Ela ficou paralisada.
- Te encontrei! – eu disse.
- O que você está fazendo aqui? – ela disse rude.
- Kevin quebrou o tornozelo, está na emergência, vim acompanha-lo! – eu disse normalmente – Eu procurei foi você em todos os lugares...
- Parece que não procurou bem! – ela disse irônica.
- Porque você fugiu de mim Melinda?
- Doutora Carter, a paciente do quarto 325 está passando mal! – uma enfermeira disse se aproximando.
- Eu já vou! – Melinda respondeu para a enfermeira – Eu não fugi de você! Eu segui o meu rumo! Com licença! – ela disse correndo atrás da enfermeira.
Eu fiquei parado olhando-a se afastar. Ela estava aqui esse tempo inteiro. Eu procurei-a pelos EUA inteiro, e mandei um detetive para a Inglaterra, para encontra-la agora casualmente em Vancouver.
Joe encostou em meu braço me despertando dos meus pensamento.
- Avisei o papai e a mamãe... Amanha mesmo estamos voltando para os EUA, vamos adiar os shows por um semana pelo menos para Kevin repousar! – Joe dizia mexendo no celular – O que foi Nick? Parece que viu um fantasma.
- Não vi um fantasma, mas vi a Melinda!
- Está delirando outra vez? – Joe me olhou assustado – Está com febre?
- Não Joe... Eu realmente vi a Melinda...
- Nick, para com isso!
- Fica vendo... Enfermeira! – eu disse para a mulher do balcão – Qual o nome daquela médica que veio entregar esse formulário agora a pouco?
- Ela é a nossa estagiaria de pediatria... Doutora Melinda Carter! – a enfermeira respondeu simpaticamente.
- Obrigada! – eu sorri – Viu Joe... Estagiaria de pediatria...
- Ela estava esse tempo todo aqui em Vancouver? – ele disse se levantando da poltrona.
- Estava!
- Isso significa que você vai ficar em Vancouver? – ele perguntou.
- Porque eu ficaria? – eu disse seco.
- Porque você ama ela... Correu atrás dela todo esse tempo Nick...
- Eu não sei...
- Bom, você quem sabe da sua vida... Mas se precisar de alguma coisa sabe que eu estou aqui contigo! – ele falou me abraçando.
- Melinda narrando.
Quando eu vi Nick meu coração faltou saltar pela boca.
Tentei me manter calma, mas com certeza ele percebeu meu nervosismo ao ter encontrado.
Fui salva pelo comunicado da enfermeira que estava trabalhando comigo. Sai correndo o mais rápido que pude para o quarto da paciente. Sentia que não podia estar tão perto de Nick, meu estagio estava perto de chegar ao fim e eu não podia me entregar pra Nick novamente, não agora.
Atendi a paciente ainda nervosa. Nem sabia direito o que estava fazendo, mas estava fazendo.
Era tudo tão confuso. Eu nunca imaginei que poderia encontra-lo ali.
Quando sai do quarto da paciente arranquei as luvas com pressa, tirei a mascara e fui para o lado de fora do hospital.
Estava garoando, me sentei num banquinho debaixo de uma arvore grande e suguei todo o ar que podia para os meus pulmões.
Porque era tão difícil estar perto de Nick? Fechei os olhos, e continuei respirando calmamente, esperando que meu coração se acalmasse.
Quando abri os olhos novamente levei um susto.
- Vai ficar me perseguindo agora que descobriu onde eu estou? – eu falei irritada olhando pra Nick.
- Não estou te perseguindo, eu só vim aqui fora tomar um ar e vi você e pensei que poderíamos conversar.
- Conversar sobre o que Nick? Não temos o que conversar...
- Melinda, cala a boca! – ele falou irritado – Você sabe muito bem que temos que conversar sobre toda a palhaçada que você fez de ter vindo pra cá em segredo!
Eu paralisei quando ele me mandou calar a boca.
- Você é uma idiota, estupida que fez tudo isso para o seu próprio bem! – ele continuou falando irritado.
A garoa se tornou uma chuva forte com um vento frio. Começávamos a ficar ensopados.
- Eu corri atrás de você por um tempão, eu quase morri sentindo sua falta, e preocupado com você querendo saber onde você estava... Você disse pra mim que quando a minha carreira voltasse ao normal nós voltaríamos e no entanto você correu, fugiu de mim, mandou as pessoas não falar onde estava pra mim nem pra minha família... Você é covarde! – ele disse ficando vermelho de raiva.
- Para de falar assim comigo Nick! – eu disse segurando o choro na garganta – Para de gritar assim comigo... Eu não sou o tipo de pessoa que você está pensando!
- Você estava pensando em quem quando veio pra cá Melinda? EM MIM? Aposto que não!
- Eu estava pensando em mim sim... Em como talvez eu ficaria bem sem você por perto... Porque eu não mereço você! Eu nunca mereci você... E no entanto eu descobri que eu não consigo viver sem você... Porque o tempo em que estive aqui, eu só queria trabalhar pra ver se esse pesadelo acabava mais rápido pra eu poder correr atrás de você...
- Se isso realmente fosse verdade você teria largado o estagio!
- O ESTAGIO É PARTE DA MINHA VIDA NICK! Eu poderia ter largado ele sim, mas eu tinha que provar pra mim mesma que podia fazer alguma coisa sem ser depender de você! Depender do seu amor! – chorando e quase sem ar.
- Você nunca dependeu do meu amor... Eu sim dependi do seu... Por muito tempo! Você acabou comigo, quando o seu suposto amor por mim acabou!
- Eu nunca deixei de te amar! – chorando – Eu amo você até hoje! Eu tentei fugir... Eu tentei ficar longe... Mas eu o amo... – soluçando.
Nick parou e ficou me olhando. Nossas lagrimas estava misturadas com as gotas da chuva. Nossas respirações estavam descontroladas. E nossas vozes rouca de tanto segurar as dores na garganta.
Nick caminhou até mim e parou na minha frente. Segurou meu rosto e olhou no fundo dos meus olhos.
- Me prova que ainda existe esse amo dentro de você! – ele disse chorando.
Eu o beijei. Com desejo, amor, tristeza, arrependimento. O beijei com volúpia, entregando cada centímetro do meu corpo em suas mãos. Foi um beijo intenso, com muitos sentimentos misturados. Agarrei Nick pela nuca e ele segurou firme minha cintura. Mordi seu lábio de leve e o puxei.
- Eu amo você! Eu sempre amei você... Acredita em mim! – eu disse de olhos fechado com os lábios ainda colados nos dele.
- Então para de fugir de mim e me deixa amar você! Volta a ser minha Mel... Eu preciso que você seja minha! – ele disse suavemente também de olhos fechados.
O hálito quente e doce de Nick me excitava. Beijei seus lábios carinhosamente e esbocei um meio sorriso. Abri meus olhos e encontrei os dele.
- Eu nunca deixei de ser sua! – sussurrei.
Ele sorriu fazendo meu coração disparar ainda mais. Nos beijamos novamente. Um beijo mais calmo e carinhoso que o outro, mas ainda assim repleto de desejo.
- Promete que nunca mais vai me deixar? – ele disse segurando meu rosto.
- Prometo! – eu disse sorrindo.
- Doutora Melinda, a paciente com pneumonia está tendo uma convulsão! – uma enfermeira gritou da porta do hospital.
- Eu tenho que ir! – eu disse pra Nick.
- Que horas você sai?
- Às 20h, se eu não tiver plantão!
- Te espero esse horário nesse hotel! – me entregando o cartão.
- Farei de tudo pra estar lá! – beijando ele – Tenho que ir!
Soltei a mão de Nick ao poucos e corri pra dentro do hospital.
Quando cheguei no quarto a correria de equipamentos e medicamentos começou. A convulsão durou mais de 5 minutos, chamei o neurocirurgião e ele aplicou uma injeção na veia para a convulsão parar.
A paciente se estabilizou, e levamos ela para fazer uma ressonância. Depois de uma convulsão de 8 minutos e 42 segundos, ele desconfiava que não era da febre.
Saindo o resultado do exame na tela do computador foi constatado o pior. Carla, a pequena paciente de 6 anos que tinha dado entrada com pneumonia, tinha um tumor no cérebro.
- Teremos que operar! – o doutor Shepherd disse.
- Mas a menina entrou aqui com uma pneumonia doutor, como eu vou falar para a família que ela terá que operar um tumor no cérebro? – eu disse assustada.
- Essa é a emoção de ser médica doutora Carter... Se não serve pra isso é melhor escolher outra profissão! – ele disse saindo da sala.
Eu o encarei com raiva. Respirei fundo e fui avisar a família.
Para a minha sorte eu era uma simples estagiaria de pediatria, não participaria da cirurgia e a minha paciente agora era paciente do doutor Derek Shepherd.
A família claro ficou em choque com a noticia. Eu consegui acalma-los um pouco, deixei-os confortavelmente na sala de espera e fui ao encontro do doutor Shepherd. Ele me dispensou, disse que eu poderia ir para casa, que não precisava de um pediatra em sua brilhante cirurgia.
Sim, ele era insuportavelmente chato. Adorava se mostrar superior só porque salvava vidas operando cérebros.
Não nos dávamos bem. Alias, nos davam super mal. Eu odiava o jeito arrogante dele e ele odiava o fato de eu ser uma mera pediatra.
- Idiota! – murmurei quando ele me deu as costas.
Fui para o vestiário trocar de roupa, passei na recepção para avisar que qualquer coisa podiam me chamar e fui para o luxuoso hotel onde Nick estava hospedado.
Na recepção do hotel avisei que eu tinha chegado. A recepcionista parecia já saber quem eu era. Chamou o elevador pra mim e me deu a chave do quarto onde Nick estava; avisando-me que ele não estava lá.
Eu subi até o ultimo andar. Abri a porta do quarto e acendi as luzes.
Olhei em volta e o quarto era de tirar o folego.
Coloquei a bolsa sobre a poltrona e tirei a echarpe, deixando junto a bolsa.
Peguei uma garrafa de vinho do frigobar e uma taça. Me servi, tomei um gole e fui até a sacada onde tinha poucas fãs.
- Oi Mel... Nick está ai? – uma delas gritou lá de baixo.
- Como você sabe quem eu sou? – eu perguntei assustada.
- Sabemos que o quarto de Nick é esse e vimos você entrar no hotel... Nick está?
Eu ri só em pensar no que as fãs sabem sobre seus ídolos. Elas por exemplo sabiam muito mais coisas sobre Nick do que eu.
- Ele não está... A recepcionista mandou eu esperar ele aqui em cima! Mas não sei onde ele foi! – gritei respondendo.
- Obrigada! – ela gritou de volta.
Eu entrei rindo feito boba.
- Fãs! – eu disse sozinha tomando mais um gole de vinho.
Tirei a bota e pisei no chão agora mais confortável. Liguei o som baixinho, coloquei a taça em cima do criado mudo e fui me despindo de vagar no embalo na musica. Abri o zíper da saia cintura alta e deixei-a escorregar pelas minhas pernas mostrando minhas meias 7/8. Fui desabotoando a camisa branca lentamente rebolando ao som da musica. Olhei-me no espelho e sorri.
Agora estava usando meias 7/8, e uma calcinha preta que fazia conjunto com o espartilho apertado que estava usando.
Peguei a taça de vinho novamente e tomei outro gole. Fechei os olhos e deixei o embalo da musica me levar.
Quando abri os olhos novamente me assustei.
- Nick! – eu falei brava – Você me assustou!
Ele sorriu.
- Estava ai a quanto tempo?
- Tempo suficiente pra ter visto o seu pequeno strip-tease! – ele riu.
- Não tem graça! – eu disse encarando ele nervosa.
- Você estava linda dançando! – ele disse me agarrando pela cintura.
- Eu ia tomar um banho antes de você chegar... – eu falei olhando nos olhos dele.
- Deixa o banho pra depois! – ele disse tirando a taça de vinho da minha mão e colocando sobre o criado mudo.
Nick me deixou na cama me beijando. Desceu os lábios pelo meu queixo, meu pescoço até chegar aos meus seios. Dei uma leve mordida em cima deles e sorriu. Abriu o zíper do meu espartilho lentamente, beijando meu corpo a medida que o zíper abria.
Tirando o espartilho ele acariciou meus seios, me levando a loucura.
Voltou beijando meu corpo. Passou os lábios pelo bico do meu seio acariciando o outro e voltou a me beijar.
Com as mãos carinhosas tirou minha calcinha. Voltou com as mãos pela parte de dentro da minha coxa e introduziu um de seus dedos em minha parte intima. Eu gemi.
Lentamente ele ia fazendo movimentos de vai e vem. Eu puxava os lençóis e sentia meu corpo queimar como nunca antes.
Senti o peso de Nick sobre meu corpo, e num instantes nos tornamos um só.
Meu quadril se mexia junto ao dele formando uma sincronia. O dia estava frio, mas dentro do quarto nós dois suávamos.
Meu corpo se estremeceu, eu cravei as unhas nas costas de Nick e soltei um gemido alto. Fazia tempo que não me sentia daquela forma.
Nick chegou ao ápice logo depois, ofegante.
Ele me olhou nos olhos. Aqueles olhos pequenos ainda queimavam de desejo. Seus lábios esboçaram um sorriso torto sexy. Eu o beijei sorrindo.
- Senti sua falta! – eu disse brincando com o cabelo dele.
- Eu também senti a sua! – ele falou deitado sobre meu peito.
- Eu te amo... – eu disse baixinho.
- Eu te amo mais! – ele disse sorrindo.