Fanfics Brasil - Bilionário como prémio AyA [TERMINADA]

Fanfic: Bilionário como prémio AyA [TERMINADA]


Capítulo: 30? Capítulo

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Enquanto esperava o motor da aeronave aquecer, começou a dar telefonemas. Moveria céus e terra se fosse necessário para recuperar o gatinho de Anahí.


Alfonso tocou a campainha e, como não houve resposta, deu a volta e encontrou-a nos degraus dos fundos. Sentou-se a seu lado, procurando as palavras certas.


— Você está aqui... — sussurrou Anahí, o rosto pálido na luz da noite. — Não deveria ter vindo. Teve um longo dia.


— Não importa. — Sem esperar por permissão, ele a puxou, aninhando-a ao peito. —Nós vamos achá-lo, querida. Não se preocupe.


Anahí suspirou e envolveu os braços no pescoço de Alfonso.


— Razzle é tão curioso! Deve ter saído quando o fotógrafo entrou na cozinha.


Ele enrijeceu.


— Um fotógrafo invadiu a casa?


— Chamei a polícia. Eles cuidaram do caso.


Alfonso ficou furioso. Uma coisa era segui-lo e tirar fotos, outra era invadir a privacidade de Anahí. Acrescentou a ofensa à lista de coisas que iria discutir com seu chefe de segurança.


— Não tornará a acontecer, Anahí. Juro.


— Acha que Razzle pode achar o caminho de volta? Ele não mora aqui há muito tempo.


Talvez não consiga lembrar.


— Tenho certeza de que o danadinho voltará.


— Mas é tão pequeno...


Alfonso deslizou a mão embaixo dos cabelos de Anahí e massageou-lhe a nuca. Se não a tivesse envolvido no esquema de seu irmão, ela não teria perdido o gato.


Mas, percebesse Anahí ou não, não era apenas o desaparecimento de Razzle que a estava perturbando. Arriscara amar um outro ser. Convidara os dois felinos para seu coração e agora poderia perder um deles.


Do modo como perdera o noivo. Às vezes a vida era tão injusta...


Anahí abriu devagar os olhos e deu-se conta de que estava na cama.


O sol da manhã filtrava-se através das persianas, que alguém fechara, e ela ainda usava short e camiseta. Shirra se aconchegara em suas costas, e tomava banho. Anahí mal teve tempo de organizar as idéias quando a porta do quarto se abriu.


— Sei que você não gosta de acordar cedo, mas achei que não se importaria com uma visita — disse Alfonso.


Um alto miado soou e Anahí olhou para as mãos dele, que seguravam um gatinho indignado.


— Razzle!


Lágrimas brotaram dos olhos de Anahí, que pegou o gatinho. Então, virou-se para Alfonso.


— Você o encontrou! –Ele sorriu.


— Eu lhe disse que o pirralho voltaria.


— Onde ele estava?


Um traço de dureza cruzou o olhar de Alfonso.


— Mandei meus homens irem atrás dos repórteres que estiveram aqui ontem. Pelo visto, Razzle decidiu explorar uma das vans da equipe de tevê, e o motorista não percebeu logo.


— Mas faz muitas horas que Razzle desapareceu. Por que ele não o trouxe de volta?


— Não sei. Mas agora o cretino está com tanto medo que pensa em se mudar do Estado. Eu queria sugerir um país diferente, mas meu chefe de segurança foi um pouco mole na questão.


Anahí não pôde deixar de sorrir. Depois que ela adormecera, Alfonso mobilizara a Guarda Nacional! Porém, mais que tudo, ele a confortara quando deveria haver milhões de coisas mais importantes a fazer.


— Você é um homem maravilhoso, Alfonso Herrera. –Ele brincou com uma mecha dos cabelos dela.


— O que a fez dizer isso? Não que eu tenha alguma objeção, adoro ser chamado de maravilhoso.


— Para começar, achou meu gato. E veio aqui me dar apoio, quando a maioria dos homens me acharia uma tola.


— Não estava sendo tola, querida. De qualquer forma, foi culpa minha se um fotógrafo invadiu sua residência.


— Não foi, não. Mesmo porque, você nem sabia sobre o fotógrafo quando voltou correndo para Crockett.


— Estava preocupado com você. –Anahí pegou a mão dele.


— Faz anos que ninguém faz uma coisa assim por mim. –Alfonso não falou nada por um momento. Então, inclinou-se e beijou-lhe a testa.


— Querida, acho que existe muita gente que gostaria de estar a seu lado. Nunca conheci alguém com um coração tão grande.


Anahí fechou os olhos, não querendo deixá-lo ver os pensamentos e questões que poderiam ser revelados. Era difícil ficar sozinha, porém mais ainda era amar alguém e perdê-lo depois. Quanto risco uma pessoa teria de assumir? Quantas vezes se era capaz de juntar os pedaços de um coração destruído e ainda ter forças para prosseguir?


Ela não tinha consciência de que pronunciara a última frase em voz alta, até que ouviu Alfonso falar:


— Não sei, minha querida. Também tenho me perguntado isso. –Anahí o encarou.


— Tem mesmo?


— Toda Vez que levo minha mãe ao cemitério, ou quando me lembro de como o marido de minha irmã caçula fugiu com a melhor amiga dela, abandonando-a com dois bebês para criar. Isso nos faz querer se esconder da dor, mas o que tem de acontecer acontece. Se não nos agarrarmos a algo bom, então não teremos nada quando tudo der errado.


— Você tem sua família.


— Sou um homem de sorte. O que é uma felicidade para mim, porque não tenho sua bondade, Anahí. Você poderia ensinar anjos a voar.


Anahí queria rir e chorar ao mesmo tempo.


— Que tolice... Tenho um temperamento terrível.


— E é teimosa também. Mas creio que, agüentando sua teimosia, garantirei meu lugar no céu.


— Você já tem seu lugar no céu.


Alfonso a surpreendeu, dando-lhe um beijo rápido na boca.


— Pelo que foi isso? –Ele acariciou-lhe a face.


— Por você me enxergar dessa maneira. Não sabe como me faz sentir bem.


— Oh... — Anahí pôs o gatinho sonolento em um ninho de cobertores e se levantou. — Vou preparar um desjejum para nós.


No dia seguinte, após o jogo de beisebol, Alfonso levou Anahí à casa de sua mãe.


— Sua mãe mora aqui?


Anahí ficou surpresa. Esperara alguma construção arrojada, não aquele lugar aconchegante com uma grande varanda coberta.


— Sim. Mamãe não me deixa comprar-lhe uma casa maior. Diz que esta já é grande demais, a menos que eu lhe dê netos para visitá-la. — Alfonso soou tão decepcionado que quase dispersou a mente dela das apresentações que enfrentaria a seguir.


Ele a ajudou a sair do automóvel. As janelas da velha residência estavam abertas, e o som de risadas ecoava no ar.


— Ahn... Estão todos aqui? — Anahí quis saber. Nervosa, agarrou a bainha da blusa e tentou se acalmar.


Era como se Alfonso a estivesse levando para "conhecer a família", no sentido tradicional do termo.


— Sim, tenho certeza de que estão — disse ele, despreocupado. — Não há motivo para ficar sem graça. Eles apenas querem conhecer a mulher que teve a coragem de me rejeitar — brincou.


— Claro que isso faz com que eu me sinta muito melhor! –Alfonso sorriu e pôs o braço dela em seu cotovelo.


— Garanto que vão adorá-la, querida.


Eles entraram, as risadas e vozes a envolvê-los, junto com o aroma de caçarola. Como Anahí temera, o clã inteiro dos Herrera tinha a mesma aparência bonita e sofisticação natural de Alfonso e Maite.


A mãe dele a abraçou.


— Sra. Herrera?


— Minha querida... — A mulher mais velha, sorrindo calorosa, conduziu-a para a cozinha.


— Não vejo meu filho tão feliz há anos!


De imediato, Anahí entrou em pânico.


— Mas nós não! Não é nada disso. Alfonso falou que vocês sabiam que não estávamos envolvidos.


— Sei tudo sobre essa bobagem. — Peggy Herrera gargalhou. Era de compleição miúda, com os olhos azuis de Alfonso e cabelos escuros, um tanto grisalhos. — Também conheço meu filho. Devolveu algo a ele, menina. Não me importo se Alfonso não tiver o bom senso de se casar com você, de agora em diante, você é um membro desta família.


Lágrimas quentes queimaram os olhos de Anahí.


— É muita gentileza sua...


— Gentileza coisa nenhuma. Conheço qualidade quando a vejo. Agora sou uma mãe para você. Não está certo, Alfonso?


Anahí virou-se a tempo de vê-lo parado à soleira, uma expressão enigmática no rosto. Não podia dizer se ele ouvira tudo que a mãe falara ou apenas parte.



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Autor(a): theangelanni

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Comentários da Fanfic 173



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  • elizacwb Postado em 29/01/2013 - 12:28:48

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