Fanfic: A Escolhida (Laliter - Finalizada) | Tema: (Laliter)

Abriu o papel. Seus olhos perplexos leram e releram um par de vezes o que ali, estava escrito. Não acreditou. Sentiu a cabeça girar, afinal, como alguém poderia mentir tanto? Como?

Negativo. Era negativo. Ela não tinha nenhuma doença terminal, não tinha nada. Estava absolutamente bem. Sim, tinha ido ao médico, mas para fazer exames de rotina. 

Ele o amava e ela sabia disso, ou pelo menos deveria saber. Ou quem sabe, nem ele soubesse que a amava?

Sentou-se na cama. Duas longas horas se passaram. Mas agora, o plano era dele. Não terminaria com ela, não agora. Queria descobrir para onde ela saia todas ás vezes que dizia estar com ele, e tinha certeza que conseguiria. Arrumou tudo por lá, não queria deixar nenhum indício de sua descoberta, enfim terminou. Desceu ás escadas e foi até Susana. 

Juan Pedro: Belén está demorando, acho melhor ir para casa. 

Susana: Que estranho! Disse-me que estaria com você... - ele a interrompeu. 

Juan Pedro: De certo foi ver alguma coisa para formatura. Fazer unhas ou sei lá. - riu. - Vou indo tia, quando ela chegar peça que me ligue. - foi até a mulher e beijou sua bochecha, despedindo-se enfim. 

Resolveu parar na padaria comer alguma coisa, estava morrendo de fome. Quando entrou, viu Laly lá dentro. Sorridente foi até ela, tapou seus olhos com as mãos. 

Juan Pedro: Se acertar ganha um prêmio! - disse dócil. A voz dele era inconfundível, ela acertou na hora.

Mariana: Qual é meu prêmio? - indagou, fazendo pose. 

Juan Pedro: Isso!- encheu-a de cócegas. 

Mariana: Oras Peter, isso lá é prêmio. - emburrou-se. - Além do mais, pagamos mico. Olhe aquelas pessoas nos olhando. - apontou para uma roda de mulheres, que cochicharam quando eles as encararam.

Juan Pedro: Ás pessoas falam de qualquer jeito Laly, não ligue! - sorriu. 

Ai como aquele sorriso a matava, sentiu mil borboletas saindo da estômago. Suava frio e as mãos trêmulas não deixavam que ela negasse. Ficava desorientada quando estava com ele. Afinal, era seu príncipe azul.

Juan Pedro: Seu sorriso está mais iluminado que o sol hoje! - olhou-a intensamente.

Mariana: Impossível, olhe como o sol está incrível hoje! Até parece ter renascidom está lindo, hoje o dia está maravilhoso! 

Tantas incertezas os cercavam. É mais que normal adolescentes tão incertos, sem saber o que fazer, o que falar, como agir. É tão normal adolescentes perdidos, que fazem de coisas pequenas o fim do mundo. Para ela estava sendo o fim do mundo, não saber como se portar ao lado dele. 

Juan Pedro: E..., está tudo certo pra hoje á noite? - quis saber. 

Mariana: Está sim, pelo menos eu acho. - pensou bem, respirou e disse: - Na verdade, estou nervosíssima! Juro-te é tão radical isso.

Juan Pedro: Você vai se sair bem, pelo menos estarei lá, torcendo por ti! - abraçou-o com força. 

Mariana: Muito obrigada, mesmo! - sorriu. - Agora tenho que ir, muitas coisas para fazer ainda... - ele a interrompeu.

Juan Pedro: Quer que eu te leve? - pediu.

Mariana: Mas, Belén não vai brigar? O último que quero é criar confusão! - disse cabisbaixa.

Ele levantou seu queixo, balbuciou um ```Não se preocupe!``, e então seguiram. A conversa animada os deixava cada vez mais próximos. Finalmente, o mundo conspirava a favor deles. 

Juan Pedro: Chegamos! - avisou.

Mariana: É, muito obrigada! 

Juan Pedro: É assim que me agradece, depois de tamanha gentileza? - cruzou os braços. 

Mariana: Não. - aproximou-se.

Tocou os lábios no rosto dele, que puxou para perto beijando-a com prazer. As línguas dançavam, o ritmo sincronizado mostrava, que as almas voltavam a harmonizar-se. Os lábios quentes e saborosos. O tesão e o amor renascendo aos poucos. A pegada que não queria soltar. As lembranças que o reconquistavam, a mulher que ele sonhou e sempre quis para ele, sua Mariana.

Juan Pedro: Agora sim, está liberada. - ela saiu do carro saltitante. 

Mais parecia uma criança quando ganhava a boneca dos sonhos. Agora sim, o sorriso que carregava nos lábios irradiava o mundo muito mais que o sol. Exaltava o que visse, sonhava com o que visse, vivia como queria, sem precisar de muito naquele dia, porque o melhor que poderia ter acontecido já tinha sido vivido e a manteria assim até que a saudade apertasse. Mas, não queria pensar em tristezas, não naquele momento, tão pequeno, mas tão grande. Tão feliz!