- Não... Eu quero ver o Aindan...
- Ah... Eu posso saber por quê?
- Eu sou a irmã paterna dele.
- Mas Aindan não tinha família quando veio pra cá...
- Ele sempre teve família, mas o rejeitaram... Por favor, eu posso vê-lo?
- Claro... Me acompanhe.
Pela casa algumas crianças faziam serviços domésticos. E me olhavam pedindo para que eu os tirasse dali. Senti meu coração ficar menor que uma formiga.
Segui por uma escada velha de madeira e então cheguei em um quarto.
- Aidan... Tem uma pessoa querendo te ver! – a senhora disse.
- Outros pais adotivos? – um menino loiro disse se levantando da cama.
Eu comecei a chorar.
- Quem é você? – ele perguntou se aproximando de mim.
Eu não me contive. Abracei-o fortemente, chorando sem parar. Ele ficou um tanto assustado e se recuou do abraço.
Aidan era um garoto de 8 anos, seus cabelos eram claros e lisos, sua face me lembrava a de Nate quando era mais novo, principalmente seus olhos. Seu sorriso era exatamente igual ao do meu pai e o jeito desconfiado lembrava muito a mim. Ele me empurrou e se afastou.
- Quem você moça? Porque está chorando tanto? – ele perguntou assustado.
- Eu sou sua irmã! – chorando.
- Mas eu não tenho família...
- Você tem um pai... E têm dois irmãos, eu e o Nate, mas o Nate não sabe sobre você ainda... Eu... Eu precisava de te ver!
- Calma senhorita... É muita informação para o pobre garoto.
- Quem é meu pai? Você o conhece?
- Sim...
Nós fomos para a sala de estar da casa conversarmos sozinhos. Expliquei toda a confusão que havia acontecido, claro que não nos seus detalhes, pois ele era apenas uma criança. Mas o contei que ele tinha uma família, e que seu pai o amava muito. Ele ficou assustado e surpreso. Perguntou se eu ia tira-lo de lá, e chorou quando eu disse que ainda não podia.
- Hey, Aidan... Eu vou te tirar daqui, só que preciso que você espere o ano acabar, tudo bem?
- Você me promete Mel?
- Eu prometo meu amor! – abraçando ele – Eu prometo!
- Senhorita Carter, a hora da visita acabou. – disse a senhora que me atendeu.
- Dona Margot, eu quero saber se eu posso leva-lo para passear comigo.
- Senhorita, eu não posso... A senhora não tem como provar que é irmã dele.
- Eu posso deixar meus telefones de contatos, e de pessoas que eu conheço... Por favor, só por essa noite como um presente de natal!
- A senhorita pode deixar a copia de um documento?
- Posso deixar o meu passaporte! – pegando na bolsa – E aqui está o numero do meu celular e da minha casa! – anotando – E esse aqui é o numero do meu namorado... Nick Jonas, um cantor famoso!
- Já ouvi falar dele... Aidan, vá se trocar!
- Sim senhora! – ele disse animado saindo.
- Eu o levarei ao shopping mais próximo daqui... E eu voltarei para adota-lo! A senhora pode cuidar dele por mim por enquanto?
- Senhorita... Adora-lo não será possível. Aidan está na lista de adoção a três meses, e uma nova família virá busca-lo daqui alguns dias.
- Não! Não pode! Aidan tem uma família agora!
- Sinto em dizer, mas se quiser a guarda de Aidan a senhora precisará entrar na justiça.
- Mas, eu ganharei não é?
- Não posso lhe dar certeza disso!
- Pronto Mel! Eu estou pronto! – Aidan disse saltitante.
- Eu vou ligar para Nick nos encontrar no shopping com a minha amiga Rachel e com meu amigo Joe, ok?
- Joe e Nick Jonas? Dos Jonas Brothers?
- Eles mesmos! Gosta deles?
- Eu acho eles um máximo! Quero ser cantor quando crescer!
- Então eu acho que vocês vão se dar muito bem! – sorrindo – Dona Margot, muito obrigada! Eu voltarei com ele antes das 22h.
- Tudo bem... Se cuida em Aidan!
- Pode deixar dona Margot.
Peguei um taxi com Aidan e fomos para o shopping. No caminho liguei para Nick, expliquei a historia e pedi para ele ir nos encontrar com Rachel e Joe, nós precisávamos fazer compras para a família juntos, queria que o tempo com Aidan fosse divertido, e queria comprar presentes para ele, então nada melhor que sairmos todos juntos.
No shopping eu passeava pelas lojas de brinquedo que nem uma criança brincando com Aidan. Nós lutávamos com os bonecos de demonstração, atirávamos com as armas das prateleiras e brincávamos de pega-pega no meio da loja. Os vendedores ficavam até assustados com a gente.
Nick, Joe e Rachel, nos encontraram na loja brincando. Eles se acabaram de rir ao me ver brincando de luta com os bonequinhos.
- Oi crianças felizes! – Nick disse se aproximando da gente.
- Oi amor, oi gente... Eu estava aqui brincando com o Aidan... – rindo – Aliás, Joe, Nick e Rachel esse é o Aidan, meu irmão, e Aidan, esse é Nick, meu quase namorado, esse é Joe irmão dele e essa é a minha melhor amiga Rachel.
- Que garotão você é Aidan! – Joe disse bagunçando o cabelo dele – Quantos anos você tem?
- Tenho 8 anos!
- Caramba 8 anos com esse tamanhão? – Nick perguntou se abaixando perto dele.
- Eu sou o maior dos garotos de 8 anos lá no orfanato.
- Você é lindo sabia? Quando você crescer mais um pouquinho, eu vou querer ser sua namorada! – Rachel falou dando um beijo na bochecha dele.
- Sério? Eu vou gostar muito de ter uma namorada!
Nós rimos.
- Mais você aceita uma namorada com um bebezinho? – Rachel falou rindo.
- Você vai ter um bebe? – ele perguntou olhando pra barriga dela.
- Eu vou... E quero que ele seja assim tão lindo quanto você!
- Mas eu sou muito novo pra ser pai do seu bebe! – ele falou rindo.
- É verdade! – Rachel riu.
- Mas então pessoal, a gente está numa super loja de brinquedos e quero que vocês me ajudem a escolher brinquedos para as crianças do orfanato!
- Sério Mel? – Aidan disse com os olhos brilhando.
- Sério! Vamos lá?
- Vamos!
Cada um de nós foi pra um lado da loja. Eu e Rachel íamos escolher brinquedos para as meninas e Joe, Nick e Aidan para os meninos.
Passamos mais de uma hora na loja brincando e escolhendo brinquedos. Na hora de pagar Nick tomou conta do caixa. Disse que queria dar esse presente ao orfanato e acabou pagando todas as compras. Claro que no meio de tantos brinquedos havia vários para Aidan. Passando numa loja de eletrônicos, Joe fez questão de comprar um vídeo game de ultima geração e quase todos os jogos da loja. Disse que era para Aidan e que como não podia levar para o orfanato, ficaria na minha casa para quando ele fosse morar comigo.
Aproveitamos na loja e compramos presentes para Frankie.
Paramos para comer e Aidan se divertiu muito com as fãs cercando Joe e Nick o tempo todo.
Depois passamos em uma loja de roupas, primeiro, roupas para Aidan, depois para Joe e Nick passarem o fim do ano, e enfim os presentes de Denise, Paul, Kevin, Danielle, e toda a família Deleasa. Eu não os conhecia, então por isso os presentes de Joe e Nick seriam meus presentes e o de Rachel também.
Fique mais um tempo na loja com Rachel e os meninos foram a algum lugar que não podiam nos contar.
Quando voltaram à diversão chegou ao fim.
- Nossa... Já são 21h30... Eu disse que levaria Aidan antes das 22h!
- Mas já? A gente estava se divertindo! – Joe disse com Aidan no colo.
- Eu preciso ir... A Dona Margot não gosta de atrasos.
- Eu não queria me separar de você! – eu falei abraçando ele.
- Eu também não Mel... Mas nós vamos ficar juntos... Você me prometeu! – me apertando no abraço.
- Sim... Nós vamos ficar juntos meu amor! – segurando o choro.
Arrumamos as compras no carro e fomos para o orfanato.
Avisei a Margot que tudo que Aidan estava levando para o quarto era apenas dele e se eu soubesse que alguma criança estivesse com alguma coisa dele processaria o local.
Nick, Joe, Rachel e eu colocamos os presentes debaixo da pequena arvore de natal deles.
Me despedi de Aidan chorando e voltamos para casa.
Nick me deixou em casa com Rachel e disse que ia embora.
- Pensei que ia ficar pra dormir aqui! – eu falei saindo do carro.
- Eu tenho que levar o Joe...
- Joe pode dormir aqui também. – Rachel disse.
- Não... Hoje eu realmente quero minha casa! – Joe falou.
- Vocês estão estranhos, mas a gente vai entrar. – beijando Nick – Até amanha?
- Até amanha!
Eles foram embora e Rachel e eu entramos.
Ela foi se deitar porque estava um tanto enjoada e eu fui ligar para o meu pai.
- Pai? É a Mel.
- O que houve pra me ligar essa hora?
- Eu o conheci pai!
- Aidan?
- Sim! Ele é lindo! Tem o jeito de Nate!
- Ele está bem?
- Está apesar de tudo...
- O que foi essa pausa?
- Estou pensando em adota-lo.
- Não Melinda! Sua mãe não pode saber!
- Eu não posso deixar uma criança de 8 anos num orfanato sabendo que ele é do meu sangue pai.
- Você sabe na quantidade de boatos que vai se meter se adotar ele Mel?
- Eu vou correr os ricos! Eu já me decidi pai...
- Não pode fazer isso Mel.
- Eu fazer papai... Você não tem noção de como ele é maravilho... Ele é a cara do Nate... Ele é carinhoso, e eu prometi tira-lo daquele purgatório!
- Mel...
- Eu só te peço uma única coisa, conta para o Nate... Antes de ele viajar... Se você não contar eu mesma conto!
- Nate já sabe!
- Como já sabe?
- Ele sempre desconfiou... Contei pra ele depois do dia em que te contei.
- E porque não me avisou?
- Pensei que vocês conversaram sobre isso antes da sua viagem.
- Não... Mas eu falo com ele quando ele vier pra cá... Eu vou me deitar agora e depois te mandarei por e-mail a foto do seu filho. Boa noite, eu te amo.
- Eu também te amo querida.
