Fanfic: O Playboy Apaixonado - Leanne Banks[Os Barone de Boston -1] | Tema: livro original, hot, romantico,
Capítulo Três
O que realmente queria era uma mulher nua e sexo ardente seguido de um pouco de paz e uma taça de vinho. Nicholas exalou um profundo suspiro ao alcançar a porta de entrada de sua casa. Estava muito cansado depois de sua jornada de trabalho e ainda tinha que comparecer à uma festa na casa do prefeito.
- Bem vindo ao lar. – Gail o saudou com um amplo sorriso, com Molly no colo. – Temos duas surpresas para você.
Nicholas passou uma mão pela mandíbula. Algo lhe dizia que nenhuma das duas coisas incluía uma mulher nua e sexo apaixonante. Exalou um suspirou e afastou de si seus instintos mais baixos para prestar toda atenção em sua filha.
- Oi, senhorita Molly. Como você está?
A menina virou a cabeça com timidez. Aquilo era um avanço. Pelo menos não começara a chorar.
- Hoje tivemos pela primeira vez a aula de natação para bebês no clube. – falou Gail. – Os primeiros quinze minutos passou chorando, mas logo depois passou muito bem. Creio que é meio peixe. E também esteve olhando sua fotografia e apertando o botão de mensagem o tempo todo. Olhe o que aprendeu a dizer...
- Pa-pa-pa. – disse a menina depois de escutar algo que Gail falou em seu ouvido.
- Que garota inteligente! – comentou Nicholas acariciando sua cabecinha, absolutamente encantado. – Ao que parece, passaram muito bem hoje. Droga, antes não tivesse que ir à uma festa essa noite. – assegurou com uma pontada de inveja.
- Não se preocupe com nós duas. – respondeu Gail sentindo uma pontada de desilusão. – Estaremos bem.
- Sei, quem não estará bem sou eu. – disse com amargura. – Ah sim, pode tirar a noite de folga. Meu pai está fora da cidade e minha mãe diz que está com síndrome de abstinência da menina, assim essa noite, cuidará de Molly.
- Muito bem. Assim dirá a ela a palavra nova que aprendeu.
- E você? O que fará?
- Não sei. – falou Gail encolhendo os ombros. – Talvez ligue para Jonathan.
Aquela idéia não caiu nada bem para Nicholas.
- Ou talvez pudesse converter essa festa em algo mais suportável me acompanhando. – sugeriu sem pensar.
- Eu? – ela perguntou arregalando os olhos.
- A garota com quem iria, está com gripe. – disse Nicholas encolhendo os ombros. – Para ser sincero, havia esquecido que tinha me comprometido a ir, até que ela me ligou para cancelar o encontro.
- Já vejo. – murmurou Gail piscando enquanto registrava suas palavras. – E por que não procura em sua agenda, ou deveria dizer sua grande agenda, e... ?
- Por que essa noite não tenho vontade de me divertir. Estou cansado. – assegurou enquanto soltava a gravata. – Mas tenho que ir porque se trata do prefeito, e tem que haver ali um Barone.
- Mas há muitos Barone, não?
- Sim, mas... – Nicholas começou a dizer antes de se interromper e dar de ombros.
- Já sei, mas você é o mais velho e é o que se espera de você... É uma festa formal?
- Eu irei com essa roupa que estou, mas você pode vestir o que quiser. – assegurou ele sacudindo a cabeça. – As pantufas de coelhinhos poderiam ser um bom motivo para iniciar uma conversação.
- Tenho certeza disso. – respondeu Gail olhando-lhe de soslaio. – Tudo bem, eu vou. – acrescentou depois de uma pausa.
A sensação de alivio que Nicholas sentiu naquele momento o pegou de surpresa. Mas teria tempo de analisá-la mais tarde.
- Ótimo. Poderia ficar pronta em trinta minutos? – perguntou, conhecendo de ante-mão a resposta.
Aquela era uma das coisas que Gail tinha de bom. Tinha certeza que se arrumaria rapidinho.
Gail abriu a porta de seu armário e tragou saliva. Estava aterrada. Acabara de aceitar um semi-encontro com Nicholas Barone. Ainda que não se tratasse disso, ela era apenas um remendo de ultima hora para algo que ele não queria ir.
Gail sentiu o coração bater com força no peito. Então, por que havia aceitado? Nicholas parecera-lhe tão bonito e tão indefeso, e tão enternecido quando Molly chamara-o de papai, que sentira pena dele.
Sabia que aquilo era ridículo. Tratava-se do solteiro mais desejado de Boston. Era tão atraente que qualquer mulher precisaria de um traje ignífugo[1] para estar ao seu lado. Gail olhou seu guarda-roupa, perguntando-se se teria algo que repelisse o fogo.
Olhou o relógio e sentiu outra onda de pânico. Supunha que teria que se converter de babá a acompanhante adequada em menos de vinte e cinco minutos, quando o certo era que precisaria ao menos de uma semana para levar a cabo semelhante transformação.
- Uma semana... – murmurou enquanto tirava do armário uma jaqueta marrom e uma saia comprida combinando.
Torcia para que ainda coubesse. Logo, tirou um par de botas, e pensou que lhe faria falta um par de meias. Dirigiu-se a cômoda onde guardava suas lingeries. O último par que vestira tinha um fio puxado, e ao que parecia, não tinha outro.
Outra onda de pânico. Tentaria cobri-lo com a saia. Logo olhou-se no espelho. Tinha que fazer algo com o cabelo e o rosto.
Depois de várias tentativas falhas de maquiar os olhos, Gail rendeu-se. Aplicou um pouco de batom e rímel em seus pálidos cílios, colheu os cabelos em um coque informal de onde escapavam varias mechas rebeldes, mas não tinha jeito de controlá-las. Nervosa e cheia de dúvidas, desceu as escadas.
Nicholas ficou olhando-a durante um momento tão longo que esteve a ponto de dar a volta e regressar por onde tinha chegado.
- Chocolate. – disse ele finalmente. – lhe cai bem a cor chocolate.
E Gail sentiu-se quase bonita. Depois de um curto trajeto no esportivo carro de luxo de Nicholas, chegaram à casa do Prefeito. Um guardador de carros se encarregou do veiculo e uma moça com uniforme preto guardou seus casacos. Com um só olhar ao salão cheio do Prefeito Foorwood, Gail soube que não estava adequadamente vestida. Quase todas as mulheres vestiam o pretinho básico curto. Gail nem mesmo tinha um desse tipo. Não necessitara de um para seu trabalho anterior e claro, muito menos para a quadra de voleibol. Tratou de deixar de lado o incômodo, e tentou projetar para seu exterior uma segurança que não sentia.
Uma mulher trajando seu vestido preto e colar de pérolas aproximou-se de Nicholas e estendeu-lhe a mão.
- Nicholas, estamos encantados que você tenha vindo. Bill sempre diz que uma festa não é uma festa se não há representação dos Barone. Pensei que Corinne se reuniria conosco também. – disse a mulher observando Gail.
- Corinne está doente, e Gail foi muito amável em me acompanhar de última hora. – disse Nicholas. – Gail Fenton, Jô-Ann Forwood.
- É um prazer conhecê-la. Você tem uma casa maravilhosa. – disse Gail.
- Obrigada. Você trabalha com Nicholas? – perguntou Jô-Ann olhando-a com curiosidade mal dissimulada.
- Bom, acabo de começar a ...
- Gail é uma boa amiga da família. – interrompeu Nicholas. – Não acabou de me dizer que está com sede? – perguntou virando-se para ela.
Gail perguntou-se por que ele não queria que Jô-Ann soubesse que era a babá de sua filha.
- Avisarei ao garçom para que lhes atenda. – disse Jo-Ann. – Licença por um momento.
- Por que não quer dizer que sou a babá de sua filha? – espetou Gail quando a outra mulher se foi.
- Porque não é assunto dela. – assegurou Nicholas com irritação.
- Não será por que tem vergonha de estar aqui com uma babá?
- Eu faço o que me dê na... – começou a dizer ele com os olhos cheios de raiva. – Depois conversamos. O prefeito está vindo para cá.
Durante os trinta minutos seguintes, Gail conheceu seis pessoas, e todas elas perguntaram por Corinne. Gail cada vez punha-se mais sombria ante a expressão de dúvida que mostravam seus rostos quando a olhavam. Sentia-se como um peixe fora d’água. E, para ser sincera, não tinha nenhum interesse em entrar na água. Por alguma estranha razão, a única coisa que queria era agradar Nicholas. Mas a festa seguiu seu curso, e Gail logo se viu separada dele. Uma mulher bonita atrás da outra reclamava sua atenção.
Hasteando mentalmente a bandeira branca de rendição, Gail bebeu outra cerveja e perambulou pelo salão sem saber muito bem o que fazer. Finalmente, optou por sentar-se em uma poltrona que estava na habitação adjacente. Ao menos ali estaria a salvo de todos os olhares.
- Até que enfim te encontrei. – disse a voz de Nicholas às suas costas ao final de muito tempo. – Não estou acostumado a ter que perseguir minhas acompanhantes.
- Bom, não sou mesmo uma acompanhante. – ela assegurou. – Mas sou a babá de sua filha exercendo o papel de uma e a qual não tem que atender em uma festa que não tinha vontade de vir.
Nicholas guardou silêncio enquanto a guiava para fora da festa depois de despedir-se dos anfitriões e dos convidados.
Aquela sensação de não ser suficientemente adequada perseguiu Gail durante os dias que se seguiram. Quando chegou quinta-feira à noite, o dia da partida, já estava preparada para liberar toda sua tensão na quadra de voleibol. Jogou com força, com demasiada força e distendeu o músculo do ombro quando faltavam três minutos para terminar a partida.
Sua equipe havia ganhado, e seus companheiros estavam maravilhados com a atuação de Gail. Queriam levá-la ao seu bar preferido para celebrar, mas seu ombro doía demais para andar por aí. Dirigiu para casa, abriu a porta principal com sua chave e avançou pelo corredor tentando não fazer barulho. A única coisa que queria era desfrutar do silêncio e da paz de seu quarto.
- Como foi o jogo? – perguntou às suas costas uma conhecida voz masculina em um tom que lhe provocou um tombo no coração.
Gail ficou tensa, mas não deu a volta. Não queria olhá-lo. Ultimamente aquele homem ocupava em demasia seus pensamentos.
- Maravilhosa. Os massacramos. O único problema é que eu também massacrei o ombro na tentativa.
- É grave? – Nicholas se interessou aproximando-se mais.
- Não creio que vá morrer por isso.
- Mas deve estar doendo muito. – ele assegurou com um sorriso de comiseração. Por que não entra na jacuzzi que tem no ginásio no andar de baixo? Cairá bem.
Gail não podia negar que a idéia de submergir-se durante uns minutos dentro de uma banheira quente com bolhas era tentadora.
- Farei isso, e depois me meterei na cama. – disse finalmente o olhando. – Obrigada.
Gail subiu com toda pressa as escadas, tirou a roupa e pôs um maiô. Ao dar-se conta de que talvez encontrasse com Nicholas, decidiu vestir um moletom. Desceu as escadas que levavam ao ginásio e viu que a luz estava acesa e a banheira borbulhando com aspecto convidativo.
Exalando um suspiro de alívio ao comprovar que Nicholas não estava à vista, Gail tirou o moletom e entrou na banheira de hidromassagem. Afundou na água quente e gemeu de prazer enquanto a tensão começava a se esvair de seus músculos imediatamente. Fechou os olhos e relaxou.
- É o ombro direito, não é? – perguntou Nicholas às suas costas.
Deu-lhe tal susto que Gail incorporou-se como movida como por um impulso.
- Tem que relaxar. – ele assegurou colando a mão sobre a pele desnuda.
- Seria uma grande ajuda se não aparecesse atrás de mim como uma serpente.
- Não foi assim. Estava quase dormindo. – disse Nicholas enquanto massageava suavemente seu ombro. – Relaxe.
Como poderia com ele lhe tocando? Gail fechou os olhos e suspirou. Enquanto Nicholas se mantivesse fora da banheira, não haveria problemas. Permitiu-se relaxar enquanto os dedos de Nicholas trabalhavam o músculo tencionado.
- É muito difícil fazer isso nessa posição. – escutou-o dizer entre dentes. – Vou entrar.
Autor(a): fanofbooks
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Capítulo Quatro - Não! De verdade, não precisa. Já fez o suficiente – Gail assegurou pondo-se de pé na banheira. – Mais do que o suficiente. - O que acontece com você? – Nicholas perguntou olhando-a fixamente enquanto entrava na hidromassagem – Com o que se assusta? Tem fobia de banheiras o ...
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