Fanfic: C.A.R.P.A.T.O.S | Tema: Carpatos

NOTAS DA AUTORA:O capítulo não está tão emocionante assim, mas por favor leiam. E as frases começando com aspas e negrito são as vozes que a Rúbia escuta...Se alguém tiver dúvida ainda.

Que bosta...Segunda-feira.

Minha vida nunca foi um mar de surpresas, mas isso não me magoava, pelo contrário. Sempre valorizei as coisas mais simples da vida...Assim como meu pai.

A única pessoa em que eu confiava era ele. Ele era fazendeiro de um grande rancho na cidade.

Meu pai nunca me contou exatamente como minha mãe tinha morrido e tambem seria constrangedor perguntar, porque obviamente eu iria magoá-lo. Ele ainda não tinha superado a morte dela, mesmo depois de 17 anos.

Levantei da cama exausta, eu tinha aula hoje...Inferno...

``toc, toc, toc``

– Pode entrar pai. - Eu já sabia que era ele.

– Olá Rubi. - Ele sorriu ao entrar no meu quarto. - Seu cabelo está bacana. Parece um ninho.

– Haha, muito engraçado. - Passei os dedos constantemente em meus cabelos. Se é que poderia chamá-los nesse momento de ``cabelo``.

– Tudo bem, já está melhor. - Ele se aproximou e segurou meus pulsos.

– O que você quer, pai? Primeiro enche meu saco e agora fica aí me encarando. - Bufei. E soltei meus pulsos do seu agarre.

– Tenho uma surpresa pra você. - Seus olhos estavam brilhando como nunca tinha visto. Ele parecia...Feliz. - Hoje a noite vamos receber duas pessoas para um um jantar.

– Jantar?

– Quero que conheça uma pessoa especial. - ele sorriu. - Muito especial.

[...]
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– Quem serão essas pessoas?- Yasmin, minha vizinha; estava tão curiosa como eu. - Ele não falou quem era?

– Eu até insisti, mas ele fez questão de não me dizer. - O tom de raiva estava claro em minhas palavras. - Eu acho que ele está namorando.

Eu já esperava esse momento. Meu pai era um homem com todas as suas necessidades físicas e emocionais. Eu sabia que chegaria um dia que ele cansaria de viver somente mantendo a imagem de minha mãe sempre viva em si.

– O quê? - Yasmin se espantou. - E a sua mãe? Ele precisa respeitar a imagem dela.

Bufei.

– Sério? E você acha que eu não falei isso pra ele? - fui irônica.

– Nossa... - Yasmin olhou para algo que estava atrás de mim. - Isso é uma miragem ou fruto da minha imaginação?

– Yasmin, para de surtar garota. - Brinquei. E estralei meus dedos perto de seu rosto.

Ela mantinha seu olhar fixo em algo que estava atrás de mim.

Olhei para trás e vi um garoto, ou melhor ``o garoto`` passando no corredor. Ele era extremamente bonito, mas ao mesmo tempo dava arrepios.

Parece que ele tinha notado que eu o estava encarando e fez questão de retribuir o olhar com intensidade, no mesmo momento desviei meu olhar e virei pra frente sem graça. Seu olhar era intenso demais para ser suportado.

– Ele é um pedaço de mal caminho. - Yasmin ainda estava babando pelo garoto.

– Pare de olhar. - sussurrei com raiva.

– Pare de olhar, Yasmin. - bati em seu braço. - Ele percebeu que estamos olhando.

Yasmim sorriu.

– Eu quero que ele perceba mesmo.

Ela estava delirando. Literalmente.

Assustei-me com o barulho estridente do sinal da Escola...Eles queriam nos deixar surdos.

– Vamos para sala. - Puchei ela pelo braço. Já que a mesma estava tão alterada com a imagem do garoto que nem andar conseguia.

Entramos na sala de aula e eu me sentei no lugar de sempre. Yasmin se sentou atrás de mim. E o professor logo entrou.

``Te esperei por tanto tempo.``

Quase cai da cadeira pelo susto.

– Você disse alguma coisa, Yasmin? - Encarei-a, mas ela estava muito entretida lendo um livro de filosofia.

Será que eu estou ficando louca?

``Rúbia``

Olhei para trás, mas todos estavam concentrados em seus livros. Quem estava me chamando? Olhei para trás novamente.

Que legal Rúbia, agora você está dando para ouvir vozes...

Continua...

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