Algumas vezes os dias demoravam para passar, especialmente quando passava uma semana sem encontrar Christopher, e outras semanas passavam voando, como se não fosse dar tempo de fazer tudo. Sem a ajuda da mãe, Dulce contou com Maite, a tia Victória e Ninel para auxiliá-la com os preparativos do casamento.
Depois de todos os vestidos que tinham sido desmanchados e refeitos para Celina e Mia, seu vestido de casamento foi bastante simples: cetim branco com acabamento em renda, gola em V e mangas curtas.
A mãe de Josy ensinou-a a costurar e ela fez a guirlanda de flores e cristais, com o forro no mesmo tecido do vestido, onde seria preso o véu que ia até o chão.
- Se esse sonho se tornar realidade, será o melhor de toda a minha vida - Dulce falou para Maite e Josy na tarde em que davam acabamento ao vestido. Uma suave brisa balançava as cortinas do quarto dela.
- Você poderia ganhar dinheiro costurando para fora - sugeriu a prima. - Este é o vestido de noiva mais bonito que eu já vi.
- Lembre-se de que eu tenho uma conta no nome do meu pai na loja de tecidos. Ele pagou pelo vestido.
- Mas você salvou-lhe uma fortuna costurando-o sozinha! - Maite tocou uma das mangas com reverência.
- Eu prometo fazer o seu vestido de casamento - disse Dulce. - Espero que seu príncipe apareça logo.
- Jura? Ah, Dulce, você é um amor!
- Téo tem ajudado Christopher na casa de vocês - contou Josy. - Ele me disse que está quase pronta. - Christopher sempre me conta os progressos, mas eu gostaria de poder ir até lá e ver com meus próprios olhos.
- Você ainda não viu a casa? - perguntou Maite.
- Não. Eu não posso sair com Christopher sem ter um acompanhante, e nem a mamãe nem o papai querem ir comigo.
- Eu vou com você! - falou Maite. - Por que não me pediu antes?
Dulce encolheu os ombros.
- Você sabe que eu não estou chateada por ele a ter preferido, não é? Ninguém poderia estar mais feliz por você do que eu.
- Eu sei disso. Você é um tesouro, Mai. Eu só não queria incomodá-la ainda mais.
- Ora, Dul! Escolha um dia. Eu a acompanharei.
- Está bem - respondeu ela com um grande sorriso.
- Vamos mostrar-lhe agora? - perguntou Maite, virando-se para Josy.
Com os olhos brilhando, a jovem assentiu.
- O quê?
- Temos um presente para você. - Maite saiu do quarto e voltou trazendo uma caixa.
- O que é?
- Abra e veja.
Dulce sentou-se na cama e abriu a caixa. Sob as camadas de papel havia uma linda camisola de seda. Ela tirou-a da caixa.
- É linda! Uma camisola!
- Sim - falou Macete, sentando-se ao lado da prima.
- Encomendamos em uma loja em Chicago. A tia da Josy comprou uma para ela para a noite de núpcias.
- Não igual à sua - disse Josy.
- Pode-se ver através dela! - exclamou Dulce, enrubescendo.
- É essa a intenção - brincou josy. - Ele adorará a camisola. Dulce ficou olhando a delicada peça e tocou suas bochechas quentes. Seus poucos encontros com Christopher tinham sido tão naturais, mas ao pensar na noite de núpcias, seus nervos ficavam à flor da pele. Seus beijos e toques tinham sido espontâneos, enquanto uma noite de núpcias era planejada.
Esperada. Antecipada.
Se Christopher a visse naquela camisola, ele notaria que seu corpo não era perfeito. O defeito em sua perna começava no quadril, e um era ligeiramente mais pronunciado do que o outro. Nunca pensara nisso. Ele a veria nua!
- Ah, meu Deus!
- Meninas, eu preparei limonada para vocês - disse Blanca, no corredor.
Dulce fechou depressa a caixa.
- Obrigada, mãe - respondeu ela, com uma preocupação completamente nova em mente.
Domingo fora o dia escolhido. Depois de receber as charretes, lavar e escovar os cavalos, Christopher levaria Dulce e Maite para conhecer a casa nova.
Dulce ficou nervosa durante todo o sermão. Assim que o serviço terminou, ela vestiu sua capa e foi cumprimentar o pastor Eleazar.
- Só falta uma semana agora - disse ele, sorrindo.
- Eu não consigo acreditar que o dia do meu casamento está chegando. Os pais dela estavam logo atrás, e o pastor não fez nenhum comentário sobre o evento, apenas os cumprimentou com educação.
Christopher as aguardava na entrada da igreja, e o coração de Dulce disparou ao vê-lo, tão lindo sob o sol brilhante. Fernando deu-lhe o braço para ajudá-la a descer as escadas.
- Quer ir conosco, papai? - perguntou ela.
Os olhos de Fernando encontraram os do futuro genro.
- Você será muito bem-vindo - disse Christopher.
Um músculo saltou no maxilar de Fernando. Ele se virou para a esposa, um pouco afastada, que olhava atentamente para o chão, apertando a bolsa com toda a força.
- Não. De qualquer forma, muito obrigado pelo convite.
- Onde é a casa que está construindo, Sr. Uckermann? - perguntou Blanca, encarando-o.
- Fica a uns cinco quilômetros ao norte - respondeu Christopher. - Comprei vários acres de terra com várias montanhas na parte de trás da casa. A paisagem é muito bonita nessa época do ano.
- E Dulce morará no meio do nada sem a menor proteção?
- Não é tão longe da cidade quanto parece - disse ele - Na verdade, fica até mais perto do que a fazenda dos Peronni.
- Eu não consigo ver como uma cabana isolada na floresta pode ser um lugar adequado para uma jovem. Ela estaria melhor na cidade.
- Não havia nenhum terreno disponível na cidade - Christopher falou. - E eu também não poderia comprá-lo. - Ele olhou para Fernando, que baixou os olhos. - Além disso, terei bastante espaço para criar meus cavalos. Os pais de Dulce trocaram olhares constrangidos.
- Boa tarde, filho - cumprimento Rocco, estendendo-lhe a mão. Christopher apertou-a no ato.
- Boa dia, Sr. Uckermann - disse a tia Victória.
- Bom dia, madame - respondeu Christopher com um sorriso.
Fernando e Blanca seguiram até a charrete dos Peronni, acompanhados por Rocco e Vick.
Dulce respirou fundo, controlando a dor que tomava seu peito, e desviou a atenção de seus pais. Entretanto, deparou-se com o olhar de Alfonso. Anahi acenou-lhes e o rosto do pequeno Miguel se iluminou ao ver a tia.
Alfonso virou-se de repente e atravessou a rua. Miguel tentou olhar para trás e acenou para Dulce.
Ela retribuiu o aceno, depois levou a mão aos lábios trêmulos. Christopher abraçou-a, notando seu desconforto.
Ele escolhera sua melhor charrete para levá-las até a casa. Ajudou as duas jovens a se acomodarem na parte da frente, depois colocou a cadeira de rodas na parte de trás. Dulce ficou feliz da vida por poder sentar na frente, e não atrás, corno acontecia quando saía com seus pais. A consideração de Christopher em colocar Maite ao lado deles, mesmo que ficasse apertado, a deixou radiante.
Seguiram em silêncio até chegarem no riacho, que atravessaram sem a menor dificuldade. O sol era tão forte que até a água tinha reflexos dourados em alguns pontos. A grama à beira do riacho começava a ficar marrom, junto com as folhas que caíam das árvores, que formavam um lindo carpete. Falcões voavam em círculos próximo ao topo das montanhas.
Eles chegaram em uma subida, e lá, em uma área reta estavam a casa e o estábulo, um curral e um moinho de vento, com suas novas pás reluzindo e movendo-se lentamente com a suave brisa.
Dulce levou as mãos ao coração sem conseguir acreditar no que seus olhos lhe mostravam.
- Ah, meu Deus!
Estava escuro da última vez que fora até lá, e havia apenas a estrutura da casa.
Não era uma casa grande, apenas um andar, duas janelas e uma porta de entrada, mas parecia muito sólida e bem planejada, com as colinas e a floresta de pano de fundo. Um veado bebia água na gamela perto do moinho de vento.
- Olhe! - gritou Dulce, apontando para o animal. - Ele não é lindo?
- É uma fêmea - corrigiu Christopher. - E você mudará de idéia assim que eles começarem a comer todo seu jardim.
Ele parou a charrete e o animal saiu correndo em direção à floresta.
Os três desceram e Christopher caminhou atrás das duas que seguiam para a porta. O nervosismo repentino o surpreendeu. Havia semanas que trabalhava para construir e terminar aquela casa e agora que Dulce estava prestes a ver o resultado, temia que fosse muito pequena e simples, diferente de tudo que ela estava acostumada.
- Mais tarde pretendo construir uma varanda. E como temos bastante terra, podemos até fazer uma casa maior.
Dulce e a prima pararam diante da porta de entrada.
- Eu não fiz uma rampa pois achei que não seria necessário - falou ele. - Mas se quiser, eu faço uma bem depressa.
Sorrindo, Dulce balançou a cabeça para os lados.
- Entrem. A porta está aberta. Maite deu um passo para a frente e virou a maçaneta. Dulce segurou na soleira da porta e entrou atrás dela. Christopher tinha um nó no estômago, antecipando a reação de sua amada. Trabalhara com tanto afinco e fizera tantos planos para eles naquela casa. Não poderia manter o mesmo padrão de vida dos pais dela, mas certamente nada lhe faltaria.
As janelas de vidro permitiam a entrada do sol, que iluminava o piso de madeira. A sala de estar tinha apenas duas cadeiras. Téo Palácios lhe ajudara a construir o consolo da lareira, bem como os armários e prateleiras da cozinha.
- Ainda não temos muitos móveis - disse Christopher. - Imaginei que você gostaria de escolher.
Ela soltou o braço de Maite e foi até o outro lado da sala. Ele comprara uma mesa de jantar com quatro cadeiras.
- Encomendei o fogão, um dos modelos mais modernos, com reservatório de água. - Christopher não parava de falar, e Dulce continuava calada. Será que tinha gostado da casa? Caminhando até o fogão, ele lhe mostrou a parte de trás, onde ficava o reservatório.
- Gostei - foi tudo que ela disse.
Um silêncio estranho os acompanhava. Christopher olhou para Dulce e para Maite, depois de novo para o fogão.
- Acho que vou lá fora tentar ver aquele lindo animal - disse Maite.
- Melhor não - respondeu Christopher. - Aconselho-a a não ir até a floresta.
- Não se preocupe, vou ficar por perto. - Ela correu para a porta e saiu, deixando-os sozinhos.
Dulce abriu as portas dos armários, querendo inspecionar cada parte da casa.
- Você não precisará buscar água lá fora - disse ele, mostrando-lhe a bomba que instalara.
- Que bom.
- Quer ver o resto? Ela levantou os olhos, que estavam com mais reflexos verdes devido ao vestido que usava. O coração de Christopher disparou. Ambos sabiam que o resto era o quarto do casal.
- Está bem.
Ele pegou-lhe a mão e levou-a até a porta fechada. Abriu-a e afastou-se para que Dulce entrasse.
O quarto parecia enorme e oco sem nenhum móvel. Téo o ajudara a instalar ganchos em uma parede e a construir um guarda-roupas.
- Precisamos escolher os móveis - falou ele. - Não quis comprar nada que não precisássemos. O que você vai trazer?
Dulce baixou os olhos, envergonhada. Christopher não queria vê-la constrangida com o quarto deles, muito menos com qualquer coisa que haviam planejado para a vida a dois. Deu um passo e colocou as mãos no ombro dela. O aroma feminino de lavanda o envolveu.
- Eu te amo, Dulce.
Ela levantou o rosto e aproximou-o dos lábios de Christopher.
- Algumas vezes tudo parece bom demais para ser verdade.
- Eu sei que essa casa é bem diferente da que você cresceu... - começou ele.
- Pare, Christopher. Não há nada para comparar. Nem pense nisso. Eu adorei nossa casa. E o que mais me emociona é o fato de você a ter construído sozinho. Em cada parte percebe-se o cuidado... e o amor que você colocou. Eu adorei, Chris. Muito obrigada. Ele fechou os olhos, inalando a presença daquela mulher que tanto amava e desejava.
- Eu não tenho muito o que trazer. - Christopher notou a tristeza na voz dela ao proferir as palavras. - Na verdade, quase nada. Eu não quero pedir nada para os meus pais.
- Não faz mal - respondeu ele, no intuito de animá-la. - Eu comprarei uma cama e uma cômoda para nós.
- Ah, meu amor, eu nem acredito que nosso sonho esteja tão próximo de se realizar. Faremos votos diante do pastor Davidson e depois viveremos aqui.
- Sim, Dul, este dia está cada vez mais próximo.
Uma lágrima escorreu-lhe pela face angelical.
- Eu me esqueço de todos os outros problemas quando penso nisso.
- O que a magoa tanto, Dulce?
- Não ter nada para trazer. Minha mãe não acreditar em mim. Minha família não nos aceitar.
- Gostaria de poder mudar a situação para você. Se estivesse ao meu alcance...
- Eu sei que você faria isso por mim - disse ela, tocando-lhe a cicatriz nos lábios. Inclinando a cabeça, Christopher cobriu-lhe os lábios macios com os seus, experimentando, sentindo, amando-a com todas suas forças, desejando poder mudar tudo que a entristecia e jurando dar-lhe somente alegrias e prazer a partir daquele dia.
Dulce se aninhava no corpo dele com tanta naturalidade, seus seios pressionados contra o peito musculoso, os dedos tocando-lhe a nuca com carinho.
- Estou com medo! - disse ela, afastando-se de repente levando as mãos ao rosto.
- O que foi?
- É que... Eu sou tão ousada com você - falou, baixando os braços. - E não tenho a menor idéia do que isso significa. - Dulce caminhou até a janela, como se quisesse evitar o olhar de Christopher. - É natural eu estar um pouco assustada, não?
Ela estava se referindo ao aspecto físico do casamento, Christopher não suportava vê-la sofrer desse jeito.
- E algo natural entre um homem e uma mulher. - O que escutara a respeito? O que as jovens aprendiam sobre o assunto e quem as ensinava? Não fazia a menor idéia. - Natural e muito bonito.
- Eu imagino que sim. Você conhece bem o assunto?
Então Dulce se virou, olhando-o diretamente nos olhos. Sincera e cândida. Christopher duvidava que as jovens da época tivessem coragem de questionar seus futuros maridos sobre suas atividades sexuais do passado.
- Bem... - Seria apenas a verdade. - Sim, sobre a parte natural...
Ela franziu a testa.
- E sobre a parte bonita?
- Ela se reserva para marido e mulher.
- Ah.
- Eu era jovem e... Bem, garotos não costumam usar a cabeça.
- Prostitutas? - perguntou ela, sem rodeios.
- Algumas.
- E você já amou alguma mulher? - continuou ela, voltando-se para a paisagem lá fora.
- Você é a única mulher que eu amei, Dulce.
Ela levou a mão ao rosto, enxugando uma lágrima. Christopher sentiu-se o pior dos homens por a ter magoado.
- Você será o primeiro. Para mim - disse, virando-se novamente.
- Não precisava dizer, meu anjo. - Ele segurou-lhe os braços. - Eu sempre soube.
- Por que ninguém nunca me quis antes.
- Não, Dul! Não seja tão cruel com você. Porque eu a conheço. Conheço seus pais! - Christopher abraçou-a, querendo confortá-la. - Sinto muito por chateá-la por ter estado com outras mulheres. Você precisa entender que não foi nada parecido com o que existe entre nós. Não há como comparar. É coisa de homem.
Ela retribuiu o abraço.
- Pelo menos um de nós saberá o que fazer.
Christopher não conseguiu evitar o riso. Dulce então puxou-lhe o rosto e o beijou com volúpia, querendo demonstrar todo o amor que sentia.
- Quando você descobriu que me amava? – sussurrou contra a orelha dele.
- Deixe-me pensar...
- Quais são as possibilidades?
- Talvez quando eu a vi tomando sorvete de menta.
- Talvez?
- Talvez. Ou quando você sorriu para mim na loja de tecidos.
- Quando foi isso? - perguntou Dulce, franzindo a testa.
- Muito tempo atrás. Você estava com sua tia Victória e Maite. Eu me lembro bem porque se fosse sua mãe, ela teria ido embora na hora.
- Talvez esse dia? Deve ter sido um belo sorriso.
- Foi mesmo.
- E quando mais? - Quando você chorou porque Alfonso me bateu.
- Na comemoração de Quatro de Julho?
- Não. Quando eu a levei para passear a cavalo.
- Eu só tinha dez anos de idade - respondeu ela, não acreditando no que escutava.
- E eu catorze. Não era muito mais velho. Eu disse que tinha que pensar no assunto.
Ela soltou-se dos braços de Christopher e pegou-lhe a mão.
- Está bem. Mas prepare-se, pois vou repetir a pergunta qualquer hora dessas.
- Tenho certeza disso.
- Vamos resgatar Maite do sol.
- Sua prima é um encanto.
- É mesmo. E ela merece o próximo príncipe encantado. - De braço dado com Christopher, Dulce o acompanhou para fora da casa.
- Eu realmente amei a casa. De verdade. Obrigada.
- Eu só queria vê-la feliz - disse ele, com toda a sinceridade que ocupava seu coração. - Nunca mais quero vê-la magoada ou infeliz. Quero fazê-la a mulher mais feliz do mundo.
- Eu já sou - assegurou Dulce. - Preciso apenas de seu amor e de sua aceitação. Christopher sabia que ela acreditava em suas palavras. Mas ainda precisava de uma casa bonita, com móveis confortáveis, e da compreensão de sua família e amigos. Esperava poder dar tudo que aquela jovem merecia.
Uma noite antes do casamento, Dulce não conseguia dormir. Estava deitada na cama havia horas, olhando para o luar refletido no teto e repetindo em silêncio as razões pelas quais não precisava se preocupar. Cansada de virar de um lado para o outro, ela se levantou, vestiu o penhoar e foi até a cozinha.
Escutou um barulho na sala e foi ver o que era. Sua mãe estava sentada em uma cadeira de veludo, com os cabelos soltos.
- Mamãe? Você está bem?
- Sim.
- Eu não ia preparar chá só para mim, mas se você quiser me acompanhar...
- Eu já fiz chá. Sirva-se.
- Ah. - Dulce não tinha notado a baixela de prata em cima da pequena mesa. Só Blanca Saviñón usaria a prataria para tomar chá no meio da noite. Ela pegou uma xícara e sentou-se no sofá na frente da mãe.
- É confortante. A noite está fresca. Blanca olhou para a brasa na lareira.
- Você também não conseguiu dormir? - perguntou Dulce.
- Eu não consigo dormir desde que esse pesadelo começou.
- Desde que Christopher começou a me cortejar?
- Cortejar - disse com desdém. - Eu não vi flores nem presentes.
- Christopher está gastando todo seu dinheiro na construção da casa.
- Conversa fiada.
- Por que não nos dá uma chance?
- Porque não quero me desapontar - falou ela, rígida. - Como você se desapontará. Quando todos seus sonhos excêntricos se transformarem em fumaça. Quando descobrir que ele não pode cuidar de você como nós. - Blanca olhou com seriedade para a filha. - Quando você não conseguir satisfazê-lo.
Prontinho aq esta o capitulo especial de sabado :) e creio q agora vão odiar a Blanca um pouquinho mais kkkk