Fanfic: Bilionário como prémio AyA [TERMINADA]
— Estou pensando que vou parecer ridícula, Alfonso.
— Esse seria eu. Todos comentarão que estou flertando com uma coisinha doce e jovem o bastante para ser minha filha.
Ela o fitou e franziu o cenho.
— Tenho vinte e seis anos, não dezesseis. A menos que você tenha iniciado muito cedo sua vida sexual, não tem idade bastante para ser meu pai.
Ele riu.
— São onze anos de diferença, Anahí. É bastante.
— Não, não é.
— É, sim. Serei chamado até de corruptor de menores.
— Então por que vai aceitar? –Alfonso deu de ombros.
— Tenho problemas em dizer "não" para minha família. Embora, nesse caso, eu estivesse inventando uma desculpa para procurá-la. Não gostei do modo como tudo terminou, ontem.
— Para mim, estava tudo bem.
— Vê? Foi isso o que eu quis dizer. Você estava magoada e brava, com boas razões, e não pude fazer nada.
Anahí suspirou, confusa. Aquela era a chance de Alfonso ajudar Patrick a se tornar independente, e ela poderia dar uma mão. Acreditava em famílias, motivo pelo qual o Centro Crisis lhe era tão importante.
Por outro lado; desde que conhecera Alfonso, sua vida segura e confortável se tornara inadequada. Com tantos homens no mundo, por que tinha de ser Alfonso Herrera a atrapalhar seu esquema?
— Muito bem — acabou por concordar, relutante. — Mas preciso ir pintar o Centro Crisis, e não tenho tempo para falar sobre isso agora.
— Parece-me um bom começo. Eles se importariam se você levasse alguém junto?
Anahí ficou boquiaberta. A imagem de Alfonso Herrera pintando paredes não combinava com ele.
— Você entendeu que estou falando de pintar parede, Alfonso? Com aquelas enormes latas de tinta que sujam tudo o que está em volta? Não é nenhuma vernissage regada a vinhos e canapés.
— Entendi. Tudo bem se eu for também?
— Ora... Quanto mais gente, melhor. Somos todos voluntários. E um repórter irá fazer uma matéria, então acho que a publicidade ajudaria a rádio de seu irmão. Creio até que isso deverá ser o bastante. Apenas não acho que isso combina com você.
— Acredite: combina, sim. Mas não entendo por que não chamaram profissionais para pintar o local com a doação que fiz.
— Não era para ficar evidente que você me pagou para ir. Lembra? Contei ao diretor sobre o dinheiro hoje cedo, ao telefone, e ele acha que deveremos manter o recurso para outros fins mais urgentes. Além disso, ter gente envolvida nesse estágio inicial pode ajudar a manter voluntários, no futuro.
— Isso é sensato. Que tal irmos almoçar, antes? Não tomei o desjejum, e estou faminto. Anahí assentiu.
— Claro. Vou pegar meus sapatos.
Nove horas depois, Anahí observou Alfonso lavar com cuidado diversos rolos de pintura. Ele parecera desconfortável no começo, com o informal grupo de voluntários, mas depois seu charme vencera, e todos o acharam maravilhoso. O auge foi quando pediu pizza para todos.
Alfonso era um homem bom, um dos melhores que Anahí já conhecera. O final da breve amizade deles seria mais difícil agora do que ela esperara. E acabaria não tinha a menor dúvida. Porém, enquanto isso...
Anahí pôs a mão no braço de Alfonso.
— Eles gostaram de você antes de comprar-lhes pizza. Sabe disso, não é?
— Não entendo o que quer dizer.
— Entende, sim.
— Não tenho nada contra o dinheiro, Anahí. E não tenho nenhum peso hipócrita na consciência por ser rico. Afinal, enriqueci trabalhando. E graças a isso fui capaz de dar conforto a minha mãe.
— Hum... — Passou a língua pelos lábios. — Com que freqüência você a vê?
— Minha mãe? Algumas vezes por mês. Mais durante o verão. Existe uma flor selvagem que papai costumava colher para ela. Ninguém parece conseguir a certa, então paro cada vez que vejo uma e a levo lá.
— Você colhe flores selvagens para sua mãe?!
Ele deu de ombros.
— Isso não é nada. –Anahí sorriu com doçura.
— Aposto que essas flores significam para a sra. Herrera mais do que qualquer eletrodoméstico sofisticado que já tenha lhe dado. E você nem mesmo sabe o quanto isso é especial.
Alfonso esfregou uma pequena mancha de tinta na face.
— São apenas flores selvagens, Anahí. Eu as pego ao longo da estrada.
— Nossa, como você é teimoso! Diga-me, sabe a cor favorita dela? E quanto a Maite? De qual mais gosta?
Era como um teste, e Alfonso não via maldade naquilo. Por isso, aceitou a brincadeira, porque, mesmo não fazendo sentido, gostava de como se sentia quando o olhar dela estava quente, parecendo admirá-lo.
— A cor favorita de mamãe é azul. Maite prefere o verde. E adora música clássica e qualquer coisa francesa. Também é louca por doces, chocolate branco e nozes. Mas para que servem esses detalhezinhos?
— Às vezes as pequenas coisas são as mais importantes. Curt e eu íamos nos casar, mas ele não saberia dizer minha cor favorita, ou mesmo em que mês nasci. Para ser honesta, sentia-me invisível quando Curt estava empolgado com algo. Ele não fazia isso de propósito, mas fazia.
— Você não é invisível, Anahí.
— Eu sei, e sei também que Curt me amava. Mas eu costumava desejar que se lembrasse de alguns desses detalhezinhos. Ninguém nunca lembrou, e teria sido bom.
Alfonso sentiu o mundo balançar sob seus pés. Como alguém poderia fazer Anahí se sentir tão mal? Devia ter sido uma criança preciosa, e era agora uma mulher ainda mais extraordinária. Aceitasse ela o fato ou não, tinha muito amor para dar ao homem certo.
— Não deveria lhe dizer isso, Anahí, mas mal dormi nas últimas duas noites por sua causa. E isso não me acontece por causa de uma garota desde que eu tinha dezesseis anos, com os hormônios incontroláveis.
— Não acredito que um dia você tenha sido assim.
— Você viu sábado à noite. A cautela e o bom senso desapareceram num piscar de olhos. Mas beijá-la foi o mais perto do paraíso que já cheguei.
Estavam se entreolhando, e Alfonso desviou-se para os lábios dela. Eram tão deliciosos... Uma tentação indescritível. Sem pensar duas vezes, puxou-a para si. Não deveria estar fazendo aquilo. A única coisa que tinha a oferecer era um caso, e Anahí não se contentaria com isso. Mas era tão bom segurá-la e beijá-la! Quando pousou a boca sobre a dela, um flash
disparou.
— O que...
— Ótima tomada! Obrigado — disse o repórter, desaparecendo pela porta.
— Que ódio! — Alfonso ameaçou persegui-lo, mas Anahí o deteve.
— Só conseguirá piorar as coisas. Além disso, isso é tudo de que seu irmão precisa: uma grande foto para publicidade. Eles poderão especular sobre isso por dias.
— Não a beijei por esse motivo, Anahí, mas sim porque você é uma mulher
incrivelmente desejável, e era isso que eu queria fazer.
— Oh...
Anahaí não sabia bem o que achar daquilo. Não imaginava quão longe Alfonso poderia ir para cuidar dos seus. A família significava tudo para ele.
E essa era uma das razões para admirá-lo tanto.
Autor(a): theangelanni
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Alfonso entrou na ante-sala de seu escritório bem cedo na manhã seguinte e deu um olhar repreensivo para sua secretária executiva. Ela era uma moça esperta e trabalhadora, mas não deveria estar sorrindo daquele modo malicioso. — Tirei um dia de folga, e daí? — murmurou ele, na defensiva. — Tenho uma vida pessoal, o ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 173
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elizacwb Postado em 29/01/2013 - 12:28:48
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elizacwb Postado em 29/01/2013 - 12:28:48
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elizacwb Postado em 29/01/2013 - 12:28:48
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elizacwb Postado em 29/01/2013 - 12:28:48
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elizacwb Postado em 29/01/2013 - 12:28:47
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