Fanfics Brasil - •CAPÍTULO 3•. Minha Doce Dulce s2 Vondy s2

Fanfic: Minha Doce Dulce s2 Vondy s2 | Tema: rebelde, vondy


Capítulo: •CAPÍTULO 3•.

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- Não, não. Está tudo bem - respondeu Dulce, recompondo-se. - Só vim tomar um pouco de ar.
- Mas o salão está bastante fresco. Acho que você queria ficar um pouco sozinha para acalmar seus nervos.
Ah, meu Deus! Ele a escutara! Dulce enrubesceu no ato.
- Estou impressionado! E também contente por não ter me enganado sobre aquele fogo...
- Eu... Eu não sabia que havia alguém aqui fora. Eu... sinto muito.
- Não se preocupe comigo. Algumas vezes precisamos descarregar nossa irritação. Não é saudável ficar se controlando para não explodir.
Certa de que não o ofendera com seu ataque de nervos, Dulce relaxou. Era exatamente assim que se sentia grande parte do tempo: prestes a explodir. E algumas vezes precisava exteriorizar sua frustração para manter a sanidade.
- Está melhor agora?
- Um pouco - admitiu Dulce.
Não, nunca ficaria bem. Sempre seria controlada, reprimida e... Ela balançou a cabeça de um lado para o outro.
- O que há de errado, Dulce? 
Escutar seu nome dos lábios de Christopher a perturbava. Não estava acostumada com tamanha liberdade. Até sua mãe chamava o marido de sr. Saviñón em público. Mas mesmo assim adorava seu nome ao som daquela voz sensual. Como não sabia o que responder, ela balançou a cabeça mais uma vez.
- Acho que eu posso adivinhar.
Ela olhou para o corpo perfeito iluminado pelo luar.
- Eles a tratam como criança.
A declaração ficou solta no ar da noite. Sim, eles a tratavam como criança. Com o passar dos anos, Dulce se transformara em mulher, mas ninguém se dera conta. Sua mãe a mimava e protegia como se fosse um bebê, seu pai tomava decisões sem consultá-la, e Poncho... Bem, Poncho era Poncho.
- Eles não me enxergam como pessoa, como uma pessoa de verdade - falou ela. - Para os meus pais, para meus amigos, para o mundo todo eu sou a pobre Dulce.
- Mas não para você.
- Eles não me deixam fazer nem as coisas que eu consigo fazer. Posso cuidar do meu sobrinho, posso segurá-lo no colo e brincar com ele. Posso ajudar a fazer comida e a limpar a casa. - Lágrimas inundaram seus olhos, mas Dulce se esforçou para manter a firmeza na voz. - Eu não sou apenas um fardo. - Ela olhou para Christopher. - Eu consigo ficar em pé. Consigo andar... um pouco. 
Esses sentimentos nunca tinham sido compartilhados com ninguém. Dividir seus segredos com outra pessoa, com um estranho, causou-lhe uma sensação de vulnerabilidade, e ao mesmo tempo de liberdade, permeadas por um grande alívio.
- Então fique em pé, Dul.
Ela ficou olhando para Christopher.
- Você quer, não quer?
- Sim, mas... Tenho vergonha.
- Vergonha de quem? Só nós dois estamos aqui fora.
Dulce olhou para as luzes do salão. Realmente ninguém os veria ali.
Ela empurrou a cadeira um pouco para a frente para ficar uma parte mais lisa do solo, depois apoiou as mãos nos braços para se levantar. Momentos depois, estava em pé. A cadeira de rodas ficou no mesmo lugar.
- Você já ficou em pé em uma noite tão linda como a de hoje?
- Faz tantos anos que nem me lembro.
Ele puxou a cadeira para longe, surpreendendo-a. Dulce ficou parada, sem ter onde cair, a não ser a terra, caso perdesse o equilíbrio. Seu coração disparou, e sentiu-se vulnerável.
Christopher esticou o braço, oferecendo-lhe a mão.
Dulce pegou-a.
- Vamos sair de baixo dessas árvores para podermos ver as estrelas.
- Mas há raízes no chão.
- Se você cair, eu a ajudo a se levantar.




Sim, ele poderia ajudá-la. E que mal haveria se caísse? O que lhe poderia acontecer? Machucar o joelho? Sujar o vestido? Ferir seu ego?
Segurando a mão forte e calejada, ela caminhou para a frente com passos curtos. Desde a infância, treinava alguns passos em seu quarto, nunca fora de casa. Nem se lembrava da sensação da grama sob seus pés.
- Wrangler está logo ali - disse Christopher, guiando-a até os animais parados.
- E mesmo? Você veio nele?
Christopher assobiou e o cavalo levantou a cabeça, dando alguns passos para a frente. Dulce colocou a mão esquerda na cerca para se apoiar e, com a outra, soltando a dele, acariciou a crina do animal.
Em seguida, Christopher tirou algo do bolso e deu para o cavalo comer.
- O que é?
- Um cubo de açúcar. Eles estavam na mesa junto com o café.
- E pelo visto Wrangler adora doce - brincou Dulce.
- Sim. E eu adorei ter sido servido por você, embora prefira uísque a ponche.
Ela virou-se para Christopher. O luar iluminava seus cabelos negros e seus ombros largos, agora bem próximos.
- Você é um doce de pessoa, Dul.
O coração dela, disparou e, sem saber como reagir ao elogio, mudou de assunto.
- Vocês beberam uísque e fumaram charutos quando se reuniram para provocar o noivo?
- Sim.
Incapaz de se controlar, Dulce esticou o braço e tocou-lhe os lábios. Ele tinha uma pequena cicatriz no lábio superior.
- Você tem uma cicatriz aqui.
- Hmm-hmm.
Sob seus dedos, a boca de Christopher era quente e suave, sensual.
- O que aconteceu?
- Alfonso - ele disse. 
A imagem daquele fatídico dia surgiu em sua mente como uma vingança cruel. Christopher não tivera chances de se defender da surra que levara de seu irmão e seu grupo de amigos. Fora uma covardia. Dulce se lembrou do fio de sangue escorrendo-lhe pelo canto da boca. Não conseguira dormir a noite toda, imaginando se ele estaria bem. Será que ele a detestava por tudo que tinha acontecido?
- Você me odeia, Christopher?
- Claro que não - respondeu ele, segurando-lhe o pulso.
- Sinto muito.
- A única coisa que me deixou realmente aborrecido foi o fato de sua família passar a me odiar a partir daquele dia. Eu nunca mais consegui me aproximar de você para conversarmos.
- Eles só queriam me proteger - disse Dulce, sabendo que os estava defendendo, mas sem querer desculpar a selvageria de sua família.
- Eu sei disso - concordou ele, aproximando os dedos de Dulce de seus lábios. Em seguida beijou-lhe as pontas, tocando-lhe a pele com sua língua quente.
Dulce estremeceu, mas não afastou a mão. A respiração dele, quente e úmida, a arrepiava toda. Todo seu corpo formigou com uma antecipação desconhecida.
- Meus dedos devem estar com gosto de cavalo - brincou ela, em um sussurro trêmulo.
- Eu como e durmo com cavalos, então eu não perceberia. Acho que você está com sabor de sorvete de menta.
Christopher afastou a mão de seus lábios e puxou-a mais para perto.
- Eu quero beijá-la, Dul.

 


Ela já vira o pai beijando a mãe no rosto. E Anahi beijando Miguel. Mas imaginava que o beijo que Christopher Uckermann queria lhe dar era mais parecido com o que Téo Palácios dera em sua nova esposa. E queria esse beijo.
Precisando de apoio, Dulce segurou nos ombros dele. Sentiu os músculos fortes e sólidos contra sua palma. Levantou a face, aguardando o beijo. Christopher inclinou o rosto e pressionou seus lábios contra os dela, em uma delicada união de almas. Dulce sentiu-se bonita e desejável, feminina nos braços daquele homem. Emoções que nunca vivera antes.
Não havia piedade naquele beijo, nem vergonha, nem condescendência. O momento foi coroado por desejo, apreço mútuo e alegria. Toda a solidão de uma vida foi preenchida por esse gesto único.
Christopher levantou a cabeça, quebrando o contato. Dulce queria mais, muito mais. Entretanto, ele não fez menção de se afastar.
- Você é linda, Dulce. E tão delicada - disse, com a respiração contra as bochechas quentes dela. - E é muito mais forte e corajosa do que todos pensam.
- Não sou tão delicada assim - falou Dulce, negando a fragilidade que tanto detestava. - Na verdade, não sou nem um pouco delicada. - Ela acariciava a nuca de Christopher, não querendo que aquele momento terminasse.
Christopher puxou-lhe o rosto com as mãos e beijou-a profundamente, tirando-lhe o fôlego e qualquer indício de hesitação, proporcionando-lhe confiança e uma sensação desconhecida de prazer. Dulce pressionou as mãos contra o peito dele para se equilibrar, pois toda a novidade a estava deixando zonza.
O aroma, a maciez da pele de Christopher, a sutileza de seus gestos saturavam todos seus sentidos. Ele era a única pessoa no mundo naquele momento.
- Dul - murmurou ele, afastando-se. - Minha doce Dulce.
- Eu nunca imaginei sentir algo parecido - disse ela, enlevada pela sensação de liberdade.
- Eu sempre sonhei com esse momento - Christopher confessou em um murmúrio. - E foi bem melhor do que eu imaginava.
- Você pensava em me beijar?
- Sim. 

Por quê? Por que ele se interessaria por uma jovem presa a uma cadeira de rodas se havia tantas moças bonitas em Copper Creek?
- Acho melhor você voltar para a festa antes que alguém saia à sua procura.
- Nós vamos nos ver de novo? - perguntou ela, mordendo o lábio diante de sua impetuosidade.
- Vou dar um jeito - prometeu Christopher, colocando a mão dela na cerca. Então foi buscar a cadeira de rodas. Dulce acomodou-se e ele a empurrou para perto do salão. - Eu juro, minha doce Dulce - falou ele antes de sumir na escuridão.
Ela ficou sozinha de novo, deliciando-se com a lembrança daqueles momentos tão agradáveis ao lado de Christopher. Por fim, decidiu voltar para a festa e empurrou a cadeira de rodas na direção da porta.
- Dul! - gritou Alfonso. - Nós a estávamos procurando!
- Eu saí para tomar um pouco de ar.
- A mamãe falou que você não estava com sua manta.
- Eu não estou com frio.

 

 

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Autor(a): megvondy

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Ele empurrou a cadeira de rodas para dentro do salão, e Dulce nem se incomodou em passar o resto da noite esquecida em um canto. As recordações de Christopher eram uma excelente companhia. Pelo menos até ele descobrir uma maneira de se encontrarem de novo. - Quero ajudar na limpeza da casa, mamãe - disse Dulce, na manhã seguinte ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 56



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  • stellabarcelos Postado em 10/04/2016 - 14:40:41

    Lindos

  • maah001 Postado em 12/03/2013 - 15:38:50

    Eu tenho 14 hahaha' Foi lindo demais da conta!! É uma história tocante e bem diferente do que, eu tenho certeza, a maioria costuma ler!! Eu não tenho muito o que falar agora. Só queria parabenizá-la por tamanha criatividade!! Foi ótimo estar no meio dessa história o tempo que durou.. Uma pena ter acabo, estava muuuito afim de continuar lendo ela haha' Agora, nos encontramos em Rede de Mentiras ;) Beijosz fanfic!

  • tahvondy Postado em 10/03/2013 - 22:51:18

    pena que ja acabou amei sua web muito linda

  • tahvondy Postado em 09/03/2013 - 23:59:42

    ah pena que ja ta no final pq eu amei sua web ela e perfeita

  • fernandagayo Postado em 07/03/2013 - 23:19:21

    linda sua web é perfeita amanhã eu comento direito pq tenho que dormi para acoradar cedo bjs

  • megstar Postado em 07/03/2013 - 14:33:52

    Maah qntos anos vc tem? as vezes vc escreve umas coisas q meu Deus kkk é vdd ela realmente foi fraca, mais acontece q depois detanto tempo sendo menosprezada e ouvir a mãe repetir q ela seria a decepção do marido, ela não se permitia errar, certo q ela acabou fazendo uma baita burrada mais vai ter final feliz tah :)bjkssss gracias por comentar

  • maah001 Postado em 07/03/2013 - 14:25:01

    Quem disse que o amor verdadeiro não faz sofrer diz a verdade! As pessoas causam o próprio sofrimento e o sofrimento de outrem. Doeu demais ler todo o desespero dele! Mas estou ansiosa para ler o final.. Parabéns, meninas :) foi fantástico!!!!

  • maah001 Postado em 07/03/2013 - 14:23:17

    Eu decorei uma frase certa vez de um autor bem famoso até.. Tacitus. Não sei se já ouviram falar! Ele dizia: As pessoas estão mais dispostas a pagar por um prejuízo do que um beneficio. Por que a gratidão é um peso e a vingança um prazer. Nunca havia me parecido verdadeira antes, mas a partir do momento em que ela apagou todas as coisas boas que os dois haviam vivido para lamentar-se em não ser a esposa ideal, na qual ele nunca a havia criticado, muito pelo contrário, acreditava verdadeiramente de que ele é quem devia a ela, essa frase começou a fazer sentido!

  • maah001 Postado em 07/03/2013 - 14:20:13

    Eu acho que ela foi fraca demais! Eu sei.. foram anos e anos convivendo com a ideia de que era uma inválida e que não seria capaz de ter uma vida normal como qualquer outra pessoas, mas depois de tanto tempo junto com o Chris eu teria esquecido até mesmo o meu nome! Ele sempre foi muito atencioso, amoroso e determinado. Ninguém jamais seria capaz de ter o amor da mulher mais especial desse mundo como ele conseguiu. Ela sempre foi a mulher perfeita pra ele. E o decepcionou. Por mais que ele não pense isso!

  • maah001 Postado em 07/03/2013 - 14:17:06

    Eu nunca estive com o coração tão apertado quanto agora.. Eu nunca estive tão perto do desespero assim!! Saber que ele enterrou o nenê sozinho.. o próprio filho é de partir o coração. Me dá vontade de chorar só de pensar!!


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