Fanfics Brasil - CAPÍTULO 11 Minha Doce Dulce s2 Vondy s2

Fanfic: Minha Doce Dulce s2 Vondy s2 | Tema: rebelde, vondy


Capítulo: CAPÍTULO 11

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Maah: ja deu pra perceber que vc esta realmente revoltada com a Blanca, mais acredite ainda tem mais kk


Tacy: vdd, a Blanca é ruim msm. Chorei lendo essa web, é triste a situação da dul com a mãe dela, o bom é que ela tem o Chris.


 


 


 


Dulce tentou digerir as palavras cruéis da mãe. Como não poderia satisfazê-lo?
- O que está querendo dizer?
- Homens são criaturas carnais, minha filha. Não são sensíveis como uma mulher. E você... Você é apenas uma menina.
Ao respirar fundo, ela sentiu os pulmões ardendo.
- Você está falando de paixão, mãe? Por que eu gosto tanto de Christopher quanto ele de mim.
- Você talvez sim, minha jovem. Mas será que esse suposto amor de Christopher durará para sempre? Se uma mulher defeituosa não pode andar ou correr ao lado do marido, como poderá satisfazê-lo na intimidade?
Dulce foi tomada por uma grande dor. Colocou a xícara a mesa com tanta força que derrubou chá em cima da toalha de renda. Queria tapar os ouvidos e recusar-se a escutar tamanha besteira e crueldade.
- Eu... Eu não acho que a comparação seja justa. Sim, ele é forte e saudável, mas é gentil e me ama.
- Você não está me entendendo - disse Blanca, outra vez baixando a voz. - Não está querendo ser racional. Faça o que achar que deve, mas depois não venha choramingar.
- Você está errada. Christopher me ama e me enxerga como urna mulher inteira.
- Acredite no que achar conveniente.  Dulce se levantou. Diante da fraca iluminação, ficou olhando para a mãe por alguns segundos, mas a impenitente mulher encontrou os olhos da filha com frieza e superioridade.
- Obrigada pela ajuda e apoio maternal. Uma mulher sempre se lembra do dia do seu casamento, e eu jamais me esquecerei que você não fez nada para me apoiar.
- Não quero ser responsável quando esse casamento despedaçar seu coração.
- Isso será impossível, pois você já estraçalhou meu coração. - Dulce saiu mancando da sala, desejando poder andar com graça, e torcendo para que sua mãe estivesse errada.
Sentou-se na beira da cama, onde ficou até o dia amanhecer, quando os primeiros raios de sol penetraram pela janela. Ao escutar uma batida na porta, achou, por um momento, que a mãe pudesse ter se arrependido.
- Entre.
- Bom dia - disse Ninel, espiando para dentro. - Conseguiu dormir?
- Muito pouco.
- Eu também não consegui dormir na noite anterior ao meu casamento.
- Você não costuma vir aos domingos.
- Eu esquentei água para o seu banho e vou ajudá-la a lavar e secar seus cabelos.  Dulce se levantou e abraçou a mulher.
- Obrigada - disse, com a voz trêmula.
Ninel levou-a até a sala de banho, localizada perto da cozinha.
- Aqui estão os sais de banho e a lavanda. E algumas toalhas limpas.
Dulce sorriu, agradecida, e a criada virou-se enquanto ela se despia. Em seguida, entrou na água. A banheira estava cheia só até a metade, pois Ninel reservara vários baldes de água quente para enxaguar-lhe os cabelos.
Assim que terminou o banho, Dulce sentou-se perto do fogão e Ninel começou a desembaraçar as mechas de seu cabelo.
- Gostaria de poder alisar meus cabelos - comentou Dulce.
- De jeito nenhum. Seus cachos são lindos, Dulce. Eles envolvem seu rosto deixando-a ainda mais bonita. Nós, mulheres comuns, faríamos de tudo para ter cabelos como os seus.
Dulce afastou seu espelho prateado.
- Eu sempre achei meus cabelos feios porque não eram claros e lisos como os da minha mãe.
- A sua mãe é bonita, mas você tem uma beleza própria. Por dentro e por fora.
Os olhos delas se encontraram e nenhuma falou mais nada sobre Blanca.
- Christopher me acha bonita.
- E tem toda razão.  A campainha soou.
- Vou ver quem é. - Ninel saiu correndo da sala de banho, voltando com Maite.
- Ah, Dul, estou tão contente que acho que vou explodir. Como você consegue manter a calma?
Dulce sorriu diante da exuberância da prima.
- Falta de sono, pode ser?
- Vamos colocar seu vestido.
Ninel ficou limpando a sala de banho e as duas foram para o quarto de Dulce. Maite ajudou-a a arrumar as malas e Tim levou sua bagagem para a estrebaria.
Horas depois, já com seu vestido de noiva e véu na cabeça, Dulce saiu de seu quarto e encontrou o pai na sala. Vestido todo de preto, ele abriu um belo sorriso.
- Você está tão linda, minha filha - elogiou, com um indício de lágrimas nos olhos.
- Obrigada, papai. Obrigada por tudo. - Ela aproximou-se para beijar-lhe o rosto. Depois o abraçou rapidamente.
- Tudo que eu mais quero é vê-la feliz, meu anjo.
- Christopher me faz muito feliz.  Fernando apenas assentiu.
- Papai, eu não quero levar essa cadeira de rodas para a igreja, mas há apenas uma porta, nos fundos. Seria muito incômodo se você me levasse no colo até o altar?
- No colo? - perguntou ele, surpreso. - E por que eu a levaria no colo?
- Bem... Para eu não precisar atravessar a igreja na frente de todo mundo.
A expressão de Fernando tornou-se séria.
- De repente você não quer mais andar na frente das pessoas? Nada a impediu de andar até Christopher diante de centenas de olhares curiosos. Qual é a diferença?
- É o meu casamento, papai! Eu não quero que todos vejam como sou desengonçada! - Pelo visto as críticas da mãe a tinham afetado.
- Você quer parecer frágil? Incapaz? - Ele balançou a cabeça. - Estou chocado. - Será que o pai realmente a estava desafiando?
- Você está me dizendo para entrar na igreja andando diante de todo o povo de Copper Creek?
- E com a cabeça erguida.
Claro. Ela queria ir caminhando até o marido.
- Você tem toda razão, papai - admitiu Dulce, emocionada. Fernando passou-lhe um lenço. - Obrigada.
- Está na hora, Blanca! - gritou ele, ao pé da escada. Dulce não tinha certeza se sua mãe compareceria ao casamento, mas não havia como argumentar diante do tom autoritário do pai.  Blanca apareceu na escada com um vestido lilás que realçava seu corpo esbelto e os cabelos castanhos. Examinou a filha enquanto descia os degraus, sem nenhuma expressão no rosto. Dulce sabia que tinha feito um bom trabalho com seu vestido, luvas compridas e véu, mas também sabia que não receberia nenhum elogio da mãe.
- Sua mãe e eu temos um presente para você, Dulce. - Fernando se abaixou e pegou uma pequena caixa de madeira de cima da mesa, que entregou à filha.
- É lindo! - exclamou ela, e mais uma vez as lágrimas inundaram seus olhos. Era um lindo colar de pérolas.
- Foi da minha mãe - disse Fernando, colocando-o em volta do pescoço de Dulce. Em seguida afastou-se para admirar as pérolas.
- Obrigada, papai.
Blanca continuou calada, simplesmente pegou sua bolsa e saiu da sala.
- Você quer levar a cadeira de rodas? - perguntou Fernando, longe dos ouvidos da esposa.
- Não. Não quero que essa cadeira estrague um dia tão especial.
- Está bem.
Maite os esperava na varanda, e logo todos estavam dentro da carruagem, a caminho da igreja. 0 sol de outono os aquecia.
Ao chegarem na igreja, Fernando ajudou-as a descer. Alfonso e Anahi já os esperavam.
- Ah, Dul! Você está deslumbrante! - elogiou a cunhada. - Não é, querido?




Alfonso assentiu.
- Você tem certeza, Dulce? Ainda está em tempo de desistir. Eu posso avisar a todos que você mudou de idéia.
- Eu quero me casar com Christopher, Poncho - respondeu ela. - Obrigada por ter vindo. Sua presença aqui é mais importante para mim do que você imagina.
Ele ofereceu-lhe o braço para acompanhá-la até a igreja, depois foi ajudar o pai a estacionar a carruagem. Anahi e Maite a levaram para o pequeno hall de entrada, onde o aroma de incenso perfumava o ar. Pouco depois, escutou-se os primeiros acordes da Marcha Nupcial.
Maite fez um sinal para as duas meninas que seriam damas de honra e elas abriram a porta. Fernando deu o braço para a filha e segurou-lhe a mão, sorrindo com confiança.
Ele caminhava lentamente, e Dulce o acompanhava, sempre de queixo erguido, sentindo o olhar crítico dos convidados. Por sorte, logo avistou Christopher, e toda sua apreensão desapareceu. Só ele importava. De hoje em diante seria a esposa daquele homem maravilhoso. Daquele homem que lhe devolvera a vontade de viver, que lhe ensinara a ser alguém.  Ele tinha a mesma expressão de orgulho no rosto que na noite em que Dulce atravessara o salão de festas para convidá-lo para dançar. Seu coração quase explodiu ao notar a devoção nos olhos dele.
Antes de entregá-la ao noivo, Fernando beijou-lhe a testa, depois acomodou-se ao lado da esposa no primeiro banco. Dulce olhou para os pais, e para seu futuro marido.
O resto da cerimônia foi permeado por votos, juras de amor, lágrimas e beijos. De braço dado com Christopher, Dulce atravessou mais uma vez a igreja, dessa vez na condição de mulher casada. A tradicional chuva de arroz os abençoou do lado de fora.
Ele a levou no colo até o salão de festas, o que Dulce aceitou com alegria.
- Nós conseguimos, meu amor - disse Christopher. - Nós estamos casados.
Com lágrimas obscurecendo-lhe a visão, ela concordou, e eles ficaram um momento em silêncio. Dulce apoiou a cabeça no ombro dele e suspirou.
- Logo os músicos começarão a tocar - comentou Dulce, sentada em uma cadeira.
- Você está tão linda - disse ele, abaixando-se ao lado da esposa.
- E seus olhos estão mais castanhos do que nunca.
- Pelo visto nossos filhos vão ter olhos castanhos.  Seu coração parou por um instante. Ela olhou para as mulheres ajeitando a louça nas mesas, para as pessoas circulando pelo salão.
- Tudo isso está realmente acontecendo comigo, com a defeituosa Dulce Saviñón? Eu estou me casando com um homem encantador, como qualquer jovem da minha idade.
Christopher tocou a aliança de ouro que colocara no dedo dela.
- É muito melhor, pois me casei com o homem mais lindo, mais amável e com os olhos mais azuis de Copper Creek.
- Vocês terão tempo de sobra para isso – interrompeu Maite. - Precisam se servir antes dos outros.
- Eu faço seu prato, querida - disse Christopher, levantando-se. Assim que ele saiu, Alfonso apareceu. Sentou-se ao lado da irmã e ficou olhando o novo cunhado à mesa de comida.
- Se algum dia ele a magoar...
- Ele jamais me magoará, Poncho.
- Só estou lhe dizendo. Se isso algum dia acontecer, eu o matarei.
- Pode ficar sossegado que se precisar de alguma coisa, eu não hesitarei em pedir.
- Está bem.
Alfonso ficou mais alguns minutos ao lado de Dulce, depois se foi.  Mais tarde, depois de abrir os presentes, ela agradeceu a gentileza de todos os convidados. Eram lembranças simples, mas tinham um grande significado para Dulce.
Ninel lhe dera aventais, toalhas de cozinha e panos de prato, que as filhas a ajudaram a fazer. Dos Peronni, ganhou um relógio de parede para colocar em cima da lareira. De Alfonso e Anahi, um jogo de chá de prata. Ainda havia roupas de banho, colchas, panelas, louças e talheres, vasos, tecidos e até uma cadeira de balanço. A Sra. Herrera deu-lhes livros, e Josy e Téo uma linda luminária de vidro.
Dulce ficou encantada com tudo que ganhou, contente por poder levar os presentes para casa. De vez em quando queria sair da festa e ir logo para sua casa nova, com seu novo marido, começar sua vida nova. Mas sempre mudava de idéia diante do nervosismo que sentia, antecipando a noite de núpcias.  Um homem alto, bonito e bem vestido apertou a mão de Christopher, depois o abraçou.
- Dul, este é meu tio Patrício - apresentou ele, dando um passo para trás.
- Patrício Uckermann - disse.
Dulce estendeu-lhe a mão.
- Estou muito contente por conhecê-lo. Eu me lembro de tê-lo visto na minha festa de aniversário, anos atrás.
- Ninguém se esquecerá desse dia, não é mesmo?
- Eu de certo jamais vou me esquecer - disse Dulce. - Christopher se parece com você. Você é irmão do pai dele?
- Sim. Antony era alguns anos mais velho. Nós éramos muito próximos quando jovens, mas depois nossas vidas tomaram rumos diferentes. Senti muito a morte dele, mas minha alegria voltou quando Christopher veio morar comigo. Ele foi uma excelente companhia durante muitos anos. Acho que você vai descobrir isso.
Que homem adorável! Não era de se espantar que Christopher o adorava tanto.
- Vou levar o presente de vocês a semana que vem - disse ele. - Não podia trazê-lo aqui.  Dulce não teve tempo de perguntar o porque, pois logo um outro casal veio cumprimentá-los. Ela era o centro das atenções. Todos a cumprimentavam e lhe desejavam sorte. Quando todos começaram a dançar, o novo casal foi para a pista de dança.
- Você está ficando cansada? - perguntou ele, algumas canções depois. - Suas pernas não estão doendo?
- Estou bem - respondeu Dulce, ávida por aproveitar cada momento da comemoração.
- Sabe, é costume os noivos saírem antes do final da festa. Quando quiser, podemos ir embora.
Olhando para trás, Dulce viu a mãe sentada entre duas viúvas, mas não participava da conversa. A atenção de Blanca estava focalizada nos noivos, evidenciando toda sua infelicidade. A advertência da mãe martelava na cabeça dela. Dulce desviou o olhar e concentrou-se somente no marido, e na alegria de sua nova vida.
- Acho que estou um pouco cansada - disse. - Não consegui dormir a noite passada.
- Então vamos nos despedir.
- Vocês vão voltar para buscar os presentes amanhã ou preferem que os levemos para você? - perguntou Téo Palácios, quando os noivos se despediam.
- Pedro vai cuidar da estrebaria amanhã - respondeu Christopher. - Eu agradeço a gentileza.
- Você está brincando? Será um prazer. E Josy está louca para conhecer a casa de vocês.
Christopher apertou a mão do amigo.  Dulce acenou para o pai. Fernando foi até ela. Olhou para Christopher e nenhum dos dois falou nada. Por fim, ela deu um passo para a frente e o abraçou.
- Você esteve esplendorosa hoje, minha filha - elogiou ele.
Blanca, por sua vez, fingiu estar dobrando um guardanapo.
Maite os acompanhou até a porta.
- Quer seu xale? - ofereceu Christopher, sentando-a na carruagem.
- Agora não. Obrigada.




Ela arrumou a saia do vestido e esperou o marido acomodar-se ao seu lado. Christopher parou na estrebaria para pegar os baús e malas contendo os itens pessoais de Dulce.
- Eu lhe disse que não era muita coisa.
- E eu lhe disse que tudo que queria era você - disse, inclinando-se para beijar-lhe o nariz.
Dulce envolveu os ombros com o xale, pois uma brisa fresca começava a soprar nas montanhas. O cenário deslumbrante ficou em segundo plano, pois ela não conseguia parar de pensar na noite que os esperava.
O sol começava a baixar quando alcançaram a colina e avistaram a casa. Christopher pegou-a no colo e abriu a porta.
- Bem-vinda, sra. Uckermann.  Ela tocou-lhe o rosto, mas logo afastou a mão ao perceber como estava fria. Christopher sentou-a perto da lareira. Depois entrou e saiu mais algumas vezes para trazer a bagagem para dentro.
- Agora preciso guardar a carruagem e os cavalos.
- Está bem, meu amor.
- Volto logo.
Ela assentiu e tentou sorrir.
- Está bem.
Dulce se levantou e caminhou lentamente até a porta aberta de seu quarto. Havia uma grande cama com a cabeceira de ferro, coberta por uma colcha de algodão. As roupas e chapéus de Christopher estavam pendurados nos ganchos das paredes. Em cima da cômoda havia uma pequena lamparina, uma jarra e várias toalhas de rosto.
Ele fizera tudo para tornar aquela casa confortável para sua chegada. Não era elegante, nada parecida com a casa de seus pais. Mas era dos dois. E Christopher a construíra. Para ela. Com os olhos mareados, Dulce voltou para a sala de estar, onde colocou alguns pedaços de madeira na lareira e acendeu-a. A porta se abriu, e Christopher entrou.
- Você acendeu a lareira. Por que não esperou? Poderia ter sujado seu vestido.  Dulce olhou para o tecido branco.
- Eu nunca mais vou usá-lo.
- Nossa filha poderá querer vesti-lo um dia.
Lá estava Christopher, enrubescendo-lhe as bochechas de novo.
- E um lindo vestido, meu amor. Ainda não acredito que foi você que fez.
Ela sorriu.
- Quando eu a vi entrando na igreja, achei que meu coração não resistiria.
- Você provavelmente estava imaginando se eu não tropeçaria na barra e cairia no chão.
Christopher ergueu a mão para tocá-la, mas se conteve.
- Não, eu não pensei isso. - Ele olhou para as mãos imundas. - Preciso me lavar pois escovei os cavalos.
- Você sabe que eu não me incomodo com esse seu cheiro.
- Ainda bem. - Ele acendeu o fogão. - Você sabe como acendê-lo?
- Sim, Ninel me ensinou.
Pegando uma chaleira, Christopher bombeou água e colocou-a no fogão.
- Se você amontoar o carvão, de modo que eles se mantenha quente, a água ficará aquecida no reservatório. Achei que lhe seria útil de manhã.
- E será.  
Ele tirou o paletó de lã, revelando suspensórios sobre uma camisa Blanca. O algodão aderia a seu corpo nas partes suadas.
- Vou tirar a minha camisa para me lavar um pouco. Quer que eu vá para o quarto?
- Por Deus, claro que não! - Não queria perder um só segundo ao lado de Christopher. Ela balançou a cabeça para os lados.
Ele soltou a gravata e tirou-a, jogando-a em uma cadeira. Depois abriu dois botões da camisa, mas parou para olhar para Dulce.
- Você se incomoda se eu olhar? - perguntou ela.
Christopher engoliu a seco e indicou que não, e seus dedos continuaram até o último botão. Depois baixou os suspensórios. A camisa se abriu, revelando pelos tão castanhos quanto seus cabelos.
Dulce arregalou os olhos e suas pernas tremeram.
- Acho que vou me sentar.




Com movimentos graciosos, Christopher tirou a camisa, e colocou-a na cadeira junto com a gravata.
Seu corpo era perfeito, musculoso, e os pêlos de seu peito desciam até o abdome, terminando em uma linha que continuava dentro de sua calça.
Sua pele morena brilhava com a luz do fim do dia, nada comparado à pele alva de Dulce.
Ela engoliu, percebendo a secura em sua garganta.
Christopher virou-se e colocou água em uma bacia de ágata, pegou uma caneca e um pedaço de sabão de uma prateleira ao lado do fogão e cortou algumas lascas do sabão com sua navalha. Então fez um pouco de espuma com a ajuda de um pincel e, olhando em um pequeno espelho, espalhou a mistura nas bochechas, queixo e pescoço.
- O que você está fazendo?
- Nunca vira ninguém lavar o rosto assim.
- A barba.
- Ah.
- Você nunca viu seu pai ou seu irmão se barbeando?
- Não.  Christopher baixou a mão.
- Talvez não seja muito delicado eu me barbear aqui, na sua frente. Onde seu pai se barbeia?
- Não faço a menor idéia. - Mas não queria que Christopher fosse para outro lugar - Eu gosto de observá-lo. Mas você não fez a barba de manhã, para o casamento?
- Minha barba cresce muito depressa - respondeu ele, terminando de ensaboar o rosto. Depois inclinou a cabeça para trás e começou a passar a navalha no pescoço.
Nada cativara Dulce tanto assim, nem as histórias de aventura que lia na biblioteca. Como Christopher Uckermann era fascinante! Sem qualquer pensamento coerente, ela se levantou e chegou um pouco mais perto, apoiando-se na cadeira, com a camisa de algodão sob os dedos, o cheiro de Christopher trazendo a umidade de volta à sua boca.
Ele viu os olhos de Dulce através do espelho.
- Estou vendo aquele fogo em seus olhos, Dul.  Agora ele descia a navalha pelas bochechas, depois pelo queixo, e fez o mesmo do outro lado. Então apertou os lábios para fazer o buço.
Em seguida, lavou o rosto com água quente e enxugou-o com uma toalha limpa. Dulce observava o movimento dos músculos de suas costas. Pegando a bacia, Christopher passou ao lado dela e saiu pela porta, voltando alguns minutos depois.
Colocou mais um pouco de água, que usou para lavar o peito e as axilas.
A água caía para todos os lados enquanto ele se enxaguava. Quando terminou, virou-se para Dulce. Uma mecha de cabelos caiu-lhe sobre a testa. Gotas de suor escorriam-he pelas têmporas. Ela estendeu o braço para pegar uma toalha.
Christopher se aproximou.
Dulce deu um passo para a frente.
Ela levantou a toalha e enxugou a água de seu peito, com movimentos lentos, deliciando-se com o aroma do sabonete misturado ao cheiro másculo de Christopher. Enxugou-lhe as orelhas, os ombros e deixou a toalha cair no chão. Em seguida, tocou-lhe os pelos do peito, surpreendendo-se com a maciez.  09/09/07  L?sa ?a??? ?.??
Dulce percorreu os dedos até sua nuca, passou a mão pelo rosto liso, voltando para os músculos de seu braço. A pele de Christopher parecia viva sob seu toque.
- Você é tão bonito - sussurrou ela.
Extasiado com a exploração, ele soltou a respiração que prendera.
Dulce queria pressionar o rosto contra seu peito, mas envergonhada com sua ousadia, deu um passo para trás. Christopher a estudou com seus olhos.
- Você deve estar desconfortável neste vestido. Precisa de ajuda para tirá-lo?
Será que ele estava insinuando que se despisse? Dulce sentiu o coração disparar e levou a mão ao colar de pérolas. Observar Christopher fazer qualquer coisa era como assistir um balé ou escutar música. Seu corpo perfeito se movimentava com graça e elegância, cada gesto uma sincronizada harmonia de músculos e pele.
E ela era desengonçada e manca e jamais teria a mesma delicadeza. Tentou afastar as dúvidas, atendo-se ao amor que Christopher alegava sentir. Nunca estaria ali se ele não a amasse.
- Sim - respondeu ela, encontrando a voz. Mas parecia ter vindo de longe... - Você pode me ajudar a desabotoar o vestido?




- Mas... - O olhar dela foi até a janela - Ainda não está escuro.
- Ainda não - respondeu Christopher, confuso com a observação. - Deveria estar?
- Bem, eu achei que... Quer dizer...
Então ele compreendeu.
- Dul, nós não vamos fazer nada que você não queira. Eu só estava sugerindo para você trocar de roupa para ficar mais confortável.
Quando ela levantou os olhos, Christopher não viu mais aquele fogo, e sim outras emoções.
- Chris...
- Sim - Ele jogou a toalha de lado e aproximou-se de Dulce, tendo o cuidado de não assustá-la.
- Você poderia apenas me beijar? Estou me sentindo um pouco estranha, mas tudo me parece tão certo quando você me beija.
Ele sorriu e puxou-a.
- Eu adoraria beijá-la.
O vestido de cetim, frio, contrastava com sua pele quente, e Christopher beijou-a com ternura. Renda e pequenas pérolas tocaram seu peito. Lembrou-se das palavras de Dulce dizendo que ele seria o primeiro. Ela era tão pura e inocente quanto um recém-nascido, mas havia uma luz dentro de seu ser, pronta para ser revelada.  A mãe certamente nunca lhe falara sobre as artes do amor por achar que a filha jamais se casaria. Sendo assim, Dulce não tinha a menor idéia de quanto o excitava. E Christopher adorava a atitude sensual e ávida de sua nova esposa.
Portanto, era sua obrigação mostrar-lhe a beleza e a pureza daquele amor. Ela acariciava-lhe os ombros nus, os dedos trêmulos em sua pele, descendo pelos braços, voltando para o pescoço. E nem imaginava o calor que lhe causava.
Contra seus lábios, Dulce entreabriu os dela, convidando-o para brincar com sua língua. Christopher provocou-a passando a língua na boca voluptuosa.
Ela gemeu baixinho.
E Christopher continuou a estimulá-la com a língua.
Dulce ficou na ponta dos pés.
Depois de um breve vacilo, ela começou a repetir os movimentos, ansiosa por dar-lhe as mesmas sensações, experimentando-o, aprofundando o beijo.
Os beijos eróticos e o caminho das mãos dela em seu peito aumentavam cada vez mais o desejo de Christopher.
- Pode ser agora? - perguntou Dulce, afastando-se apenas o suficiente para conseguir falar.  Christopher piscou, sem saber se compreendera direito.
- Tudo?
- Tire meu vestido. E continue... - pediu ela.
- Você quer fazer amor, Dul? Você quer fazer amor agora?
Ela assentiu.
Não que pudesse dizer não, mas Christopher queria ter certeza de que era uma decisão pensada.
- Preciso lhe confessar uma coisa.
- O que é?
- Eu sou todo seu. Meu coração é seu - disse, colocando a mão de Dulce em seu peito. - Meu corpo é seu. Para lhe proporcionar prazer. Se isso ficar bem claro na sua cabeça, você não precisará ter medo.
- Eu não estou com medo - falou Dulce com a voz trêmula.
- Alguém já lhe disse que... que... A primeira vez dói?
- Não.
- É normal - continuou Christopher, para renovar-lhe a confiança. O corpo dela estremeceu sob suas mãos.
- Você está com frio?
- Não.
- Então está com medo.
- Não de você, Chris.
- De que você tem medo?




Dulce baixou os olhos, estudou o peito dele, depois virou-se para a janela, um quadro de beleza inocente.
- Você tem medo de que eu a machuque?
- Não!
- Tem medo de ter um bebê?
- Não.
- Então fale, Dul. Pode me dizer o que a aflige.
As bochechas dela enrubesceram e, mais uma vez, seus olhos fugiram de Christopher.
- Sou eu... - Dulce sussurrou. - Eu não sou... perfeita. - A palavra o atordoou. Bem como o fato de ela duvidar de sua perfeição.
- É a sua perna? Seus quadris? - Lágrimas se formaram sob os cílios claros.- Eles não são como você gostaria que fossem?
- Não. Eles não são como deveriam ser.
Christopher levantou-lhe o rosto, obrigando-a a olhar para cima.
- Você acha que eu ligo para perfeição? Depois de tudo que compartilhamos e da maneira que eu sempre fiz questão de tratá-la? Você realmente acha que um pequeno defeito, exterior fará alguma diferença para mim? Você partirá meu coração se pensar assim.  As lágrimas escorreram-lhe pela face.
- Eu acho que você é a pessoa mais amável e gentil que já conheci em toda minha vida.
- Então sabe que eu não me importo com um defeito físico. Eu te amo, Dulce.
Com um soluço, ela o abraçou pela cintura. Christopher afagou-lhe as costas até que se acalmasse.
- Vou ajudá-la a tirar o vestido, depois pegarei um pouco de água para você se lavar, se quiser.
- Aqui?
- Não. No nosso quarto. Sozinha.
Dulce concordou e ele a levou até o quarto. Entrou primeiro, e Christopher fechou a porta atrás deles.
Ela ficou de frente para a janela, proporcionando-lhe uma linda visão de suas costas enfeitadas por apenas uma fileira de pérolas. Esticando o braço, ela encontrou os grampos que prendiam o véu em sua cabeça e tirou a guirlanda, que pendurou em um dos ganchos na parede. Com a expressão serena, Dulce caminhou até o marido, em um gesto que traduzia confiança, coragem e força.
- Chris... 
Ele sorriu demonstrando todo seu amor, honrado por Dulce ter acreditado que seu defeito físico não o incomodava, honrado por ela ter desafiado os pais dando aqueles passos em sua direção. Por Deus, como amava essa mulher corajosa! Não queria magoar ou desapontá-la em hipótese alguma, muito menos macular a beleza do que partilhavam. E jamais queria que ela se considerasse menos do que perfeita.
Christopher estava diante dela sem prestar atenção nos passos, e levantou a mão para tocar os cachos dourados, realçados pelo brilho avermelhado do sol. Então beijou-lhe a nuca, deliciando-se com a pele macia.
Dulce suspirou, e sua respiração quente roçou o pescoço de Christopher, causando-lhe um tremor interno. Queria estar calmo e forte para ela. Queria agir devagar, mostrando-lhe sua devoção. Depois do que acontecera na cozinha, seu corpo exigia algo diferente, fazendo-o sentir-se como um jovem descontrolado.
- Ah, Dul - murmurou ele entre os cabelos macios. - Quero que seja uma experiência inesquecível para você. Não tenha medo.
- Eu não tenho medo de você - disse ela, envolvendo-lhe o rosto.
Notando o olhar de confiança, Christopher a abraçou. Se o amor pudesse ser visto através dos olhos de uma pessoa, ele o estava vendo agora. E emocionou-se com a devoção que ela lhe entregava com todo seu ser.
- Eu te amo.
O sorriso de Dulce adicionou mais brilho ao cenário já iluminado, mais prazer a um coração prestes a explodir.
- Então que tal me beijar de novo?




É uma excelente idéia - respondeu ele, adorando a segurança que Dulce demonstrava.
Ela tocou-lhe o lábio com o indicador, roçando a cicatriz que causara tanta preocupação.
Christopher inclinou-se e a beijou, provando a familiaridade daqueles lábios, a novidade do elo entre ambos, sentindo a dúvida e a vontade, e deliciando-se com a combinação. Os lábios de Dulce eram quentes e provocantes, e ela tocou-lhe o peito com os seios.
- Ah, Dul - murmurou ele, querendo demonstrar todo seu desejo. - Não quero esperar nem um minuto a mais.
- E precisamos esperar? - perguntou ela, de repente preocupada.
- Não, não temos que esperar. Eu só achei que... você talvez preferisse esperar até ficar mais à vontade. - Christopher queria que ela estivesse totalmente preparada para amá-lo, para aproveitar cada segundo sem a menor vergonha ou distração.
- Acho que não vou ficar à vontade se tiver de esperar.
Estimulado, ele sorriu.
- Então vire-se.
Dulce obedeceu, soltando-se do abraço. Com dedos trêmulos, tamanha sua antecipação, Christopher foi abrindo os botões de pérola, um a um, até alcançar a base da espinha dela, revelando a pele alva e roupas íntimas de renda. Ele beijou-lhe a nuca.
Sentindo um arrepio em todas as vértebras, ela desceu as mangas do vestido, deixando o corpete cair para a frente. Brigando com os últimos botões, Christopher ajudou-a a baixar a volumosa saia. Pegou o vestido no chão e pendurou-o ao lado do véu.  Voltando, sem tirar os olhos do rosto de Dulce, ele percorreu-lhe os braços com suas palmas suadas, passou a ponta dos dedos na delicada linha da nuca, depois tomou-lhe o rosto entre as mãos.
Ela endireitou-se para encontrar seu beijo, mais próximos dessa vez, sem o tecido para atrapalhá-los. O aroma de lavanda e o sensual perfume da pele de Dulce assaltavam os sentidos de Christopher. Ela parecia menor em seus braços, mais delicada, mais vulnerável.
Em seguida, Christopher desamarrou-lhe o saiote, que caiu no chão. Então a puxou para a cama, indicando que se sentasse. Dulce o fez, e sua disposição era um afrodisíaco dispensável.
Ajoelhando-se na frente dela, Christopher tirou-lhe as meias de seda, uma de cada vez. Os pés dela eram pequenos, as pernas esbeltas e curvilíneas. Os seios estavam visíveis sob o corselete quase transparente. Ele respirou fundo e abriu-o.
Sem querer escapar da aventura, Dulce começou a agir, deslizando as mãos pelos ombros dele. O coração de Christopher batia tão forte, como se ela pudesse escutá-lo.  As carícias inocentes, porém ardentes, enviavam-lhe ondas de arrepio por todo o corpo, obrigando-o a comprimir os lábios e evitar um gemido. Ele a abraçou e começou a beijar-lhe em todas as partes do corpo.
Dulce suprimiu um gemido, surpresa, enlevada.
Ele tocou-lhe os seios, roçando os mamilos róseos.
- Ah, Chris - murmurou Dulce sem fôlego. - Chris, por favor não pare. Não pare nunca mais. Nunca mais.
- Como quiser, meu amor - disse, inclinando-se para mordiscar-lhe o mamilo. Seus seios eram firmes e rosados, sensuais. Christopher inalou-lhe o perfume da pele, e Dulce o puxou para cima, até que ele se levantasse para encontrar seus lábios.
Eles se deitaram na cama, e Christopher continuou a acariciá-la com seus beijos, tranqüilo por saber que não precisaria parar. Agora Dulce lhe pertencia. Tinha todo o tempo do mundo para amá-la, e nada nem ninguém a tirariam dele.
Entretanto, diante dos beijos tão ávidos com os quais Dulce o surpreendeu, Christopher sentiu uma nova urgência. Mas ao se afastar para olhá-la nos olhos, ele viu novamente um indício de insegurança.
- Dul, eu já lhe disse que não me importo. E você acreditou em mim.
- E se eu não conseguir? - perguntou ela, consciente, como se tivesse se lembrado de suas limitações. - Não conseguir fazer amor?  As carícias inocentes, porém ardentes, enviavam-lhe ondas de arrepio por todo o corpo, obrigando-o a comprimir os lábios e evitar um gemido. Ele a abraçou e começou a beijar-lhe em todas as partes do corpo.
Dulce suprimiu um gemido, surpresa, enlevada.
Ele tocou-lhe os seios, roçando os mamilos róseos.
- Ah, Chris - murmurou Dulce sem fôlego. - Chris, por favor não pare. Não pare nunca mais. Nunca mais.
- Como quiser, meu amor - disse, inclinando-se para mordiscar-lhe o mamilo. Seus seios eram firmes e rosados, sensuais. Christopher inalou-lhe o perfume da pele, e Dulce o puxou para cima, até que ele se levantasse para encontrar seus lábios.
Eles se deitaram na cama, e Christopher continuou a acariciá-la com seus beijos, tranqüilo por saber que não precisaria parar. Agora Dulce lhe pertencia. Tinha todo o tempo do mundo para amá-la, e nada nem ninguém a tirariam dele.
Entretanto, diante dos beijos tão ávidos com os quais Dulce o surpreendeu, Christopher sentiu uma nova urgência. Mas ao se afastar para olhá-la nos olhos, ele viu novamente um indício de insegurança.
- Dul, eu já lhe disse que não me importo. E você acreditou em mim.  - E se eu não conseguir? - perguntou ela, consciente, como se tivesse se lembrado de suas limitações. - Não conseguir fazer amor?
Um rubor coloriu-lhe os seios e as bochechas.
- Eu não sou como as outras mulheres. Temo não poder ser uma boa esposa.
Sentindo-se incompetente, Christopher sentou-se na cama e afagou-lhe os cabelos.
- Você tem um fluxo mensal normal? - perguntou, sem o menor rodeio.
Vermelha, Dulce assentiu.
- Então não vejo o menor problema. Você possui todas as partes necessárias para se fazer amor.
Ela piscou, ainda com os olhos confusos.
- Mas e se não for bom para você? E se... E se eu não puder lhe dar prazer?
- Dul, meu amor... De onde veio essa idéia absurda?  Ela deu de ombros.
- Eu não sei de onde você tirou esse absurdo. Seria impossível você não me dar prazer. Se ficasse quieta por cinco minutos, você veria que essa sua preocupação infundada é tudo que está afastando o meu prazer no momento.
- Sinto muito.
- Você não é a jovem horrível e deformada que desenha em sua mente. Tire essa imagem daí. - Ele ficou em silêncio por um momento. - Você sabe andar a cavalo, não é?
- Sim, mas...
- Pronto!




- Ah... - Ela compreendeu então. Um sorriso iluminou-lhe as feições. - Tire a roupa, Chris - pediu ela.
- Lembra-se do que eu lhe disse? - perguntou ele, obedecendo-a sem pensar duas vezes. - Meu corpo foi feito para o seu prazer. Ele lhe pertence.
- Ah, meu Deus... - Dulce o abraçou.
- Dul... - gemeu ele diante das carícias agora mais ousadas.
- Eu nunca imaginei que fosse assim.
- Suponho que não - disse ele, calando as palavras com um belo beijo.
Sem hesitar, Christopher ajudou-a a tirar a calcinha.
- Não se esconda de mim agora, Dulce. Eu te amo por inteiro.  Ela deitou-se de costas na cama, com um ar apreensivo diante do olhar brilhante. Seu quadril não tinha as mesmas proporções dos dois lados. Um lado da bacia era um pouco mais saliente. Sem se importar, Christopher alisou a pele sedosa.
Sua atenção voltou-se para as pequenas curvas douradas que lhe enfeitavam a delicada curva da pelve, a imagem perfeita de uma mulher inteira com tantas emoções iluminando seu rosto adorável.
- Você é tão linda, Dulce - disse ele, emocionado.
- Ora, Chris...
- Linda! - Ele foi descendo lentamente, beijando-lhe cada parte do corpo, até chegar nos pés, voltando para o pequeno vale entre seus seios.
Ao escutar um breve soluço, Christopher olhou para cima e viu uma lágrima escorrer-lhe pela face. Enxugou-a com a palma da mão.
- Não chore, meu amor.
- Não estou chorando - negou ela.
- Então o que é isso?
- Algumas vezes as lágrimas saem dos meus olhos quando estou muito feliz.
- E você está feliz?  Dulce segurou-lhe o rosto.
- Eu nunca fui tão feliz, Christopher. Você me faz feliz. Seu amor me faz feliz. Eu sempre sonhei com esse momento. Eu te amo desde os dez anos. Não me faça esperar mais.
- Agora eu levo a culpa - brincou ele, beijando-a em seguida, pronto para amá-la.
Tentava ser gentil, Dulce o incitava a ousar. Quando quis ser calmo, ela pediu rapidez. E gemeu baixinho.
- Eu não quis machucá-la.
- Não doeu - garantiu Dulce.
- E seu quadril?
- Estou ótima. Obrigada, Chris, por me amar e por me ensinar a amar.
Ele a beijou com ternura, querendo lhe mostrar todo seu amor.
- Eu não vou quebrar - disse ela, movimentando-se sob o corpo de Christopher.
Por um instante, Christopher se perdeu naqueles olhos encantadores, querendo gravar o momento para sempre na memória. E então se entregou à paixão. Os movimentos eram firmes, decididos.
Juntos, os dois estremeceram de prazer.  Dulce adormecera. Não era de se espantar, levando em conta a noite sem dormir e o esforço físico. Escutando um barulho desconhecido a seu lado, ela abriu os olhos. A primeira coisa que viu foi o céu estrelado, encantador.
- Está melhor?
A voz familiar causou-lhe um arrepio. Ela virou-se e viu Christopher deitado, vestindo uma camisa xadrez. A lembrança dos momentos de amor causou-lhe uma alegria tão grande que Dulce achou que fosse explodir.
Nunca imaginara que pudesse sentir algo tão intenso, tão forte. Ela fechou os olhos diante da lembrança. E sorriu.
- Vejo que sim. Cortei um pouco de pão e presunto que Ninel mandou. Está com fome?
Dulce examinou o teto, deixando as recordações eróticas de lado para se concentrar em seu estômago vazio.
- Um pouco.
- Quer comer na cama ou na cozinha?
- Adivinha - brincou Dulce.
- Você quer que eu feche minha camisa.
- Não.
- Se você não pode tirar suas mãos de mim, então quer que eu fique aqui.
- Mais ou menos.
- Você não existe, Dul - disse ele, beijando-a. 
- Posso lhe fazer uma pergunta?
- Claro, meu anjo.
- Eu... Eu...
- Fale logo.
- Eu o agradei?
- Um pouco mais de prazer e eu teria morrido.
- Mais do que as outras?
Christopher franziu a testa.
- Eu gostaria que elas não tivessem existido para que você não se preocupasse tanto assim. Não há o que comparar. Foi anos atrás e nada parecido com o que temos juntos.
Dulce brincou com os mamilos dele, tentando distraí-lo do possível aborrecimento.
- Eu não as amava, Dulce. Elas não me amavam. E como você me ama, o que compartilhamos é bem mais do que prazer físico. Eu nunca desejei alguém como desejo você.
Como ela precisava dessas palavras.
- Ainda?
- Sempre.
- Alguém já o viu fazendo a barba?
- Patrício. Mas não foi a mesma coisa. Pode ter certeza disso.




Ela riu e deitou-se no peito de Christopher, o que quisera fazer desde que o vira sem camisa pela primeira vez.
- Eu conheço alguma?
- Quem?
- Dessas mulheres com que você fez amor anos atrás.
- Não foi amor, meu Deus!
- Bem, eu só fiz a pergunta pois a idéia de andar na rua e imaginar com qual mulher você dormiu ou não, não me agrada.
Ele ficou quieto.
- Como a mulher que trabalha no café ou uma das garotas da lavanderia. Talvez até a Sra. Herrera.
Christopher puxou-a para cima e a olhou nos olhos.
- Você está me provocando!
Dulce riu, contente por poder fazê-lo rir, gemer e perder o controle. Sentiu um grande calor consumindo-lhe o corpo.
- Se tem mais perguntas, faça agora pois não quero passar a noite toda discutindo.
- Acho que já sei o suficiente - respondeu ela, tocando-lhe o lábio.  Christopher a analisou por um instante, depois tirou-lhe um grampo do cabelo.
- Eu devo estar horrorosa.
- Sim. Definitivamente horrorosa. Não sei como conseguirei acordar todas as manhãs com uma mulher tão feia ao meu lado.
Os dois caíram na risada. Então foi a vez dela observá-lo.
- Olhar para você me dá uma alegria tão grande.
- Eu sinto o mesmo. Como se pudesse olhá-la durante o dia todo.
- E a comida? - perguntou ele, com um tom provocativo.
- O homem não pode viver só de pão com presunto - brincou Dulce, acariciando-lhe o rosto barbeado. Christopher se barbeara para ela, para aquele momento. - Eu te amo tanto que chega a doer - falou, dessa vez séria.
- Eu sinto o mesmo, meu amor. Agora vamos parar de falar, por favor?
Dulce fechou os olhos, concentrada em seus sentidos, escutando a respiração ofegante, os batimentos cardíacos acelerados, preparando-se para uma linda noite de amor.

 

 

 

 

Prontinho, mais um mega capitulo.

Espero que gostem :)

 

Ahh comentem sim...

 

 

























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Autor(a): megvondy

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Meninas espero que tenham gostado do capitulo. Sabe tava pensando em postar uma web que li aq e gostei muito, mas abandonaram, achei o livro e é realmente maravilhoso. Se chama "Minha adoravel condessa" vou deixar aq a sinopse pra vcs, dai vcs me deixem suas opniões ok. Sinopse: Inglaterra, 1814 Entre mentiras e traições, um ardente jogo d ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 56



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  • stellabarcelos Postado em 10/04/2016 - 14:40:41

    Lindos

  • maah001 Postado em 12/03/2013 - 15:38:50

    Eu tenho 14 hahaha' Foi lindo demais da conta!! É uma história tocante e bem diferente do que, eu tenho certeza, a maioria costuma ler!! Eu não tenho muito o que falar agora. Só queria parabenizá-la por tamanha criatividade!! Foi ótimo estar no meio dessa história o tempo que durou.. Uma pena ter acabo, estava muuuito afim de continuar lendo ela haha' Agora, nos encontramos em Rede de Mentiras ;) Beijosz fanfic!

  • tahvondy Postado em 10/03/2013 - 22:51:18

    pena que ja acabou amei sua web muito linda

  • tahvondy Postado em 09/03/2013 - 23:59:42

    ah pena que ja ta no final pq eu amei sua web ela e perfeita

  • fernandagayo Postado em 07/03/2013 - 23:19:21

    linda sua web é perfeita amanhã eu comento direito pq tenho que dormi para acoradar cedo bjs

  • megstar Postado em 07/03/2013 - 14:33:52

    Maah qntos anos vc tem? as vezes vc escreve umas coisas q meu Deus kkk é vdd ela realmente foi fraca, mais acontece q depois detanto tempo sendo menosprezada e ouvir a mãe repetir q ela seria a decepção do marido, ela não se permitia errar, certo q ela acabou fazendo uma baita burrada mais vai ter final feliz tah :)bjkssss gracias por comentar

  • maah001 Postado em 07/03/2013 - 14:25:01

    Quem disse que o amor verdadeiro não faz sofrer diz a verdade! As pessoas causam o próprio sofrimento e o sofrimento de outrem. Doeu demais ler todo o desespero dele! Mas estou ansiosa para ler o final.. Parabéns, meninas :) foi fantástico!!!!

  • maah001 Postado em 07/03/2013 - 14:23:17

    Eu decorei uma frase certa vez de um autor bem famoso até.. Tacitus. Não sei se já ouviram falar! Ele dizia: As pessoas estão mais dispostas a pagar por um prejuízo do que um beneficio. Por que a gratidão é um peso e a vingança um prazer. Nunca havia me parecido verdadeira antes, mas a partir do momento em que ela apagou todas as coisas boas que os dois haviam vivido para lamentar-se em não ser a esposa ideal, na qual ele nunca a havia criticado, muito pelo contrário, acreditava verdadeiramente de que ele é quem devia a ela, essa frase começou a fazer sentido!

  • maah001 Postado em 07/03/2013 - 14:20:13

    Eu acho que ela foi fraca demais! Eu sei.. foram anos e anos convivendo com a ideia de que era uma inválida e que não seria capaz de ter uma vida normal como qualquer outra pessoas, mas depois de tanto tempo junto com o Chris eu teria esquecido até mesmo o meu nome! Ele sempre foi muito atencioso, amoroso e determinado. Ninguém jamais seria capaz de ter o amor da mulher mais especial desse mundo como ele conseguiu. Ela sempre foi a mulher perfeita pra ele. E o decepcionou. Por mais que ele não pense isso!

  • maah001 Postado em 07/03/2013 - 14:17:06

    Eu nunca estive com o coração tão apertado quanto agora.. Eu nunca estive tão perto do desespero assim!! Saber que ele enterrou o nenê sozinho.. o próprio filho é de partir o coração. Me dá vontade de chorar só de pensar!!


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