Fanfics Brasil - 10 O Magnata Grego - Kim Lawrence

Fanfic: O Magnata Grego - Kim Lawrence | Tema: livro original, hot


Capítulo: 10

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CAPÍTULO DEZ


 


 


Katie acordou com o cheiro de café. De olhos fechados, despertou sonolenta, embora consciente de que algo estava sutilmente diferente. Tentou pôr os pensamentos em foco, mas o ingrediente extra permanecia fora de alcance. Só alguns minutos depois é que isso a atingiu com o impacto dramático da força de dez furacões. Katie engasgou e aquietou-se.


Ok, não, sou eu. Estou diferente. Lindamente diferente. Eu dormi com Nikos Lakis.


Um sorriso intrigado empurrou-lhe os cantos da boca para cima. Rolando para o lado, estendeu as mãos. O sorriso esvaneceu logo que deparou-se só com um lençol, cujo estado amarrotado punha-o como um mudo atestado incriminatório ao vigor do amor que fizeram noite adentro.


Katie fechou os olhos enquanto um caleidoscópio embaralhado dos acontecimentos da noite anterior deslizava na sua visão interior. O que viu chocou e excitou-a, também proveu uma explicação para a delicadeza inusitada de diversas partes do corpo.


A única nuvem no horizonte era Tom. Tinha de contar-lhe. Sentiu-se envergonhada por tê-lo tratado tão mal, porém ela sempre soube, no seu coração, que não haviam sido feitos um para o outro. Katie entendia que Tom também o soubesse. Não que ela tivesse qualquer desculpa.


— Você está acordada?


A cabeça de Katie ricocheteou em volta, o rosto fulgurante de expectativa e excitação, os quais não podia esconder.


Nik estava de pé ao lado da cama, uma toalha amarrada em torno dos quadris estreitos. O cabelo molhado emplastrado no crânio e as gotas d`água, ainda aderidas aos ombros, indicavam que acabara de sair do chuveiro.


— Você não devia ter me deixado dormir — disse Katie, timidamente.


— Você precisava dormir — replicou Nik.


— Eu dormi tanto quanto você. — A lembrança do que fizeram em vez de dormir, trouxe-lhe um influxo de calidez às faces.


— Eu não preciso dormir muito — redargüiu ele, aborrecido.


Katie percebeu que progressivamente ficava mais difícil disfarçar a consternação crescente. Bem, o que esperava, que ele não fosse capaz de manter as mãos longe de você? Soltou um suspiro compungido; bem, de fato, sim, havia mesmo, mas o que ela sabia sobre o jeito como as pessoas se comportam na manhã seguinte?


Talvez Nik não fosse uma pessoa diurna, embora aos seus olhos ele mais do que compensava isso sendo um notívago.


Os olhos famintos fremiram ao longo do corpo esguio de Nik. A umidade na pele bronzeada enfatizava os músculos ondulados no torso enxuto, e delineava cada músculo individualmente no abdome de prancha de lavar roupas.


As dúvidas dissolveram-se diante dessa visão, antes que fossem completamente formuladas. O que havia para arrepender-se? A noite passada foi a experiência mais incrível da sua vida. Nik era o amante perfeito e Katie suspirava só de olhar para ele-. Os olhos anuviaram quando lembrou de acordar no meio da noite para achá-lo olhando para ela. Nenhum dos dois falou, não precisaram de palavras. Nik veio para Katie, que estava pronta para ele. Só pensar no desesperado acasalamento primitivo fez os seios de Katie ondear e latejar.


A respiração acelerou conforme semicerrou os olhos e imaginou-se tocando nele, correndo as mãos pelos contornos rijos dos ombros e do peito, emaranhando os dedos na espiral de pêlos negros que ali jaz sobre a pele morena. O calor dentro de Katie avultou, enquanto cobiçosamente antegozava percorrer os pêlos úmidos dos flancos musculosos com as pontas dos dedos e, pousando-as no abdome rígido, sentir os músculos do estômago estremecerem sob as palmas abertas.


Katie guardaria o melhor para o final.


A paixão sexual enovelada na barriga de Katie jorrou através do corpo todo, em resposta à palpável idéia de segurar o membro rijo e aveludado com a mão... soltou um suspiro rouco e ergueu o olhar abalado até o dele.


Os olhos cruzaram e Katie quase pôde saborear a chama da paixão entre ambos. Ela sentiu a corrente elétrica da atração mutua crepitar e faiscar.                                                             


Sorriu intrigada para ele, e de volta não recebeu nada em resposta, nem mesmo uma pista do que se passava por trás daqueles olhos velados. A despeito disso, Katie sentiu uma incrível onda de amor no peito quando contemplou Nik. O derramamento de emoção foi tão intenso que mal pôde respirar.


Katie fervilhava com um desejo irracional de compartilhar com Nik o quanto a noite anterior significou para ela. Teve que morder a língua para impedir-se de deixar algo estúpido escapar.


— Esse café cheira bem.


— Vou pegar um pouco para você. — Um músculo contraiu no maxilar anguloso.


Katie observou essa evolução com um desalento considerável. Talvez se arrependa da noite passada.


— O telefone acordou você?


Katie balançou a cabeça.


— Eu acho que não. — Tomou um fôlego resoluto e fortaleceu-se para ouvir algo que não desejava. — Nik, o que há de errado? Eu fiz alguma coisa?


Os olhos dele varreram-lhe o rosto.


— Você foi perfeita! -declarou impetuosamente.


Katie não queria ser perfeita, queria ser amada, ou caso isso falhasse, ao menos desejada. Ser desejada por Nik seria melhor do que ser amada por qualquer outro homem.


— Então, por que...? — começou ela.


Antes que pudesse concluir, ouviu-se uma batida na porta. Arrumadeiras trazendo a muda limpa de toalhas, sem dúvida. Katie as teria despachado, mas Nik bradou para que entrassem.


Katie puxou o edredom até o queixo, com um grunhido de frustração. Seu humor amainou consideravelmente quando, depois de despir a toalha, Nik escorregou para debaixo da manta, ao lado dela.


Com um suspiro, Katie insinuou suas curvas macias, fartando-se na força do corpo esguio de Nik. Sentiu o corpo dele frio contra a sua pele morna. Sem dizer nada, Nik tomou-a quase barbaramente nos braços. Prendendo os olhos da moça, roçou a boca contra a dela de um modo questionável. Katie estremeceu.


— Isso é errado!


— Parece muito certo para mim. — Katie tentou evitar o pânico crescente na voz.


— Katerina? — Nik começou, impacientemente. Katie pressionou um dedo nos lábios dele.


— Eu sei o que você vai dizer.


— Você sabe?


Katie anuiu.


— E eu também me sinto mal a respeito de Tom, mas isso não foi algo que planejamos.


— Katerina...


— Não fale, agora não — suplicou enlouquecida.


Com um rosnado, Nik esmagou-a contra ele. O beijo foi contundente, assomado por um toque de desespero. Katie sentiu alguma coisa igualmente primitiva despertar dentro dela e responder as exigências dos lábios e da língua de Nik.


Ofegando, repousou a fronte sobre o queixo dele, tremendo enquanto as mãos de Nik apertaram suas costas com firmeza, pressionando os seios sensíveis contra o peito dele.


— Nik, você realmente odiaria se eu me apaixonasse por você?


Nik empalideceu e se encolheu, como se ela o houvesse golpeado. Katie intuiu de imediato que algo saíra terrivelmente errado. Só dez segundos depois soube o quão terrivelmente!


— Oh, meu deus!


Katie virou-se e viu um Tom lívido de pé no quarto, olhando fixamente para os dois como se o mundo dele houvesse acabado de desmoronar.


— Tom? — Um choque gelado, um arrependimento amargo, e a culpa de ser responsável por estampar aquele olhar de desilusão no rosto dele atingiram Katie simultaneamente. — Oh, Tom, eu sinto muito — sussurrou.


Tom não respondeu, simplesmente deu meia-volta e caminhou instavelmente para fora.


Katie ficou ali, a mão pressionando os lábios, os olhos cerrados, porém, mesmo com os olhos cerrados podia ver a face de Tom, ver a desilusão árida que estampou nela. De repente, Katie levantou-se e, correndo uma das mãos trêmulas pelo cabelo desordenado, lançou as pernas para fora da cama.


— Eu tenho que ir até ele! — disse agitada.


— Duvido muito que ele queira ver você — provocou irônico. Voltando-se para protestar, Katie ficou chocada ao ver a matiz doentia na pele e a luz cruel nos olhos penitentes. Obviamente, Nik deve sentir-se tão desgraçado quanto ela em cada detalhe. Tom era amigo dele. Katie sentiu outro espasmo de culpa, dessa vez porque ficou ocupada demais pensando sobre como ela própria se sentia, para considerar o quanto aquilo fora ruim para Nik.


Apoiou o queixo sobre os joelhos dobrados e enlaçou os braços em torno deles.


— Talvez mais tarde?


Nik riu, não foi um som agradável.


— Pense de novo — aconselhou ele. — O sujeito acaba de flagrar você na cama com o amigo dele — lembrou brutalmente.


Katie encolheu-se e enterrou a face nas mãos.


— Eu não queria que ele descobrisse assim por nada no mundo! — Contar a Tom sempre terminaria sendo um negócio desagradável, mas aquilo foi horrível.


— Talvez seja melhor assim.


Ela massageou as têmporas, onde a pressão atingiu um nível crítico.


— Eu não vejo como. O que eu não entendo é como ele sabia que eu estava aqui?


— Ele soube do incêndio pela estação local de rádio e me ligou para perguntar se eu fazia alguma idéia de onde você passou a noite de ontem.


Katie sacudiu a cabeça para dispersar a névoa que tornava o seu processo mental lento.


— Tom ligou para você? — arremedou ela.


— Da recepção — confirmou Nik.— Eu mandei que ele subisse.


— Você mandou, eu não compreendo... — Subitamente, Katie sentiu-se fria por dentro, um frio gélido e vazio. — Mas por quê? — gaguejou, buscando uma explicação para a crueldade inexplicável nas ações de Nik. — Por que você faria isso?


— Tom merece saber que você não o ama.


— Claro que sim, mas não desse jeito... não que eu fosse continuar com ele... eu não poderia. Quero dizer, você não pode pensar que eu levaria o casamento adiante depois dessa noite? Oh, não — arfou Katie. — Você pensou isso, não foi?


Calado, Nik não respondeu. O silêncio foi a resposta.


— Você tramou tudo! — disse Katie, mas parte dela ainda não podia acreditar nisso. Como alguém poderia amar da maneira como Nik o fez, enquanto conspirava todo o tempo... ? Um som abafado de desgosto emergiu por entre os dentes trincados de Katie.


Nik largou na dianteira e então estacou, as narinas flamejando quando Katie encolheu-se de medo dele, com uma expressão de nojo.


— Você devia se deitar.


Ela aspergiu os olhos contumazes no rosto dele.


— Oh, você é tão atencioso e solícito — debochou Katie.


— Eu não planejei isso — contou-lhe consternado. — Você tem que acreditar que eu só...


— Não tenho absolutamente que acreditar em nada do que você diz — retificou ela, friamente. — Suponho que acidentalmente você conduziu Tom até aqui, e não só encenou aquele beijo para o benefício dele, também? — Passou uma das mãos trêmulas rudemente pelos lábios.


O maxilar de Nik trincou.


— Eu não podia ter certeza se voltaria para ele. Eu não poderia permitir isso.


Que cara-de-pau, nem mesmo tentou negar por mais tempo.


— Presumo que você está orgulhoso do que acabou de fazer? Eu suponho que isso constitui a verdadeira amizade, de acordo com alguém tão emocionalmente atrofiado como você — observou asperamente. — Você dorme com a mulher que despreza para salvar o amigo das suas garras malignas, e acha que isso é o que um amigo verdadeiro faz?


Com a mão pressionada à boca, Katie correu ao toalete, onde vomitou violentamente.


Apoiada na pia, Katie ergueu-se de pé. As pernas tremiam e sentia a pele viscosa.


Espiou a flanela molhada que Nik estendeu-lhe e gargalhou.


— Você só pode estar brincando...?


Com o rosto branco como giz numa expressão de desdém orgulhoso, passou por Nik de queixo empinado.


— Caso não se importe, gostaria de um banho para apagar você da minha pele. — De soslaio, Katie flagrou o reflexo no espelho e registrou seu estado de nudez pela primeira vez. — E preciso de roupas... — acrescentou.


Abriu a torneira e deu-lhe as costas, enquanto a máscara de frieza rachou para revelar a angústia dolorosa embaixo dela.


— Você planejou isso o tempo todo... planejou me seduzir o tempo todo? — Não conseguia mais dizer fazer amor. — Que pergunta boba, é claro que sim... planejou tudo isso até o ultimo detalhe.


— Incluindo o incêndio?


— Eu não duvidaria de nada vindo de você! — declarou, lançando um furioso olhar de aversão escaldante. — Mas presumo que o fogo tomou as coisas mais fáceis. — E eu fia muito fácil, pensou amargamente.


— Se amasse Tom de verdade, não teria ido para a minha cama na noite de ontem. Se houvesse tido qualquer sorte de relação, não iria ainda virgem para a minha cama.


— Tom me respeita! — declarou furiosamente. — Não que você entenda qualquer coisa nesse campo.


— Nisso você está certa, eu não poderia. Talvez Tom não tenha respeitado você tanto assim — escarneceu -, caso contrario você não cairia na minha cama tão prontamente ontem à noite.


O som da mão de Katie estalando contra a face lisa de Nik ressonou pelo aposento.


— Encare os fatos, Katerina, todo o seu relacionamento com Tom era uma mentira. O que esperava que aconteceria quando o anel entrasse no seu dedo? Que a paixão subitamente se inflamaria, ou estava preparada para sacrificar o amor por dinheiro e segurança? — censurou com desprezo.


— Pode tentar desviar a culpa o quanto quiser, Nik, mas nós dois sabemos que se comportou como um rato.


— Não forcei você a fazer nada que não quisesse na noite passada — disse-lhe serenamente. — E não sugeri nada que você já não estivesse pensando desde o primeiro momento em que nos reencontramos. — Os olhos ardentes passearam pela silhueta ofegante dos seios, antes de precipitarem-se até a lanugem macia entre as coxas. — E ambos sabemos que, mesmo agora, se eu a tocasse você suplicaria para que a possuísse — declarou, arrogantemente.


— Odeio você — murmurou ela.


— Por dizer a verdade? Se preza tanto assim os luxos que o dinheiro pode comprar, sou muito mais rico do que Tom.


Katie sentiu um lampejo de fúria cega.


— Você pensa que pode me comprar? — estremeceu.


— Não seja dramática, não é o que estou dizendo. — Nik empenhou-se para reter a calma diante daquela determinação em deturpar tudo que ele falava. — Estou apenas ressaltando que a falta de fundos não é problema. Estou apto a sustentar você e, ao contrário de Tom, não vejo problema em você trabalhar.


Será que falava sério?


— Puxa, isso não é magnânimo da sua parte? — disse Katie, compassadamente.


— Talvez devêssemos discutir isso depois, quando você for capaz de falar racionalmente.


— Quero conversar agora e não vai haver nenhum depois para você e eu, não sem um advogado presente, seja como for. Deixe ver se entendi bem, está me pedindo que seja sua amante?


— Você é minha esposa.


Katie gargalhou.


— Não por muito tempo. Dormir com você! Não posso suportar estar no mesmo quarto que você! — disse-lhe, com a voz palpitante.


— Se eu for agora, será para sempre. — avisou.


— Enfim — suspirou ela. — Luz no fim do túnel.


— Você vai sentir saudades de mim todos os dias, para o resto da vida, Katerina! — pressagiou Nik, dando meia-volta e saindo.


Katie ouviu a porta bater. A parte ruim é que provavelmente estava certo. Era mulher de um homem só, foi apenas um golpe de sorte que esse homem, por acaso, fosse um bastardo indigno de confiança!


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • nina0022 Postado em 28/12/2012 - 14:50:07

    adorei o fato de alguém finalmente dar credito aos verdadeiros autores dos livros. Total apoio!!!


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