Fanfic: Another World | Tema: One Direction

 Notas do capítulo
Esse capítulo é meio triste. Mas como uma pessoa muito importante me disse uma vez: "No final das contas, toda fic sempre tem um fio de verdade." :)

Kathe POV`s:

Chegamos em Londres, eu amei logo de cara. Não sei explicar, mas tenho uma ligação muito estranha com esse lugar, me parece familiar, sinto uma coisa muito boa, sinto que aqui é meu lugar. As meninas não sabem, mas eu tenho um motivo para estar aqui, mesmo que elas desistissem de vim, eu viria do mesmo jeito, claro que não seria a mesma coisa sem elas, afinal de contas passamos muito tempo juntas, faz três anos que estamos sempre juntas, acontecem brigas, mas, sempre com elas. Enfim, eu vim porque a uns dois meses atrás eu descobrir que era adotada, sempre suspeitei disso, pois era seria a explicação de tanta raiva da minha mãe comigo. Não entendia aquela raiva toda, até que no meio de uma briga, ela berrou isso: " Você é adotada garota, sai daqui, sai da minha casa, da minha vida." Essas palavras doeram, mas era o que eu já imaginava. Meu pai sempre gostou de mim, não deixou eu sair de casa, mesmo eu querendo, por isso ele me emancipou e como eu já trabalhava lá no Brasil, juntei dinheiro para vim para Londres estudar, trabalhar e conhecer meus pais verdadeiros. Ele me explicou tudo o que havia acontecido:

– Kathe, é verdade o que ela te falou. Não queria que você ficasse sabendo desse modo, não era justo contigo, ela não podia ter feito isso. - Ele disse e as palavras sairam com uma tonalidade de raiva, revolta.- Ela não tinha esse direito, mas enfim, já que ela te falou isso, vou te contar a sua verdadeira história. - Ele respirou fundo, e eu o olhei sem nenhuma expressão:

Eu tinha um amigo, ele se chamava Miguel, ele era um colega de trabalho. Era legal, gostava de curti a vida, mas era casado. Ele teve um caso com uma funcionária da nossa empresa, ela se chamava Eleonor, ela era apaixonada por seu pai, sempre foi. Eles tiveram um relacionamento, mas que não durou muito pois ele se apaixonou por Lily, e se casaram. Eleonor engravidou, contou para Miguel e ele disse que não poderia assumir a criança, pelo menos não agora pois não teria como contar para Lily, que havia adquirido uma doença durante uma viagem a Noruega, não se sabia exatamente qual era a doença, mas ela avançava a cada dia e Lily ia piorando. Miguel não queria ter mais essa preocupação, pois sua vida se resumia apenas em Lily naquele momento, mas mesmo assim não deixou Eleonor sem recursos para sobreviver, deu toda a assistência possível a ela.

Um dia, descobriram o que Lily tinha, era uma doença no fígado... logo começaram a tratar, mas o tratamento não existia no Brasil, então foram para Londres. Eleonor teve sua filha, mas teve depressão pós parto, onde não queria a criança por nada naquele mundo. Como Miguel havia ido embora, a criança ficou na maternidade durante a estádia de Eleonor, mas depois não sabiam com quem deixaria a menina.

Nesse meio tempo, Madeline também teve uma filha, mas o cordão umbilical a enforcou durnate o parto e a menina morreu. Madeline não ficou sabendo, porque eu não deixei. Como a filha de Eleonor estava no mesmo hospital e eu havia ficado sabendo da história dela, decidi a adotar, sem ninguém saber. Pedi para que a enfermeira não contasse o que havia acontecido para Madeline. Então Kathe, eu te adotei.

Madeline só ficou sabendo que você não era a verdadeira filha dela, sete anos depois, foi ai que ela começou a te tratar assim, a te rejeitar, como se você não fosse nada para ela. Todo aquele carinho que ela tinha contigo sumiu de uma hora para a outra, ela não queria aceitar. Eu conversei com ela, mas ela não quis mudar, até que hoje ela não aguentou e te falou tudo. - Eu ouvia a história chorando, era meio fria mas naquele momento não contive as lágrimas, elas cairam e eu não as impedi.

– Pai, o que aconteceu com Eleonor? - Falei isso, com a voz quase sumindo, os soluços não paravam e muito menos as lágrimas.

– Eleonor teve alta, foi embora do Brasil, eu não sei ao certo. Meses depois, algumas pessoas que tinham e mantém contato com ela até hoje, disseram que ela foi para Austrália e lá construiu uma família. 
– E o Miguel pai, onde ele está?
– Até onde eu sei, ele continua em Londres com Lily, tiveram um filho. - Ele me abraçou ficou comigo durante vários minutos, secando as minhas lágrimas, esperando eu me acalmar, mas parecia impossível, tudo aquilo era muita coisa para minha cabeça. Ele me abraçava, fazia carinho em mim, até que ele me levantou e disse, com as lágrimas nos olhos:
– Meu amor, eu vou entender se você quiser procurar seus pais. Nunca vou te impedir de fazer isso, você é meu mundo e sabe disso não é? - Eu chorei mais ainda. - Não é porque eu te contei toda verdade, que você não será mais a minha filha. Eu te amo muito, nunca se esqueça. Mas se você quiser ir procura-los, eu não a impedirei. - Ele disse chorando, me abrançando e eu acabei chorando mais com tudo aquilo.

– Pai, eu preciso pensar um pouco, é muita coisa, preciso ficar um pouco só. - Disse me levantando de seu colo.
– Tudo bem meu amor, vou sair e você tenta dormir um pouco e pensa tá? Qualquer coisa que precisar, estarei sempre aqui. Não deixarei mais Madeline te incomodar, não mais. - Nessa hora, ele disse com raiva.
– Tudo bem pai, boa noite, eu te amo.
– Boa noite minha filha, eu te amo também, tenta dormir.

Então foi ai que eu descobri a minha história, entendem por que eu tenho essa "ligação" estranha com essa cidade? Miguel está aqui, aquele que eu deveria chamar de pai, mas não conseguia. Meu pai estava no Brasil, me apoiando em tudo. Pelo o que eu percebi, Miguel parecia me querer, mas o amor que ele sentia por Lily era maior.
Eu vim para procura-lo, queria saber qual seria a reação dele ao me ver, ao saber que eu estou viva e que estou em sua frente, tão perto e ao mesmo tempo tão longe dele. Era o que eu queria saber.

Como eu era fria, as meninas não sabiam disso. As únicas que eu contei: Darcy e Anni. Ela me apoiaram e me ajudam sempre quando preciso.
Quando chegamos aqui, já conheci um menino o qual me "interessei", o Fred, não me relaciono muito, ele é legal, divertido, fofo... mas prefiro me focar no que eu realmente quero nesse momento. Anni sofreu um acidente, mas a parte boa: ela conheceu Louis, um dos integrantes do 1D, que ela e Darcy era loucas apaixonadas e Darcy conheceu Zayn, aquele que ela mais amava e queria até ter filhos. Elas me animam tanto, me fazem tão bem...
Agora, vou me focar em achar o que vim procurar: Miguel.