Fanfics Brasil - Cinco- Medo- EmilyA Em Busca da Verdade

Fanfic: Em Busca da Verdade | Tema: Em Busca da Verdade


Capítulo: Cinco- Medo- EmilyA

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Nina olhou para Emily ao entrarem no quarto, Clarisse se sentou na beirada da cama:


-Acho que nos metemos em uma bela confusão.-Disse Clarisse com um tom de voz de medo.


-Eu sei. –Disse Emily.-Por minha causa.


-Nada disso, nós também demos idéias e participamos disso, a culpa é nossa também.-Disse Nina se sentando ao lado de Clarisse e abaixando a cabeça.


Emily não parava de pensar no que havia acontecido na floresta, aquilo era muito estranho e as pessoas ao saírem não demonstraram nenhum pouco de medo, era realmente estranho tudo aquilo e inexplicável. Mesmo que ela tentasse entender a compreensão parecia cada vez mais distante, ela não conhecia aquele aluno, todos amanhã ficariam sabendo do ocorrido e o desaparecimento sairia nos jornais, polícias cercando a escola e ela ali, sabendo de toda a história, mas o medo de contar e de saberem que ela tinha visto tudo aquilo. Talvez alguém tivesse a coragem que ela não teria:


-Você esta estranha desde que voltou da floresta, o que houve lá? Parece que ouvimos tiros. –Disse Nina.


-Não aconteceu nada lá, quando cheguei todos já tinham saído.


-Eu sei que esta escondendo algo, você estava toda assustada quando chegamos lá.-Disse Nina se levantando e pegando a sua roupa de dormir. –Se não quer contar, não sou eu que vou te obrigar. –Ela tirou a roupa e se trocou. –Mas você não me engana. –Logo se deitou na cama.


Clarisse ainda continuava sentada na cama:


-O que foi Clarisse?. –Perguntou Emily.


Ela se levantou, pegou o seu pijama que deixava embaixo do travesseiro, um costume estranho:


-Estamos ferradas, literalmente ferradas!. –Disse Clarisse.


-Tudo se resolve no final, como sempre e não vai ser diferente dessa vez.


-Meus pais, você não entende, eles sempre ameaçaram a me mandar para um escola na Suíça, a história de que a minha mãe era Rebelde e sempre aprontava e foi nessa escola da suíça que ela aprendeu a obedecer, eles com toda a certeza dessa vez vão querer que eu vá para lá, achando que é o melhor pra mim. –Disse Clarisse quase chorando. –Só de pensar nisso, eu fico angustiada e com medo.


-Eu não vou deixar isso acontecer, os pais muitas vezes só falam.


-Eu sei, mas da ultima vez foi diferente e você não entende.


Elas se deitaram:


-Clarisse, vai ficar tudo bem, pense assim.


Elas desligaram a luz e dormiram.


As Seis horas da manhã o sinal tocou para que pudessem se levantar, Clarisse se levantou e começou a se arrumar:


-Levantem logo!. –Disse Clarisse puxando as cobertas das meninas.


-Eu não vou hoje, estou cansada e só vai ter a droga da apresentação de trabalho dos alunos e nem é o nosso. –Disse Emily, puxando a coberta de volta.-Me deixa.


-Também não vou. –Disse Nina fazendo o mesmo.


-A gente tem que ir, ainda mais do que aprontamos ontem.


-A gente complementa com mais uma travessura.-Disse Emily em um tom de ironia.


-Não tem graça e você é a filha da diretora.


-Desde quando me importei com isso? , agora vai você e nos deixa dormir.


Clarisse desligou a luz e saiu do quarto, foi assistir as aulas. As meninas continuaram a dormir durante duas horas quando a sua mãe entrou e puxou as cobertas:


-Emily e Nina!, eu não agüento chamar a atenção de vocês mais!, sempre aprontando e desobedecendo as ordens e normas da escola.-Disse logo em seguida ligando a luz.-Nina se arrume e vá para a aula, depois estarei assinando a sua advertência e você só entrará com seus pais nas aulas.


Ela se levantou e se arrumou e foi para as aulas, Emily continuou deitada:


-Você vai para a escola “Bolts Uno.”.


Na mesma hora Emily arregalou os olhos:


-Você esta doida?, aquele colégio é uma prisão mãe!.


-Você esta saindo do meu controle, de repente lá você aprenda a dar valor ao que tem aqui e volte diferente, talvez seja melhor assim.


Emily se levantou da cama, calçou seu chinelo:


-Por favor, eu faço qualquer coisa, eu até te obedeço, mas não me mande para lá.


Vivian olhou para as fotos que estavam na sua cabeceira e olhou de volta para a filha:


-Já esta feito, já liguei para lá e esta tudo certo.


-Por favor, não faça isso, eu odeio aquele lugar, eu tenho medo de ficar lá.


-Você pensasse antes e não adianta mais discutir comigo.


Ela saiu do quarto e a deixou sozinha, nem sequer mandou que fosse para a sala de aula, mais uma coisa para se preocupar, já havia perdido o sono, tomou o seu banho e se vestiu e foi para o pátio. Ela não ouviu ninguém falando sobre o ocorrido e todos pareciam normais, até ver a sua mãe conversando com uns pais que estavam apavorados, Ela se aproximou disfarçadamente:


-Ele deixou uma carta em seu quarto dizendo que não agüentava mais essa vida, não entendemos, ele sempre pareceu estar bem, nesses últimos dias para cá ele mudou, ficou mais quieto e misterioso, quase não falava com a gente, estamos apavorados. –Disse a mãe do menino que já tinha uma certa idade.


-Estamos fazendo o possível, e compreendemos o desespero de vocês, mas já comunicamos a polícia que já esta fazendo a busca.


Emily sabia o que havia acontecido, mesmo que pudesse contar ela corria o risco, ainda mais depois do que viu, tinha medo, ela estava se sentido mal e culpada, mas não Pôde fazer nada, eles eram muitos, a vida dela também corria risco.


Ela foi para o seu quarto e entrou no computador, precisava saber quem eram eles, de repente havia alguma informação no computador sobre eles na internet:


“Os de preto.”


São conhecidos pelo nome “Os de Preto” por andarem simplesmente com capas compridas e pretas, a lenda diz que eles eram bruxos, mas de acordo com a lenda dizem que eram apenas uma seita, um grupo de pessoas escolhidas durante gerações para participarem do grupo, carregam informações preciosas desde os mais antigos e as histórias nunca reveladas a ninguém, até sobre os dias de hoje, não se sabe como adquiriram essas informações, dizem que quando se é um escolhido eles te marcam e não há como fugir, são poderosos, não que sejam do bem, pois muitas pessoas foram mortas , uns diziam que foram eles que mataram, mas nunca se encontrou uma prova abstrata de que existe.


A lenda diz que havia um homem que era do grupo, mais um traidor, contou para a polícia que eles existiam e que podia provar, pois ele queria que a seita acabasse pois muito sangue havia sido derramado por eles. Ele o levou até o local e nada havia sido encontrado, de alguma forma eles sabiam de tudo que acontecia, o homem insistia e foi internado em um hospital psiquiátrico e depois de dois dias foi morto em seu quarto, havia sangue por todo o lado, mas nenhuma câmera havia registrado o assassinato, nenhuma digital, nenhum suspeito, exatamente nenhuma prova.


E ainda diz, que dificilmente são enganados e sabem de tudo.


Ela ouviu um barulho em seu quarto e olhou para a janela, se aproximou e Jonny estava tacando pedras em sua janela, ela desligou o computador, estava com aquilo martelando em sua cabeça, se aproximou mais da janela:


-O que você quer?.-Perguntou.


-Falar com você, sua matadora de aula.


-Falo com você depois, agora eu não posso.


Ela se afastou da janela e ficou andando de um lado para o outro no quarto:


“E se ele estiver morto?, é minha culpa, porque eu não contei nada a ninguém, que talvez pudesse ajudar, e se alguém dessa seita estiver dentro da polícia?, parece tão idiota pensar nisso e acreditar nisso, mas eu vi e tenho certeza que existe, Ai me Deus que situação complicada,pode acontecer algo comigo por eu dedurar.”


Ela já estava roendo a unha de nervosismo, ela se arrependia por ter voltado naquela floresta, se não tivesse não estaria encurralada nesse problema. Ela viu seu celular em cima da mesa e o pegou, discou o numero da polícia e alguém atendeu:


-Alô? Posso ajudar?. –Atendeu um homem com uma voz bonita e forte.


-È sobre o desaparecimento de um menino na escola “Abrams Hero”, eu vi o que aconteceu, mas corro perigo em contar isso.


-Pode confiar em mim.


-Tinha uns caras de preto e ...-Ela gaguejou ao lembrar da cena.


-Você viu mesmo eles?.


-Vi, mas não posso contar mais que isso, por favor tente achar o resto, corro perigo.


-Onde foi?.


-Floresta, escola. –Disse Emily apavorada e desligando o celular.


Depois de ter desligado, ela se sentia arrependida de ter contado, mas sabia que era o certo a fazer, porque se não houvesse falado se sentiria culpada para o resto da vida, parece um pouco exagerado mas era assim que se sentia realmente.


Ela se sentou na cama e ficou ali durante um tempo, pensando em tudo o que viu, aquilo parecia não sair da sua cabeça e a perturbava de uma tal forma que a deixava irritada,aquilo parecia estar dizendo “perigo” o que não deixava de ser verdade, porque muitas pessoas morrem por saberem a tal “verdade”.


Ela olhou para a janela e viu o tempo chuvoso, estava por vir uma grande tempestade, o vento já estava forte fazendo com que a cortina voasse derrubando algumas coisas que estavam por perto, logo em seguida começou a chover forte molhando o quarto. Ela se levantou rapidamente e fechou a janela, mas ficou um tempo parada vendo a tempestade que fazia um grande estrago, ventava muito forte que a fazia sentir um pouco de medo, as árvores pareciam quase tombar, elas estavam em movimento constante, alguns relâmpagos surgiram logo em seguida e seus sons eram ensurdecedores, um deles a fez pular de susto.


Alguém bateu na porta do seu quarto e ela abriu, era ele o Jonny. Ela sorriu estava feliz em vê-lo e o convidou a entrar:


-O que você veio fazer aqui?. –Perguntou curiosa e meio sorridente.


Ele ficou parado em sua frente durante um tempo, como se estivesse procurando as palavras certas para falar:


-Eu vim aqui, para falar sobre o que aconteceu ontem.


Será que ele sabia que ela estava lá e viu tudo?, será que ele também estava lá escondido e viu tudo também?, ela se perguntava:


-Sobre o que?.-Perguntou com medo da resposta.


-Sobre Nós. –Respondeu ele pegando em sua mão.


Ela estava sem graça, mas não estava preparada para falar disso agora, uma pessoa havia sido desaparecida ou morta, ainda mais pelo o que ela havia visto, era sobre isso que pensava o tempo inteiro:


-Eu...-Ela olhou para o lado, e tirou a sua mão.-Eu não quero falar sobre isso agora, não estou preparada para falar disso, não ainda.


Ele ficou parado e sem reação, naquela noite eles haviam dançando juntos e ela havia demonstrado interesse, mas ela estava tão assustada com o que viu que não conseguia parar para pensar em nada, somente naquilo:


-Eu não entendo, você ontem demonstrou tanto interesse.-Disse ele se afastando.-mudou de idéia assim do nada?.


-Por favor, muitas coisas aconteceram e eu não estou bem.


-Tudo bem, você quem sabe.-Ele se afastou totalmente decepcionado e sumiu no final do corredor.


Ela se sentia uma boba, ela era afim demais dele e o deixou escapar assim?, pensou e sair correndo pelo corredor e falar o que sentia, mas desistiu, parecia tão bobo.


Ao invés disso ela bateu a porta e foi até a janela, por algum motivo se sentia bem ali, com o vento batendo em seu rosto e a refrescando, existia lugar melhor para pensar do que aquele?, pensava, um lugar de frente para o Campus, umas montanhas atrás e era bem ali onde o sol se punha.


-Por que você esta aí, vegetando?. –Perguntou Nina.


Ela se virou:


-Pensando em algumas coisas.


Ela riu:


-E ai vai me contar o que você tem com o Jonny?.


Ela esta ansiosa:


-Ontem eu e ele ficamos mas, nada mais.


Ela ficou espantada e ficou durante um tempo olhando para a amiga com a cara de apaixonada:


-Não acredito!.-Ela se aproximou da amiga que estava ali cheia de expectativas.-Emily, ele te fez chorar várias vezes, você tentou voltar para ele, mas nada do que você fez resolveu, o motivo que ele terminou com você foi idiota, me desculpe.-Ela deu uma pausa.- Sei que esta feliz, mas eu não estou muito confiante com isso não, você até escreveu um poema para ele e mesmo assim ele não te procurou, não estava nem ai para você e agora quer voltar?, porque quando aconteceu muitas coisas com você ele não estava nem aí para te ajudar.-Ela deu um passo mais próximo de Emily.-Amiga, ele estava namorando e logo que terminou correu para você, e eu ainda acho que ele não gosta de você, quero o seu melhor, tem vários caras por aí e você merece coisa melhor do que esse cara idiota, ele não te merece.


Por mais que ela odiasse escutar isso, no fundo sabia que ela tinha razão, mas por que ela se sentia daquele jeito? Como se estivesse perdendo algo?, como se ele fosse o cara?, era tão complicado para ela essa decisão:


-As pessoas mudam.-Disse ela querendo protestar com a amiga.-Você não mudou durante uns anos?, todos nós mudamos.


-Sim as pessoas mudam, mais também existem máscaras e no momento que elas caem muitas pessoas se assustam e se magoam, ainda mais quando são enganadas.


Ela ficou em silêncio, mas acreditava nele.


Nina se sentou na cama e pegou seu note:


-Venci!, eu ganhei a blusa dos Beatles!.


-Sério?. –Perguntou Emily se aproximando do monitor.-Que legal, mais legal ainda para você que é fã.


-Chega amanhã.


Clarisse entrou no quarto e fechou a porta:


-Ainda bem que minha mãe não me mandou para aquela escola que falei para vocês.


Ela havia se lembrado, sobre aquele assunto, era tão injusto e ela faria o que fosse possível para não ir para aquela droga de escola, esse era o seu último ano e merecia terminar bem:


-Minha mãe quer me mandar para a escola “Bolts Uno.”-Logo que Emily terminou de falar as garotas ficaram sem reação.


-Sua mãe enlouqueceu de vez!, aquela escola só tem malucos e ela quer que você vá para lá?.-Disse Nina.


-Estou aqui sem palavras. –Disse Clarisse.


-Quem deveria ir é a sua mãe para lá, ela que esta maluca.- Nina se levantou. –Cara, não é possível.-Ela se aproximou da porta e já ia saindo.


Emily a segurou:


-Onde esta indo?.- Perguntou a puxando.


-Ver se encontro uns parafusos dela até a direção, porque pelo visto ela os perdeu em algum lugar.


Emily não agüentou e riu:


-Sério Nina.


-Falar com a sua mãe.


-Não adianta, pode piorar.


-Mas você não vai para lá.


-Claro que não!, ela pensa que eu vou.


Ela deixou as amigas no quarto e saiu, foi para a direção e simplesmente entrou sem bater, não tinha ninguém na direção, era estranho, ainda mais aquela hora, estava tendo aulas e ela deixou a escola totalmente sem ninguém, a coordenadora entrou e a viu ali parada em frente a mesa da mãe:


-Precisa de alguma coisa?.- Perguntou colocando uns papéis em cima da mesa.-Posso ajudar?.


-Minha mãe esta aonde?.


-Disse que ia na delegacia. –Disse ajeitando os papéis.-Não sei que horas volta, mas estou no controle da escola enquanto isso.


Ela saiu e em todo lugar que ia tinha a foto do garoto desaparecido, e que ela havia visto e cada vez se sentia mais culpada.



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Autor(a): brookelin

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