Me contrataram naquela boate quando eu ainda tinha 14 anos. Ficava rebolando nua dentro de uma jaula de ferro por horas. Os homens me adoravam.
Mas eu não gostava daquilo. Fui forçada a trabalhar lá. Uma gangue me raptou e vendeu-me por um preço alto para Jerry, o dono da Boate. Eu não era paga. Jerry dizia que ele me concedia a vida como pagamento e, se eu o desrespeitasse ou tentasse fugir, ele me mataria. Não duvido. Muitas dançarinas tiveram um fim misterioso depois de uma longa conversa na sala dele.
Um dia ele me puxou num canto e disse
- Meu bem, temos um problema! A boate está falindo. Não tenho como sustentar as bailarinas mais.
- E o que vai fazer? Demiti-las? -Falei.
O que disse era idiotice, pois pouquíssimas dançarinas eram pagas. A maior parte era mantida em cativeiro, feito animais, como eu.
- Claro que não, meu amorzinho! Eu selecionei algumas meninas e farei um leilão com elas amanhã.
Essa ideia me atormentava... Um leilão de pessoas?
- E você, minha querida -ele continuou- foi uma das escolhidas! Isso não é maravilhoso?
- É incrível! - menti. Não podia descordar dele.
-Ótimo! Vá para o figurinista. Ele projetará uma roupitcha FABULOSA para você, certo?
Assenti e fui para o quarto do estilista Pablo. Fiquei nua para que ele pudesse tirar minhas medidas. Tanto ele quanto Jerry eram Homossexuais.
- Que sorte a sua- ele comentou - quem sabe não é comprada por um galã?
- Assim eu espero, Pablo.
- Ai querida, nem se preocupe! Sei que pagarão alto por você!
- Como pode ter tanta certeza?
- Seu rosto, corpo e atitude são muito melhores que muitas das garotas daqui! Se eu gostasse desse tipo de fruta, pode apostar que da sua eu comeria!
Ri. Pablo era um amor.
Algumas horas depois, estava tudo pronto.
Ele criara uma linda lingerie de couro, que deixava os meus seios fartos e bumbum definido. Nos lados tinham cordas para desamarrar. Perfeito. No pescoço, uma tira preta e nos pés, botas longas da mesma cor do restante da roupa.
- Ai, querida! - Ele gritou - está M-A-G-N-Í-F-I-C-A!
- Obrigada Pablo- disse, beijando seu rosto- está excelente
- Eu sei!
Já era tarde, e amanhã seria um dia longo. Fui para o quarto que dividia com outras 3 meninas.
- Neném - Disse Alecia, uma das meninas - você vai mesmo ser vendida?
- Vou, Bebê! - Respondi.
Todas as meninas ficaram em volta de mim.
- OH! - disse Bruna.
- Ah, nunca mais poderemos te apertar! - Disse Taylor.
- Bem, ainda temos essa noite, eu respondi, travessa.
Ficamos um bom tempo nos beijando, nós 4, mas não passamos disso. Pedi para que não me dessem chupões, para não marcar. Dormi de conchinha com Tay. A noite foi boa.
Acordei com Jerry batendo em nossa porta.
Ele me levou até o camarim, onde me vesti. Até que estava pronta e maquiada. Meus cabelos longos e castanhos estavam lisos e soltos.
Ficou combinado que eu não poderia usar a tira no pescoço, pois teria que usar uma coleira. Ideia ridícula da parte de Jerry, mas talvez o publico gostasse.
Ouvi a voz no alto-falante anunciar:
- E agora, uma de nossas meninas preferidas: Olívia!
Jerry foi até onde eu estava, atrás das cortinas, prendeu rapidamente a coleira de espinhos em mim e me levou pela guia. Cheguei desfilando. A voz do microfone continuou:
- Essa linda fera de apenas 18 anos tem quatro anos de experiência como streaper, mas enlouquece multidões com facilidade.
Começaram os lances. Olhei em volta. Um senhor gordo gritou, oferecendo trinta mil por mim. Uma mulher adulta ofereceu cinquenta. Um casal ofereceu cem. Por um instante todos se calaram. O homem do microfone disse:
- Dou-lhe uma.... - Silencio- Dou-lhe duas...
- Cento e cinquenta! - Disse alguém no meio da multidão.
- Vendido para o senhor Cowell.
Jerry me acompanhou até uma mesa onde se encontravam um senhor acompanhado de cinco meninos. Eles se levantaram.
- Está frio lá fora - um de olhos e cabelos negros falou - Ei, Simon, dê seu casaco para a menina!
O senhor - que pelo visto se chamava Simon- deu-me seu casaco.
-Não preciso - eu disse
Então, o que parecia ser o mais velho, de uns 21 anos que usava camiseta listrada disse:
Estamos no inverno de Londres e você está semi-nua. Venha- ele pegou o casaco de Simon, colocou por cima de meus ombros e me segurou em seu colo- vamos logo para o carro.