- Nick narrando.
- Los Angeles.
Depois de algumas longas horas e um voo cansativo e com muitas turbulências cheguei à casa dos meus pais.
Joe foi conversar com minha mãe e meu pai sobre Rachel e o bebe e o que estava decidido em fazer.
Frankie estava na casa de Kevin. Eu subi para meu antigo quarto, tomei um banho e me joguei na cama.
A vida de todos nós já havia mudado nos últimos dias e iria mudar ainda mais. E tínhamos que estar preparados pra isso.
Um tempo depois minha mãe entrou no quarto toda sorridente.
- Nem posso acreditar que vocês se reencontraram depois de tantos anos! – me abraçando.
- Nem eu! – rindo – Mas porque tanta felicidade?
- Sei que vocês estão juntos! – sorrindo.
- Joe te contou tudo?
- Sim! Não gostei da parte da briga, nem da parte que você já pode jogar esse anel fora – pegando o anel pendurado na correntinha no meu pescoço – mas gostei de saber que estão juntos! Sempre soube que vocês foram feitos um para o outro!
- Me desculpa pela parte do anel mãe... Mas...
- Nick... Você já é um homem... Sabe o que faz! Claro que eu como mãe adoraria que você estivesse esperado, mas fazer o que né... Sou sua mãe, não seu cérebro! E pelo menos foi com uma pessoa adorável!
- Eu te amo dona Denise! – abraçando ela.
- Eu amo você também... Mas, te peço uma coisa... Cuidado ta? Não cometa o erro do Joe!
- Pode deixa mãe!
- Agora vai se arrumar porque vocês tem show daqui a pouco! – levantando da cama e saindo do quarto.
- Estou indo!
Troquei de roupa, chamei Joe, peguei a chave dos carros e fomos para o local do show.
Como era um show pequeno, não tivemos ensaios, até mesmo por causa da viagem não tinha como.
Encontramos Kevin lá, nos trocamos; aquecemo-nos e entramos no palco.
O show durou por volta de uma hora. Saímos de lá completamente cansados. E fomos pra casa. Pela manha eu e Joe pegaríamos um voo para Nova Iorque, Joe iria organizar as coisas pra chegada de Rachel e eu ia fazer as malas, pois na manhã seguinte estaríamos com a equipe Jonas embarcando para o Arizona para outro show antes da turnê.
- Melinda narrando.
- Londres.
Cheguei em casa na hora do jantar. Quando me sentei a mesa meus pais até se assustaram.
- Milagre te ver na hora do jantar! – falou meu pai me olhando sério.
- Minha vida estava corrida nos últimos dias papai...
- Estava onde meu amor? – minha mãe disse enquanto me servia.
- Estava na casa de Rachel! Ela vai morar nos EUA.
- Vai se casar com o pai da criança? – perguntou meu pai.
- Não! Mas ficará lá pra ficar perto dele. Ele quer acompanhar a gravidez.
- Isso é ótimo! Mas vou sentir falta da Rachel. – disse minha mãe.
- Sentirá minha falta também mamãe?
Minha mãe me olhou um tanto quanto confusa. Meu pai bateu os punhos na mesa, irritado, Nate se assustou.
- O que quis dizer com isso? – meu pai perguntou bravo.
- Eu vou para os EUA morar com a Rachel pai.
- Essa é a minha irmã! – Nate disse esbanjando felicidade.
- Filha... Você tem certeza? – minha mãe disse calma.
- Claro que ela não tem certeza! Isso é coisa daquele tal de Nick Jonas! – exclamou meu pai.
- Não pai, não é coisa dele, é coisa minha! Vou ajudar Rachel com as coisas do bebe, vou ser feliz! Se você não se lembra, sou maior de idade agora, você não pode me obrigar a ficar aqui.
- Melinda você não vai! – ele disse bravo.
- Hector abaixe o tom de voz! – minha mãe falou.
- Você concorda com a ida da sua filha para o outro lado do mundo? Não vou deixar isso acontecer.
- Eu não concordo, mais irei apoia-la. Você arrancou a gente de lá, não tem o direito de não deixa-la ir.
Pela primeira vez vi minha mãe alterar o tom de voz e se irritar com meu pai.
- Parem vocês dois! – eu gritei – Pai, fica sabendo de uma coisa, eu vou para os EUA e você não vai me impedir. Agora me da licença porque você conseguiu estragar minha noite! – pegando a bolsa e subindo as escadas rapidamente.
- Melinda May Carter... Você não pode falar assim comigo! – ele gritou do primeiro degrau da escada.
- Pai... Ela vai onde ela bem entender, e ninguém vai impedir! Ela já é uma mulher feita, não se esqueça disso... E não queria brigar com ela agora, tente se aproximar... Quando ela estiver do outro lado do mundo será tarde demais. – Nate disse dando um tapinha nas costas de meu pai.
Eles voltaram a jantar em silencio. Minha mãe retirou a mesa logo depois com a ajuda de Nate. Eles ficaram conversando na cozinha e meu pai foi até meu quarto falar comigo.
- Melinda, posso entrar? – batendo na porta.
- Pai, vai embora, não quero brigar! – jogada na cama mexendo no celular.
- Não vou brigar! Precisamos conversar!
- Entra!
Ele entrou, me olhou por um momento ainda na porta e se sentou ao meu lado na cama.
- Me desculpa? – ele disse.
- Eu não tenho que te desculpar, eu só não concordo com o jeito como você age quando falo sobre os EUA.
- Filha eu não quero te perder!
- Pai, eu sei... Mas você viu como falou com a mamãe lá em baixo?
- Eu vi, me desculpe por isso...
- Você não tem que pedir desculpas pra mim!
- Tudo bem...
- Porque você tem tanta raiva dos EUA?
- Vamos mudar de assunto? – ele disse um tanto apreensivo.
- Não senhor! O que aconteceu nos EUA pra você ficar assim quando falamos de lá?
- Eu posso não responder essa pergunta?
- Não! – brava.
- Ok, se você irá mesmo, tem que saber... Antes que descubra por outra pessoa. – levantando e trancando a porta do quarto.
- Nós não saímos dos EUA porque eu precisava vir pra cá por trabalho.
- Mas... Foi o que você disse...
- Mel... – se sentando do meu lado – Eu tinha uma amante nos EUA.
- VOCÊ O QUE? – assustada.
- Fale baixo, sua mãe não pode ouvir...
- Pai...
- Deixa eu falar por favor! Eu tinha uma amante nos EUA, em Nova York para ser mais exato... Ela tinha 20 anos, seu nome era Emma. Tivemos um caso desde os 18 anos dela... E a nove anos atrás quando eu voltei para os EUA numa viagem a negócios, encontrei ela e ela engravidou... Tivemos um menino, e ela começou a me ameaçar dizendo que ia contar tudo pra sua mãe. Voltei para Londres antes do tempo, e quando cheguei aqui mandei um e-mail prometendo a ela que pagaria um valor alto de pensão todos os meses e ela parou com as ameaças... E se casou com outro homem... À um ano atrás, ela morreu... E o menino foi para um orfanato em porque não tinha ninguém para cuidar dele. E eu sofro com isso a muitos anos, sem poder contar pra ninguém! Eu não tenho raiva dos EUA, eu só sofro toda vez que lembro o que vivi lá. – chorando.
- Meu Deus... Um filho... Um filho com outra mulher... – chorando – Como é o nome dele?
- Aidan... Ele tem 9 anos e imagino que seja um menino lindo! Provavelmente tem seus olhos e o nariz de Nate... E eu não pude vê-lo crescer!
- Quando a mãe dele morreu, porque não contou para mamãe? Você poderia tê-lo adotado...
- Sua mãe jamais aceitaria... E eu não tenho coragem de contar pra ela, ela me odiaria pelo resto da vida!
- Eu... Eu não sei o que dizer...
- Desculpa por ter te contado, mas precisava dizer para alguém... Venho guardando isso a anos.
- Tudo bem... Quando eu estiver lá, irei vê-lo!
- Não... Não faça isso!
- Pai, ele é meu irmão! Ele é um Carter assim como eu e Nate! Preciso conhecê-lo e saber como ele se sente...
- Eu tenho tanto orgulho da mulher que você se tornou! – me abraçando – me desculpe por ser o pai mais errado do mundo! Mas sou um ser humano.
- Eu amo você e sempre vou ama-lo, mas ainda acho que precisa contar pra mamãe...
- Eu contarei... Mas não agora... Eu preciso me preparar para isso.
- Tudo bem, eu entendo... – abraçando ele.
- Quero que saiba que pode contar comigo para o que precisar... Se ir para os EUA é o que você quer, não irei de impedir... Quem sabe um dia eu não volte pra lá também!
- Sério? – sorrindo.
- Sim... Te apoiarei, e terei orgulho de você! Eu te amo! – me abraçando.
Aquilo era tudo novo e louco pra mim. E apesar de estar arrasada descobrindo que o casamento dos meus pais tinha sido uma mentira por muitos anos eu tentei parecer calma e compreensiva. Afinal não podia julgar e condenar meu pai. Todo ser humano erra. Estava um tanto chocada, mas sabia que tudo iria se resolver um dia. Me fiz forte.
Assim que meu pai saiu do quarto, Nate entrou.
- Oi... – ele disse entrando no quarto.
- Oi... – Eu sorri.
- Se acertou com o papai? – sentando do meu lado.
- Sim, ele vai me apoiar a ir pros EUA.
- Hum... Isso é ótimo. – me abraçando.
- Falando sobre os EUA, estava falando com Rachel sobre você ir pra lá.
- E eu vou!
- Sério? – abrindo o sorriso.
- Sim... Mas tenho que te contar as novidades.
- Conte-me! – Empolgada.
- Estou pensando em ir pra lá depois do ano novo... Com a minha namorada!
- SUA O QUE? – surpresa.
- Minha namorada! – rindo – Ela acabou de se formar em advocacia, é linda, e quer fazer a vida nos EUA, eu terminei minha faculdade de jornalismo e sei que vou me dar bem lá, então vamos morar lá!
- Ai eu estou tão feliz por você! – abraçando ele com força. Qual o nome dela?
- Julie... Julie McGold.
- Aquela Julie que você namorava antes do meu acidente?
- Ela mesma!
- Eu sabia que vocês iam ficar juntos pra sempre! – rindo.
Ele riu.
- Agora preciso de um favor seu! Como você vai antes, preciso que procure um apartamento pra gente. Pode ser perto do da Rachel.
- Problemas com preços?
- Não, papai vai me ajudar, enquanto eu não tiver emprego e os pais de Julie também.
- Então pode deixar comigo!
- Obrigado! – me abraçando.