Fanfic: O Magnata Grego - Kim Lawrence | Tema: livro original, hot
CAPÍTULO QUATRO
Para alguém que queria conversar, Nik demonstrou uma parca inclinação para isso logo que entraram no carro, previsivelmente um carro esporte vulgar. No seu atual estado de espírito, Katie teria criticado o modo como Nik guiava, caso a oportunidade surgisse, mas não surgiu. Ele provou ser competente, mas não perigosamente extravagante como muitos homens quando ficam atrás do volante de um carro potente.
Além de pedir orientações quando deixaram o hotel, Nik não disse uma palavra sequer.
Katie pigarreou e engoliu em seco, parecia que lhe cabia quebrar o gelo. Imaginou o que dizer.
— Por que está aqui?
— Quando conversamos ao telefone, Tom não conseguia parar de falar sobre a mulher dos seus sonhos. Eu fiquei naturalmente curioso para conhecer esse ícone de perfeição.
— E foi só isso? — Deu uma risadinha cética. — Eu não acredito em coincidências.
— Nem eu, até abrir minha correspondência imediatamente após falar com Tom. Quando li a carta de Harvey comunicando o seu pedido por uma rápida dissolução da nossa união, percebi o quanto o nome Katie Forsythe parecia familiar. Katie... Katerina... achei melhor checar. Passei no Harvey a caminho daqui e tentei pegar o seu endereço. Sendo um advogado inatingível pela propina, ele se recusou...
— Você não foi lá e tentou subornar Harvey! — exclamou Katie, escandalizada.
Nik deu-lhe um olhar efêmero que a fez sentir-se ridiculamente canhestra, antes de voltar à atenção para a rodovia escura.
— Foi muito mais simples e recompensador dar uma espiada no laptop dele, quando Harvey atendeu uma ligação do escritório.
Essa propensão impensada a atos tão furtivos confirmou as primeiras impressões de Katie acerca da personalidade de Nik. O sujeito era totalmente destituído de escrúpulos. Algo que Katie faria bem ao manter em mente nas suas negociações.
— Talvez deva interessar a você saber que Harvey me disse que garantiria a sua idoneidade pessoalmente — ofegou, contemplando aquele perfil magistral com repulsa misturada a uma apreciação. Havia muito que apreciar: o maxilar era sólido sem ser atarracado e, mesmo se só o fosse, provavelmente, devido à gerações de casamentos consangüíneos entre os membros da elite, muitos homens teriam sacrificado o senso de humor, não se poderia contar os deformados, por feições vigorosas de tão assombrosamente perfeitas dimensões.
Se aquilo não o envergonhava, nada mais o faria.
— Isso explicaria por que Harvey não tomou as medidas de segurança mais elementares. — Katie olhou para Nik indiferentemente. — Ele deixou o computador portátil ligado quando deixou a sala.
— Deus sabe de onde Harvey tirou a idéia de que você é alguma espécie de ícone da virtude.
— Eu acho que ele recebeu essa informação quanto ao meu caráter exemplar de uma fonte tendenciosa.
— E quem seria esse?
Os lábios ágeis de Nik repuxaram-se nos cantos.
— Caitlin.
Uma mulher, isso explica, pensou Katie melancolicamente.
— O que exatamente você descobriu quando acessou ilegalmente o computador de Harvey? — interrompeu, irrequieta.
Harvey era o único, além dela mesma, que sabia toda a história da morte de Peter. O resto do mundo pensava, como ela antes da carta escrita com uma letra familiar aparecer debaixo da porta no dia seguinte ao funeral, que o irmão gêmeo havia morrido num trágico acidente. Um jovem apreciador da velocidade que entrou rápido demais numa curva com a motocicleta.
Por um longo tempo, Katie apenas segurou a carta, temendo abri-la e ler palavras que parecessem ecoar do além-túmulo.
— Desculpe Katie — ela leu — mas eu simplesmente não posso suportar a culpa.
Katie continuou lendo resignada, incapaz de pensar no irmão. Tão jovem e cheio de vida, num tamanho estado de desespero ao ponto de precisar tirar a própria vida. Não é possível... eu saberia... eu saberia...
— Pensei que havia matado o sujeito, deveria ter parado, mas entrei em pânico e fui embora. O sujeito sobreviveu, mas ficará paralisado para sempre.
Katie chorou, e choraria por um longo tempo. Chorou pelo irmão e chorou pelo homem cuja vida a impetuosidade de Peter arruinara.
— Por que você não me procurou? — gritou Katie para a face feliz e risonha ao lado da sua própria no porta-retratos. — Você sempre me procura! — Era certo que os gêmeos sempre contavam um com o apoio do outro em tempos de crise. Ambos sempre constituíram uma vanguarda unida contra o mundo.
Muito mais tarde, Katie discretamente dedicou-se a descobrir o que pudesse acerca do homem que Peter abandonara como morto na beira da estrada. Descobriu que Ian Grahan era um eletricista de 34 anos. Era casado com a namorada de infância e os dois tinham um bebê de 10 meses.
Escutar as conversas na loja da esquina na vila em que moravam, revelou a Katie que ele não superara a deficiência e que a jovem esposa não sabia mais como se virar. Financeiramente, as fofocas diziam, ambos iam muito mal. Abundavam os rumores sobre não serem capazes de manter a hipoteca em dia por mais tempo.
Katie jurou que faria algo para ajudá-los, mesmo se isso levasse o resto da vida, o que soava muito imponente, mas a família Grahan precisava de ajuda agora, não daqui a vinte anos.
Katie só viu uma saída quando lembrou-se da herança que o avô grego deixara para ela e Peter, com a condição de que se casassem. Os gêmeos, abalados, concluíram que essa generosidade vinda de um avô do qual nunca receberam um cartão de Natal foi um meio que o velho encontrou para controlar os netos que nunca conheceu. Ela e Peter zombavam que jamais se casariam, só para vingarem-se do homem que, durante toda a infância, foi o verdadeiro vilão nas brincadeiras dos irmãos.
Era assombroso, realmente, que uma estranha série de circunstâncias a tivesse levado a trocar votos solenes com o homem ao seu lado.
— Relaxe, seus segredos estão seguros, havia apenas o seu endereço, o que revelou que você e Tom compartilham o mesmo código postal, Por conseguinte, pareceu certo presumir que minha esposa e o anjo de Tom fossem a mesma pessoa.
Katie soltou um tempestuoso suspiro de alívio. Nik podia ser assustadoramente sensitivo, mas não era nenhum telepata.
— Mas não ocorreu a você me avisar que viria.
— Só momentaneamente — admitiu francamente. — Mas logo compreendi que a sua reação talvez fosse menos defensiva se você não estivesse de sobreaviso.
Em outras palavras, ele queria me ver morta de vergonha e eu correspondi.
— Diga-me — arfou Katie — você despojou muitas moscas das suas asas quando era garotinho?
Nik parecia inabalável pelo sarcasmo fulminante de Katie.
— Tom é meu amigo. Eu não gostaria de vê-lo fazer um casamento insensato.
— E casar-se comigo seria insensato? — A voz dela elevou-se umas duas oitavas irritantes acima, o que fez Nik contrair-se. — Você pareceu não pensar assim uma vez!
— Eu cheguei aqui com a mente aberta.
Katie deixou escapar um rugido de escárnio.
— Uma ova que sim! O que é que há com você? Você não pode agüentar ver as pessoas felizes?
— É apenas natural que esteja preocupada, eu não serei cooperativo quanto ao divórcio.
Os olhos dela arregalaram-se em alarme, Katie levou um abrupto trambolhão do seu alto patamar moral.
— Você não vai mesmo, vai?
Nik não respondeu aquele sussurro consternado, porém, o seu sorriso enigmático pareceu calculado o bastante para mantê-la apreensiva. Ele tinha uma veia sádica com um quilometro e meio de comprimento!
— Na verdade, quando li a carta de Harvey, pareceu uma sincronia fortuita. Eu mesmo tenho pensado sobre casamento.
— Isso é maravilhoso — arfou alegremente. Katie supôs que, com aquela aparência e dinheiro, deveria haver inúmeras mulheres lá fora dispostas a fazer vista grossa para a personalidade arrogante e egoísta dele. — Quem é a garota de sorte?
— Você não a conheceria.
Em outras palavras, nós não freqüentamos a mesma roda... Que esnobe prendado ele é, Katie pensou ironicamente.
— Por que você não contou a Tom que somos casados?
Isso sim era uma coisa a qual Katie andava perguntando-se bastante recentemente. Nenhuma das respostas com as quais se saiu mostrou uma luz muito favorável.
— Isso me escapou à mente — respondeu irreverente. Nik olhou torto para ela.
Katie suspirou.
— Bem, eu não me sentia casada — retrucou, contrariada. — E se você quer mesmo saber, não foi um incidente da minha vida do qual eu particularmente me orgulhe.
E se tivesse contado a Tom, Katie também teria de contar por que o fizera, e o faria de novo, e isso não era questão de escolha. Ninguém exceto Harvey sabia a verdade, e Katie pretendia, em memória de Peter, que permanecesse assim. O irmão havia pagado o preço máximo pelo erro, a própria vida.
— Eu precisava daquele dinheiro. Foi um meio para atingir um fim, nada mais, nada menos — disse-lhe friamente. — E eu esperava que Harvey organizasse as coisas de modo que Tom nunca precisasse saber.
— Então o seu casamento é baseado em mentiras... excelente fundação.
Katie corou de raiva.
— Eu nunca menti para Tom. Se ele houvesse perguntado se eu era casada, teria contado a ele.
— Então, um casamento baseado em meias verdades... eu lhe dou os parabéns, um aperfeiçoamento completo.
Katie inspirou bruscamente.
— Deus, sua língua é tão afiada que fico perplexa que não corte a si mesmo. — Eu deveria ser tão venturosa assim, pensou cruelmente. — Presumo que sua namorada saiba que você já é casado? — acrescentou.
Katie teve o prazer de ver o que pareceu ser, sob a luz baixa, um reflexo mortiço de rubor nos pômulos salientes, enquanto o maxilar se contraía de irritação.
A moça cruzou os braços e sorriu.
— Tomarei isso como um não, posso?
— Não é a mesma coisa, de jeito nenhum.
— Cruzes! — gritou Katie. — Isso é tão assustador. Eu devo ser paranormal, tive a mais estranha sensação de que você diria isso.
Os dedos longos de Nik ajustaram-se com firmeza no volante.
— Theos! — esbravejou. — Você não vai falar comigo dessa maneira.
— As pessoas sempre fazem o que você manda? — indagou Katie.
— Sim! — mordeu de volta.
— Isso deve ser enfadonho.
— Por que vai se casar com Tom?
— Pelas razões triviais pelas quais as pessoas se casam.
— Você quer dizer que está grávida? — Nik deu de ombros quando Katie soltou um suspiro ultrajado. — Então você não está grávida.
— Mesmo se estivesse, não há nenhuma vergonha em ter um bebê fora do casamento.
— Meu pai não concordaria com você nisso — Nik interpôs mordazmente, imaginando o tumulto que ocorreria caso produzisse um herdeiro, mas nenhuma esposa. — E você não o ama. Isso deixa...
— Quem disse que não amo Tom?
— Só posso concluir — acrescentou — que o seu pote de ouro se esgotou? Se não se importa, caso possua muitos trajes de grife como esse isso nem chegaria a ser surpreendente — observou Nik, permitindo que os olhos deslizassem brevemente sobre o macio vestido azul e os contornos aprazíveis que recobria. — É um CJ Malone, não é? — Caitlin, refletiu Nik, teria apreciado ver uma de suas criações usada por alguém que possuía a sorte de proporções incomuns que os estilistas têm em mente quando criam roupas.
— Provavelmente. — Katie replicou vagamente, que não reconheceria um CJ Malone nem se tropeçasse num. Não queria admitir que vestia uma roupa de segunda mão.
— Conheço um monte de mulheres de gosto dispendioso, mas nenhuma que não saberia se está usando um CJ Malone.
Katie deu de ombros.
— Eu sou ruim para guardar nomes.
— Mas boa para assinar cheques. Suponho que desde que se casou por dinheiro antes, ficou mais fácil uma segunda vez? — ponderou ele, diminuindo numa encruzilhada sem sinalização.
— Esquerda — retrucou tensa. — Você é bem habilidoso com esse desdém sublime, para alguém que casou por dinheiro também, mas daí eu suponho que casamentos de conveniência estão no seu sangue.
Katie ficou encantada ao ver o maxilar severo contrair, presumivelmente de raiva, esperava que de raiva.
Ela arranjou as próprias feições numa expressão de simpatia dissimulada.
— O que está errado, Nik? A idéia de sujar as mãos como o resto de nós pareceu sórdido demais quando Papai retirou o seu sustento?
— Não me sinto inclinado a me explicar para você.
— Idem — acrescentou ela, grosseiramente. Dentre todos os homens do mundo para Harvey improvisar como marido, por que, oh, por que houve de ser justo esse? Às vezes o destino tem um senso de humor de péssima qualidade.
— Theos! — exclamou vacilante. — Você é a mulher mais venenosa que eu já tive o azar de encontrar! — falou. — Valerá a pena assumir a inconveniência para mim mesmo para evitar que você arruíne a vida do meu amigo!
Katie enrijeceu.
— O que você quer dizer com isso?
— Eu acho que você sabe exatamente o que eu quero dizer.
— Faça de conta que eu não sou telepata, — Katie foi incapaz de conciliar o tremor assustado na própria voz.
— Se eu pensasse, por um momento, que você faria Tom feliz, lhe daria este divórcio.
— Eu vou fazê-lo feliz. Eu o amo... — declarou Katie sonoramente.
Um som de escárnio vibrou na garganta morena de Nik.
— Eu vi os dois juntos. Você não ama Tom — anunciou calmamente.
— E você saberia, suponho?
— Eu sei como uma mulher apaixonada age, e você não era essa mulher. Não havia paixão nos seus olhos quando eles tocaram os de Tom. Você age como se ele fosse seu irmão — Nik sorriu desdenhosamente.
— Nem todos demonstram amor em públicos, e há muito mais em um casamento do que sexo!
— Ambas as coisas são verdadeiras, e concordo que muitos casamentos bem-sucedidos são baseados em razões mais pragmáticas. Não tenho nenhum problema com isso, desde que as duas partes entrem no acordo de olhos abertos.
— Como nós.
— A menos que você não esteja planejando dividir a cama com Tom, existem algumas diferenças muito óbvias, porém, sim, da sua parte existem similaridades muito evidentes.Entretanto, ao contrário de Tom, eu não estava loucamente apaixonado por você — rangeu. — É a sua hipocrisia em fingir que está casando por alguma razão pura e elevada que eu desprezo. A coisa que você ama é a idéia de casar com alguém que pode comprar diamantes e financiar as suas roupas caras.
— Como ousa agir como se me conhecesse? Você pode ter casado comigo, porém não me conhece em absoluto!
— Mas nós somos casados e, enquanto o formos, Tom estará a salvo de cometer o pior erro de sua vida...
— E você não poderá casar com a sua namorada. — Certamente, essa consideração devia ter algum peso para Nik.
— Ela vai esperar. — O tom de voz parcamente sobressaltado sugeriu que nenhuma outra possibilidade sequer lhe ocorreu.
Por um breve momento, Katie concedeu a si própria a indulgência de imaginar Nikos Lakis abandonado no altar, um homem despedaçado. A noiva abandonando Nik naquela feliz visão produzia uma semelhança inquietante consigo mesma. Por mais divertida que fosse a fantasia, Katie precisava pensar em um modo de lidar com Nik no mundo real, e negar-lhe os seus favores dificilmente ajudaria... o que poderia?
Era tão óbvio que Katie não soube como não pensara nisso antes.
— Então talvez você tenha uma namorada que deixará que você pise em cima dela e que vai esperá-lo até o dia do juízo final, mas a imprensa é outro departamento. Eles não têm tanta tolerância com playboys ricos.
Katie sentiu o corpanzil dele ficar tenso por trás do volante.
— Significando que...?
Ela recusou-se se abater pela ameaça na voz aveludada.
— Significando que certos setores da imprensa armariam um verdadeiro circo se descobrissem que um membro da família Lakis passou por uma falsa cerimônia de casamento para conseguir dinheiro para manter o estilo de vida pródigo.
Bilionário grego, jovem e mais bonito do que qualquer homem tinha o direito de ser... Katie não sabia muito a respeito dessas coisas, mas apostava que a imprensa possuía pilhas de arquivos sobre Nikos Lakis, e mais do que um interesse passageiro nos seu planos de casamento do passado, presente ou futuro! Claro que jamais procuraria a imprensa de fato, mas Nik não precisava saber disso. A esta altura, se Nik achasse que era uma vaca avarenta definitivamente operaria a seu favor. Katie adejou um olhar cauteloso ao perfil dele... e engoliu em seco, definitivamente deu o seu recado.
— Posso ver as manchetes agora mesmo... — arfou. Apesar de estar olhando fixo para fora da janela, Katie tinha ciência da tensão explosiva na figura alta ao lado. O silêncio entre eles se estendeu até que Katie não pôde mais suportar, revirou-se no assento e atirou um olhar para Nik.
Se a expressão de Nik dava alguma pista, ele estaria vendo aquelas manchetes das quais lhe falara. Katie poupou a consciência confusa, lembrando-se que não precisaria apelar para esse tipo de tática caso Nik não houvesse jogado sujo primeiro.
— Você está me ameaçando? — perguntou incrédulo. -Pense muito bem antes de fazer isso, yineka mou.
Agora veja quem estava ameaçando...?
— Eu não sou a sua yineka mou — rosnou Katie, antes de acrescentar — é a terceira casa à esquerda depois da cabine telefônica. — Sentiu algum conforto pelo fato da iluminação pública ser bastante fraca na avenida arborizada com sólidas casas eduardianas, pois mesmo sob luz baixa, o carro que Nik dirigia era passível de ser notado. Nik pareceu a Katie um tipo prático de homem, que esperaria até que não houvesse testemunhas para estrangulá-la.
O fato de que queria estrangulá-la não estava em dúvida!
— Você fala grego? — Nik soou sobressaltado.
Katie ficou paralisada. A resposta ao sarcástico tratamento afetuoso fora inconsciente.
— Apenas algumas palavras — murmurou ela, pensando na canção de ninar que a mãe cantava quando ela não conseguia dormir. Aquele e uns poucos tratamentos carinhosos eram o limite do seu vocabulário, embora Katie desejasse nesse momento ter um domínio mais amplo do idioma materno.
— Quando visito um país — contou, brandamente — sigo a regra de saber como perguntar o caminho do toalete, pedir uma bebida ou entender o que um homem diz enquanto faz amor comigo.
Essa sou eu, a sofisticada mulher do mundo, muito viajada e ainda mais versada em outros assuntos. Meu Deus, Nik daria gargalhadas se soubesse o quanto isso estava longe da verdade. A única vez em que seu passaporte deixou as bolas de naftalina para trás foi durante um dia de visita à Calais, e quanto ao resto, devia haver umas poucas mulheres de 25 anos menos experientes!
Todos os pensamentos ressentidos quanto a não ser bilíngüe e à página em branco que era a sua vida sexual evadiram da mente de Katie assim que dobraram a próxima esquina.
— Oh, minha nossa...! Pare o carro! — Katie bradou esbaforida.
— Não há necessidade para teatro, ou trapaças. Seja razoável. Eu seria um péssimo inimigo para se escolher, e uma mulher engenhosa como você, sem dúvida, encontrará outro homem simplório com uma gorda conta bancária. Porém, não posso permitir que se case com Tom.
Katie não deu ouvidos àquelas palavras poderosas, pois literalmente sacudiu de frustração no assento.
— Eu disse pare o carro! — ela berrou, agarrando o volante. Houve uma luta breve, durante a qual o carro guinou violentamente para a esquerda, desviando por um fio de uma grande nogueira antes que Nik, lívido e praguejando, trouxesse o veículo de volta à imobilidade com segurança.
— Você está louca? — vociferou. — Você poderia ter matado a nós dois!
Katie, que fora jogada contra a porta, balançou a cabeça para amainar o zumbido nos ouvidos.
— Bem, se tivesse feito o que pedi em vez de me ignorar -retorquiu, tentando alcançar o trinco da porta.
Dedos morenos vieram cobrir os dela próprios
— Você não vai a lugar nenhum...
Katie virou a cabeça impacientemente na direção dele
— Cale a boca e ligue para o corpo de bombeiros, aquele é o meu apartamento lá em cima, com a fumaça saindo pela maldita janela.
— Theos!
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Autor(a): fanofbooks
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
CAPÍTULO CINCO Katie não ficou esperando sentada para ver se Nik fazia o que pediu. Escancarou a porta e, segurando a saia longa, correu desabaladamente pelo caminho que levava até a entrada que dividia com Sadie. Alternadamente, Katie esmurrava a porta e revirava a bolsa à procura da chave. Antes que pudesse encontrá-la, Sadie ap ...
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