Fanfic: Loucuras em Londres | Tema: One Direction
Meu avião aterrissou às 12h43, horário de Londres, numa segunda-feria nublada. Saí do aeroporto com duas malas e a bolsa que eu carregava. Dela, tirei o papel onde eu anotara o endereço do nosso apartamento. Para chegar até lá, peguei um táxi com um motorista muito simpático, que conversou comigo durante todo o percurso. O nome dele era Natan Williamsom, e me dera um cartão com o seu número, caso eu precisasse.
Ao Chegarmos, o dono, Paul Devenish - formalmente chamado de Mr. Devenish - estava na portaria me esperando. Ele me recebeu muito bem. Subimos para o andar 7 e entramos no apartamento número 702. Era um bom apartamento, não muito grande apesar de ter três quartos. O local oferecia uma sala, um banheiro e uma cozinha, todos os cômodos mobiliados. No fim, assinei um contrato de seis meses e ele foi embora.
Sentei no sofá, exausta da viagem, e liguei a TV em um canal aleatório. Alguns segundos depois, senti meu estômago roncando, e então lembrei que não comi nada desde que entrei no aviao, uma vez que eu dormira a viagem inteira. Levantei num salto e corri até a geladeira. Não havia nada nela que me interessava então resolvi sair pra comer em algum restaurante da cidade. Depois de vagar por algumas ruas, encontrei um dos famosos restaurantes Nando`s, o que me fez pirar, já que os meninos sempre comiam ali. Entrei sem expectativas e sentei numa mesa para dois, num canto ao lado da janela. O garçom aproximou-se de mim e perguntou-me o que eu queria, pedi 1/2 Chiken.
Não se passou muito tempo e outro garçom veio me perguntar se eu desejava bebida, pedi uma água e levantei para ir ao banheiro, assim que ele saiu da mesa. Caminhei até a porta onde em cima lia-se "Ladies", que era do outro lado do restaurante, comparado com a minha mesa. Retoquei a maquiagem, já que estava com olheiras enormes. Saí do banheiro e esbarrei num homem de costas para mim. Eu de repente não conseguia mais ver onde eu pisava e acabei no chão ao lado dele. Senti muitos olhares mirados em nós dois e, de imediato, levantei e ajudei o homem a levantar-se.
–Me desculpe, senhor. Eu não tinha visto você. Foi tão rápido, eu não queria jogá-lo no chão - eu me desculpava num tom quase desesperado.
Finalmente ele virou-se para mim. Paralisei ao ver o rosto angelical diante de mim, tudo estava perfeito até ele abrir a boca.
–Onde você estava com a cabeça, garota? Você podia ter machucado alguém! Você não olha por onde anda? - ele pronunciava cada palavra com muita raiva, algumas pessoas se viraram para prestar atenção. Rapidamente, desfiz minha expressão de felicidade ao vê-lo. Fiquei com tanta raiva que fingi não reconhê-lo, e agi como se fosse um outro qualquer. Mas estava tão feliz que foi quase impossível.
–Me desculpe, senhor, eu realmente estava destraída. Eu não o vi quando saí do banheiro - tentei mais uma vez.
–Isso não tem desculpas. Você me jogou no chão! Se ainda tivesse só esbarrado em mim, tudo bem - ele ainda gritava de raiva, e parecia que nada que eu dissesse o calmaria.
Os outros quatro estavam numa mesa, bem atrás dele. Um loirinho se virou para cutucá-lo, era Niall.
–Que isso, Harry, ela pediu desculpas. E tenho certeza de que não foi por mal - ele tentou acalmá-lo.
–Não, Niall! Essa garota não olha nada! Parece cega! - ele gritou.
–Olha, meu senhor, eu já lhe pedi desculpas e não estou aqui para brigar. Não quero que me insulte na minha frente, já que eu não tinha a intenção de te jogar no chão - falei, com vontade de socá-lo.
–Enfim, garota, eu quero comer! Vai voltar pra sua mesa! - ele disse, dirigindo-se à mesa.
Revirei os olhos e fui para a minha mesa. Eu quase chorei, sempre imaginei nosso pimeiro encontro como se fosse o mais lindo, onde ele se apaixonaria só de olhar nos meus olhos. Eu nunca iria imaginar que o Harry fosse tão rude e grosso, ou talvez só estivesse tendo um dia ruim. Eu não queria pensar que ele fosse assim, não mesmo. Mas o que importa é que o Niall meio que me defendeu. Automaticamente eu sorri, enquanto dava mais garfadas no meu frango.
No dia seguinte, tomei o café da manhã numa lanchonete que tinha todos os tipos de refeição. Depois do almoço, fui até o supermercado para comprar a comida do mês, como: uns tipos de carne e frango; batatas fritas congeladas; nuggets; uns sacos de farinha, açúcar, arroz e feijão; algumas frutas; muitos pacotes de biscoitos, doces e salgados; uns pacotes de cerais matinais; leite; ovos; alguns sacos de macarrão e entre outros. Pedi que entregassem em minha casa, pois eram muitas compras para uma pessoa carregar e eu ainda não tinha carro, pois eu e as meninas combinamos de comprar juntas.
Dois dias se passaram, o apartamento já estava arrumado como tería que estar. As camas com novos lençóis e edredons bem quentes, pois a cidade era extremamente fria. Desde que chegara não vira o sol no céu nenhuma vez, estava sempre nublada, mas mesmo assim, não deixava de ser uma linda cidade, especialmente à noite. Porém, ficar sozinha era um tédio. Felizmente, na sexta-feira, quando estava de bobeira assistindo TV, alguém bateu na porta. Levantei do sofá abri a porta. Era uma menina, devia ter uns 16 ou 17 anos. Ela tinha os cabelos loiros, escorridos, até a metade das costas, era branquinha com poucas sardas, com os olhos verdes.
–Olá, posso ajudá-la? - perguntei, sorrindo.
–Oi, meu nome é Kate Millington, eu moro no andar de baixo. Eu trouxe esta torta de amoras para dar as boas-vindas - ela sorria, levantando a torta para que eu a pegasse. - minha mãe que fez, você vai gostar!
–Ah, muito obrigada! É muita gentileza da parte de vocês - agradeci, dando uma espiada na torta. - Meu nome é Isabella Albuquerque, muito prazer - apertei a mão dela. - mas pode me chamar de Bella.
–Não há de que. Se precisar de qualquer coisa, eu moro no 604 - disse, passando uma mecha de cabelo para trás da orelha.
–Você quer entrar? Eu não estou fazendo nada importante e, eu devo ficar sozinha por pelo menos mais uns dois ou três dias - eu ri, fazendo um gesto para que ela entrasse.
Ela hesitou, mas em seguida, deu alguns passos para dentro, lentamente.
–Quer um pedaço? Eu acho que vou experimentar, esta torta está com uma cara deliciosa - ri, e ela também.
–Quero sim - ela aceitou.
Fomos para a cozinha e coloquei a torta, delicadamente, na bancada. "Pode sentar", disse, apontando para uma das cadeiras. Peguei dois pratos e coloquei um à frente dela, e um ao lado. Botei um garfo ao lado de cada um e cortei um pedaço da torta, pus em seu prato, depois cortei outro e coloquei no meu. Então, sentei ao seu lado e dei a primeira garfada.
–Wow, sua mãe cozinha muito bem! - elogiei.
–Obrigada - ela riu. - então, você não parece ser daqui.
Eu ri.
–Por que? - perguntei.
–Você é bronzeada, e seu sotaque é diferente - ela observou.
–Eu sou do Brasil - ri.
–Brasil? Que legal! De que parte você é? - ela pareceu interessada.
–Eu sou do Rio de Janeiro - eu ri.
Ela arregalou os olhos, parecia muito impressionada.
–Como é lá? - ela perguntou, os olhos brilhavam.
–Com certeza mil vezes mais quente que aqui - eu ri. - faz muito sol, é quase um forno.
Ela riu.
–E todo mundo dança samba pela rua? - ela parecia fascinada.
–Não! Eu sei que não parece, mas a gente quase nunca dança samba, só no carnaval! - eu ri. - E pra falar a verdade, eu não sei sambar direito.
Ela riu, e parecia surpresa, com uma ponta de decepção.
–Você veio passar as férias aqui?
–Não, eu vim pra fazer faculdade - eu ri. - minhas amigas chegarão na segunda à tarde.
–Faculdade? Já? Você parece tão nova - ela disse.
–Eu tenho 18 anos, vou cursar Direito em Cambridge.
–Cambridge? Um pouco longe - ela riu.
–Pois é - concordei. - mas quando minhas amigas chegarem, compraremos um carro e iremos até lá para comprar os livros. Mas e você?
–Eu ainda sou do segundo ano - ela riu. - tenho 16 anos.
Ela ia dizer mais alguma coisa, mas o celular dela tocou. Na verdade, era uma mensagem. Ela tirou o celular do bolso de trás e leu.
–Quem é? - perguntei.
–Ah, é só um amigo. Ele está me chamando pra ir ao cinema amanhã - ela ainda olhava o celular.
–Um amigo? Te convidando para sair? Tem certeza que é amigo? - provoquei.
–Não, ele é amigo mesmo. Ele tem até namorada, e é três anos mais velho que eu - ela ia começar a responder, mas parou. - você quer ir com a gente? Vai ser bom pra você. Conhecer gente nova... Enfim, você que sabe.
–Tudo bem, pode ser legal.
–Então tá, eu passo aqui amanhã lá pelas três da tarde, tudo bem?
–Pode deixar.
Despedi-me dela e voltei a assistir TV até o fim do dia. Dormi melhor naquela noite com os cobertores a mais. De manhã, derramei um pouco de leite na minha tigela e então despejei um pouco de ceral. Comi devagar e suspirei diante do tédio. Eram quase três horas, já tomara meu banho e colocado uma roupa. Alem de já tinha almoçado, eu estava pronta para ir. Ouvi a campainha tocar, era Kate. Ela me abraçou e descemos.
–O Liam está lá embaixo nos esperando - ela disse.
–Liam? - perguntei.
–Meu amigo! - ela riu. - ele vai dirigir. Gosta de comédia romântica? - ela me perguntou.
–Quem não? - disse por fim.
Saímos pela porta e um carro enorme, preto, estava estacionado em frente ao prédio. Ele businou e fomos até lá. Sentamos no banco de trás.
–Oi Kate, e você deve ser a brasileira! - ele riu.
–Isabella, mas pode me chamar de Bella - ele se virou para apertar minha mão.
–Espera, não era você aquele dia no Nando`s?
–Vocês se conhecem? - perguntou Kate.
–Ai, não - disse lembrando daquela noite. Era Liam Payne! Ela era amiga do Liam James Payne! Por que ela não falou que era amiga do Liam Payne? Eu não conseguia parar de falar Liam Payne! Liam Payne, Liam Payne, Liam Payne! Ai meu deus!
–Eu peço desculpas pelo Harry, ele estava meio irritado naquela hora - Liam falou.
–Tudo bem, sem problemas! - falei sorrindo.
–Está tudo bem, Bella? Você está suando nas mãos - Kate observou.
Acho que eu estava animada demais por estar no carro do Liam Payne! Eu devia estar que nem uma idiota.
–Sim, sim, eu estou bem - falei com um sorriso enorme.
–Você é fã? - Kate perguntou.
–Fã? Directioner! Ai meu deus, eu não acredito que isso possa estar acontecendo! - eu falei uma oitava mais alto, com um largo sorriso. Liam riu. - desculpa, Liam, eu não quero parecer desesperada, ou obcecada, é que... Sei lá, é tudo o que eu sempre quis, sabe? Conhecer você! - nós ríamos.
–Tudo bem, eu acho que entendo - ele falou.
–Eu quero gritar, mas acho inadequado - falei.
–Se for baixinho - Kate disse. - por favor, eu estou do seu lado - nós rimos.
Dei um gritinho baixo e rápido, e disse "Liam Payne!". Eles riram. (AAAAHH, eu fiquei animada só por escrever isso, haha)
–Se eu soubesse que você era fã teria dito isso antes - Kate riu.
–Já estamos chegando, vocês querem ir na frente e comprar os ingressos, enquanto eu estaciono? - Liam perguntou.
–Tudo bem, a gente se encontra na entrada do cinema - Kate falou.
Saímos rapidamente e ele acelerou quando fechamos a porta. Compramos os ingressos e o esperamos chegar. Não tinha muita gente no local e parecia que ia chover. Não demorou muito e Liam veio caminhando com um sorriso fofo.
–Tudo certo? - ele perguntou.
–Aham, vamos entrar? - Kate perguntou. Assentimos e ela foi na frente.
–Err, Liam? - ele parou de andar e olhou pra mim.
–Sim? - disse com um sorriso. Ele sabia que eu ia pedir alguma coisa.
–Eu sei que é besteira, mas você pode tirar uma foto comigo rapidinho?
–Você tem câmera? - ele perguntou. Foi quando me dei conta de que eu não tinha câmera nenhuma, só o meu celular todo ferrado. Que mico!
–Ih, esqueci! Não tenho câmera - fiquei vermelha. Ele riu.
–Calma! Eu tiro então - ele pegou o lindo iPhone dele e tirou uma foto nossa.
–Err, depois você pode me mandar essa foto? - perguntei meio tímida.
–Eu mando agora, tem Twitter? - ele perguntou olhando-me nos olhos. (AI MEU DEUS!)
–Tenho - falei contente.
–Te menciona e coloca a foto, mas vamos andando, porque a Kate deve ta maluca procurando a gente!
Eu ri.
–Posso me seguir? - perguntei.
–Pode - ele riu.
Por instinto dei um tapa nas costas dele.
–Ai! Por que você fez isso? - ele falou mais alto, mas não contia raiva em sua voz.
–Por todas as vezes que eu te mandei mention e você não ter respondido nenhuma delas! - falei com uma falsa raiva. E nós rimos. (Se um dia eu encontrar eles vou fazer isso também!)
Kate estava um tanto impaciente, nossa pequena pausa acabou fazendo com que perdêssemos mais da metade dos trailers. Entramos na sala do cinema e Liam sentou entre nós duas. Era engraçado como todo mundo o tratava normalmente, vai ver era porque já estavam acostumados. O filme começou, como Liam estava no meio, a pipoca ficava no colo dele. Eu bebia água, ele bebia pepsi e Kate estava com um copo de coca cola. De repente o celular de Liam tremeu na minha mão, e foi quando lembrei que eu ainda estava com ele. Era uma mensagem de Zayn, ele perguntava onde Liam estava. Por intuito chamei Liam e devolvi o celular. Observei Liam digitar. Ele respondeu:
Liam: No cinema, com Kate e a amiga dela.
Uns segundos depois, Zayn mandou outra:
Zayn: Ela é gata? haha
Liam deu uma risadinha, e respondeu:
Liam: Ela é brasileira haha.
Um minuto depois, mais uma mensagem.
Zayn: Ótimo .
Autor(a): cmBells
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Depois daquele dia, Liam me deu o número dele. Melhor sensação de todas! Obvio, ele me fez prometer que eu não ia ficar ligando ou mandando mensagens desnecessárias ou várias vezes por dia. Na segunda de manhã, fui checar meu Twitter e o Facebook, pois não fazia isso desde que chegara em Londres. Tive uma ...
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