Fanfic: Loucuras em Londres | Tema: One Direction

Depois daquele dia, Liam me deu o número dele. Melhor sensação de todas! Obvio, ele me fez prometer que eu não ia ficar ligando ou mandando mensagens desnecessárias ou várias vezes por dia. Na segunda de manhã, fui checar meu Twitter e o Facebook, pois não fazia isso desde que chegara em Londres. Tive uma surpresa enorme. Meu número de seguidores tinha aumentado radicalmente, passando de 224 para 12.438, e crescia a partir dos dias. E minhas mentions estavam lotadas de directioners de todo o mundo - ta bem, de todo o mundo não, mas havia de muitos lugares. Desisti de fazer qualquer coisa no Twitter e fui para o Facebook. Felizmente não contia nada exorbitante, então, postei no meu mural minha foto com o Liam, só pra ter mesmo.

Desliguei meu laptop e deixei-o na mesa do meu quarto. Dirigi-me para a cozinha, para preparar o almoço pra mim e um pouco a mais para as meninas que chegaríam em algum momento da tarde. Coloquei uns pedaços de carne para grelhar e o óleo para esquentar e fritar as batatas fritas - aqui chamadas de chips, haha. Também fiz um pouco de arroz e muito pouco feijão, pois só eu comia. Quando acabei, fiz um prato e sentei-me na mesa para comer. Em poucos minutos terminei e lavei o meu prato. Estava prestes a secá-lo, quando a campainha tocou. Presumi ser Kate. Fui até lá e recebi a pessoa em inglês, mas levei um susto ao ver Luana e Flavia na minha frente.

–Falando em inglês com a gente? Da um tempinho, Bella! - Flavia falou sorrindo.

–Lu! Flavia! Como foi o voo? - disse sorrindo. Corri para abraçá-las.

–Foi calmo - disse Luana, quando eu a soltei. - Me ajuda aqui com as malas, Bella.

–Pode deixar - disse, pegando uma das malas que estava atrás delas.

Colocamos todas as malas pra dentro e fomos para a sala.

–Vocês não vão acreditar! - fiz suspense nelas.

–No que? - Luana perguntou.

–Sentem! - disse rindo.

–Ui, misteriosa - Flavia disse, ironicamente.

Revirei os olhos.

–Adivinha quem eu conheci, que meu deu o celular e que tirou uma foto comigo? - perguntei sorrindo. Ficando mais empolgada a cada palavra pronunciada.

–Quem? Simon Cowell? - Flavia perguntou.

–Paula Abdul? - Luana tentou.

–Melhor - disse pegando meu iPod. Coloquei na foto do Liam e mostrei a elas. - Liam Payne - as palavras saíram calmamente da minha boca, como se fosse uma coisa banal.

As duas gritaram muito quando viram. Luana arregalou muito os olhos, boquiaberta e Flavia quase arrancou os cabelos.

–Ai meu deus! Você tem o número do Liam? Me da! - Flavia gritou pra mim.

–Eu não, você tem que conhecer ele antes. Ele me fez prometer que eu não daria o número dele pra ninguém. Quero manter a minha amizade.

–Ah, Isabella! Pelo amor de deus, quero conhecer o Harry! - Luana pediu.

–Vá por mim, você não quer.

Elas pareceram confusas.

–Como assim? - Flavia perguntou, franzindo o cenho.

–Cara, uma vez, quando eu fui no Nando`s, eu sem querer. Sem querer mesmo! Esbarrei nele, aí a gente acabou caindo no chão. Aí ele começou a gritar muito comigo, foi todo grosso.

–O Harry? - Luana estava incrédula.

–Impossível! - Flavia parecia chocada.

–Eu também pensava isso - disse. - mas vai ver, ele tava mal, sei lá. Mas de qualquer jeito o Liam me explicou mais ou menos. Ele disse que o Harry tava meio irritado no dia.

–Ata - Luana parecia mais aliviada. - mas foi lá que você conheceu o Liam?

–Não. Obvio que não - falei. - A gente tem uma vizinha, ela mora no andar de baixo. O nome dela é Kate, muito fofa, gente, vocês tem que conhecer. Mas enfim, ela é amiga dele. E me chamou pra ir no cinema com ele, só que eu não sabia que era o Liam Payne.

–E você conhece outro? Ou só o Liam? - Flavia perguntou.

–Só o Liam mesmo - respondi.

–Mas a gente podia marcar alguma coisa com ele, né? E pedir pra ele levar o Louis! - Flavia tinha um olhar sugestivo.

–E o Harry - Luana juntou-se a ela.

–Ai meu deus. Eu falando que conheço o Liam Payne e vocês querendo mais - revirei os olhos.

–Ah, Bella. A gente ta zoando, lógico que o Liam é importante! Por falar nisso, você não quer chamar ele aqui, não? - perguntou Flavia.

–Já falei com ele, ele tá ocupado hoje e amanhã ele vai encontrar a família.

As duas gemeram de decepção.

Algumas horas se passaram. Elas já tinham feito as pazes depois de terem discutido durante mais ou menos uma meia hora, por causa do quarto. Também já tinham comido e, decidimos ir ao parque. Elas foram na frente, enquanto eu guardava a comida que elas não quiseram me ajudar a guardar.

Desci assim que acabei. O parque era apenas umas duas ou três quadras do prédio. Ele era muito bonito e muito calmo. Caminhei devagar pelas ruas, com as mãos, dentro de luvas, enfiadas nos bolsos do meu casaco. Era sempre muito frio e demoraria um tempinho para eu me acostumar. Ao chegar, avistei-as sentadas num banco em frente ao laguinho. Ficamos um tempo lá, mas eu não aproveitei muita coisa, pois, repentinamente, fiquei com com dor de cabeça.

Flavia fez amizade com um cara muito bonito, chamado Sean Campbell. Ele era loiro, com um cabelo liso, e branquinho. Os olhos de um azul vivo maravilhoso. Não aguentei ficar por muito mais tempo, e após alguns minutos, disse que voltaria para casa antes. E elas iriam pegar uma carona com Sean.

Já estava escurecendo, e as ruas estavam ficando cada vez mais desertas, mas nada me assustava. Eu andava sem pressa, já que a rua onde eu estava não havia uma alma viva, alem da minha. Até um homem virar a esquina, vindo na minha direção. Ele estava falando no telefone, mas prestava atenção onde andava. Eu esperava que ele desviasse de mim, por isso comecei a vasculhar as chaves de casa em minha bolsa, mas eu estava enganada. O homem bateu de frente comigo, caindo em cima de mim. Eu não conseguia abrir os olhos, morrendo de medo de ser um psicopata.

–Ei, a senhora se machucou? - o homem disse. - de-me sua mão, deixe-ma ajudá-la a levantar.

Abri os olhos, mas não olhei para cima, apenas peguei a mão dele para levantar. Peguei minha bolsa e limpei minha calça.

–É você? - Ele perguntou.

Olhei para o homem e tomei um susto. Comecei a suar nas mãos mais uma vez, mas desta vez ninguém sentiria, uma vez que eu usava luvas. Senti um calor em todo o meu corpo, e meu rosto queimava. Senti um rubor nas maçãs do rosto surgindo. Era Harry Styles, de novo. Eu só me preparei para a enxurrada de insultos.

–Ah, oi - disse baixando os olhos.

–Olha, me desculpe por aquele dia. Juro, que não queria ter sido rude ou coisa assim. Entenda, exatamente naquela hora eu tinha acabado de sair de uma briga com a minha irmã, Gemma, e acabei descontando a raiva em você.

–Tudo bem - menti, ainda não olhando para ele. Eu podia sentir o olhar dele sobre mim.

–Ei, olhe pra mim! Você me desculpa? Eu juro, eu não queria ter gritado com você, sério.

–Olha Harry, você pode dizer o que quiser, mas nada vai justificar o que você fez comigo. Tem ideia do mico que eu paguei naquele dia? Todo mundo parou o que estava fazendo para olhar você dizer tudo aquilo pra mim. Você deve aprender a separar as coisas. Não se pode maltratar alguém só porque estava com raivinha. E você nem me conhecia. Acabou passando uma péssima primeira impressão - eu não conseguia parar de falar. Agora eu fitava seus belos olhos verdes. - Você tem muita sorte por eu ser uma directioner e não guardar rancor.

–Você é directioner? - ele sorria. Droga, atingiu meu ponto fraco - entã...

–Pare de sorrir - eu o interrompi. - por favor, não me faça perder o foco. Preciso ficar séria e esquecer que te amo por alguns minutos.

–Agora você disse que me ama - ele ainda sorria. - diga que me desculpa, por favor! Não gosto de magoar fãs.

Ele era muito irritante, mas eu amava!

–Ta, ta bom, eu te desculpo! - eu encarava o chão.

–Vem cá - ele se aproximou, seus braços me envolveram num abraço apertado. Senti uma lágrima cair sobre meu rosto. - qual o seu nome?

–I-Isabella - gaguejei. - mas me chame de Bella.

–Está chorando, Bella? - ele perguntou me largando. - o que houve? Eu fiz alguma coisa errada? - ele franziu o cenho.

–Não, pelo contrário na verdade. É que eu sempre sonhei com esse momento - e o abracei outra vez. De primeira ele hesitou, mas depois me abraçou também, ainda mais apertado do que da primeira vez, e acariciou minhas costas.

–Pare de chorar, por favor, eu estou aqui - ele disse. - você quer alguma coisa? Eu posso tirar uma foto com você, se quiser.

–Na verdade, eu quero uma coisa sim - limpei as lágrimas, tendo segundas intenções.

–Diga - ele pareceu temer minha expressão.

–Eu quero conhecer o Zayn - disse sorrindo.

–O Zayn? Gosta dele? - ele perguntou rindo um pouco.

–Amo - disse rindo. - mas, por favor, não se engane. Eu não sou o tipo de fã que persegue e fica querendo parte da roupa ou coisa parecida.

–Relaxa, eu sei. O Liam já me contou sobre você - ele riu.

–Sério? Ele fala de mim? - fiquei mais animada ainda.

Ai meu deus, o Liam Payne fala de mim!

–Pode deixar, vou fazer você encontrar com o Zayn.

–Na verdade, eu quero mais uma coisa, se não for pedir muito.

Ele recuou. Não esperei um comentário.

–Minhas amigas. Elas também são directioners. A Lu, ela ama você, e a Flavia é apaixonada pelo Lou. Uma otária, né? - eu ri. Ele não pareceu entender. - é que eu zoou muito ela, dizendo que a Els é melhor.

– Ata - ele riu comigo. - mas pode deixar, eu falo com o Liam sobre o Zayn e sobre o Lou.

–Obrigada - disse, indo embora. - até!

Dei uns passos, mas parei quando ele disse "Espera!". Me voltei para ele, esperando.

–Está indo sozinha para casa? - ele perguntou.

–Estou. Na verdade ficarei sozinha em casa. É que eu estou com um pouco de dor de cabeça - eu tinha até esquecido, mas quando toquei no assunto, ela voltou com tudo. Por intuito, coloquei a mão na cabeça.

–Quer companhia? Até suas amigas chegarem? - ele perguntou.

–Se não for atrapalhar sua agenda.

–Que nada, estava apenas dando uma caminhada, e tenho o resto do dia de folga.

–Tem certeza que pretende usar o resto do seu dia de folga, cuidando de uma fã desconhecida?

–Ela não será tão desconhecida se me deixar cuidar dela pelo resto do dia - ele disse sorrindo. (Iiiiiiiiiih, haha).

–Então tá, mas saiba que quando as minhas amigas chegarem elas terão um treco quando te virem, principalmente Luana. E elas não são tão controladas as vezes - disse rindo.

–Tudo bem - ele andou até o meu lado. E então caminhamos até o prédio.

Subimos para o 7° andar e entramos no apartamento. Pedi desculpas pela bagunça, mas ele não pareceu se importar. Peguei um comprimido para dor e tomei, assim que chegamos, e depois começamos a conversar. Perguntei se podia chamar as meninas, e ele disse que sim. Mandei uma mensagem para o celular de Luana: "Venham para casa, vocês vão gostar da surpresa".

Harry estava fascinado pelo Brasil, e me pediu para ensiná-lo a falar português, e em troca pedi que ele me ensinasse o sotaque britânico, que eu sempre achei lindo. Ele me perguntou como era: o clima; as praias; o Cristo Redentor; o Pão de Açúcar; as comidas; as danças; e obvio, o futebol. Era engraçado, como esse povo gringo tinham a ideia fixa de samba no Brasil. De repente, a campainha tocou. As meninas haviam chegado.