Fanfics Brasil - Bilionário como prémio AyA [TERMINADA]

Fanfic: Bilionário como prémio AyA [TERMINADA]


Capítulo: 12? Capítulo

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— Já esteve na Irlanda, Alfonso?


— Não. Maite vai com mamãe todos os anos, mas eu nunca pude. Algum dia, talvez. Anahí mastigou o último pedaço do donut.


— Não entendo. Você é riquíssimo e possui centenas de empregados para cuidar de tudo. Como pode não ter tempo para viajar?


— Tenho me mantido ocupado ganhando o dinheiro.


— Certo. Quando terá o bastante?


A expressão intrigada de Anahí o fez sentir um vazio abrindo-se a sua frente. Era imensamente rico, entretanto, nunca considerara diminuir o ritmo. Não importava o quanto sua mãe o atormentasse, ou seus irmãos o provocassem. Por que tinha de ser assim?


Quanto dinheiro era bastante para que sentisse que sua família estava segura? E por que, de todas as pessoas que já haviam lhe perguntado quando poderia parar, foi Anahí quem o fez se sentir como se tivesse sido colocado diante da verdade?


Não, estava exagerando na reação. Não podia se lembrar da última ocasião em que fizera algo frívolo, como passar um fim de semana passeando. Não era Anahí, eram as circunstâncias. De qualquer forma, ela não poderia compreender. O noivo morrera, e Anahí não tinha família, então as prioridades eram diferentes.


— Não é só o dinheiro. Construí o negócio, e não posso abandoná-lo para me divertir. Muita gente depende de mim. — A desculpa pareceu esfarrapada até mesmo para Alfonso, mas era a melhor que podia dar.


— É isso o que tirar férias significa para você? Abandonar seu negócio?


— Farei isso algum dia.


— Isso se você não morrer de hipertensão antes. De que adianta uma fortuna tão grande se não pode usufruir?


Um anúncio soou dos alto-falantes, solicitando que os passageiros motorizados reassumissem seus lugares ao volante, pois a balsa atracaria em minutos.


— Podem descer — demandou Alfonso para um dos membros da equipe. — Iremos em seguida. Ou podemos decidir ir andando, em vez de seguir de limusine.


— Mas, sr. Herrera, temos de cobrir a viagem inteira — protestou o homem.


Alfonso já estava farto de ter a mídia a acompanhá-los, e sabia que Anahí não estava gostando daquilo também.


— Já lhe falei para descerem. Não precisam nos filmar o tempo todo.


Ao menos na balsa a equipe mantivera-se longe o suficiente para que ele e Anahí pudessem conversar com privacidade.


— Ah, meu Deus! — uma mulher exclamou de repente. — Sabia que os tinha reconhecido. É aquele casal, o bilionário e a moça que ganhou o prêmio. Ela rejeitou e ele a convenceu do contrário!


A próxima coisa que Alfonso viu foram flashes de câmeras fotográficas e canetas balançando na frente deles, pedindo autógrafos. Ninguém mais prestava atenção aos alto-falantes e ao segundo aviso para entrarem nos carros. A única bênção foi ver o pessoal da imprensa ser empurrado pelos turistas ansiosos.


Anahí exibia um sorriso forçado e assinou o nome em uma dúzia de diferentes pedaços de papel.


Patrick fizera um bom trabalho de divulgação sobre o fim de semana em Victória, parecia que todos tinham ouvido falar a respeito. E o que mais fascinava os turistas era a idéia de uma mulher recusar um encontro com um bilionário. Do jeito que as coisas estavam indo, Patrick conseguira muita publicidade de graça por causa da decisão original de Anahí em não aceitar o "prêmio".


— Por que você fez isso? — quis saber a mulher que os reconhecera. — Ele é lindo e rico. Como pôde recusar?


Anahí engoliu em seco. Não gostava de ser o centro das atenções.


— Minha vizinha me inscreveu no concurso, então eu não estava esperando... ganhar.


Acho que não tinha tido tempo de raciocinar direito. — Não era a razão verdadeira, mas estranhos não precisavam saber disso.


Anahí fitou Alfonso, começando a entender quão humilhante sua rejeição pública deveria ter sido. Mas, por incrível que fosse, ele não parecia ofendido, apenas frustrado.


— Senhoras e senhores, por favor! — exclamou o oficial da balsa, abrindo caminho entre a audiência. — Acompanhe-me, sr. Herrera. E a senhorita também. Acho melhor que vocês dois desçam antes.


Passar pela multidão não era nada divertido para Anahí, mas mesmo assim pegou a bolsa e saiu da lanchonete. Alfonso a alcançou e pôs um braço sobre seus ombros. Um arrepio se espalhou por sua coluna, distraindo-a das preocupações mais imediatas.


— Acalme-se, Anahí. Irá se acostumar com isso.


— O... O quê?


— A atenção excessiva. Vai dispersar assim que descermos.


— Certo.


A balsa ancorou, e apenas a saída de Alfonso e Anahí foi liberada. Perante os protestos dos passageiros, a tripulação explicou que todos teriam de aguardar. Inclusive a equipe de filmagem.


— Ótimo. —Alfonso comentou com Anahí. — Talvez possamos ter um pouco de paz, dessa forma. Nós os veremos no hotel mais tarde.


A inspeção da alfândega levou apenas alguns minutos, e eles correram do prédio.


Anahí respirou o ar fresco e observou ao redor, feliz. Fazia alguns anos que estivera em Victória, uma cidade linda, tipicamente inglesa por sua colonização, com grandes prédios parlamentares e até mesmo as cestas de flores penduradas nos velhos globos dos postes de luz de ferro trabalhado.


— Desviaremos da rua principal para que a gente da imprensa não possa nos ver se passarem de carro. Quanto mais nos distanciarmos deles, melhor.


Anahí assentiu e deu uma última olhada para a balsa. Todos os passageiros ainda estavam lá, atentos a eles.


— Eu me senti mal por recebermos tratamento especial e passarmos à frente de todos, Alfonso. Você pode estar acostumado com isso, mas eu, não.


— Não foi um tratamento especial, e sim mais uma precaução de segurança. Mas podemos dar a eles uma compensação.


— Como o quê?


— Como isto. — Enlaçando a cintura dela, Alfonso a puxou para si.


A respiração ofegante e os olhos arregalados dela o fizeram sentir uma satisfação triunfante. Anahí Portillo, com certeza, não era tão indiferente quanto fingia. Ele não deveria estar satisfeito com isso, mas estava.


— Acredito que um beijo os alegrará bastante. Ficarão convencidos de que estão vendo um romance real se desenrolando entre nós.


Ela passou a ponta da língua nos lábios.


— E acharão isso excitante?


— Isso depende. Você vai corresponder ao beijo ou me dará um tapa?



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Autor(a): theangelanni

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— Não acha que um tapa seria mais interessante? Alfonso hesitou, quase dizendo que um beijo o excitaria muito mais. Mas era a coisa errada a dizer, sobretudo pelo que estava sentindo. A ele, parecia um encontro romântico e o fazia se sentir como um adolescente. Não como um jantar a dois em um dos restaurantes mais caros de Seattle, mas um encontro ...


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Comentários do Capítulo:

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  • elizacwb Postado em 29/01/2013 - 12:28:48

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