Fanfics Brasil - 6 O Playboy Apaixonado - Leanne Banks[Os Barone de Boston -1]

Fanfic: O Playboy Apaixonado - Leanne Banks[Os Barone de Boston -1] | Tema: livro original, hot, romantico,


Capítulo: 6

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Capítulo Cinco


  


A babá de sua filha tinha um encontro.


Aquela perspectiva irritava profundamente Nicholas, mas guardou a raiva para si. Durante os últimos dias, havia sido testemunha de como Gail tinha sofrido uma grande transformação ante seus olhos. Havia cortado seus cabelos de forma que suas mexas destacavam-se de maneira sensual, ao invés de tentar domá-los. E na noite anterior, quando voltou para casa, teria jurado que estava maquiada.


Isso não deveria importar a Nicholas. Enquanto cuidasse bem de Molly, não era de sua conta o que Gail fazia fora das horas de trabalho. Mas estava preocupado com ela. Tinha sete irmãos mais novos, quatro deles garotas, e tinha o instinto de proteção muito desenvolvido. Enquanto relia pela terceira vez o mesmo parágrafo da seção de economia do Wall Street Journal, Nicholas disse a si mesmo que sentia por Gail a mesma preocupação que sentiria por qualquer de suas irmãs.


Molly tinha dormido cedo, e ele estava disposto a passar uma noite tranqüila em frente à chaminé do escritório.


Escutou o som de saltos na escada. Gail. Sentiu muita curiosidade, e esticou o pescoço para vê-la, mas foi inútil. Então, sentou-se em outra poltrona que estava num ângulo diferente e esperou que ela continuasse descendo.


Quando a viu, os olhos saíram das órbitas. O Wall Street Journal escorregou por seus dedos.


O que aquela mulher fizera? Sua cabeleira selvagem caia em suaves cachos que lhe contornavam o rosto, e tinha posto suficiente maquiagem para pintar três mulheres. Ademais, o delineador enfatizava o olhar de maneira sensual. Vestia um traje púrpura que lhe marcavam as curvas e descia até acima dos joelhos, deixando descoberta suas bem torneadas pernas. Seus lábios, pintados de vermelho, mostravam um gesto de desgosto enquanto olhava os saltos altos com uma expressão de completo desespero.


-  Sinto-me como se estivesse andando em pernas de pau. – murmurou.


Então levantou a vista e encontrou-se com o olhar de Nicholas. Ele sentiu como se lhe desse um soco no estômago. Gail esteve a ponto de deixar-se levar pela onda de insegurança, mas levantou o queixo e o enfrentou.


- Gosta do meu novo visual?


Nicholas piscou várias vezes e meteu as mãos nos bolsos. A visão de sua boca, acentuada pelo vermelho do batom, trouxe à sua mente um sem fim de imagens proibidas.


- Está... Está muito diferente.


- Fui ver um estilista. – continuou ela. – Além de cortar meu cabelo, me ensinou a me maquiar e me recomendou esse vestido. Adoro ser babá, mas ultimamente comecei a pensar que os homens me vêem como... Como alguém assexuada, em parte por culpa do meu trabalho. Por isso pensei que me cairia bem uma mudança.


- Posso ver. – disse Nicholas tragando saliva. – Agora tem uma imagem esplêndida, mas alguns homens... Suponho que alguns homens preferem a beleza natural, e sentem-se atraídos pela modéstia.


- Sério? – perguntou ela balançando a cabeça, como se estivesse considerando a opção. – Suponho que se refira a homens de sessenta ou setenta anos...


- Não necessariamente. – respondeu Nicholas.


- E o que acharia se uma mulher se aproximasse de você, sem conhecê-lo e lhe dissesse: “Nossa, esqueci de vestir minha calcinha”? – perguntou omitindo-se da cara de assombro de Nicholas. – É um dos conselhos que li na revista Deusas. Assegura que é um truque infalível para conquistar um homem. Você não se esqueceria de uma mulher que lhe falasse algo semelhante, não é verdade? Eu passei a vida vendo como os homens passavam ao meu lado, e acho que é hora de mudar. Acha que se eu praticar na frente do espelho, serei capaz de dizer?


- Dizer o quê?


- Nossa, esqueci de vestir minha calcinha. – disse Gail tirando o casaco do armário.


Por Deus, antes não fosse capaz, pensou Nicholas. O timbre da porta o salvou de ter de responder. Uma dúzia de advertências e conselhos de precaução rodaram por sua cabeça enquanto ela punha a mão na maçaneta: “Não tire o casaco. Dê-lhe um bofetão se lhe encostar. Mantenha as pernas cruzadas”. Mas guardou todas para si, menos uma:


- Tenha cuidado.


- Durante toda minha vida tive cuidado. – respondeu Gail depois de olhá-lo nos olhos fixamente durante um bom tempo. – As deusas devem ser selvagens e sábias.


Ao vê-la cruzar a porta, Nicholas fez inconscientemente o sinal da cruz. O que tinha acontecido com a doce e inocente babá de sua filha? Se o cara com quem ia sair tentasse fazer metade das coisas que tinham passado pela mente dele, então Gail não voltaria para casa até meados de fevereiro.


Nicholas soltou um palavrão enquanto percorria o escritório de cima a baixo. Deveria ter contratado aquela mulher de meia idade com botas ortopédicas. Com certeza ela não lhe provocaria acidez no estômago. Mas também tampouco teria permitido que Molly puxasse seu cabelo até a raiz como fazia Gail.


Nicholas passou a mão pela cabeça e disse a si mesmo que talvez Gail estivesse tentando se liberar, mas debaixo daquela aparência de bomba sexual escondia-se uma pessoa sensata e precavida. Nunca lhe ocorrera aquela frase tão absurda sobre a calcinha. “Nunca”, repetiu a si mesmo, incapaz de compreender porquê de repente sentia-se tão animado.


Nicholas fez um esforço para voltar a se sentar e recolheu o jornal do chão. Aquela seria uma noite apetecível. Uma noite relaxante. Assim  se dispôs a retomar o artigo que estava lendo.


Mas a cada parágrafo lhe aparecia outra frase que martelava sem piedade.


Gail vestira a calcinha ou não?


 


Gail decidiu fingir que Nicholas era seu tio. Aquela era a única maneira que lhe ocorreu para sobreviver à proximidade do homem mais sensual que havia conhecido em sua vida. Todas as noites falavam de Molly, de como havia passado o dia, e como ele havia passado o dele. Seria muito fácil deixar-se levar pela atração que sentia.


Desde que se convertera em seu tio imaginário, Gail decidiu compartilhar com ele a batalha que levara a cabo para liberar a deusa que havia em seu interior. Falando com ele de meias e cinta ligas conseguiria acabar com todo o mistério, e ela quase seria capaz de manter a cabeça no lugar.


- Molly começará a andar qualquer dia desses. – comentou com Nicholas enquanto servia-se de uma soda e se reunia com ele no sofá do escritório para sua conversa noturna. – Adora que segure suas mãos por cima da cabeça e a ajude a dar passinhos.


- Não queria perder isso. – assegurou Nicholas enquanto afrouxava o nó da gravata e dava um gole em sua taça de vinho tinto. – Prometa que me avisará quando der seu primeiro passo.


- E se estiver em reunião?


- Pois interrompa a reunião.


- Às ordens. – burlou Gail levando a mão a cabeça para lhe fazer a saudação militar.


- É assim que eu gosto, que concorde comigo. Isso é uma novidade. – assegurou Nicholas com um sorriso sensual.


- Não se acostume. – contestou ela. – As deusas somente estão de acordo com o que lhes convêm.


- E lá vamos nós outra vez com isso... – lamentou-se Nicholas sacudindo a cabeça.


- Claro, para você é muito fácil debochar. – protestou ela com uma careta. – Estou convencida que você nunca teve nenhum problema para atrair as mulheres.


- Seguramente não, mas temo que não sou capaz de atrair as mulheres adequadas. Um claro exemplo é a mãe de Molly. Sempre estava à espreita de um cheque com mais cifras. Com efeito, a única razão pela qual não voltou comigo quando soube que estava grávida foi porque encontrou um homem com uma conta corrente com mais zeros que a minha e lhe disse que Molly era sua filha.


A amargura de sua voz era tão palpável que Gail podia senti-la no ambiente.


- Ainda a quer? – perguntou-lhe.


- Claro que não. – respondeu Nicholas no mesmo instante com um gesto assombrado. – Deixei de querê-la no dia em que rompi com ela.


- Então por que permite que continue controlando sua vida? O que quero dizer é que está tão decidido a não ter uma relação séria com nenhuma mulher que talvez perca a oportunidade de experimentar o verdadeiro amor.


- Terei em conta seu conselho. – respondeu ele depois de guardar silêncio um tempo. – E o que me diz de você? Como vai seu processo de se converter numa deusa?


- A última coisa que li é que vendem um batom que dura oito horas. Feito para que agüente uma maratona de sexo. – respondeu Gail sentindo-se um pouco estúpida.


- Já o comprou? – questionou Nicholas olhando-a com intensidade enquanto bebia um sorvo de sua taça de vinho.


Gail sentiu suas bochechas corarem, mas assentiu com a cabeça.


- Já encontrou alguém com quem quer experimentar?


- Ainda não. – assegurou ela levantando o queixo. – Mas estarei preparada quando apareça.


Nicholas estava no meio de uma reunião com os diretores da empresa quando dois dias mais tarde sua assistente entrou silenciosamente no escritório e lhe passou uma nota:


“Sua filha está andando por todos os lados.”


Um onda de orgulho e felicidade atravessou Nicholas. Molly já andava. Inventou uma desculpa e deixou seu vice-presidente a cargo da reunião. Agarrou as chaves do carro, disse para sua assistente que voltaria mais tarde e se dirigiu para casa.


Abriu a porta e entrou no estúdio. Gail segurava Molly com uma das mãos enquanto sua filha andava pela habitação.


- Olhe, é papai! – exclamou Gail ao vê-lo entrar. – Mostre a ele como anda!


O rostinho de Molly iluminou-se de alegria ao vê-lo e logo, com o cenho franzido pela concentração, dirigiu-se para ele sem a ajuda de Gail.


Nicholas se pôs de joelhos para abraçá-la enquanto a menina batia palmas de alegria. Seu pai sentia o coração tão cheio que quase doía. Quando Molly fora morar com ele, uma parte oculta temia que a menina permanecesse triste e angustiada durante muito tempo. E entretanto, poucas semanas sob os cuidados de Gail haviam mudado completamente as coisas. Nicholas se perguntou se estaria consciente de seu poder.


- Fez um grande trabalho com ela. – assegurou incorporando-se com Molly no colo e olhando Gail nos olhos. – Sei que a principio não foi fácil. 


- Obrigada, mas foi algo realmente especial saber que uma pessoinha tão vulnerável precisa de você. – respondeu ela com um sorriso. – Faz com que esteja disposta a fazer qualquer coisa.


- De qualquer modo, obrigado por parte dos dois. – insistiu Nicholas. – Talvez pudéssemos celebrar indo à Baronesa tomar um sorvete.


- Eu não posso. – respondeu Gail com uma expressão um tanto triste. – Mas vocês sem dúvida deveriam ir.


- Por que não pode? – perguntou ele franzindo o cenho.


- É minha noite de folga e tenho um encontro.


- Bom, talvez em outra ocasião, então. – murmurou Nicholas irritado.


Irritado porque Gail tinha um encontro, irritado porque outro homem teria a oportunidade de estar com ela aquela noite, irritado por estar irritado.


Nicholas voltou ao trabalho e regressou à sua casa a tempo de ver Gail sair. Colocara um vestido preto e curto, mais elegante que os outros que havia comprado, e deu-se conta que além disso, tinha também apurado sua técnica de maquiagem.


Seu perfume permaneceu quando ela se foi, e Nicholas ficou aspirando-o até que se conscientizou do que estava fazendo e se sentiu um idiota.


Cansada de tanto andar, Molly dormiu logo, assim Nicholas renunciou à idéia de visitar a sorveteria da família. De todas as formas, não estava com humor. Nem tampouco o estava para ver a partida do Boston Celtics na televisão, nem para ler o jornal que tinha na mão. O tempo foi passando, e sua imaginação não deixava de voar. Perguntava-se o que estaria fazendo Gail.


Perguntava-se se aquele homem teria mexido com seu coração e se ela havia decidido provar o batom que durava oito horas. Perguntava-se se aquele tipo tentaria verificar se Gail vestia a calcinha por debaixo daquele vestido negro.


Sentiu um nó no estômago ao pensar nisso, e ficou tenso. Deveria estar pensando na mulher com quem sairia no dia seguinte, e não em Gail. Iria comparecer a uma festa com uma das mulheres mais bonitas de Boston, e deveria ser fácil deixar de pensar em sua babá. Então por que não era?


Era mais de meia noite quando desligou a televisão e dirigiu-se para as escadas. Então escutou um barulho na entrada. A porta se abriu e Gail, encharcada dos pés a cabeça, entrou em casa. A maquiagem estava manchada e suas mãos tremiam.


- Que diabos lhe aconteceu?


- Tive um pequeno desacordo com meu acompanhante. – respondeu ela com um leve sorriso.


-  A que se refere? – perguntou Nicholas enquanto um pensamento horrível atravessava sua mente.


- Insistiu para que eu fosse com ele ao seu apartamento, mas eu não queria. Ficou um pouco irritado, e...


- Quanto irritado? – insistiu ele pondo-se tenso.


- Bom, já sabe. – começou a dizer Gail. – Se não quer que alguém enfie a língua em sua boca, muito menos quer que a meta na garganta. E claro, tampouco quer que enfie as mãos por debaixo do vestido. Era pior que uma criança pequena. Eu disse a palavra “não” uma dúzia de vezes. Talvez fosse surdo. E isso porque não lhe mostrei nenhum dos truques para Deusas...


- Creio que esse tipo deveria aprender uma ou duas lições sobre como tratar uma mulher. – assegurou Nicholas cheio de fúria. – Ele a machucou?


- Não, claro que não. – assegurou Gail tirando o casaco e olhando seus sapatos. – Os saltos não foram feitos para uma caminhada de cinco quilômetros por Boston. Ficarei com calos, e não valem a pena por esse tipo. Poderia se virar? Não posso suportar essas meias mais nenhum minuto.


- Talvez devesse deixar eu controlar seus encontros.


- Meus encontros estão controlados. Esse tipo, Jeremy, é um conhecido de um dos meus colegas do voleibol. É novo na cidade. Graças a Deus tirei as meias. – murmurou exalando um suspiro. – Creio que se ofendeu quando eu disse que precisava de um banho frio.


- É verdade que você caminhou tanto? – perguntou Nicholas aliviado ao comprovar que já tremia menos.


- Não há táxis à essa hora quando chove. – ela assegurou.


- Deveria ter me ligado. – disse Nicholas aproximando-se mais.


- Não poderia. – contestou Gail exalando um suspiro. – É meu chefe


- Droga. – respondeu ele entre dentes agarrando seu braço. – Sua segurança é mais importante para Molly e para mim. Se voltar a estar em uma situação parecida, insisto que me chame.


- Não acredito que volte a acontecer, mas tudo bem. – disse Gail olhando-o nos olhos. – Agora a única coisa que quero é tomar um banho quente.


- Na jacuzzi? – sugeriu ele afastando uma mexa úmida de seu rosto.


Os olhos de Gail brilharam com o mesmo desejo proibido que ele sentia. Ela negou com a cabeça, mas Nicholas pode ler em seu rosto as lembranças do momento de paixão que haviam compartilhado.


- A jacuzzi está proibida para mim. – assegurou ela com a voz neutra, mas com um olhar tremendamente sensual que não foi capaz de dissimular. – E você está ainda mais proibido.


Nicholas sentiu um crescente e perigoso desejo de mostrar a Gail o quão deliciosas poderiam ser aquelas proibições. 


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Precisamos saber se vocês estão gostando, cometem, por favor!:)



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Autor(a): fanofbooks

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