- Nick narrando.
Alguns dias se passaram depois de Melinda ter perdido um paciente importante pra ela. Apesar de agora eu estar viajando e cuidando tanto dos Jonas Brothers quanto da nova banda que iria ser lançada em breve estava sempre com ela. Me sentia no dever de estar por perto, porque ela estava estranha. Não era mais a Melinda alegre de sempre. Vivia chorando pelos cantos da casa, ou estudando mais que o normal. Seu sorriso já não existia mais, sua alegria havia tirado uns dias de férias. Seus olhos transpareciam tristeza o tempo inteiro e ela parecia gostar da solidão e do silencio. O pouco que eu conversava com Rachel pelo telefone quando estava viajando, ela sempre me falava que a ultima vez que Melinda ficou daquela forma foi quando terminamos. Me perguntava se eu não tinha feito nada de errado, mas no fundo sabíamos que era pela morte daquele pequeno paciente. Mas não conseguíamos achar um por que.
- Como a Mel está? – Kevin perguntou me encontrando no aeroporto.
- Péssima ainda... Alguma coisa aconteceu com aquele paciente que ela não fala pra ninguém. – guardando o celular.
- Ser médico não parece ser tão fácil quanto parece! – Joe falou se levantando pra me cumprimentar.
- Melinda nunca teve um bom psicológico forte, a morte daquele menino foi um baque pra ela e eu quero ajudar, mas ela nunca quer falar sobre aquilo com ninguém. Rachel disse que está ficando preocupada... Vai fazer um mês!
- Péssima hora pra ter um show marcado tão longe daqui né? – Kevin disse como quem se desculpasse.
- Sim... Mas é minha profissão. Ela vai ficar bem!
- Ela ainda continua querendo ficar longe de você? – Joe perguntou – Sabe... Desviando dos seus beijos e fugindo daquelas horas...
- Continua! Desde o dia da cirurgia dele ela se afasta de mim sempre que tento abraça-la ou beija-la... Sexo então...
- Nossa! A coisa ta feia! – Joe falou.
- Vamos esquecer isso... – Kevin disse.
Embarcamos alguns minutos depois para a Alemanha. Passaríamos uma semana lá, faríamos dois shows, daríamos algumas entrevistas e teríamos um dia de autógrafos numa livraria famosa. Eu desejava com todas as minhas forças que quando voltasse ela estivesse melhor.
- Rachel narrando.
Era um sábado de manha, o dia estava chuvoso e frio. Rose estava passeando com Julie, que insistia treinar antes que o bebe nascesse. Melinda estava trancada no quarto como nos últimos 20 dias e Karev estava se arrumando para o serviço.
- Não vai chamar a Mel pra tomar café? – ele disse abotoando a camisa branca de linho.
- Você sabe que desde aquele dia ela se recusa vir tomar café com a gente. – colocando a mesa.
- Eu não entendo o porquê dela estar assim... Todo medico sabe que pós-operatórios são complicados.
- Ela deu tudo de si pra poder salva-lo amor... E depois de todo o sufoco ter passado ele morreu, praticamente nos braços dela.
- Não é só isso... Tem alguma coisa que ela não quer contar.
- Você também acha isso?
- Todos nós achamos! Nick já tentou arrancar alguma coisa dela... Até a Arizona tenta conversar com ela, mas ela fica muda quando tocamos no assunto.
- Falando de mim? – Melinda disse aparecendo na sala.
- Sim! – eu disse encarando ela – O que você tem Mel?
- Eu já contei a historia toda pra vocês... Aquele paciente foi importante pra mim.
- Não Melinda! Você está escondendo alguma coisa e todos nós sabemos disso!
- Chega! Eu não quero e não vou falar mais sobre isso e seria ótimo se vocês também não falassem! – sentando-se a mesa.
Eu e Karev olhamos assustados, mas não falamos mais nada. Karev saiu pra ir trabalhar e Mel voltou para o quarto. A convivência estava cada dia pior.
- Uma semana depois.
- Melinda narrando.
Nick passou uma semana na Alemanha, o apartamento comprado por ele já estava quase pronto, Rachel não falava mais comigo, Karev só falava comigo no hospital ou para me ajudar com algumas matérias da faculdade, á dias eu não via mais Shepherd, Arizona havia se tornado minha amiga, e tudo estava indo quase normal. Menos o meu psicológico que insistia em lembrar sempre sobre aquele maldito dia na sala de sobreaviso.
Desde aquele dia eu me sentia mal o tempo inteiro. Não só como psicologicamente, mas fisicamente também. Estava sempre enjoada e vomitando, não conseguia comer algumas coisas e nem sentir o cheiro de outras. Até que a ficha caiu. Aquilo tudo Rachel sentiu quando estava gravida.
- Não pode ser! – falei sozinha sentando no chão do banheiro do hospital – Isso não pode estar acontecendo... Eu não posso ter filhos... Não posso ter filhos!
- Melinda? – era a voz de Arizona – É você?
Eu me levantei no chão, dei descarga e sai do box com os olhos cheios de lagrimas.
- Oi... Eu estava te procurando... – Arizona disse – O que houve?
- Eu preciso de um teste de gravidez... – falei chorando.
Ela me olhou assustada, seus lábios se entreabriram como se ela fosse dizer algo e seus olhos encheram de lagrimas assim como os meus. Quando me dei conta ela estava me abraçando com força.
- Arizona... Eu preciso de um teste! – eu falei sem reação ao abraço.
- Tudo bem! – ela disse me soltando – Fica aqui... Não sai daqui! Eu vou buscar alguns testes na sala de medicamentos... Eu já volto! Não sai daqui! – ela disse desesperada dando dois passos pra trás e um pra frente como se não quisesse me deixar sozinha ali. – Eu já volto! – disse ela mais uma vez saindo do banheiro.
Lavei o rosto e fiquei esperando-a. Com as mãos tremulas apoiadas sobre o balcão da pia eu encarava meu reflexo no espelho. O cabelo preso num longo rabo de cavalo, quase sem vida, os olhos mais escuros que o normal, inchados e vermelhos por um choro que não cessava. Meu sonho era engravidar, ter um filho de Nick depois de casar, ter uma vida tranquila em Los Angeles, mas eu não estava casada, minha vida estava uma completa confusão e aquele filho não era de Nick, não tinha logica ser Nick. A ultima relação que tive com ele foi no iate depois do ano novo, e eu estava tomando remédio, além do mais, eu tinha chances mínimas de engravidar. Foi ai que lembrei das palavras de Igor. - Eu vou cuidar de você e do seu bebe lá de cima! – Aquilo não podia estar acontecendo.
- Droga! – eu falei rangendo os dentes.
- Voltei! – Arizona disse com um monte de testes de gravidez na mão e uma garrafa de agua – Eu disse que voltava logo! – trancando a porta.
- Obrigada! – pegando os testes da mão dela.
Todos os testes foram colocados sobre a pia. Eu fiz o primeiro e coloquei novamente sobre a pia, nenhuma de nós vimos o resultado. Esperamos um tempo e eu fiz o segundo, e depois o terceiro, o quarto, o quinto e finalmente o sexto. E lá estavam todos eles sobre a pia, com os resultados.
- Eu não tenho coragem! – eu disse olhando pra ela.
- Quer que eu olhe? – ela perguntou.
Eu fiz que sim com cabeça e voltei a me encarar no espelho. Meu campo de visão via as mãos de Arizona tremerem ao pegar o primeiro teste.
- Positivo. – ela disse voltando a colocar ele no mesmo lugar e pegando o outro.
Uma lagrima escorreu pela minha face.
- Positivo. – disse ela sobre o segundo teste.
Eu fechei os olhos e prendi a respiração sem notar.
- Positivo. – falando do terceiro teste.
Eu apertei os olhos deixando mais lágrimas escorrerem.
- E os outros três tem o mesmo resultado... – ela disse com a voz baixa – Você está bem?
- Não! – falei abrindo os olhos – Eu posso ir pra casa?
- Claro... Vá e descanse... E não fica assim, uma criança é sempre uma dadiva!
- Essa não é... – olhando dentro dos olhos grandes e azuis dela.
Ela me abraçou com força e começou a chorar. Claro que ela não sabia o motivo exato pra eu não aceitar aquela gravidez, pra ela era só porque eu era uma estagiaria que ainda estava na faculdade. Mas de qualquer forma, era difícil. Ela me acompanhou até o vestiário, eu me troquei, me despedi dela, guardei os testes na bolsa e fui pra casa.
Abrindo a porta de casa vi Rachel aspirando o tapete da sala. Ela se assustou a me ver parada na porta.
- Mel... O que houve? – ela perguntou desligando o aspirador.
Eu abri a bolsa e tirei os testes de dentro. Os olhos dela se arregalaram.
- Olha! – entregando os testes nas mãos dela.
Eu joguei a bolsa no sofá e parei de frente pra ela vendo-a analisar cada teste. Quando ela terminou olhou pra mim sorrindo.
- Você está gravida! – disse ela animada.
- Senta! Nós precisamos conversar! – eu disse séria.
- Você não está feliz?
- Você se lembra quando disse que eu estava escondendo alguma coisa de você sobre o meu paciente que morreu?
- Sim...
- Pois bem, eu estava!
- Do que você está falando?
- Pra salvar aquele paciente eu fiz de tudo Rachel... Eu propus uma cirurgia gratuita ou com custo mais barato, eu retirei mais de 200 mil dólares da minha conta pra pagar o cirurgião, e não adiantou...
- Mas o Shepherd fez a cirurgia... Eu não estou entendendo Mel...
- Pra ele realizar a cirurgia eu tive que aceitar as condições dele.
- E quais eram essas condições?
- Transar com ele.
- VOCÊ SE VENDEU PRA ELE MELINDA MAY CARTER? – ela disse brava.
- Não fala isso! – chorando – Eu aceitei me deitar com ele... Ele fez a cirurgia e eu pensei que iria enrolar ele, conseguir fugir, contar pra alguém sobre a ameaça que ele tinha feito... Eu não ia me deitar com ele... Depois da cirurgia eu me arrumei, e estava vindo pra casa, ia sair do hospital escondida, mas ele me trancou na sala de sobreaviso e abusou de mim...
- Eu devo estar tendo um pesadelo... Isso não é verdade! – colocando as mãos na cabeça.
Ela começou a andar de um lado para o outro, atordoada. Não olhava mais pra mim, apenas andava encarando o chão, vez ou outra passava a mão no rosto.
- Você nunca mais teve relações com o Nick... – ela disse subitamente olhando para o chão.
- Não! – disse de cabeça baixa.
Ela tinha ligado os pontos.
- O que vai fazer? – agora olhando pra mim.
- Eu não sei...
Ela se sentou ao meu lado e me abraçou com força. Parecia que queria tomar a minha dor, pegar toda pra ela, e me proteger de todo o mau. Essa era uma característica de Rachel, apesar de eu sempre ter sido mais responsável, ela era do tipo de pessoa que você pode considerar uma mãe. Eu poderia sempre contar com ela, não importava o que estava acontecendo, ou o que ia acontecer, ela estava ali firme e forte pra me segurar quando eu estivesse prestes a cair. Ela era o meu alicerce. Sempre fora e agora não era diferente.
Ela me levou para o quarto, tirou meus sapatos e jogou uma coberta quente sobre mim. Beijou minha testa, se levantou e quando voltou me trouxe um chá de camomila bem quente.
- Já que está gravida... Vamos cuidar dessa criança porque ela não tem culpa... – ela disse me entregando o chá – Agora toma isso e fica quietinha ai, e não se estressa... Eu sempre vou estar ao seu lado pra te ajudar... Vamos sair dessa! – sorrindo com lagrimas nos olhos.
Eu tomei um gole de chá e dei a mão pra ela. Terminando o chá eu peguei no sono.
- Rachel narrando.
Quando Melinda pegou no sono eu fui para a cozinha levar a xícara. Terminei de aspirar o tapete e organizar a casa e Karev chegou.
- Mel está bem? Arizona me disse que ela veio pra casa mais cedo porque não estava bem. – ele disse depois de me cumprimentar.
- Ela está dormindo agora... Mas não está bem... Esse tempo todo não estava bem!
- Ela te disse alguma coisa?
- Ela está gravida!
- Mas... Isso é uma benção! Ela não podia ter filhos...
- O filho pode ser de Shepherd! – eu disse subitamente.
- O filho é de quem? – uma voz soou atrás de mim.
Meu corpo estremeceu, meu coração disparou e eu fechei os olhos respirando fundo enquanto virava pra trás pra confirmar de quem era aquela voz. E como suspeitava era Nick. Parado diante a porta com uma mala ao lado, os olhos arregalados e o rosto pálido.
- Melinda está gravida de quem Rachel? – ele perguntou apertando os olhos ameaçadoramente.
- Tudo tem uma explicação Nick... – Karev disse tentando responder por mim – Eu tenho certeza que o que Rachel disse tem uma explicação! – olhando pra mim.
- E tem! – eu disse desesperada – Claro que tem uma explicação! Você sabe que ela jamais te trairia...
- Ela não transa comigo a mais de um mês, está estranha comigo, querendo distancia de mim... Ela estava me traindo faz tempo e você sabia e não me disse!
- Ela não te traiu!
- Eu não quero ouvir mais nada... Estou indo para o apartamento de Joe, volto quando ela não estiver pra pegar minhas roupas! – jogando a chave pra mim – Não vou mais precisar disso.
- Nick! – correndo atrás dele – Nicholas Jerry Jonas volta já aqui!
- Eu não quero ouvir nada que você tenha pra dizer sobre aquela vagabunda Rachel...
Eu não pensei duas vezes e virei a mão na cara dele. As veias do pescoço de Nick saltaram de raiva e ele me encarou como se fosse me comer viva.
- Nunca mais fala assim da Melinda! Você não tem esse direito!
- Nick! – a voz de Melinda soou fraca ao fundo.
Eu me virei pra ela desesperada.
- Eu tenho nojo de você! Todo esse tempo eu me preocupando com você e você me traindo com aquele médico estupido! – Nick disse com raiva.
- Eu não trai você... – ela disse tentando se aproximar dele.
- Não se atreva a chegar perto de mim! Eu nunca mais quero olhar pra sua cara! Vadia!
- Não! – ela falou chorando – Nick!
A porta do elevador se abriu e Nick entrou. Quando a porta se fechou, Melinda caiu de joelhos não chão chorando horrores.
- Ele foi embora... Ele foi embora de vez! – ela repetia com a voz tremula.
Eu me abaixei e abracei ela.
- Me desculpa! A culpa foi minha!
- Ele me chamou de vadia... Ele disse que tem nojo de mim... – me abraçando com força.
Eu ajudei-a a levantar e quando estávamos voltando para o apartamento ela parou no meio do caminho olhando pra baixo.
- Mel vamos entrar... – eu disse segurando ela.
- Rachel... Ela está sangrando! – Karev disse parado na frente da porta.
Eu olhei pra baixo e uma poça de sangue estava formada em volta de Melinda.
- Era o que faltava pra hoje... – ela disse olhando pra mim.
- Vou pegar as chaves do carro! Vamos correr para o hospital.
- Me diz que eu estou tendo um pesadelo. – ela me pediu.
- Infelizmente não é...
Karev saiu do apartamento com uma manta, enrolou Melinda nela, pegou-a no colo e entramos no elevador. No carro ele foi dirigindo e eu fui no banco de trás com ela chorando em silencio.
Chegando no hospital uma enfermeira esperava ao lado de uma cadeira de rodas. Karev ajudou Melinda a sair do carro e colocou-a na cadeira de rodas, mandou a enfermeira leva-la até a emergência e chamar Arizona e o obstetra. Eu fui para a sala de espera e ele foi trocar de roupa. O dia seria longo.
Tentei ligar pra Nick algumas vezes, mas o celular estava desligado.
“Nick, eu sei que está com raiva, que não quer ver Melinda, mas ela está perdendo o bebe. Por favor, você tem que saber a historia toda antes de julga-la assim...”. – deixando uma mensagem de voz na caixa postal dele.
Karev veio me avisar que Melinda entraria em cirurgia, não disse pra que, mas deu a entender que seria para retirar o que ainda estava no útero dela.
A cirurgia não demorou. As 19h da noite Melinda já estava no quarto dormindo.
- Terminamos! – Karev disse vindo até mim e me abraçando – Ela vai precisar de você agora mais do que nunca.
- O que aconteceu? – eu disse preocupada.
- Melinda já tinha retirado um ovário, tinha pouquíssimas chances de engravidar, mas agora a chance chega a zero!
- O que? Ela não vai poder engravidar?
- Fizemos uma raspagem no útero... O feto tinha dois meses... Para não ter riscos de infecção precisamos fazer a raspagem, e as paredes do útero ficaram sensíveis demais... Não aguentaria um bebe... Ela não pode engravidar.
- Você disse dois meses?
- Sim... O filho não era de Shepherd.
- Meu Deus! – respirando fundo – A que horas ela acorda?
- Sedamos ela, provavelmente só acorda amanha de manha!
- Eu vou atrás de Nick... Ele precisa me ouvir!
- Vai... Ela vai ficar bem aqui!
Dei um beijo rápido em Karev e as chaves do carro dele.
Dirigi até o apartamento de Joe com milhares de coisas na cabeça. Eu queria chegar lá e matar Nick, mas não era isso que deveria fazer.
Falei com o porteiro rapidamente e peguei o elevador. Quando toquei a campainha quem atendeu foi Nick.
- O que você quer? – ele disse rude.
- Vim falar com você!
- Eu não quero falar com você!
- VOCÊ VAI FALAR COMIGO! – entrando – VOCÊ VAI SE SENTAR NESSA PORRA DESSE SOFÁ E OUVIR CADA PALAVRA QUE EU TENHO PRA TE DIZER SE NÃO QUISER QUE EU PEGUE VOCÊ PELO COLARINHO DESSA CAMISA RIDICULAMENTE CARA QUE ESTÁ USANDO E TE JOGUE PELA VARANDA!
- Que gritaria é essa aqui? – Joe disse irritado.
- Vim falar com o seu irmão, então não se mete!
- Você está dentro da minha casa e eu vou me meter sim.
Eu agarrei a gola da camisa dele e o encarei de perto jogando ele no sofá.
- Senta ai e cala a boca porque a minha conversa é com o Nicholas!
Ele se sentou com os olhos arregalados de medo.
- Eu vim aqui avisar que a Melinda perdeu o bebe que estava esperando há dois meses!
- Ela me traia com aquele cirurgião por dois meses?
- SEU BABACA! ELA NUNCA TE TRAIU NICHOLAS! – eu gritei furiosa – Ela foi abusada por ele! Ela fez de tudo pra salvar a vida daquele menininho, ela entregou dinheiro para o Shepherd e ele não aceitou operar o menino, ele só aceitou quando ela cedeu a vontade dele que era transar com ela, eles fizeram a cirurgia no menino, e a Mel ia tentar fugir dele, ia contar sobre o assedio pra alguém, mas no mesmo dia da cirurgia ele abusou dela... Trancou ela na sala de sobreaviso e forçou ela a fazer o que ele queria... Ela sofreu abuso sexual pra poder salvar a vida de uma pobre criança... E ai você genialmente pensou o pior, xingou ela de vadia e ela perdeu o bebe que estava esperando e que era SEU!
- Ela estava gravida de mim? – ele disse assustado.
- Sim... E por sua culpa ela definitivamente não pode mais ter filhos... Acabou de sair de uma cirurgia pra retirar o resto do feto e o útero dela está sensível... Karev disse que não tem chances de um dia o útero conseguir gerar uma criança.
- Meu Deus! – ele disse colocando as mãos no rosto enquanto chorava.
Joe o abraçou de lado chorando com ele, eu respirei fundo e me sentei ao lado dele.
- Por você não saber ouvir tudo isso aconteceu... Ela vai precisar da gente mais do que nunca agora. – eu disse abraçando ele.