Fanfic: C.A.R.P.A.T.O.S | Tema: Carpatos

NOTAS DA AUTORA: BOA LEITURA!

‘’– E você se acha linda demais, não é? - provoquei.

Eu já tinha explodido a bomba, pensei.

Ela se virou e me fulminou com um olhar nada amigável.

– Se gosta de ter uma vida é melhor que não me enfrente. - Ela simplesmente disse e se foi pela porta.

Virei-me e voltei a ver meu reflexo no espelho. Eu estava mais pálida agora.

O sinal tocou e antes de sair do banheiro peguei minha mochila que estava no chão. As pessoas andavam desgovernadas até a suas salas e comigo não foi diferente.

– Temos a primeira aula juntos. - disse uma voz terrivelmente familiar perto de mim.

Ah, você de novo não, pensei.’‘

– Que ótimo. - murmurei sarcástica enquanto entrava na sala onde eu teria a 1º aula do Sr. Rhonn....Literatura.

– O sarcasmo não combina muito com você, Rúbia. - Senti ele dizer isso bem próximo de mim.

Tá legal, isso já está ficando chato, pensei.

Virei-me e tentei não olhá-los nos olhos, pois isso seria minha perdição. - Você poderia me deixar em paz? Nem que seja por uma hora? - Me afastei novamente e não fui impedida , pois quando me esquivei dele o Sr. Rhonn entrou na sala.

Sentei-me na primeira carteira vaga que achei...A primeira da segunda fileira e por ironia do destino havia outra carteira vazia próxima da que eu estava sentada na segunda fileira.

Isso só pode ser piada mesmo, bufei.

De repente uma garota com cabelos loiros apareceu e correu para sentar no lugar vago. Nathan lançou um olhar ameaçador para a garota, mas se sentou em outro lugar.

Olhei para a garota que sorria descaradamente para mim...Minha melhor amiga,Yasmin. - Admita que eu salvei você de um futuro ataque cardíaco. - Ela piscou e fez uma cara de louca - Desde quando você é amiga daquele pedaço de mau caminho? - sussurrou.

Olhei para o Sr.Rhonn que nos encarava com tédio. - Posso começar a aula ou as senhoritas ainda não terminaram?

Yasmim se indireitou na carteira e eu também. Era melhor manter essa conversa para mais tarde. O Sr. Rhonn virou-se para a lousa e escreveu com sua letra torta.

‘’SHAKEASPARE’‘

Algumas meninas começaram a tagarelar animadas:

– Adoro Shakeaspare!

– Romeu e Julieta

–Ah, como eu amo Romeu e Julieta!

O professor virou-se da lousa e todos ficaram quietos. - Então, estou trabalhando com outros professores e com autorização da direção resolvemos montar algumas peças de Shakeaspare. - Ele disse animado e até lançou um sorriso. - Isso valerá nota. - Ele lançou um olhar divertido para mim...Ele sabia que eu odiava falar em público.

Tradução: Ou você vai fazer peça ou você vai fazer a peça!

[...]

5 horas mais tarde...

– Podem guardar seus materias. - A Sra. Ellsey ordenou com sua voz sempre calma.

Guardamos nossos materiais. Yasmin me esperou enquanto acabava de colocar meus livros de Geometria na mochila que já estava gasta.

– Preciso falar com você, Rúbia.

Era ele.

Nathan não esperou pela minha resposta, simplesmente começou a me puxar com certa agressividade.

– HEY! - Gritei.

Yasmin correu. - Pare com isso! Solte-a!

Nathan ignorou meus gritos e os protestos de Yasmin.

– O que foi que eu fiz? - Gritei.

Não havia mais ninguém na escola...Eu não iria ser salva.

Chegamos no estacionamento e ele abriu a porta do carona e me jogou porta a dentro.Fechou a porta e travou os pinos.

Yasmin continuava gritando sem entender nada..Resolvi que a melhor saída era fazer leitura labial ‘’CALMA, EU TE EXPLICO DEPOIS’‘

Ela tinha entendido e fez o mesmo ‘’ME LIGA’‘ gesticulou com a boca.

Assenti e me assustei quando Nathan entrou e fechou a porta com força exagerada. Ele mantinha uma expressão estranha no rosto...Qual era o problema daquele garoto?

– O...O que você vai fazer? - perguntei hesitante.

Nathan ficou quieto por uns instantes enquanto ligava o motor ele acelerava agressivamente o carro ``nada chamativo`` para fora da escola.

O que ele ia fazer comigo? O que eu tinha feito de errado? Ele estava tão calmo de manhã e agora...

– Não aguento mais o seu comportamento infantil...Achou que ia ficar fugindo o tempo todo de mim? - suas palavras eram sem nexo, mas o que me afligia era o seu tom frio e calculista.

Eu tinha fugido dele a todo instante na escola. Não falava quando ele se dirigia a mim porque estávamos num local público e ele não seria tolo de fazer alguma coisa impensada, mas agora era só ele e eu.

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