Fanfic: Doce Inimigo - Diana Palmer | Tema: livro original, romantico,
Capítulo Quatro
A piscina era olímpica e a água agradavelmente fresca. Maggie flutuava calmamente,
seu corpo esguio escassamente coberto por um biquini, os longos cabelos flutuando atrás dela. Ela e Brent tinham feito duas voltas lado a lado quando Clint se juntou a eles. Piscina era uma coisa que raramente usufruía acompanhado e nunca com estranhos. Uma longa cicatriz irregular branca corria do centro do seu amplo peito ao longo da pele bronzeada até seu plano estomago. Outra era visível em sua musculosa coxa. Ele as chamava de recordações, de um combate de anos atrás, quando ele não conseguiu mergulhar longe o suficiente para se livrar de uma chuva de estilhaços.
Para Maggie, ele não tinha ficado nem um pouco desagradavel, a única coisa sobre ele que sacudia sua visão era o corpo poderoso e bronzeado sem o verniz de roupas para torná-lo menos sensual. Mas Clint era sensível quanto as suas cicatrizes, de modo que ela nunca as mencionava, nem Brent.
Eles relaxavam na água tranquila, sem conversar por alguns preguiçosos minutos, até
Emma destruir a paz, chamando Brent para atender ao telefone.
— Eles acham você onde quer que vá, Brent gemeu e puxou seu corpo esbelto para
fora da água. — Continue sem mim, Maggie. Clint te salvará se você se sumir na água pela
terceira vez.
— Quer apostar? ela murmurou, mas ele não a tinha ouvido.
Clint submergiu ao seu lado, balançando a cabeça escura para tirar o cabelo dos olhos,
as mãos magras tocando sua barriga nua, enviou um arrepio de prazer selvagem através de
seu corpo esbelto enquanto ele se aproximava e puxava o corpo dela contra o dele.
— O que você quis dizer com aquilo? ele perguntou, seus olhos ardentes nos dela, as
pernas musculosas entrelaçadas com as dela sob a água.
— Que você provavelmente gostaria de me afogar, ela disse vacilante. Calafrios
começaram a correr por seu corpo. — Por favor, deixe-me ir. Estou com frio.
— Frio ou excitação? ele perguntou, o rosto solene, seu olhar questionando. — Você
sempre teve uma quedinha por Brent, não é, Irlandesa?
— Nós nos damos muito bem.
— E você e eu não, afirmou categoricamente.
— Isso o que você está dizendo. Clint… Suas mãos o empurraram, tocando a grossa
cicatriz em seu peito. Seus olhos foram impelidos para baixo permanecendo sobre o espesso
emaranhado de pelos molhados que parecia estranho e novo ao seu toque. Seus dedos
traçaram suavemente, em seguida, mudaram-se para o tórax, largo e rígido que estava gelado
pela água. Um choque percorreu-a quando ela percebeu o que estava fazendo e tirou a mão
como se a carne dele a tivesse queimado.
Ele pegou sua mão e colocou-a no seu ombro, segurando-a ali enquanto estudava seu
rosto abatido. — Maggie, não, disse ele gentilmente.
— Sinto muito, ela murmurou em um tom cortante. — Eu não queria…
Ele pegou um punhado de seu cabelo molhado e puxou seu rosto contra ele até estar
sufocada contra a carne gelada e bronzeada, os cabelos ondulados fazendo cócegas no seu
nariz.
— Meu Deus, eu gosto quando você me toca, ele sussurrou em seu ouvido, rouco,
uma nota estranha em sua voz. — Não há nada para se envergonhar. É natural uma mulher
ser curiosa, especialmente quando ela é inexperiente. Seus dedos apertados em sua nuca.
Contra ela, sob a água, podia sentir a batida pesada e firme do seu coração. — Vem
cá, querida, ele sussurrou, e passou os dois braços em volta dela, engolindo-a, em um abraço
que reuniu as estrelas para dentro da piscina com eles. Ele trouxe-a para perto lentamente,
segurando-a, esmagando-a, machucando-a…
— Dê-me sua boca, ele disse com voz rouca.
Queimando, faminta, ela levantou o rosto para seus olhos em chamas e viu eles
descerem para seus lábios com algo parecido com reverência. Este era Clint, o Clint, que
brincava com ela e a ator mentava, que era como uma grande parte de sua infância na fazenda, os cavalos, Janna. Mas nunca tinha sido assim, nem em toda sua selvagem imaginação juvenil. Ele era um homem mais velho que ela, experiente, confiante. E sua inexperiência não era páreo para a fome que lia em seu rosto.
— E agora, ele sussurrou aproximadamente, inclinando a cabeça escura, — agora eu
vou lhe mostrar sensações que você nunca soube que poderia sentir, pequena inocente. Vou
mostrar a você como ser uma mulher…
Ela estava tremendo, impotente, enquanto ela esperava sem fôlego para sentir a sua
dura boca na dela. Ela começou a falar, para dizer alguma coisa, qualquer coisa, quando a
porta do pátio se abriu e quebrou o feitiço.
Ela sentiu um arrepio correr pelo corpo rígido de Clint quando ele soltou-a e
mergulhou na água. Brent chegou correndo, os pés descalços batendo no concreto molhado, e
mergulhou respingando água para todos os lados.
Maggie foi cavalgar com Brent no dia seguinte, assim que terminou com a
correspondência que Clint tinha deixado para ela no gravador.
— Eu amo este lugar, disse Brent, com um sorriso, contemplando a floresta verdejante
à sua volta. — Eu passei muito da minha infância aqui.
Ela sorriu também. — Eu e Janna costumávamos brincar de caubóis e índios aqui,
lembra? Uma vez preparamos uma emboscada para você no topo de um desses pinheiros.
— E pegamos carrapatos, todos nós, ele lembrou alegremente.
Ela estremeceu. — Foi horrível!
— Sem dúvida. Ele parou e olhou para ela, franzindo a testa. — O que aconteceu com
Clint na noite passada? ele perguntou de repente.
Ela sentiu o rubor subir, e desviou o rosto. — Mau humor, disse ela sem rodeios, ao lembrar como ele deixou a piscina sem olhar para trás logo após o retorno de Brent. Ele havia deixado a casa não muito tempo depois, e já era de manhã cedo quando Maggie ouviu o carro voltando. No momento em que ela e Brent chegaram à mesa do café, ele já estava no
trabalho. Ela fechou os olhos sobre a lembrança do que ele esteve prestes a fazer, e o que ela
tinha quase deixado o fazer. Ela ainda podia ver a boca dura pronta logo acima dela, sentir a
sua quente respiração misturando-se com a sua própria.
Ela queria tanto aquele beijo que se sentiu dilacerada quando Brent interrompeu-os.
Mas foi melhor assim, ela lembrou a si mesma. Clint tinha todas as mulheres que
precisava, era óbvio. Ele gostava de humilhá-la de qualquer maneira, por isso ela deveria se
proteger melhor. Talvez agora que Brent estava ali…
— Onde você está? Brent perguntou, acenando com uma mão na frente dos seus
olhos.
Ela olhou para ele com olhos arregalados. — Marte, ela sussurrou teatralmente, — Lá
fora! Explorando lugares estranhos e exóticos com a minha mente!
Ele sorriu. — Por que não tentar me explorar com a sua boca? Olhando de soslaio,
levantando e abaixando as sobrancelhas para impressionar.
Ela começou a rir e deixou a Melody cavalgar ao lado de seu cavalo. — Você é
exatamente o que eu precisava. Oh, estou tão feliz por você ter vindo!
— Estou contente por você, respondeu ele.
— O que você quer dizer?
Ele a olhou com ar especulativo. — Estou falando do primo Clint. Olhe, sua
experiência em persuadir as garotas. Clint em ação é uma coisa para se contemplar.
— Não entendi.
— Ele quer você, disse a ela calmamente.
O coração dela parou, e então começou a bater novamente. — Ele está apenas
brincando, Brent. Lida mexeu com seu orgulho e…
— Ele quer você, repetiu calmamente. — Nunca o vi olhar para uma mulher desse
jeito antes, com tanta intimidade. Eu não gostaria de vê-lo magoado.
Sua preocupação era reconfortante. Ela estendeu a mão e tocou seu delgado braço. —
Eu também não quero me magoar, ela disse com um sorriso. — Estou com meus dois olhos
bem abertos. Não estou enterrando a cabeça na areia.
Ele balançou a cabeça, sorrindo de volta. — Minha querida, você sempre foi
apaixonada por ele, apesar dos pseudo-noivos. Ele pode não notar, mas eu sim.
Ela mordeu o lábio inferior, olhando para baixo para sua sela. — Eu pensei que Philip
poderia…
-… Compensar? ele terminou por ela. — Você deveria saber que não. Maggie, você
não devia ter vindo para cá.
Ela riu baixinho. — É um pouco tarde agora.
— Venha para casa comigo quando eu partir, disse ele calmamente.
Ela olhou para ele, tentando ler o seu rosto fino.
— Não, não é assim, ele riu. — Maggie, acrescentou ele, solene, agora, — Eu sei
como você se sente. Há uma mulher…que eu daria tudo o que tenho, e um pouco mais; mas
ela não se sente assim a meu respeito. E, como você, sei que ninguém mais poderia tomar o
lugar dela. Não se deixe ser arrastada e esquartejada desse jeito. Nós consolaremos um ao
outro.
— Um ombro para chorar, Brent? ela perguntou baixinho.
— Isso é tudo que posso oferecer, respondeu ele, mais grave do que já o tinha visto.
Ele sorriu de repente. — Você acha que eu estava lhe oferecendo uma grande paixão?
Ela riu com vontade. — Deixe-me pensar sobre isso. Agora, estou fazendo um
trabalho, e dei a minha palavra.
— Você é quem deve decidir, ele respondeu. — Não posso te obrigar a nada. Mas
estou lhe oferecendo um refúgio sempre que precisar. E ele nunca te encontrará.
Ela concordou. — Obrigada pela opção.
Ele piscou para ela. — Você é mais minha prima do que ele. Nós sempre formamos
uma dupla terrível.
— Nós ainda somos. Ela se inclinou em direção a ele em tom conspiratório. — Vamos
arrancar fora o rotor do seu jipe.
— Vamos! Clint olhou atentamente para ambos os hospedes na mesa do jantar.
— Uma coisa estranha me aconteceu hoje, comentou casualmente. — Tentei ligar meu
jipe e estava faltando o rotor.
— O rotor? Emma exclamou, pausando ao levar uma garfada de purê de batatas para a
boca. — O rotor sumiu?
Maggie levantou as sobrancelhas e encontrou Clint observando. — Que estranho,
disse ela, impassível.
Brent engasgou com seu café e teve que levantar-se da mesa.
— Não tenha medo! Maggie disse levantando-se depois dele. – O socorro está a
caminho!
Nos próximos dias ela e Brent, felizmente, foram capazes de se manterem fora do
caminho de Clint. Mas seu humor estava pior do que nunca, e preparar as coisas para o
grande leilão não estava ajudando muito.
— Ei, Maggie, Billy Jones o capataz chamou, — Clint quer vê-la!
Ela olhou de cima da varanda, onde estava fazendo uma lista para o churrasco do
meio-dia no leilão. —Bem, aqui estou eu! ela chamou alegremente. — Diga a ele para
procurar dentro do seu coração! Billy saiu balançando a cabeça e Maggie se arrependeu
instantaneamente. Brent foi chamado numa viagem de negócios pela manhã e ela estava com
medo de passar do limite com Clint sem a proteção de Brent. Mas a tensão estava começando
a afetá-la…
— Então você está aí, maldita bruxinha, Clint murmurou, aproximando-se, o chapéu
sobre a testa e a fúria em cada linha de seu rosto duro.
Ela sentiu-se encolher, mas manteve os olhos levantados. — Sim?
Ele parou na frente dela e arrancou o chapéu, atirando-o para a mesa próxima. Ele se
inclinou para baixo, um musculoso braço de cada lado dela na grande e alta cadeira de
balanço onde ela estava sentada, prendendo-a.
— Se eu fosse você, disse ele em um tom de voz perigosamente suave, — Não
pressionaria tanto. Sei tudo o que preciso saber sobre você e o primo Brent!
Ela sentiu a força bruta na proximidade do corpo enxuto, e isso era perturbador. — Só
porque nós escondemos seu rotor…
… — E as fitas rosas amarradas no rabo de duas das minhas vacas de leite, e a espuma
de banho na piscina, e… resmungou ardentemente.
Ela corou. Tinha sido realmente engraçado na hora. — O problema é que você não
tem senso de humor, ela resmungou.
— Você tem o suficiente por nós dois! ele respondeu. Seus olhos estavam verde
dourados como os de uma pantera, naquele rosto moreno, próximo e ameaçador.
— Mesmo quando Brent e eu éramos crianças, você conseguia nos fazer sentir como
se fossemos criminosos cada vez que fazíamos uma brincadeira, disse ela à frente aberta de
sua camisa xadrez azul, onde os pelos escuros escapavam úmidos de suor.
— Você chegou bem perto de deixar meus malditos cabelos brancos, algumas vezes,
lembrou, e um pouco da raiva o abandonando. Ele sorriu.
— Então, ela murmurou e involuntariamente seus dedos subiram até a tocar o prata
nas suas têmporas. — Você tem certeza de que não é um sinal de velhice? Acrescentou maliciosamente.
Ele riu baixinho. — Sua fedelha.
Todos os anos pareciam sumir quando ele sorria desse jeito, e era o Clint de sua
infância, a maior criatura que seus sonhos podiam produzir, invulnerável e indestrutível.
— Clint, lamento sobre o banho de espuma, disse ela, — mas parecia tão bonito…
Ele torceu uma longa mecha de cabelo dela. — A influência de Brent é ruim para
você. E de agora em diante mantenha as mãos longe do meu jipe.
— Sim, Clint.
— Tão meiga! ele murmurou. Seus olhos desceram para a boca e permaneceram lá por
muito tempo. Abruptamente ele pegou-a pela cintura minúscula com ambas as mãos e puxou-
a contra ele, segurando-a com tanta força que ela gritou involuntariamente.
— Sua besta, me solta. Ela engasgou com raiva.
Sua respiração estava quente em sua têmpora. — É perigoso parar de lutar comigo,
Irlandesa, murmurou numa voz estranhamente rouca. — Eu sou um homem, não um menino
como Brent, e não estou acostumado a limites de espécie alguma. É inocente demais para compreender ou quer que eu soletre?
Ela sentiu o corpo musculoso contra o dela e as mãos tensas dele afastando-a e se moveu para pegar as folhas de papel e a caneta que tinha caído no chão.
— Devo lembrá-lo que você me disse que eu não… atraio você daquela forma, disse ela através dos lábios apertados, evitando o seu olhar atento.
Houve um silêncio longo e estático entre eles. — Você tem a lista do Shorty? ele
perguntou depois de um tempo, e ela ouviu o clique de seu isqueiro pouco antes de uma nuvem de fumaça pairar em torno dela. — Ele vai precisar dessas informações hoje para que possa começar a cozinhar no início da manhã.
— Estou prestes a terminar, ela respondeu, sentando-se. — Eu pensei em pedir
algumas toalhas de papel, pratos, guardanapos e também utensílios de plástico.
— Pequena alma econômica, não é? ele perguntou rudemente. — Eu deveria ficar
impressionado?
— A única coisa que poderia impressionar você, ela respondeu furiosamente, — é um
rolo compressor!
— Mais comprimido do que impressionado, com certeza, disse ele com um lampejo
de um sorriso.
Ela suspirou profundamente. — Você é sem dúvida, o ser humano mais
enlouquecedor…!
— Com o seu cabelo solto assim, ele murmurou, — e seus olhos verdes como os
botões no início da primavera, você é enlouquecedoramente bonita, querida. Apenas
certifique-se de não atirar nenhum dos seus doces encantos em Brent. Eu odiaria como o inferno ter de jogá-lo para fora da fazenda.
— O que eu faço com Brent…! Ela começou.
… — É da minha conta, enquanto você estiver na minha fazenda, disse sem rodeios,
os olhos desafiando-a a discutir sobre isso. — Não cometa o erro de subestimar-lo, tampouco.
Ele é um homem, e o tipo de provocações que você faz com ele pode parecer um convite.
Sua boca se abriu. — Clint, pelo amor de Deus, eu brinquei com ele toda a minha vida!
— E enquanto você tinha oito e ele dez anos era seguro. Seus olhos verdes
percorreram sua figura flexível em blusa e calças de um suave marrom. — Querida, já faz tempo que você passou do seu oitavo aniversário. Não tente o destino.
— Como é estranho você me advertir sobre Brent, ela lançou sobre ele, — quando no
outro dia ele me advertiu sobre você!
Uma sobrancelha subiu e ela podia ver a malicia brilhando em seus olhos. — O que
ele disse? ele perguntou.
Sua boca abriu para dizer as palavras exatas quando percebeu onde eles estavam e
fechou-a novamente. Seu rosto ardia como fogo.
Ele riu baixinho. — Então? ele cutucou. — Você sabe que eu não vou deixar isso para
lá até que você me conte. O que ele disse, Maggie?
Ela se moveu inquieta. — Ele disse que você em ação era digno de ser contemplado,
disse ela finalmente.
— E que mais?
— Isso foi… tudo, ela vacilou. Estudou-a por um longo tempo, preguiçosamente
alisando o cigarro. — Eu acho que posso adivinhar, refletiu. — E ele está certo, até certo
ponto. Eu posso ter qualquer mulher que eu queira. Mas, Maggie, acrescentou ele, sua voz
suave agora, — eu não roubo berços. Ela manteve os olhos baixos, inclinada a argumentar,
mas muita esperta para não abrir a caixa de Pandora.
— Para quando você precisa dessa lista?
— Em uma hora. Eu tenho que enviar Shorty à cidade de qualquer maneira para pegar
um material que pedi. E já que minha mãe não voltará antes de dois ou três meses,
acrescentou ele, — você vai ter que atuar como anfitriã.
— Emma não pode…?
— Querida, não há nada como uma mulher muito sexy para manter os compradores
felizes, ele zombou. Com um olhar furioso ela disparou contra ele tão dura quanto as
palavras.
— Eu não vou ser usado como uma…! Ele inclinou-se, sua respiração misturada a
dela, interrompendo o discurso eficazmente apenas se aproximando. Seus olhos ardiam
profundamente.
— Doze anos, ele murmurou, — e você ainda não sabe quando estou provocando ou
não. Eu não pretendo usar você como isca. E, se alguém encostar um dedo em você, eu quebrarei os dois braços dele. Satisfeita? Seus olhos se arregalaram, sua expressão confusa.
— Clint, por que…?
Seu dedo tocou seu nariz levemente. — Termine sua lista. Estou até o pescoço de
trabalho. Ele virou-se bruscamente e deixou-a olhando para ele.
O dia do leilão começou muito cedo na manhã seguinte, os compradores começaram a
chegar de carro e avião. Em pouco tempo, os verdejantes campos foram cobertos por eles.
Shorty estava tentando estar em dez lugares ao mesmo tempo, ocupado com as enormes
peças de carne para assar no churrasco, mexendo o feijão cozido, fazendo pães. Maggie se
ofereceu para ajudar, mas ele não quis ouvi-la, gesticulando com raiva para seu vestido
branco e exigindo saber como ela faria para não se manchar de gordura. Ela deixou-o com
um sorriso e uma piscada. Segundos mais tarde, Emma tomava seu lugar com o avental já
manchado, e começou a cuidar do feijão. Shorty quase caiu sobre o ombro dela e beijou-a.
Maggie supervisionava os ajudantes temporários, servindo as mesas, preparando as
cafeteiras, fazendo chá e trazendo baldes de gelo para os refrigerantes e cerveja. Lembrava-se
dos dias de leilão em sua infância, quando a Sra. Raygen tinha feito isto parecer tão fácil. Não
era nada fácil.
Inconscientemente, ela procurou nas barracas próximas por Clint e encontrou-o com
seus olhos. Uma alta, magra e bonita loira mantinha-se junto a ele enquanto falava do gado
com um homem idoso a seu lado. Havia algo muito familiar naquela mulher, ela procurou na
sua memória e veio um nome. Sarah Mede. A pequena Sarah, que havia crescido e se
transformado numa sereia, e estava perseguindo Clint descaradamente como Maggie tinha
feito na precoce idade de nove anos. Maggie suspirou cansada. Janna tinha dito algo sobre
Sarah e seu pai estarem em férias na Europa. Aparentemente eles estavam de volta, e ela não
precisava perguntar quem era a namorada mais recente de Clint. Aquela possessiva mãozinha
adornada dizia tudo.
Ela voltou para seus afazeres, desejando com todo seu coração que Brent tivesse
voltado a tempo para dar-lhe algum apoio moral. Ela achou que não fosse precisar mais. Se
ela nunca tivesse voltado!
— Bem, Olá, veio uma agradável voz masculina atrás dela e virou-se para encontrar
um quarentão, um homem bastante atraente em terno cor de ferrugem em pé atrás dela.
Ela sorriu automaticamente. — Olá. Veio para o leilão?, perguntou ela.
Ele sorriu para ela. — Sim, foi por isso que eu vim, ele demorou com um riso em sua
voz. — Mas ouvi o primo de Clint dar um lance no touro. Eu tinha certeza que iria ficar com
esse velho touro Hereford.
— Sinto muito, disse ela com um sorriso. — Mas Brent também tinha essa certeza.
— Você é da família?
Ela balançou a cabeça. — Sou secretária temporária de Clint. Mas fui criada há apenas
alguns minutos ao norte daqui. Conheço Clint, Janna e Brent a maior parte da minha vida.
— Eu odeio ser intrometido, mas você acha que eu poderia pegar uma xícara de café
enquanto esperamos pelo churrasco? ele perguntou. — Eu sai de Austin, sem o café da
manhã ou uma palavra gentil de minha empregada, e estou quase seco.
— Tem cerveja, se você preferir, disse ela, achando que ele mais parecia um homem
de cerveja do que de café.
Ele sorriu, enfatizando as linhas extras em seu rosto moreno. — Não com o estômago
vazio, disse ele com calma sinceridade. — Embora admita que gosto de um uísque
envelhecido. Mas agora tudo que eu quero é café.
— Então, isso que você vai ter, Senhor…?
— Masterson, respondeu ele. — Duke Masterson. Você?
— Maggie Kirk.
— Apenas Maggie? sondou.
Ela deu de ombros. — Bem, na verdade, é Margaretta Leigh, disse a ele, — mas
ninguém me chama assim.
— Por que não? ele perguntou suavemente. — Eu achei adorável.
Ela se sentia muito jovem sob aqueles olhos calmos, escuros e fora de seu alcance. —
Vamos atrás daquele café.
Ele era um pecuarista, como ela imaginava, com uma grande fazenda perto de Austin,
bem como imóveis e explorações de petróleo. Era também um homem atraente, com um charme que a deixava imediatamente à vontade.
— Eu estive no exterior por um mês ou mais, ele contou a ela sobre uma xícara de
café preto fumegante. — Na Grécia.
A pergunta saiu antes que ela pensasse. — Você visitou Pompéia?
Aquilo pareceu surpreendê-lo. — Sim, visitei. E Tróia e Acrópole. Ele se inclinou para
a frente. — Não me diga que você gosta de Arqueologia.
— Passei minha infância subindo os montes indígenas, e leio tudo que encontro sobre
novas escavações, ela admitiu.
— Por Deus, ele sussurrou. — Como eu. Costumava acompanhar meu pai, enquanto
ele arava a terra eu pegava as setas e peças de cerâmica. Eu passo tanto tempo quanto posso…
— Cansado, Masterson? veio uma voz calma profunda bem atrás de Maggie.
Masterson riu. — Acabado Clint, admitiu. — Eu tive duas horas de sono na noite
passada e parti sem o café da manhã ou pelo menos uma xícara de café instantâneo.
Margaretta teve pena de mim.
Clint moveu-se com Sarah Mede ainda pendurada no seu braço. Ele olhou para
Maggie com um olhar estranho, sondando. — Margaretta? murmurou curioso.
Maggie respondeu irritada. — É meu nome.
— E é muito bonito, acrescentou Masterson, tomando seu café. — Clint, o que acha
de me emprestá-la esta noite? Apenas o tempo suficiente para me acompanhar no jantar, pelo
menos.
A pergunta pareceu surpreender tanto Clint quanto Maggie.
— Adoraria! Maggie disse sem pensar. — Podemos falar um pouco mais sobre
arqueologia!
— Arqueologia? Clint explodiu, os olhos estreitos e escuros. — Que diabos você sabe
sobre isso?
Ela olhou para ele. — Muita coisa, na verdade. Fiz dois cursos na Universidade, e
passei dois meses em uma escavação no ano passado!
— Não vejo motivo para você ficar tão chateado, Clint, querido, Sarah murmurou
baixinho, e sorriu para Maggie. — Não é sempre que duas pessoas encontram algo em
comum. E tão rapidamente. Assim, como eu e você com a música country Clint, explicou ela.
— Eu vou cuidar dela, disse Clint Masterson, e algo em seus olhos pareceu convencer
o homem mais jovem. — Acho que você me conhece bem o suficiente, não é?
— Conheço, Clint disse finalmente, sua voz profunda e tranqüila. — E você pode
considerar isso como um elogio. Não existem muitos homens que possam dizer isso.
— O que é isso? Maggie resmungou, olhando para Clint. — Sou uma mulher adulta.
Não preciso de um cão de guarda!
— Adulta, Clint zombou. — Vinte anos e acha que tem todas as respostas, é isso?
— Mas, Clint, Sarah murmurou melosamente, — Tenho apenas vinte e um, e você
nunca fez esse estardalhaço por mim…
— Cale a boca, Sarah, afirmou categoricamente.
— Você nunca diria isso para mim, — Maggie disse a ele. — Eu achataria você como
uma…!
— Vá para o inferno, Maggie, — Clint disse com um sorriso infernal e virando-se,
puxou Sarah para junto dele. — Traga-a para a casa a meia noite, Masterson, ele disse por
cima do ombro. — Ela se transformará em uma abóbora se você não a trouxer.
Masterson sorriu para ela. — Você? ele per guntou, olhando as emoçes em seu rosto
pálido.
— Eu gostaria que ele se transformasse, ela sussurrou enfurecida. — Eu não preciso
de um irmão mais velho.
— Eu acho que você precisa. Ele cruzou os braços sobre a mesa e a estudou. — Estou
com quarenta e dois anos, menina. E garanto que se Clint não me conhece pessoalmente,
você nunca poria os pés fora desta fazenda comigo. Mas não tenho outras intenções com você, e ele sabe disso também. Só preciso de companhia, e é muito agradável ter uma conversa com alguém que entenda de datação por carbono e tenha atração por túmulos antigos.
Ela sorriu. — Obrigada.
As sobrancelhas dele se elevaram.
— Eu que agradeço. Agora, o que você gostaria de ouvir sobre Pompéia?
— Ah, eu adoraria! ela respondeu, e acomodando-se par a escutá-lo, tentando não
ouvir as últimas palavras de raiva de Clint, tentando esquecer o ódio em seus olhos…
O leilão tinha acabado, os convidados se foram e do churrasco só tinha sobrado os
ossos quando Maggie deixou o restaurante com Masterson.
Clint tinha ido embora com Sarah, e foi um abençoado alívio. Ela tinha tido brigas
suficientes por um dia.
Mais que um bife bem grelhado, Masterson compartilhou algumas de suas viagens
com ela, sorrindo da expressão extasiada de seu rosto jovem enquanto ele descrevia lugares
que ela teria dado tudo para conhecer.
— Eu sempre quis conhecer Stonehenge, ela disse a ele.
— Então por que não vai? ele perguntou. — O preço das passagens de avião não são
tão altas, você sabe.
Ela sorriu. — E eu poderia ser voluntária em uma escavação. É só o tempo. Parece
nunca ser o suficiente.
Algo escureceu seus olhos por um instante. — Eu sei. Não deixe que ele acabe antes
que você tenha feito as coisas que gostaria, menina.
Ela deu de ombros. — Eu ainda tenho bastante.
— Não, ele disse suavemente, seus olhos distantes. — Não, nenhum de nós o tem em
abundância.
Era meia-noite em ponto quando Masterson parou o carro alugado em frente a casa
da fazenda.
— Eu gostei muito, Maggie disse-lhe com um sorriso. — Se você for a Columbus…
— Isso não está nos meus planos, pequena, disse ele gentilmente. Seus olhos escuros
sorrindo para ela. — Obrigado por dar atenção e companhia a um velho homem. Algum dia
você vai entender o quanto isso significa.
— Velho? Você?, ela perguntou incrédula.
Ele riu. — Agora, você foi gentil. Boa Noite, Margaretta Leigh.
— Sem beijo de boa noite?, ela perguntou atrevidamente. — Acho que estou ofendida.
— Você pequena descarada… Ele puxou-a contra seu corpo grande e enxuto e beijou-
a com uma perícia que foi arrasadora. — Obrigado, Maggie, ele sussurrou, deixando-a ir.
— Boa noite, disse a ele, deslizando relutantemente para fora do carro.
— Adeus, querida, respondeu ele suavemente. E em seguida, ele se foi.
Ela ficou olhando as luzes traseiras do carro, uma vez que o caminho ia em direção a
estrada, e por apenas um instante ela não estava na Flórida. Estava de pé sobre a chuva em
uma civilização antiga com a brisa agitando seus cabelos e seu sangue bombeando forte. E
ele estava lá também, mas o nome não era Masterson. Ela estremeceu. Outra época, outro
lugar, aqueles olhos escuros olhavam dentro dela e, hoje, em algumas horas sua alma tinha
chegado a tocar a dela. Ela sentiu arrepios de emoção formigando em seu corpo tenso. Como
era estranho encontrar e instintivamente saber tudo sobre ele, como se numa outra vida…
— Venha para dentro, pequena.
Ela virou-se para Clint. Ele ainda usava as calças de seu terno e camisa branca, mas a
gravata e o paletó tinham desaparecido. Ele parecia perigosamente atraente.
— Eu… Eu só estava olhando o carro, ela murmurou enquanto subia as escadas. O
arrepio passou por ela de novo e sem pensar ela deslizou a mão fria na de Clint, como uma
criança em busca de conforto. Por apenas um instante sua mão ficou tensa. Então envolveu-a
com a sua mão forte e delgada e apertou-a.
— O que está errado, querida? ele perguntou.
Ela balançou a cabeça. — Senti-me… como se o tivesse conhecido em algum lugar
antes. E alguma coisa estava errada, senti isso!
— Deja vu? perguntou ele com um sorriso, levando-a para dentro de casa, e depois
para seu escritório.
Ela encolheu os ombros, afundando cansada no sofá. — Talvez. Não sei. Ele me
assustou. Ela o viu servir um uísque puro, colocar gelo e mexer. — Conte-me sobre ele.
Clint moveu-se através da sala e apoiou-se sobre um joelho ao lado dela, seus olhos
escuros quase no mesmo nível dos dela. Suas mãos pegando as dela que descansavam em seu
colo.
— Ele tem câncer, querida, disse ele muito delicadamente. — Não há nada que
possamos fazer por ele, e pelo que ele mesmo me disse, tem menos de dois meses.
Ela rompeu em um soluço com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu gosto dele, ela
murmurou através de um sorriso pálido.
— Eu também. Um inferno de homem, Masterson. Conheço-o a maior parte da minha
vida. Ele tomou o seu lenço e enxugou-lhe os olhos. — Você sabe, ele fez mais em seus
quarenta e dois anos que a maioria dos homens no mesmo tempo de vida. Ele não perdeu um
segundo. É difícil não sofrer tanto por um homem como esse.
Ela olhou-o nos olhos em silêncio por um longo tempo. — Eu… eu não posso
imaginá-lo de luto por ninguém, disse ela baixinho.
— Não pode, querida? Ele sorriu para ela, delicadamente, a mão afastando seu cabelo
do rosto úmido. — Você ainda pensa que sou invulnerável?
— Eu não sei. Ela estudou o rosto moreno, em silêncio por um longo tempo. — Eu
não sei muito sobre você. Eu… eu nem sabia que você gostava de musica country.
— Eu gosto de qualquer tipo de música. E tempestades, quanto mais selvagens
melhor. E mulheres jovens e sensíveis com olhos de jade líquido, ele sussurrou
profundamente. — E se você não ainda não acalentasse aquele beijo que Masterson lhe deu lá
fora no carro, eu tomaria a sua boca e te faria implorar por mim, garota.
Ela corou até a raiz de seus cabelos, e tentou regular a respiração, para que ele não
notasse o efeito daquelas palavras suaves tinham causado em suas frágeis emoções.
— Eu… eu não poderia mesmo… mesmo assim, ela respondeu, esforçando-se para
usar uma pequena onda de indignação contra ele.
— Você passou os últimos quatro anos, imaginando como seria sentir minha boca
sobre a sua, disse ele calmamente, seus olhos fitando os dela. — Nós dois sabemos disso.
Trêmula, ela levantou-se e moveu-se em torno dele para a porta.
— Quando você vai parar de correr de mim? Perguntou ele, enquanto a mão dela
alcançava a maçaneta.
— Boa noite, Clint, respondeu ela, ignorando a pergunta.
— Não tropece no caminho para o berçário, ele rosnou.
Ela poderia provar a amargura naquelas palavras duras, e isso lhe dizia o quanto ele
estava contrariado. Por pura vaidade, ele era invencível.
— Margaretta.
O som ofegante do seu nome nos lábios, tão estranho, tão incomum, a fez congelar.
Ela virou-se para captar uma expressão no rosto dele que ela não conseguia entender.
— Vai cavalgar comigo amanhã, disse ele gentilmente. — Vou levá-la naquele
pequeno trecho do riacho onde você e Janna costumavam brincar.
Ela hesitou. — Porquê?, perguntou ela.
— Talvez eu queira conhecê-la novamente, disse ele descuidadamente.
— Alguma vez você me conheceu? perguntou a ele.
Ele balançou a cabeça. — Estou começando a pensar que não. Você vem?
Ela mordeu seu lábio inferior. — Se… se Brent não estiver em casa, eu vou.
Seus olhos estreitaram-se, um músculo pulsando em sua mandíbula. — Brent não
voltará, disse ele tenso. — Ele ligou enquanto você estava fora e pediu-me para mandar seu
touro por navio para Mississippi. Ele está a caminho de Hong Kong.
— Oh. Ela virou-se.
— Não pareça tão desgraçadamente perdida! Meu Deus, Irlandesa, quantos homens
são necessários para você ultimamente? resmungou ardentemente.
— O que importa par a você? ela devolveu.
Ele ainda não tinha respondido quando ela subiu.
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Autor(a): fanofbooks
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Capítulo Cinco Ele estava esperando por ela na mesa do café da manhã, uma camisa vermelha de malha esticada em toda a vasta extensão de seu peito com a pele bronzeada e os pelos negros ondulados apenas visíveis no V da garganta. Seus olhos pálidos procur ...
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