Fanfics Brasil - 1 Doce Inimigo - Diana Palmer

Fanfic: Doce Inimigo - Diana Palmer | Tema: livro original, romantico,


Capítulo: 1

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CAPÍTULO 1


—  Eu  não  vou!  disse  Maggie  Kirk  teimosamente  e  afastou-se  argumentando amavelmente com sua amiga.


—  É  como  me  pedir  para  entrar  na  jaula de  um  tigre  de  Bengala,  com  um  senhor


lombo assado amarrado em volta do meu pescoço!


— Mas, Maggie, protestou Janna, os olhos escuros implorando suavemente, — é tudo


o  que  você  precisa.  Lembra  como  nós  costumávamos  escapar  para  a  fazenda  quando


estávamos na escola, como nós ansiávamos cavalgar e fazer piquenique no rio?


—  Minhas  recordações  são  um  pouco  diferentes,  disse  a  morena  esbelta  com  uma


careta. Sentou-se na beirada da cama, estudando as pernas de seu jeans marrom. — Lembro-


me de ser colocada sobre os joelhos de Clint Raygen enquanto cavalgava aquele seu garanhão


odioso e de ser trancada no meu quarto por ter ido a um piquenique à beira do rio com Gerry


Broome.


—  Clint  avisou  você  sobre  a  maré  alta,  sua jovem  amiga  lembrou-a,  defendendo  o


irmão  que  adorava. —  E  você  sabe  o  que  Gerry  tentou  fazer.  Clint  sabia  que  não  podia


confiar nele. Maggie corou com a lembrança de Clint ao encontrá-la lutando para se livrar do


furioso  abraço  de  Gerry  e  a  visão  do  sangue  quando  o  punho  grande  acertou  o  nariz  do jovem. O sermão que veio depois também não tinha sido agradável. Ela suspirou. Tinha sido


sempre assim. Ela e Clint tinham sido inimigos desde seu primeiro encontro, quando ela tinha


oito anos e ele dezenove anos e ela jogou um taco de beisebol nele.


— Foi há muito tempo, lembrou-a  Janna. — Você está  agora com vinte anos,  e deu


tudo certo quando fomos passar uma semana com Clint e mamãe no verão passado, não foi?


— Claro que deu tudo certo, ele estava na Europa!  Maggie explodiu. — Desta vez, sua


mãe está na Europa, Clint está em casa e Lida o chutou, então ele deve estar um pé no saco!


— É por isso que acho que você deve ir, Janna disse.


Maggie  inqueriu.  —  Janna,  velha  amiga,  você  andou  bebericando  a  garrafa  de


aguardente de novo?


— Bem, aqui está você apenas se recuperando daquele rato, Philip, Janna explicou, —


E lá está ele apenas se recuperando daquela ratazana, Lida…


— Você já notou que embora eu e seu irmão somos muito agradáveis quando estamos


separados, nos tornamos raivosos quando ficamos cara a cara?


Maggie  perguntou  pacientemente.  —  A  última  vez,  lembrou  a  garota  de  olhos


arregalados,  —  ele  atirou-me,  completamente  vestida  no  rio,  e  eu  bati  o  meu…  o  meu


orgulho em uma rocha, ela vacilou.


— Você o chutou, Janna respondeu. — Com força. Na canela.


— Ele me chamou de idiota!


— Bem, do que você chamaria alguém que tentou matar uma cascavel de mais de um


metro a pedradas? Janna ergueu as mãos. — Honestamente Maggie, quando você chega perto


do meu irmão, você perde todo seu bom senso.


— Lá  vem  você  de novo…  Oh,  não importa. Ela apoiou o  queixo  nos  punhos.  Não


adianta falar sobre isso, de qualquer forma. Clint não me quer  no rancho sem você, e nós duas


sabemos disso.


— Sim, ele quer. Perguntei-lhe.


—  O  que  você  disse  a  ele?  Maggie  perguntou  desconfiada,  seus  olhos  esmeraldas


brilhando.


Janna encolheu os ombros. — Que você e Phil se separaram, só isso.


— Só isso… nada sobre como nós terminamos? — perguntou ela calmamente.


— Juro, Maggie. Eu nunca faria isso com você. Ela forçou um sor riso amarelo.


— Eu não quis dizer isso… Acho que ele me afetou mais do que eu esperava.


— Clint disse que você poderia preencher o cargo de sua secretária enquanto ela está


em férias, continuou Janna brilhantemente, — e ter um feriado de trabalho remunerado. Ele


disse que seria o melhor remédio que você poderia tomar.


— E, Clint sabendo disso, vai adicionar uma colher de chá de arsênico  para dar um


sabor, Maggie resmungou. — Arrogante, cabe a dura, mandão…


— Você está sem emprego por enquanto, lembrou Janna.


Maggie suspirou. — Se eu estivesse me afogando, você me atiraria uma âncora, não é


minha amiga do peito?


— Oh, Maggie, é uma oportunidade de ouro que estou te dando. Três semanas com o


solteiro mais cobi ado da Flórida, bonito, rico, desej vel…


— Acho  que  vou ficar  doente, disse Maggie,  voltando seu olhar  para  as árvor es  do


lado de fora da janela.


—  Você  nunca  teve  um  pensamento  romântico  sobre  Clint,  em  todos  esses  anos?


Janna persisitiu.


— Desculpe desapontá-la, mas, não.


— A melhor cura par a um coração partido é fazer com que ele se quebre novamente.


—  Olha  que  lindo  Janna,  que  pássaro  bonito  naquele  galho,  disse  Maggie


entusiasmada. — Ele não é simplesmente maravilhoso?


— Ok, ok. Você poderia pelo menos ir para a fazenda?


— Próximo ao inferno, é o meu lugar favorito quando Clint está lá.


—  É  bonito  na  fazenda  agora,  todas  as  flores  selvagens  estão  florescendo.  Janna


suspirou. — Clint está sempre fora em algum lugar, com o gado ou nos campos, e você sabe


que ele quase nunca chega em casa antes de escurecer.


—  E  há  sempre  a  esperança  que  ele  seja  capturado  pelos  ladrões  e  mantido  como


refém até que minhas férias acabem, né? Maggie sorriu.


— Certo! Janna riu.


Maggie nunca teve muita certeza do por que ter decidido tomar o ônibus. Talvez fosse


porque tantas memórias agradáveis de sua infância estavam ligadas aquele lugar, quando ela


tinha ido da  casa dos seus pais, em Atlanta  para  a casa de  seus  avós no sul  da Geórgia no


ônibus, grande e confortável. E a partir daí, era apenas uma agradável viagem até o rancho da


família de Janna e Clint no rancho na Florida.


Os olhos de Maggie foram atraídos para aquela paisagem onde os pinheiros, pomares


de  pecan,  e  casas  de  fazenda  espaçosa  se  abrigavam  sob  os  carvalhos  e  árvores  altas  de


cinamomo.  Sua  infância  foi  passada  ali,  montando  ao  longo  destes  campos  a  cavalo  com Janna. Normalmente Clint a perseguia, enquanto ela se inclinava sobre o pescoço do cavalo. O vento fustigava seu rosto enquanto incitava sua montaria, depois de lançar um desafio para Clint. Os olhos do homem alto, sempre tinha um brilho verde claro, quando ela o desafiava, e ele sempre dava-lhe corda suficiente para se enforcar.


Ela  sorriu  involuntariamente  pela  memória.  Ela  e  Clint  nunca  havia  realmente


decidido sobre os limites de seu relacionamento. As brincadeiras entre eles eram geralmente


amigáveis,  embora  pudessem  ficar  quentes.  Mas  nunca  tinha  sido  realmente  mal-


intencionadas  ou  crueis.  Eles  sempre  foram  um  casal  estranho,  sempre  um  provocando  o outro,  sempre  cautelosos  um  com  o  outro,  como  se  mantivessem  uma  incomoda  trégua  e tivessem com medo de perdê-la ou quebrá-la.


Clint  tinha  uma  aparência  muito  rude  para  ser   chamado  de  bonito,  mas  atraia  as


mulheres. Ele sempre tinha uma pendurada em seu braço, e Maggie estava determinada desde o início a nunca ser uma daquelas pobres mariposas atraídas por seu brilho. Ela resistia a seu charme sem esforço, porque ele nunca desperdiçou-o com ela, e Maggie ficava feliz por isso. Ela nunca teve realmente certeza de como reagiria a Clint nesse tipo de relacionamento. Ela tinha medo disso e fazia pequenos milagres para evitar que isso acontece.


Um  zumbido  de  conversa  captou  sua  atenção,  e  obrigou-se  a  voltar  ao  presente  a


tempo de ver as pessoas através do corredor olhando fixamente para fora da janela. O ônibus


foi  parando  lentamente  enquanto  um  cavaleiro  se  aproximava  em  um  garanhão  negro  que brilhava como a seda ao sol.


Maggie  não precisava que lhe dissessem quem estava montando o cavalo. O homem


era alto,  sua  tranqüila  arrogância  era óbvia,  mesmo com  o  chapéu  meio torto  e  as  roupas cáqui de trabalho que pareciam ser uma parte dele.


Ele parou na porta enquanto o motorista do ônibus abria-a com um sorriso.


—  Cara,  você  sabe  montar,  ele  riu,  movendo  sua  cabeça  de  cabelos  escuros


encaracolados de maneir a apreciativa.


—  Eu  andei  praticando,  Clint  Raygen  disse  com  um  sorriso  torto.  Seus  cintilantes


olhos  verdes  encontraram  Maggie  se  deslocando  até  a  frente  do  ônibus  em  seu  feminino


terninho azul e levantou uma sobrancelha lentamente para ela.


—  Graças  a  Deus  você  ainda  tem  o  hábito  de  vestir  calças,  Irlandesa,  disse  ele,


provocando-a facilmente como odioso apelido de sua infância. — Eu não tenho tempo para


esperar o ônibus. Estamos marcando o novo rebanho. Vamos.


— Vamos…? ela ecoou fracamente. — Mas… a minha bagagem?


—  O  motorista  pode  deixá-la  na  cidade,  não  pode?  perguntou  ao  homem.  —  Nós


vamos buscá-la mais tarde.


— Farei isso, disse o motorista, — com a condição de você me ensinar a montar um


cavalo como esse.


— Sou proprietário do CR, Clint disse a ele.


— Você é bem-vindo a qualquer hora. Maggie, suba a bordo.


Houve uma risadinha abafada por trás dela, e ela não teve que virar para saber que era


um  casal de  adolescentes que  estava no banco de trás  dela. Ela  endireitou  os  ombros. Não Os olhos de Maggie foram atraídos para aquela paisagem onde os pinheiros, pomares


de  pecan,  e  casas  de  fazenda  espaçosa  se  abrigavam  sob  os  carvalhos  e  árvores  altas  de cinamomo.  Sua  infância  foi  passada  ali,  montando  ao  longo  destes  campos  a  cavalo  com Janna. Normalmente Clint a perseguia, enquanto ela se inclinava sobre o pescoço do cavalo.


O vento fustigava seu rosto enquanto incitava sua montaria, depois de lançar um desafio para


Clint. Os olhos do homem alto, sempre tinha um brilho verde claro, quando ela o desafiava, e


ele sempre dava-lhe corda suficiente para se enforcar.


Ela  sorriu  involuntariamente  pela  memória.  Ela  e  Clint  nunca  havia  realmente


decidido sobre os limites de seu relacionamento. As brincadeiras entre eles eram geralmente


amigáveis,  embora  pudessem  ficar  quentes.  Mas  nunca  tinha  sido  realmente  mal-


intencionadas  ou  crueis.  Eles  sempre  foram  um  casal  estranho,  sempre  um  provocando  o outro,  sempre  cautelosos  um  com  o  outro,  como  se  mantivessem  uma  incomoda  trégua  e tivessem com medo de perdê-la ou quebrá-la.


Clint  tinha  uma  aparência  muito  rude  para  ser   chamado  de  bonito,  mas  atraia  as


mulheres. Ele sempre tinha uma pendurada em seu braço, e Maggie estava determinada desde


o início a nunca ser uma daquelas pobres mariposas atraídas por seu brilho. Ela resistia a seu


charme sem esforço, porque ele nunca desperdiçou-o com ela, e Maggie ficava feliz por isso.


Ela nunca teve realmente certeza de como reagiria a Clint nesse tipo de relacionamento. Ela


tinha medo disso e fazia pequenos milagres para evitar que isso acontece.


Um  zumbido  de  conversa  captou  sua  atenção,  e  obrigou-se  a  voltar  ao  presente  a


tempo de ver as pessoas através do corredor olhando fixamente para fora da janela. O ônibus


foi  parando  lentamente  enquanto  um  cavaleiro  se  aproximava  em  um  garanhão  negro  que brilhava como a seda ao sol.


Maggie  não precisava que lhe dissessem quem estava montando o cavalo. O homem


era alto,  sua  tranqüila  arrogância  era óbvia,  mesmo com  o  chapéu  meio torto  e  as  roupas cáqui de trabalho que pareciam ser uma parte dele.


Ele parou na porta enquanto o motorista do ônibus abria-a com um sorriso.


—  Cara,  você  sabe  montar,  ele  riu,  movendo  sua  cabeça  de  cabelos  escuros


encaracolados de maneir a apreciativa.


—  Eu  andei  praticando,  Clint  Raygen  disse  com  um  sorriso  torto.  Seus  cintilantes


olhos  verdes  encontraram  Maggie  se  deslocando  até  a  frente  do  ônibus  em  seu  feminino


terninho azul e levantou uma sobrancelha lentamente para ela.


—  Graças  a  Deus  você  ainda  tem  o  hábito  de  vestir  calças,  Irlandesa,  disse  ele,


provocando-a facilmente como odioso apelido de sua infância. — Eu não tenho tempo para


esperar o ônibus. Estamos marcando o novo rebanho. Vamos.


— Vamos…? ela ecoou fracamente. — Mas… a minha bagagem?


—  O  motorista  pode  deixá-la  na  cidade,  não  pode?  perguntou  ao  homem.  —  Nós


vamos buscá-la mais tarde.


— Farei isso, disse o motorista, — com a condição de você me ensinar a montar um


cavalo como esse.


— Sou proprietário do CR, Clint disse a ele.


— Você é bem-vindo a qualquer hora. Maggie, suba a bordo.


Houve uma risadinha abafada por trás dela, e ela não teve que virar para saber que era


um  casal de  adolescentes que  estava no banco de trás  dela. Ela  endireitou  os  ombros. Não


havia maneir a de sair dessa, com certeza, não sem se tornar o tema da conversa de todos pelo


resto do caminho até a cidade.


— Eu não monto em um cavalo há um ano, disse a ele, estendendo a mão


—  Pise na minha  bota  e  jogue  a  outra perna  por cima do  cavalo,  disse  ele  em  seu


melhor estilo você Jane mim Tarzan, e ela quase podia ver a cara dos adolescentes.


Ela  conseguiu  se  colocar  atrás  dele  sem  muito  esforço,  mas  foi  um  contato novo  e


perturbador, e ela teve que segurar firme na sua cintura para não cair do grande cavalo. Era


como cravar os dedos em aço maciço, aqueles músculos eram tão poderosos.


— Pronta, Maggie? ele perguntou sobre o ombro.


—  Pronta,  ela  murmurou  em  voz  tão  baixa  que  não  chegaria  aos  ouvidos  dele.  —


Pronta para galopar em uma nuvem de poeira e deixar seu público ofegante, na sequência da


sua saída dramática! Ela sentiu seu peito tremer sob sua mão, ele conduziu o garanhão em um


trote lento pelo campo.


— Se isto não é dramático o suficiente para você, Irlandesa, disse arrogantemente:—


Vou galopar.Seus braços delgados se apertaram em torno dele. — Oh, por favor, não, Clint,


vou ficar quieta, disse ela rapidamente.


Ele riu profundamente. — Achei que ficaria. Vou deixar você em casa  no caminho


para o pasto.


— Você certamente  escolheu um jeito  incomum de  encontrar-se  comigo, comentou,


observando a grama alta ao longo do caminho que o cavalo estava f azendo.


—  Eu  não  tinha  planejado  isso,  ele  disse  casualmente.  —  Aconteceu  de  eu  ver  o


ônibus, e achei que você estaria nele.


Ela imaginou isso. Clint sempre parecia saber quando ela estava chegando. Ele sempre


sabia. Era como se ele tivesse um radar interno conectada a ela.


Ela fitou suas costas, cedendo. — Obrigado por me deixar vir, disse ela calmamente.


— Janna disse que você precisava de um empr ego, ele respondeu com  naturalidade.


— E eu preciso de uma secretária, acrescentou com voz firme. Sem dizer que Lida tinha sido


a última.


Ela  voltou  sua  atenção  para  o  vasto  horizonte,  salpicado  de  pinheiros,  pequenos


arbustos e a pelagem vermelha dos Herefords com pequenas manchas brancas em suas caras


na distância. Involuntariamente, um sorriso veio ao rosto.


— Janna e eu costumávamos brincar de caubói e índio nesses campos, ela murmurou.-


Eu sempre tinha que ser o índio.


Ele olhou para suas pernas na calça larga. — Você ainda se veste como um, disse ele.


— Eu quase nunca vi você em um vestido, Irlandesa.


Ela se moveu, inquieta. — Eles não combinam com uma fazenda, você não acha? ela


resmungou. Era o velho argumento novamente, ele nunca se cansava de repreendê-la pela sua


preferência por calças compridas.


— Eu não tinha planejado colocar você para marcar o gado e carregar fardos de feno,


ele rosnou.


Ela suspirou irritada. — Como me visto  é problema  meu,  respondeu ela. — Tudo  o


que você tem que se preocupar é se posso digitar e anotar o ditado.


Ele parou bruscamente  e  se  virou na sela, torcendo seu  corpo alto para que pudesse


olhar para ela. Seus olhos se estreitaram e havia uma ameaça no verde pálido.


—  Vou  lembrá-la  apenas  uma  vez,  que  há  uma  linha  que  você  não  deve  cruzar


comigo, pequena, disse ele em um tom suave que cortava mais do que um grito. — O pobre


cachorrinho do seu namorado podia te responder com um sorriso, mas não espere o mesmo


de mim. Eu ainda digo que uma mulher tem de pertencer a apenas um homem, acho que você


sabe do que estou falando.


Ela  sabia,  e  nada  poderia evitar o  rubor  que  coloriu  suas  altas  maçãs  do rosto.  Ela


desviou o olhar rapidamente.


Ele a estudou em silêncio, seus olhos traçando o perfil delicado virado para ele. — Por


que você prendeu o cabelo assim? ele perguntou de repente.


Ela rangeu os dentes. — Mantém fora de meus olhos, respondeu ela com firmeza.


-E mantém os olhos de um homem em outro lugar, acrescentou.— Como aquele cara


da  cidade  conseguiu  romper  a  camada  de  gelo  em  torno  de  você,  Irlandesa?  Com  um


maçarico?


Aquilo fez os cintilantes olhos esmeraldas dela queimaram ele. — Você preferia que


eu estivesse enfiada num vestido justo com a  minha cara rebocada de maquiagem, batendo


meus cílios para você? perguntou de maneira sexy.


Com  atrevimento,  os  olhos  percorrerem  devagar  seu  rosto,  até  sua  boca  suave,


descendo  mais  para  as  curvas  do  jovem  corpo.  —  Você  fez  isso  uma  vez,  lembrou


suavemente, encontrando  o olhar  chocado  e  incerto  dela. —  Quando  você  tinha  dezessete anos, e de repente me tornei a estrela do seu céu depois que Gerry Broome te abandonou.


A lembrança era como uma ferida aberta. Ele nunca a deixaria esquecer. Ela também


não  conseguia  esquecer,  como  tinha  corrido  atrás  dele  descaradamente,  achando  desculpa


após desculpa para segui-lo por todo o rancho naquele inesquecível verão. Até que finalmente


ele cansou dela  e  quebrou o  seu  orgulho em mil  pedaços  doloridos,  confrontando-a  com  a paixão,  um  confronto  que  a  tinha  envergonhado.  Ela  nunca  se  recuperou  totalmente  da rejeição, mantinha-a enterrada em seu subconsciente. Essa era a razão por ela lutar com tanta força, mantendo a raiva como uma barreira segura e alta entr e eles.


Ela baixou os olhos para o peito largo na frente dela. — Isso foi há três anos, disse ela


calmamente.


— E agora há Philip, acrescentou.Havia uma nota de advertência em sua voz profunda


e lenta, que desafiava. — Não há?


Ela apertou o maxilar. — Não, ela murmurou dolorosamente, — Não há. Janna não te


contou que nos separamos?


Seus olhos se estreitaram. — Minha irmã não me disse droga nenhuma. Então você o


abandonou, Irlandesa?


Ela encarou aquele olhar zombeteiro. — Eu o peguei com uma das minhas damas de


honra, após o ensaio, disse a ele, — juntos em um quarto de motel.


Ele estudou-a, pensativo. — Você era tão fria, que ele precisou encontrar uma mulher


para aquecê-lo?


Ela  se  retraiu.  —  Dane-se  você!  disse  ela.  —  Eu  deveria  ter  esperado  que  você


tomasse partido de qualquer pessoa, exceto o meu. Sempre foi assim com a gente.


— E sempre  vai  ser assim, disse ele calmamente  com  algo profundo  e estranho nos


olhos  que  procuravam  os  dela, — porque  você  não  me  quer  ao  seu  lado. Você quer  uma


parede entre nós por alguma maldita razão. De que diabos você tem medo?


— Você pode me fazer essa pergunta, com a sua reputação? Ela zombou.


Um lento sorriso zombeteiro tocou sua boca cruel. — Garota, não se anime. Mesmo


esquecendo o fato de que eu poderia dar-lhe onze anos, você não me excita, Maggie. Você


nunca me  excitou.  Seus  olhos  varreram ao longo de sua  figura  de  menino. —  Seria  como


fazer amor com uma escultura de neve.


Ela manteve a face calma. Nunca o deixaria saber o quanto poderia machucá-la. — Eu


pensei  que  tivesse  vindo  para  ser  sua  secretária,  e  não  seu  bode  expiatório,  disse  ela


friamente. — Ou você espera que eu pague pelos pecados de Lida, junto com os meus?


Ela  viu  seus  olhos  se  apertarem,  os  músculos  de  sua  mandíbula  moverem-se


ameaçadoramente. — Meu Deus, você está pedindo por isso, avisou baixinho.


Ela endireitou, movendo- se para tão longe quanto lhe foi possível mover no cavalo. —


Foi você quem começou!


— Eu posso terminar também, disse ele secamente.


Ela desviou o olhar. — Eu disse a Janna que não iria funcionar, ela disse baixo. — Se


você fizer a gentileza de me levar para a casa, vou pegar um táxi de volta para a rodoviária.


— Fugindo, Irlandesa? ele rosnou. — Você é boa nisso.


O lábio inferior tremia. — Eu não vou ser crucificada por você!, ela explodiu em um


soluço. — Oh, Deus, eu odeio os homens, eu odeio os homens, ela sussurrou. — Trapaceiros


e mentirosos, todos vocês!


A mão magra dele puxou-a pela nuca e apoiou sua testa contra o seu ombro largo, e


ele  se virou mais  na  sela.  —  Quantas  mulheres  houveram  depois  que  você descobriu? ele


perguntou em seu ouvido.


Um soluço sacudiu-a. — Quatro, cinco, eu perdi a conta, ela sussurrou. — Nós íamos


nos casar em apenas dois dias… ele disse que eu não iria derreter nem… em um alto-forno, a


voz dela quebrou novamente. Sua mão pequena pressionando os músculos quentes do braço.


— E ele… ele estava certo. Eu não sentia dessa forma com ele, eu não poderia…! Ela deu um


suspiro longo, soluçando.Seus dedos apertaram o pescoço delgado.


— Quantos anos ele tinha? — ele perguntou suavemente.


Ela engoliu um soluço. — Vinte e sete.


— Experiente?


— Muito.


— Ele era paciente, Maggie? — ele perguntou.


Ela deu um suspiro suave, fechando os olhos firmemente. —… Ele tomou como certo


que eu sabia… bem, que eu…


Seu peito arfou profundamente contra ela, e ele disse com impaciência. — Foi melhor


assim,  Irlandesa,  disse ele em seu ouvido. — Foi melhor descobrir agora do que depois do


casamento.


— Clint, me desculpe… eu… ela começou.


eu rosto tocou o dela, áspero e morno. — Enxugue suas lágrimas, pequeno regador.


Tenho gado para cuidar, e Emma deve estar se perguntando o que aconteceu conosco. Tudo


bem agora?


—  Sim.  Ela conseguiu  dar um sorriso  amarelo  para ele.  —Clint,  Sinto  muito sobre


Lida…


Seu  rosto se  fechou,  mas  não  com  raiva.  Ele tocou levemente seu  nariz. — Vamos


para casa.


Ele voltou para a sela e instigou o garanhão em um trote. Ele não disse uma palavra


até chegarem à casa branca da fazenda aninhada entre os carvalhos e nogueiras. Ele deixou-a


na cerca branca ao lado do alpendre.


Montado  no cavalo  negro, ele era uma figura impressionante, alto  e empertigado  na


sela. Ele acendeu um cigarro, seus os olhos estudando-a em silêncio por um longo momento.


—  Porque  você  olha  assim  para  mim?,  ela  perguntou,  inquieta  sob  o  rigor  de  seu


exame. — Eu me sinto como uma novilha a venda.


Algo cruel  brilhou em seus  olhos claros. —  Eu  não  estou  dando nenhum  lance, ele


respondeu inocentemente. — Mandarei um dos homens buscar sua bagagem. Emma te dará


algo para comer. Eu explicarei o que preciso quando chegar em casa a noite.


A  frieza  nele,  tão  repentina  e  não  esperada,  fez  com  que  ela  sentisse  arrepios  na


espinha. Durante anos, eles tinham fingido ser inimigos. Mas isto parecia ser real. Ele olhava


para ela como se… como se a odiasse!


— Eu ainda acho que seria melhor se eu fosse para casa, disse ela.


—  Você é que acha  isso,  ele  rebateu fortemente.  —  Eu  não  vou conseguir arrumar


uma  substituta  em  tão  curto  prazo,  tenho  correspondência  até  o  teto  com  o  dia  do  leilão chegando.


— Ordens, Sr. Raygen? ela desabafou.


Um  pequeno  sorriso  tocou  aquele  rosto  duro,  enfatizando  o nariz  que  foi quebrado


pelo menos duas vezes. — Ordens, Irlandesa.


— Você vai parar de me chamar assim? Você sabe que odeio isso!


— Odeie, de  qualquer jeito. Odeie-me,  também,  se isso ajuda. Não  me  importo e


você sabe disso, também, não é pequena? perguntou ele com um sorriso infernal.


Ela girou  sobre os  calcanhares  e saiu  pelo portão em direção  a varanda branca,  com


suas cadeiras de balanço e vasos com flores.


 


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O que vocês estão achando, me contem! comentem, plix!



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Autor(a): fanofbooks

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