Fanfics Brasil - 4 2 Lados

Fanfic: 2 Lados


Capítulo: 4

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Quando retornei ao apartamento, não tive ânimo para digitar minha rotina e enviá-la ao Sr. Lewis. Sinto-me um pouco conturbada com todos os acontecimentos. Não foram atitudes previstas. Tenho meus ombros tensos, como se estivesse segurando algo além de minhas forças. Sei que o maior afetado fora Victor, mas de certa forma algumas faíscas do fogo atingiram-me também. Quem sabe o fato de ser sua atual namorada. Não penso que as coisas se abrandarão, pois a tendência é que tudo ganhe um nível mais elevado a cada momento. Situações complexas aparecerão, contudo estou deitada em minha cama refletindo se realmente estarei preparada quando elas surgirem.


O silêncio prepondera a Costruzione Montessori. Os funcionários exercem suas funções calmamente. Não se ouve conversas sobre ontem. Talvez não tenham conhecimento do que ocorreu. Subo até a sala principal largando minhas coisas sobre a mesa. Passeio pelos corredores e bato a porta da sala do codiretor, com a esperança de que Victor já esteja lá.


- Victor, posso entrar? – Pergunto pela porta entreaberta.


- Sim. – Victor responde sentando em sua mesa de trabalho.


- Você está bem? – Minha voz diminuiu uns cinco tons abaixo do normal.


- Não.


Dá-me pena observar Victor Montessori. A expressão arrasada da noite anterior ainda perturba seu espírito. Seus belos olhos verdes emanam tristeza. Suponho que não dormira desde o incidente. Quem conseguiria dormir?


- Anne... – Victor caminha até mim e abraça-me em completo desespero. Suas lágrimas encharcam minha camisa. Eu retorno seu abraço. Meus braços em seu ombro, deslizando por seu cabelo. Ele parece uma criança desconsolada e perdida.


- Não chore Victor. – Sussurro.


- Ele está em uma clínica psiquiátrica. - Sua voz é quase um lamento.


- Como?


- Seus pais o internaram. – Seus braços apertam-me mais.


- Quando? Por quê? – Estou plenamente aturdida.


- Hugo tentou suicidar-se depois que fomos embora.


Céus!


- Victor, eu... – Meus pensamentos atrapalham-se e eu não consigo formular uma frase para consolá-lo diante de sua confissão.


- Não imaginei que ele tentaria algo assim. – Victor murmura.


- Ninguém suspeitaria Victor. – Guio-o para que sentemos no sofá de seu escritório. – Ainda bem que não aconteceu uma tragédia.


- Anne, meu pai ficou muito confuso com o que viu. – Seus olhos verdes e preocupados encaram-me. – Ele fez-me inúmeras perguntas.


- Ele desconfia de vocês? – Arregalei meus olhos.


- Creio que sim. – Ele balança a cabeça dando ênfase à sua confirmação.


- Deus meu. – Cubro minha boca com uma das mãos. – Isto é muito grave.


- Não sei o que fazer. – Victor fecha os olhos enquanto traga bruscamente.


- Victor, temos que pensar em algo.


- Eu sei, mas é que não tenho cabeça para isso. Eu só queria sumir Anne.


- Por que não sumimos juntos? – Uma ideia quase brilhante surge.


- Como? – Franze o cenho.


- Uma viagem. – Eu sorrio bobamente. – Por que não fazemos uma viagem? Daremos a desculpa de que precisamos de uns tempos sozinhos.


- Viagem não, sua burra! - Meu subconsciente repreende-me. – E Lewis, como fica? Como irá infiltrar-se nos negócios da empresa se mantiver quilômetros de distância dela?


- Aceito sua proposta. – Victor concorda. – Ficaremos fora até que a poeira baixe.


Oh não.


- Victor, eu... – Tenho argumentar contra minha própria sugestão. – Eu posso perder meu emprego se for contigo. – Pareço mais aflita do que desejo.


- Claro que não. Eu a contratei. – Ele sorri.


- Mas eu trabalho para seu pai.


- E eu escolho os empregados dele.


- Mas, eu... eu não...


- Você está reconsiderando sua oferta? – Ele aperta os olhos.


- Bom, não. Eu acho que não. – Deus, por que estou tão nervosa?


- Discutirei sua ausência da empresa com meu pai mais tarde. Presumo que ele não se importará tanto. Existem muitas pessoas que poderão ficar a cabo de suas funções enquanto viajamos.


Victor caminha de volta à sua mesa e inicia uma ligação.


- Onde gostaria de ir Anne? – Ele vira-se para olhar para mim.


- Ir? – Faço uma careta.


- Em nossa viagem. – Explica.


- Ah, eu não sei. Qualquer lugar está bom. – Encolho os ombros.


- Califórnia... Isso mesmo, reserve-me uma suíte no melhor hotel... Sim, para duas pessoas... Certo Fabíola... Capiche?... Obrigado. – Ele desliga.


Califórnia? Por que os italianos gostam tanto de calor? Eu deveria ter sugerido Londres.


- Partimos no domingo. – Ele dispara.


- Mas já? – Eu grito.


- Sim. Você terá amanhã para aprontar suas malas. Não se preocupe.


Malas? Não estou aflita por conta das malas. Tenho que comunicar-me com Lewis. E se ele opuser-se? Merda!


Gostaria de mandar esse maldito e-mail imediatamente, porém a gerência de tecnologia da informação da empresa checaria facilmente meus acessos. Seria dar mole demais se me pegassem devido a um descuido desses. Resolvo que Sr. Lewis pode esperar até que eu retorne ao meu palacete.


Anoto alguns compromissos do velhote Montessori. Reuniões na França acontecerão na próxima semana e eu não estarei para acompanhá-lo. Talvez nem convocar-me-ia. Separo os eventos mais consideráveis com a finalidade de analisar quais são as partes que poderiam interessar-me. Faço um levantamento de quais indivíduos popularmente conhecidos formarão a lista de convidados. É um trabalho fácil, que só exigi-me algumas pesquisas no Google.


Ao anoitecer concluo o arquivamento de tudo que obtive. A agenda do Sr. Montessori está impecavelmente organizada e agora sob os cuidados da assistente de Victor. Ela aceitara cumprir minhas obrigações em troca de uma semana de folga, logo que eu retornasse. Definitivamente as pessoas não fazem nada sem algo em troca.


Bebo algum vinho antigo que me é servido pelo hotel. Ligo meu notebook e acesso a conta de e-mail. Anexo o arquivo feito por mim ontem de manhã e preparo-me para escrever as façanhas sofridas nos últimos dois dias.


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De: Anne


Data: 29 de janeiro de 2012   20:26


Para: Clark Lewis


Assunto: Últimos acontecimentos


Caro Sr. Lewis


Perdoe-me por não enviar-lhe as descrições diárias como foi combinado. Muitas coisas aconteceram desde nosso mais recente e-mail. O evento ao qual a Vossa Senhoria ordenou que eu fosse, foi bem mais interessante do que poderia imaginar. O amante, Hugo Casagrandi, armou um glorioso barraco, o ponto alto da festa.


Infelizmente os assuntos sobre negociação aos quais passei a noite à espera, não foram relatados abertamente durante o jantar. Muitas pessoas foram à cerimônia e possivelmente não quiseram discutir suas conquistas na frente de muitos. Almejo tomar um maior conhecimento interrogando Victor Montessori. Discretamente é óbvio.


Temo informá-lo que domingo sairei de viagem. Uma fuga com o Montessori filho. Vamos à Califórnia para despistar as desconfianças sobre sexualidade que rodam as fundamentações de Giovanni. Victor e eu estaremos fora por uma semana. Durante a mesma, farei o possível para comunicar-me com sua pessoa. Muitas oportunidades surgirão para descobrir algo a mais. Espero francamente que não te oponhas. Deseje-me sorte.


Atenciosamente, Anne L. Moore.


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De: C. Lewis


Data: 29 de janeiro de 2012   20:45


Para: Anne


Assunto: Últimos acontecimentos


Querida Anne.


Deixou-me preocupado com sua ausência de informações. Por enquanto estás fazendo um ótimo trabalho. Alguns dias com um Montessori serão de grande proveito. Conheça todos os objetivos da construtora. Isto é de suma importância para mim. Você sabe.


Mais uma vez desejo-te toda a sorte do mundo. Faça uma ótima viagem.


Abraços, C. Lewis.


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Oh Deus, ele parece muito carinhoso em suas palavras ultimamente. Espero que não tenha alguma missão maligna em mente para mim.


Arrumar malas era uma tarefa repulsiva. Dobrar e ajeitar roupas é entediante. Eu estou de pé em frente ao meu closet sem ter ideia do que levar para a Califórnia. Provavelmente minha bagagem se resumiria em biquines, biquines e roupas de banho. Aquele lugar é quase um teste probatório para o inferno. Calor como aquele deveria ser extinto do planeta. Imagino como seriam seus habitantes, morenos, surfistas, cowboys, xerifes, dentre outros seres adaptáveis ao mormaço californiano.


Finalmente descanso minhas costas na cama. Pego uma revista de cima da cabeceira e começo a folhear. Encontro uma foto minha com Victor. Oh, a foto do jantar desastroso. Há uma legenda em negrito “Victor Montessori e namorada desfrutam de uma festa promovida por parceiros da construtora”. E que festa! Pelo visto a mídia já está por dentro de nosso relacionamento. Consequentemente outros também obterão conhecimento em breve.


Desligo o despertador as 07:00 horas da manhã. Por que diabos eu deixei esta coisa programada para alertar-me em um sábado? Caminho ao banheiro e em seguida faço um telefonema para a equipe do hotel. Meia hora depois uma moça sorridente bate a porta com um carrinho contendo meu pedido de café da manhã. Eu saboreio devagar enquanto meus olhos fixam-se na televisão à diante. Um reality show italiano é transmitido pela Cielo. Minha total devoção ao programa é distraída por alguém chamando-me no exterior do apartamento.


- Ciao Anne (em português “Olá Anne”). – Victor surpreende-me com um buquê de flores e uma garrafa de vinho que trás consigo.


Que alma atormentada entrara em seu corpo a esta hora da manhã com vinho e flores?


- Olá Victor. – Eu o encarei com um olhar interrogativo.


- Posso entrare?


- Oh sim, mas, por favor, não use este sotaque hediondo. Você sabe que quase não o compreendo.


- Sim, está bem. – Ele deu um breve sorriso e entregou-me o buquê e a garrafa.


- Você gostaria que eu lhe servisse uma taça de vinho?


- Oh não. Acabei de tomar café. – Respondeu.


- Por que me presenteou com uma bebida então? – Franzo a testa.


- É meio que uma tradição italiana. – Ele explicou acomodando-se no sofá da sala. – Sempre que um rapaz costuma visitar una donna, é viável que traga algo para tomarem.


Una donna! Eu pedi que não utilizasse esse palavreado maldito. Meu subconsciente ergue um rolo e se aquece para brigar mentalmente com seu adversário.


- Compreendo. – Passeio até a cozinha e armazeno a garrafa em uma pequena adega.


- Bom, Victor você deve ter um pretexto para visitar-me a esta hora. Eu adoraria ouvi-lo. – Sorrio.


- Preciso conversar com uma mulher.


- Oh. Você não quer dizer una donna? – Tentei imitar sem sucesso seu sotaque e Victor deixa escapar um esplendoroso sorriso de seus lábios. – Por que quer falar com uma mulher?


- Tenho dúvidas Anne. – Seus olhos apertaram-se como se estivesse envergonhado.


- Dúvidas? – Franzi o cenho. – Sobre o quê?


- Sobre como me relacionar com vocês. – Ele sorriu. – Você sabe que tenho uma ampla experiência com homens, mas com a espécie feminina sou inteiramente leigo.


Não pude prender o imenso sorriso que resplandeceu de minha boca. Ele é um pobre principiante. Sustento a premissa de que serei sua tutora no assunto. É muito bem vinda a ideia de orientar um homem na conquista e entendimento da mente mirabolante de uma mulher. Mesmo que este homem não o seja completamente.


- O que quer saber? – Gesticulo com a mão, ocupando espaço ao seu lado.


- Tudo. – Ele dispara.


- Tudo é muito relativo. Necessito de uma pergunta em questão. – Eu sorrio sugestivamente.


- Oh, uma pergunta. – Ele fecha os olhos e respira intimamente. – Bom, então... – Ele faz uma pausa como se as palavras fugissem do contexto. – Como é ser uma mulher? – Ele estala.


Eu pisco freneticamente procurando entender a lógica de sua indagação.


- Ser mulher é... – Olho para o teto procurando os adjetivos necessários para explicar-lhe. – É legal. – Eu sorrio. – Existem os fatores menstruação e cólicas que fazem parte do pacote feminino, junto com gravidez, filhos, cuidar da casa... – Uso meus dedos para enumerar as funções que nos são atribuídas. – E dominar o macho alfa. – Dou uma gargalhada. – Basicamente é isso.


- Agora entendo porque minha mãe separou-se do velho Montessori. – Nós rimos.


Velho Montessori. Ele o chama igual a mim.


- Anne... – Victor hesitou. – Posso te fazer mais uma pergunta?


- Sim, claro.


- Você já beijou outra mulher? – Ele disparou.


- Não. Obvio que não! – Agitei a cabeça veemente.


- Ah. – Sua expressão esfriou em 10ºC.


- Por que perguntaste isso?


- Eu gostaria que me dissesse como é beijar uma mulher. – Ele parecia envergonhado com a interrogativa.


- Beije-me então, e saberá como é. – Rolei os olhos em sua direção.


- Não sei se posso. – Suas mãos percorriam exasperadas por seus cabelos.


- Tem medo de mim?


- Não. – Arregalou os olhos.


- E o que esperas?


- Anne, vai ser estranho para mim. Nunca toquei uma mulher antes.


- Para mim também. Nunca beijei um cara gay. – Debochei.


- Anne, por favor, pare de palhaçada. Isto é algo sério. – Sua voz estava grave, alertando-me.


- Victor eu não sofro de doenças infecciosas, pode beijar-me.


- Não sei por onde começar. – Mais uma vez seu sorriso tímido estava em ação.


- Comece diminuindo os hectares que separam nossos lábios.


A ingenuidade de Victor Montessori certamente estava divertindo-me. Como alguém pode ser tão excepcional com pessoas do mesmo sexo e absolutamente laico ao sexo oposto?


- Victor, por favor, permita-me que inicie o tal beijo ou não sairemos daqui antes da meia-noite. – Ganhei proximidade de seu corpo e com uma de minhas mãos segurei sua nuca enquanto a outra guiava os braços de Victor à minha cintura. Sua respiração estava ofegante, devido ao medo ou receio quem sabe. Olhei profundamente em seus olhos verdes escuros, cheios de promessas, angustias e admiração. Fitei seus lábios entreabertos. Nosso contato corporal fazia meu sangue circular com fervor por as veias. Deus, este homem...


Corri meus dedos por seu queixo, desenhei lentamente as linhas de seu lábio inferior. Inclinei-me e o beijei quente. Nossas línguas encontraram-se harmoniosamente. O gosto de frutas e café ativava suntuosamente meu paladar. Minhas mãos intercalavam entre seus ombros e cabelo. Eu gemia suavemente conforme ele mordiscava meu lábio. O desejo atingia o mais obscuro de meu ser. Eu o queria aqui, agora.


Respirações cortadas interferiram na continuação sensual da batalha de línguas ao qual nosso beijo havia se tornado. Afastei-me e vagarosamente meus batimentos tranquilizaram-se. Na outra extremidade do sofá, Victor mantinha seu olhar cravado ao meu. Ele estava impassível. Sua expressão não dizia-me nada.


- Victor, o que achou? – Perguntei ocasionalmente para tirarmo-nos do silêncio perturbador ao qual estamos presos.


- Diverso e strano. – Murmurou.


- Como?


- Diferente e estranho. – Corrigiu-se.


- Bom. – Olhei para meus pés. Será que foi tão ruim assim? – Você gostou?


- Não sei. É uma sensação nova para administrar.


- Oh. Diga-me ao menos se foste bom ou ruim. – Insisti.


- Não foi desagradável posso alegar. – Ele deu um meio sorriso.


- Bom?


- É. – Ele concordou e sei que apenas estás a fazer isto para me agradar.


Céus, pergunto-me onde meu âmbito investigativo se escondeu. Eu deveria estar aproveitando a presença do codiretor da empresa para adentrar-me nos assuntos sigilosos. Contudo, estávamos a nos beijar. Isto está fora do cronograma Anne Moore.


- Anne tenho que partir. Pretendo fazer a bagagem. – Victor levantou-se e eu o acompanhei até à porta. – Nos vemos amanhã. – Ele finalizou com um beijo em minha testa e tomou caminho ao elevador.


- Droga! – Joguei-me bruscamente na cama. – Esta missão não faz sentido. As coisas estão seguindo um rumo diferente. – Observei o forro branco acima de minha cabeça e formulei mentalmente uma lista de objetivos que me conduziriam ao ponto chave da questão.


Dentre as metas por mim estabelecidas estão obter parcerias com a filial futuramente implantada na França, analisar mais cautelosamente as influencias de Giovanni Montessori, montar um dossiê completo com os possíveis deslizes cometidos pelo mesmo, manter contato com sua ex-esposa e adentrar-me em seu passado, desviar fundos da construtora, diminuir o padrão de vendas, e meu foco central, trazer Victor Montessori para meu lado.


A união de um Montessori seria como estar com a guerra quase ganha. A força da empresa depende unicamente do planejamento e administração dos recursos, e pelo que vi em minhas poucas semanas de trabalho, Giovanni é responsável somente pelas negociações. Vender, comprar e contratar funcionários é exclusividade do filho. Possivelmente as delegações fundamentais seriam de alguém com menos idade. Alguém como o primogênito Victor Montessori.



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Autor(a): caio_pereira

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • jucordeiroreal Postado em 27/12/2012 - 16:50:56

    Parabéns pela sua web! Ela é muito bem escrita, tem uma otima história e merece reconhecimento. Parabéns, novamente.


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