A festa continuou tranquilamente durante o resto da noite. Eu e Nick cortamos o bolo e servimos mais champanhe. Os convidados continuaram na pista de dança.
Após cortar o bolo e tirar inúmeras fotos com todos os convidados presente, exceto Miley eu fui para a ‘sala da noiva’ trocar de roupa. Meu voo para a lua de Mel sairia em poucas horas e Nick e eu precisávamos sair sem os convidados notarem.
Coloquei um vestido branco rodado e curto, uma jaqueta jeans clara por cima, uma sandália caramelo e peguei a bolsa que estava sobre o sofá. Tirei o enfeite do cabelo, mas permaneci com o penteado. Passei gloss nude nos lábios rapidamente, dei mais uma olhada no espelho para ver se estava tudo certo e sai.
- Achei você! – Danielle gritou, vindo em minha direção.
- Dani, eu realmente não posso falar com você agora! – eu falei olhando para os lados.
- Eu sei, Nick está te esperando na garagem, vim falar pra você que tem uma saída pelos fundos.
- Ah... Desculpa! – disse sem graça.
- Eu já passei por isso Mel, não precisa se desculpar! – me abraçando – Vamos!
Abraçada de lado com Danielle seguimos pelos fundos do salão, passamos pelo jardim onde havia alguns convidados e finalmente chegamos na garagem.
Nick estava parado perto da BMW preta quatro portas, com as mãos no bolso da calça jeans e sorrindo torto enquanto conversava com Joe e Paul.
- Cheguei! – Danielle gritou para todos prestarem atenção em mim.
Perto do carro também conversando estavam Rachel, Julie, Denise, minha mãe, Nate, Kevin e meu pai, que olharam pra mim sorridentes após o grito de Danielle.
- Nem acredito que você está casada! – minha mãe disse correndo para me abraçar.
- Eu também ainda não acredito! – abraçando ela.
Denise me abraçou em seguida chorosa.
- Cuida bem dele! – ela disse baixinho no meu ouvido.
- Eu vou cuidar! – respondi segurando o choro.
Recebi um abraço de todos, desejos de felicidade, e pedido de netos e sobrinhos até finalmente abraçar Nick.
- Achei que não iam me deixar abraçar minha esposa! – esse disse com a mão repousada sobre minha cintura.
- Para de ser ciumento cara! – Kevin disse rindo – Você vai passar 15 dias tendo ela somente pra você!
- Mesmo assim... Estou com saudade! – ele respondeu rindo.
- Bom, é melhor você irem! – Paul falou olhando no relógio – O voo sai daqui uma hora!
A viagem não foi longa, mas eu e Nick pegamos no sono. Quando pousamos fomos acordados pela aeromoça.
Saindo do aeroporto e pegando as malas fomos encontrar nosso motorista. Ainda precisávamos pegar a estrada para chegar no destino final.
No carro novamente dormimos e acordamos com o sol em nossos rostos.
- Nick... Já amanheceu! – eu falei me mexendo desconfortável no banco.
- Chegamos? – ele perguntou para o motorista enquanto se espreguiçava.
- Mais cinco minutos e estaremos lá. – ele respondeu sem tirar os olhos da estrada.
- Porque você escolheu um lugar tão longe? E porque estamos numa estrada de terra no meio do mato?
- Porque lá estaremos longe dos fotógrafos... E porque essa é a única maneira de chegar até a casa que vamos ficar.
- E se a gente precisar de socorro?
- Não vamos precisar, mas qualquer coisa tem um botão de segurança que fará um helicóptero buscar a gente em questão de minutos.
- Menos mal! – respirei aliviada.
- Chegamos! – o motorista disse parando o carro.
- Nick... É linda! – eu falei abrindo a porta do carro e olhando a fachada da casa feita de vidro.
Desci do carro e Nick veio atrás. Entramos juntos e fomos até a praia do outro lado dela. Tirei os saltos e pisei na areia gelada e incrivelmente branca. Joguei as sandálias no assoalho da varanda e corri para o mar molhando apenas os pés.
Nick sorriu, tirou os sapatos e correu em minha direção me pegando pela cintura.
- Eu te amo. – eu disse enquanto ele me segurava no alto.
- Eu também te amo! – ele respondeu me beijando.
Voltei a colocar os pés nas areias sem desgrudar dos lábios dele. Sentia as ondas geladas molharem meus tornozelos, e o vento frio levantar meu vestido, mas não me importava.
- Senhor... – o motorista disse tímido nos interrompendo.
- Sim. – Nick respondeu tentando se recompor.
- As malas estão no quarto como pediu, posso me retirar?
- Obrigado... Claro que pode. – Nick sorriu colocando a mão no bolso – E isso aqui é pra você! – caminhando até o homem e entregando um envelope pra ele.
- Obrigado senhor! – o homem disse sorrindo.
- Eu que agradeço. Tenha um bom dia!
- Obrigado, uma boa lua de mel aos dois! – se retirando.
- Agora sim somos só nós! – eu disse passando os braços em volta do pescoço de Nick.
- E o que vamos fazer? – ele perguntou me dando um beijo na ponta do nariz.
- Vamos comer, porque estou faminta! – respondi indo pra dentro da casa.
Ele sorriu sem graça e veio atrás de mim. Fizemos algumas panquecas e omelete com bacons, tomamos suco de laranja no lugar de café e resolvemos ir para o banho.
- Amor, me ajuda com o zíper desse vestido... Acho que emperrou! – eu disse tentando abrir o zíper do vestido nas costas.
- Desculpa esfarrapada! – ele disse me ajudando a abrir.
- Não era desculpa... Estava difícil de abrir.
- Percebi... – voltando para dentro do banheiro.
- Chato! – indo para o banheiro atrás dele e rindo.
Ele estava de frente para a banheira que estava quase cheia desabotoando a camisa. Quando a camisa caiu no chão mostrando as costas malhadas de Nick eu automaticamente mordi os lábios.
- Estou te vendo... – ele disse em tom de riso.
- O que? – perguntei confusa.
- Tem um espelho bem na minha frente... Estou vendo que está mordendo os lábios. – ele disse deixando a calça cair até os pés.
- Tem como não morder com um homem desse na minha frente? – falei sorrindo torto.
- Não tem? – virando de frente pra mim.
- N-não... – desviei o olhar.
Nick caminhou lentamente na minha direção me olhando nos olhos, me agarrou pela cintura e me colocou sobre a pia. Senti meu corpo estremecer quando seu peitoral quente encostou em minha pele.
Passei a mão pela sua nuca lentamente adentrando seus cabelos e o puxando com os nós dos dedos. Nick se posicionou entre minhas pernas e me beijou me segurando pela nuca.
- Tem certeza que quer isso aqui? – ele sussurrou enquanto ainda nos beijávamos.
- Você não quer? – perguntei com os lábios encostados nos dele.
- Claro que eu quero... Mas, faz tempo... Pensei que fosse querer algo mais romântico. – beijando minha testa.
Ergui o queixo e olhei Nick nos olhos. Ele esboçou um pequeno sorriso torto e passo o polegar pela maçã do meu rosto.
- Eu quero que seja perfeito! – ele disse me olhando nos olhos.
- Com você tudo é perfeito meu amor! – falei deixando a mão escorregar dos ombros para seu peitoral.
- Mel... – ele disse como se me repreendesse.
Eu sorri sem jeito, abaixei o rosto e coloquei as mãos sobre meus joelhos lembrando da terrível noite com Shepherd.
Sabia que Nick jamais me faria mal, jamais me machucaria. E dessa vez tinha total ciência disso.
Olhei para a banheira que já transbordava de cheia e voltei a olhar Nick.
- Está com medo, não está? – ele perguntou segurando minhas mãos.
- Eu não tenho medo de você.
- Amor, você não tem que fazer isso.
- Eu quero... Eu realmente quero fazer isso Nick, mas... Você fez eu me sentir estranha agora.
- Por quê?
- Me sinto como a Melinda que foi te procurar no seu apartamento, há anos atrás. Insegura do que ia acontecer.
- Insegura pelo que? – ele questionou tentando disfarçar o sorriso.
- Insegura sobre o que você pensaria se eu te agarrasse, insegura do que você ia pensar sobre mim na nossa primeira vez.
- Minha senhora Jonas... – beijando os nós dos meus dedos – Tudo! Absolutamente tudo com você é perfeito!
- Porque estou me sentindo insegura agora?
- Porque essa é nossa primeira vez... Depois de tanto tempo.
- Eu amo você! – puxando ele para um beijo.
Nick subiu as mãos quentes do meu joelho até meu quadril e apertou suavemente enquanto nos beijamos.
- Eu não quero que seja assim... – ele disse me dando um beijo casto.
Olhei pra ele confusa e ele sorriu.
- Não quero ter a primeira vez com a minha esposa no banheiro... Você merece mais que isso.
- Tudo bem senhor Jonas... – descendo da pia – vamos tomar um banho.
- Vai na frente, eu já venho! – ele disse soltando minha mão.
- Está melhor assim? – ele disse passando os dedos suavemente pelos meus braços.
- Está. – colocando as mãos sobre seus joelhos.
Nick foi apertando de leve meus braços, subindo até chega aos ombros. Começou a massageá-los e a beija-los fazendo meu corpo estremecer.
Sentia a ponta de seu nariz caminhar pela minha nuca e atrás da minha olha, e seus lábios quentes encostavam na minha pele como se estivesse me dando pequenos choques relaxantes.
- Gosto do cheiro do seu cabelo. – ele sussurrou no meu ouvido – Gosto do cheiro da sua pele... – descendo as mãos dos ombros para os meus seios – Gosto da textura da sua pele... Tão macia... – apertando suavemente meus seios.
- Gosto do teu toque. – disse colocando as mãos sobre as dele.
- Gosta? – ele sussurrou e pude sentir seus lábios rosados esboçando um sorriso malicioso.
- Sim... É como se minha pele pertencesse a você!
- Somente minha! – ele disse beijando novamente minha têmpora.
O banho seguiu em massagens relaxantes e beijos que me faziam arrepiar. Cada celular do meu corpo pedia por Nick. Precisava dele.
Saímos do banho 20 minutos depois. Sai primeiro e me enrolei numa toalha ainda molhada.
Nick saiu em seguida enrolando uma toalha na cintura e esvaziando a banheira.
- Queria que você visse como você está linda assim. – ele disse se virando pra mim e pelo reflexo do espelho pude ver ele me olhando de cima a baixo com um sorriso torto.
Eu sorri sem graça e continuei retirando o excesso da maquiagem.
Senti suas mãos quente deslizarem no meu quadril e seu abdômen encostar nas minhas costas.
- Não consigo me concentrar assim... – disse sorrindo secando o rosto.
- Essa é a intenção. – ele disse me olhando pelo espelho.
Nick se abaixou e me pegou no colo me fazendo automaticamente grudar em seu pescoço com o susto.
- Amor, o que está fazendo? – perguntei confusa agarrada nele.
- Levando a minha mulher para o quarto. – saindo do banheiro.
O quarto estava escuro, com todas as cortinas fechadas. Velas aromáticas estavam por todo lugar. Em cima de um criado mudo havia um balde de champanhe, a cama estava forrada com lençóis de seda vermelho e o chão coberto de pétalas de rosas brancas.
- Como você fez isso? – olhando em volta ainda no colo dele.
- Pedi pra fazerem enquanto estávamos no banho...
- Está lindo amor.
Nick me deitou na cama com delicadeza e parou alguns instantes me olhando.
- Está me deixando constrangida. – disse sorrindo.
- Estou apenas tentando entender como Deus pode me trazer você de volta depois de tanto tempo.
Sorri tímida e estiquei o braço segurando a toalha dele e puxando ela. A toalha caiu e Nick foi se deitando sobre mim tirando a minha toalha e jogando-a no chão também. Puxei o lençol frio sobre nós dois e ele me beijou deixando seu corpo quente encostar no meu com cuidado.
Seus lábios deslizavam da minha boca para o meu pescoço lentamente enquanto meu corpo estremecia de desejo. Suas mãos contornavam meu corpo com cuidado e ao mesmo tempo volúpia. Ele me queria.
- Nick narrando.
Quando nossos corpos se encostaram tive a necessidade de imediatamente uni-los.
Minhas mãos passeavam pelo seu corpo sem muitas curvas e ela me beijava com tamanho desejo que me fazia querer aquele momento cada vez mais.
Precisava manter o controle, precisava ter cuidado, mas o meu corpo precisava dela o mais rápido possível.
Enquanto a beijava, suas pernas se prendiam em volta da minha cintura me puxando pra ela. Mordi seu lábio suavemente deixando meus dentes deslizarem por seus lábios enquanto nossos corpos se uniam.
Eu estremeci de tesão, e senti ela arfar durante um gemido alto.
Beijei o canto de sua boca e em seguida seu pescoço enquanto meu corpo pegava fogo.
Suas mãos delicadas iam dos meus cabelos para os lençóis, puxando-os enquanto seu corpo estava totalmente entregue a mim.
Com a cabeça jogada pra trás, via sua face relaxada e cheia de desejo, os lábios entreabertos deixando passar a respiração ofegante e os gemidos. Os olhos fechados e as maças do rosto rosadas. Os braços abertos, jogados cada um para um lado enquanto as mãos puxavam os lençóis e empurrava os travesseiros. Suas coxas me apertavam e me puxavam cada vez mais pra ela e seus quadris se movimentavam suavemente de um lado para o outro me levando ao nível de êxtase jamais atingido.
Senti seu corpo tremer e suas pernas amolecerem, ela estava arfando.
Desci os lábios pelo seu pescoço e mordi, explodindo de tesão em seguida e soltando o peso sobre seu corpo suado.
Deitei a cabeça em seu ombro e ela me olhou com os olhos brilhando. Senti seus dedos passearem na minha nuca e sorri.
- Eu amo você minha senhora Jonas. – disse ainda ofegante.
Ela se esforçou e tocou os lábios nos meus começando um beijo lento e sussurrando em seguida que também me amava.