é? E como ele tentou matar todas as crianças desta cidade?


—  Oh, Floyd — Becky dirigiu-se a ele, furiosa —, não seja mais idiota do que já é. Sabe que não é verdade.


—  Não sei nada disso — Floyd protestou.


—  Você ainda está zangado porque ele o dispensou antes mesmo de o trabalho começar, e porque Fred não empregaria você. Assim perdeu um bom emprego.


—  Isso não é verdade.


Benny, o irmão de Floyd, veio com seus próprios argumentos para defender Fred. Nesse meio tempo, Marva Dexter, a mulher que Paris conhecera antes, apareceu na loja. Ouviu a troca de palavras e entrou na conversa para acusar Mac. Os três diziam que, não fosse por culpa de Mac, Fred não estaria agora na prisão.


Paris mal podia entender o que diziam porque todos falavam ao mesmo tempo. Ela então ergueu as mãos e pediu:


—  Um minuto, por favor. Pensem no que estão di­zendo. Isso não pode ser verdade. Estão se contradi­zendo e o que falam não tem senso. O que disse Mac quando vocês o acusaram?


—  Nada — Floyd respondeu. — Não disse uma palavra.


—  E não devia mesmo ter dito — uma voz segura se fez ouvir bem atrás de Paris.


Mac, ainda com sua roupa de trabalho, estava ali parado, as mãos na cintura. Mas Paris podia perceber como ele estava tenso, pois fitara-o bem nos olhos.


—  Mac... — ela sussurrou, trêmula.


—  Sra. Barbour, onde estão as crianças? — Mac perguntou.


—  Em cima, com June, a mãe de Becky.


—  Sei quem é June — ele disse. Todos do grupo estavam gelados, ficaram sem fala, incluindo Becky. — Por que não vai buscá-los? — Não era um pedido, mas uma ordem. — Está na hora de irem para casa.


—  Tudo... bem. — Paris dirigiu-se a Becky: — Obri­gada pela... — Obrigada de quê? Pelas fofocas? Pelos boatos? Pela chance de talvez ser despedida? — Pela soda — ela enfim terminou o que começara a falar.


Foi na direção de uma escada nos fundos da loja que conduzia ao apartamento de Becky. Viu logo June e Irene com Elly e Simon, descendo.


Paris balbuciou os agradecimentos e pegou na mão das crianças. Viu Mac esperando-a ali perto. Elly foi correndo cumprimentá-lo, mas a frieza do tio a afastou.


—  Está pronta? — ele perguntou a Paris.


—  Sim... Oh, sim...


—  Acho que já conseguiu as informações que dese­java, pelas quais veio aqui — ele comentou.


Não. Não conseguira nada sobre os grupos de crian­ças que seriam companheiras de Elly e Simon. Mas conseguira informações bem diferentes.


Dando a mão para Elly e Simon, saiu da loja de cabeça erguida, sorrindo para Becky. Depois de ter instalado os dois no carro, seguiu para a casa da colina. O tempo todo estava consciente de Mac que a acom­panhava atrás, dirigindo de cara fechada.


Quereria Mac ter certeza de que ela iria diretamente para casa? Que não pararia em lugar nenhum? Que não falaria com ninguém? Paris não sabia exatamente por que Mac evitava a ida dela a Cliffside, mas sentia que tinha boas razões. Ela não respeitara essas razões porque estava curiosa sobre ele e sobre sua aversão por Cliffside.


Paris chegou em casa humilde e apreensiva. Ajudou Elly e Simon a descerem do carro, ambos inconscientes da tensão existente entre os dois adultos.


Momentos mais tarde, na cozinha, Mac perguntou a Paris:


— Você não conseguiu atender a meu pedido de ficar longe de Cliffside, não foi?


— Levei os dois à biblioteca conforme concordamos — Paris respondeu. — Então Elly viu os balanços no parque e quis se balançar. Simon também quis tanto e eu não resisti.


— Quer dizer que cedeu aos desejos de dois bebês?


— Não vi mal nenhum nisso — ela respondeu er­guendo a cabeça.


— Claro que não viu.


— Aí, como havíamos combinado, entrei na loja de Becky para lhe perguntar sobre grupos de crianças para Elly e Simon.


—  E perguntou bem mais do que isso, também. Mal podia esperar descobrir tudo o que pudesse sobre mim.


—  Isso não é verdade — Paris protestou, embora soubesse que havia ao menos um grão de verdade no que ele dissera. Ela talvez não tivesse puxado o as­sunto, mas não saíra da loja quando Becky começara a lhe contar tudo. Mesmo assim, Paris se defendeu:


— Becky me contou o que acontecera, e fiquei contente de ter sabido por ela que é sua amiga. Melhor assim do que os fatos terem chegado a meus ouvidos por intermédio de outras pessoas da cidade.


—  Uma vez que isso não é de sua conta, Paris, não faria nenhuma diferença sobre quem lhe contasse.


—  Trata-se de algo que poderia afetar as crianças que estão sob meu cuidado. Portanto, é de minha conta, sim. Você não me contaria por que tinha tanta aversão a Cliffside, por isso eu precisava descobrir caso viesse a prejudicar Elly e Simon.


—  Agora sabe, não? Sim, pode prejudicar. — Mac encarou-a, como se quisesse falar mais, depois sacudiu a cabeça e deu uns passos atrás. Andou um pouco pela cozinha e voltou para perto de Paris. — Elly e Simon ouviram alguma coisa do que os idiotas dos Lyte e a sra. Dexter disseram?


—  Não — Paris respondeu. — Estiveram com June o tempo todo.


—  Graças ao bom Deus por isso — Mac resmungou.


—  Mac — Paris segurou-lhe a mão —, esses fatos não vão afetá-los.


—  Como sabe? Como pode saber? — ele indagou.


— Não sabe o que é haver por toda parte coisas sus­surradas sobre você.


Oh, sim, ela sabia. Os amigos que queriam o dinheiro de Keith não apreciaram as tentativas que ela fazia para impedir que o marido jogasse fora sua fortuna e, então, iniciaram uma campanha devastadora contra ela.


Paris não pretendia contar isso a Mac. Ele não se importaria a mínima. Afinal, não passava de uma em­pregada.


— Não importo por mim, mas não quero que esses fatos aborreçam minha sobrinha e meu sobrinho — comentou Mac.


— Elly tem quatro anos e Simon apenas um ano e seis meses. Não saberiam que tipo de gente era aquela.


— E o que significa isso, Paris? Que eles não en­tenderiam um tom de voz maldoso?


— Bem, eu...


— Já não sofreram bastante tendo sido abandonados pela mãe? Tendo sido deixados aos cuidados de um tio que mal conheciam e que foi bastante tolo em con­tratar uma babá que não obedece a suas ordens.


— Um minuto. — Paris estava mais furiosa agora do que antes.


— Não — Mac disse. — Você espere um minuto. Errou e o que fez poderia ter magoado os dois tanto quanto a mãe, por abandoná-los. Sou tudo o que sobrou para Elly e Simon. Não enxerga isso? Precisam saber que tomarei conta deles sempre, se for preciso.


Chocada, Paris encarou-o. De fato, não considerara os fatos com tanto cuidado como deveria.


—   Oh! — ela murmurou. — Não pensei...


—   Não, não pensou. — Mac ergueu a mão no ar para interrompê-la. — E é por isso mesmo que está despedida.


 


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Autor(a): fanofbooks

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • nataliacphotmail.com Postado em 28/12/2012 - 20:41:52

    Pode deixar k Paris ta começando a mudar o Mac!

  • nataliacphotmail.com Postado em 27/12/2012 - 23:08:49

    Vamos lá, quero saber quem vai atrapalhar o casal, correção, a família.

  • nataliacphotmail.com Postado em 26/12/2012 - 21:10:32

    Elly <3 kk Mas o Mac é esperto se aproveitou que a sobrinha pediu pra ele dar um simples abraço nela e já tascou um beijão em Paris kk

  • nataliacphotmail.com Postado em 26/12/2012 - 02:06:41

    Tadinha! Afff Mac :/

  • nataliacphotmail.com Postado em 25/12/2012 - 22:32:58

    Posta maaais, pff porque será que Mac se incomodou tanto pelo fato de ela ter ido lá? hmm curiooosa


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