- Danielle narrando.
Estava caminhando pelo jardim, regando algumas de minhas flores favoritas quando senti uma pontada na barriga. Respirei fundo e dei uma pausa. Fazia umas duas horas que estava com uma dor terrível nas costas.
Abaixei mais uma vez regando uma ultima roseira e entrei em casa. Fui até a cozinha tomar agua, e quando estava com o copo na mão mais uma vez senti uma pontada. Em seguida senti algo quente e molhado escorrer em minhas pernas. Deixei o copo cair no chão por conta da dor e quando olhei pra baixo me vi em uma poça de agua que escorria das minhas pernas.
- Dona Danielle! – a empregada disse assustada se aproximando – O que a senhora tem?
- Ellen, a bolsa estourou! – eu disse um tanto ofegante.
- Minha nossa! – ela deu um pulo – O que eu faço?
- Liga para o Kevin e pede pra ele chamar as parteiras, depois sobre com a mangueira azul e aquela piscina nova de borracha... Eu preciso que você monte ela no meu quarto e ligue a mangueira no chuveiro do meu banho pra encher a piscina... Eu vou para o meu quarto deitar.
- Sim senhora! – ela disse correndo para a sala pegar o telefone.
Eu subi as escadas com dificuldade e chegando ao fui trocar de roupa e me deitar.
Kevin chegou minutos depois desesperado. Entrou no quarto vermelho e suado e me abraçou.
- Como você está? – ele perguntou ofegante.
- Estou bem... Só com dor... Cadê as parteiras?
- Estão chegando. Você quer alguma coisa?
- Não, obrigada!
Enquanto conversamos Ellen enchia a piscina já montada no meio do quarto. Kevin a ajudou e logo a piscina estava pronta para a hora do parto.
As três parteiras chegaram com maletas e uma bola de borracha enorme, daquelas de ginastica. Uma delas me instruiu a sentar na bola para ajudar com a dilatação e melhorar a dor. Eu sentei e fiquei girando-a abaixo de mim. A contração foi diminuindo, e a dor passando e quando pensei que poderia respirar tranquila outra pontada veio muito mais forte que todas as outras. Me agarrei em Kevin e segurei o grito, respirei fundo e me levantei.
Fiquei caminhando pelo quarto massageando a barriga e vez ou outra quando parava mexia o quadril de um lado para o outro para tentar aliviar a dor. Eu sentia como se a qualquer momento minha barriga fosse explodir.
Aconselhada pela parteira eu entrei na agua morna da piscina. Fiquei sentada enquanto Kevin jogava agua sobre minha barriga e a dor ia novamente diminuindo.
- Está passando... – eu disse repousando a cabeça na beira da piscina.
- Vai voltar mais forte. – uma das parteiras disse – E preciso que quando voltar você comece a fazer força.
- Tudo bem. – eu disse fechando os olhos.
A dor passou por 30 segundos, e voltou como a parteira havia dito, muito pior. Kevin me Deus a mão e eu soltei um grito gutural fazendo força em seguida. Era extremamente horrível aquela sensação. Como se todos os ossos dos meus quadris estivessem sendo esmagados.
Entre um esforço e outro eu parava pra respirar e me recuperar. Nada demorado demais, mas bom o suficiente pra eu descansar.
Sai da piscina e voltei para a bola de ginastica. E nisso 1 hora se passou até eu entrar novamente e ouvir uma das parteiras dizer que o bebe estava coroando.
Novamente os esforços, dessa vez eu sabia que era pra finalmente ver meu filho. Kevin chorava ao meu lado enquanto beijava os nós dos meus dedos. O suor escorria pelo meu rosto e pescoço.
Senti uma pressão forte durante 20 segundos e ouvi alguém no quarto gritar “a cabeça saiu”. Eu abri os olhos e olhei pra agua entre minhas pernas e pude ver o rosto mais lindo que já havia visto na vida. Mais um esforço, e mais outro e com ajuda de uma parteira o corpo todo do meu bebe estava fora de mim me fazendo sentir um alivio enorme.
Peguei o bebe, o limpando com a agua e repousei-o sobre minha barriga. Senti um beijo de Kevin em minha têmpora e logo sua voz rouca dizendo “olá, eu sou o seu pai...”.
A parteira cortou o cordão e logo tirou o bebe dos meus braços. Eles precisavam ver se ele estava bem, até porque ela não estava chorando, mas seus olhinhos estavam abertos.
As outras duas parteiras e Kevin me ajudaram a sair da piscina. Fui levada rapidamente para o banheiro, tomei um banho rápido e fui cuidada e orientada pelas duas mulheres. Elas me trocaram e me levaram até a cama. Ellen entrou no quarto com uma bandeja cheia de coisas para eu comer, eu precisava recuperar as forças, mas naquele momento eu só conseguia olhar para Kevin segurando um pequeno bolinho de cobertores branco em frente à janela.
Ele estava encantado. Seu dedo brincava com a pequena mão do bebe e seu sorriso demonstrava a felicidade que estava sentindo.
- Amor... – eu o chamei.
Ele olhou pra mim e foi para a cama. Eu olhei aquela coisinha pequenina e linda e sorri com lagrimas nos olhos.
- Dani... Coma um pouco antes de amamenta-la. Você precisa se alimentar bem! – a parteira disse me entregando a bandeja.
Eu comi observando Kevin com o bebe no colo. Assim que terminei o lanche, ele me entregou o bolinho de cobertas, que logo encontrou meu seio e começou a mamar.
Por volta das 17h da tarde quando as parteiras haviam ido embora e o quarto estava arrumado, Nick e Melinda apareceram na porta do quarto com pacotes de presentes e caras de bobos.
- Olha os seus padrinhos... – Kevin disse sorrindo.
Os olhos de Melinda brilhavam tanto que pareciam duas estrelas escuras em sua face. Ela se aproximou de mim e olhou para o neném com lagrima nos olhos e Nick a observou com certa tristeza nos olhos.
- Podem revelar o sexo do bebe pra gente agora? – Nick disse se aproximando.
- Padrinhos... Conheçam a pequena Audrey Deleasa Jonas. – eu disse sorrindo pra eles dois.
- Audrey... – Melinda disse sorrindo – Vocês surpreenderam até no nome.
- Falamos muitos nomes antes de Audrey e só demos esse porque ela sorriu assim que ouviu. – Kevin disse.
- Como foi o parto? – Melinda disse pegando Audrey dos meus braços.
- Doloroso... Mas tranquilo. – respondi sorrindo – Estou cansada.
- Eu imagino que sim... Ela é linda... Parabéns aos novos papais.
- Obrigada Mel! – Kevin disse.
Ele e Nick desceram para conversar e Melinda ficou no quarto comigo perguntando tudo sobre o parto. Audrey adorou os braços da madrinha, dormia tranquilamente aconchegada aos braços de Mel enquanto conversávamos.
Rachel chegou em seguida, animada. Segurou à pequena nos braços e chorou ao lembrar de Rose daquele tamanho.
Conversamos mais um pouco e as meninas resolveram ir embora para me deixar descansar.
Eu dei de mamar para Audrey e coloquei-a no pequeno berço que estava ao lado da minha cama. Peguei no sono logo em seguida.
- Melinda narrando.
Chegando em casa eu me deitei no sofá calada.
Estava feliz por Danielle e Kevin, mas queria ter a certeza de que passaria por aquele momento um dia.
Nick acariciou meu cabelo e sentou no braço do sofá sem dizer nada. Ergui o olhar pra ele e ele sorriu.
- Não fica assim. – ele falou – Em breve seremos nós.
- Como pode ter tanta certeza?
- Porque você é a melhor mulher do mundo... E Deus nunca te castigaria dessa forma.
- E se...
Ele colocou o dedo sobre meus lábios me fazendo calar. Eu me sentei no sofá e ele me beijou.
- Não tem ‘e se’... Agora para de pensar nisso.
- Eu amo você.
- Também te amo... Agora vem! – se levantando – Vem ser minha!
Eu me levantei sorrindo tímida. Nick aproximou os lábios dos meus e me beijou me tirando o folego. Me pegou no colo e subiu as escadas comigo. Chegando no quarto me colocou no chão me beijando e desabotoando minha camisa. Ele passou as mãos por dentro do tecido, acariciando meus ombros e fazendo a camisa cair no chão. Dos ombros ele desceu até minhas costas, descendo o zíper da saia e a deixando escorregar pelas minhas pernas. As mãos passeavam pelas minhas costas, descendo até minha bunda e deslizando pra cima pelo meu quadril entre algumas apertadas. Minhas mãos trabalham agilmente tirando as roupas dele. E quando o seu corpo nu encostou no meu senti uma corrente elétrica passar por todo meu corpo me causando arrepiando.
Ele me deitou na cama se acomodando sobre meu corpo enquanto seus lábios beijavam meus lábios e passavam pelo meu pescoço em pequenas mordidas e alguns chupões.
Começamos a fazer amor enquanto o dia começava a escurecer. As janelas estavam abertas e dava pra ver o céu de NY escurecer. Mas isso não importava pra mim e para Nick.
Nosso suor se misturava, e os lençóis de seda da cama passavam pela nossa pele causando um efeito ainda mais excitante. Rolei meu corpo sobre o de Nick beijando cada mínima parte dele e passando as mãos com certa pressão por todo seu corpo. Ele suspirava e gemia, vez ou outra sentia seu corpo estremecer de tesão. Voltei a beija-lo e senti sua saliva borbulhar com um gosto doce. Era champanhe... Ele havia tomado um gole da garrafa de champanhe da noite anterior que estava sobre o criado mudo. Provavelmente havia se lembrado do meu comentário sobre o efeito que as bolhas me causavam. Mordi seu lábio e puxei soltando um suspiro alto em seguida. As mãos dele seguraram meu quadril com firmeza me jogando para o lado e subindo em cima de mim com volúpia.
Seus olhos nos meus fizeram meu sangue ferver. Os movimentos dos seus ombros enquanto ele me penetrava me seduzia. Seus braços fortes me envolvendo era gostoso e a mão segurando e puxando levemente meu cabelo me fazia sentir um desejo ainda mais louco.
Eu roçava as pernas nele e estremecia com as mordiscadas no bico no meu seio. Senti meu corpo estremecer e minha cabeça girar. Alguma coisa no interior do meu ventre se contraiu, uma, duas, três, quatro, cinco vezes fazendo meu corpo amolecer e as pernas deslizarem do corpo de Nick caindo sobre a cama. Com o corpo de Nick o mesmo aconteceu até eu sentir um jato quente dentro de mim e ele despencar o peso do corpo sobre o meu ofegante.
Sua cabeça repousou no meu ombro e eu passei a mão pelo seu cabelo.
- Eu te amo... – sussurrei cansada.
- Eu também te amo. – beijando meu ombro e virando a cabeça pra me olhar.
- Isso foi incrível... – falei.
- Foi... Nunca me senti tão cansado.
Eu sorri e ficamos em silencio no quarto escuro. Minutos depois eu me levantei. Nua, fui até o closet e peguei meu roupão de seda branco. Vesti-me e olhei pra Nick.
- O que foi? – perguntei.
- Gosto de ver o formato do seu corpo com esse roupão...
Eu me olhei no espelho grande da parede e notei os bicos dos meus seios saltando sob a seda. Coloquei as mãos sobre eles e olhei pra Nick com as bochechas rosadas.
- O que foi? – ele perguntou sorrindo.
- Nada...
- Tira a mão dai...
- Não...
- Tira... É excitante vê-los por debaixo da seda.
Relutante eu tirei as mãos e fui até ele na cama.
- Pronto senhor Jonas...
Ele sorriu.
- Agora toque. – ordenei.
Nick corou e o sorriso sumiu de seus lábios.
- O que? – ele murmurou.
- Você disse que gostava deles debaixo da seda... Toque!
- Mel...
- Toque! – esbravejei.
Ele ergueu as mãos colocou-as desajeitadamente sobre meus seios. Fechou os olhos e ajeitou a mão passando os polegares sobre os bicos. Eu arfei de desejo, jogando o pescoço pra trás, soltei um gemido baixo e me afastei dele.
- Por quê? – ele perguntou quando me afastei.
- Só pra te deixar com vontade de mais... – eu disse piscando pra ele e saindo do quarto.
Fui para a cozinha beliscar alguma coisa da geladeira. Estava no balcão da ilha comendo algumas uvas quando senti as mãos quentes de Nick deslizar pela minha cintura e seu corpo encostar no meu.
- O que está pretendendo? – perguntei sorrindo sem me virar pra ele.
- Nada... – afastando meu cabelo da nuca e beijando-a em seguida.
- Nada mesmo? – falei arrepiando.
- Não... – ele falou continuando.
- Que pena... – falei me afastando – Ela disposta a te levar para o quarto de novo.
- Amor... – ele disse vindo atrás de mim.
Eu gargalhei e beijei a ponta do nariz dele.
- Estou brincando com você... Eu preciso estudar. Tenho prova amanha e estou cansada.
- Tudo bem... Quer ajuda pra estudar?
- Como um músico vai me ajudar a estudar pra uma prova sobre o corpo humano?
- Sou um músico, mas sou inteligente e sou casado com a futura melhor cirurgiã dos EUA.
- Ok... Vamos estudar. – puxando ele para o escritório.
Entreguei alguns livros pra Nick e mandei-o fazer algumas perguntas sobre as coisas grifadas. Ele perguntava e eu respondia e em seguida ele corrigia o que eu tinha respondido... Se eu estivesse certa ganhava um beijo, se errasse ele me provocava de alguma forma.
Ficamos até às 3h da manha acordados estudando juntos. E acabamos dormindo no chão da sala em meio a alguns livros e xicaras de café.
Acordei na manha seguinte com Betty me chamando. Chamei Nick e fomos para o banho juntos. Trocamo-nos e fomos tomar café. Ele estava com cara de sono. Os olhos fundos e a barba por fazer. Ficaria em casa trabalhando, então só tinha jogado uma agua no corpo e escovado os dentes.
Terminando o café eu me despedi e sai.
Nick ficou sentado no sofá da sala cochilando sozinho enquanto olhava pra TV tentando assistir o jornal do dia.