Fanfic: Meu querido diário [les e bi] | Tema: Fictícia

Já são 00:32, estou aqui na cama mortinha de sono. O dia hoje foi mais ou menos. Fiz as mesmas coisas pela manhã, fui para o trabalho como sempre, mas hoje fui bem disposta. Tive uma ótima noite de sono, aquela massagem me fez muito bem, sinto que rejuvenesci uns cinco anos. Cheguei na clínica, falei com todos que já estavam lá. Revisei a agenda, estava cheia.  Às 08:00 Fabiana chegou. Me cumprimentou com beijinhos no rosto e eu fiz o mesmo. Mariana ficou nos olhando  e quando Fabiana saiu ela veio falar comigo.

Mariana: Já são amigas é?

Eu: Ela me deu carona ontem. É muito bacana, devia falar mais com ela.

Mariana: Eu ainda a acho metida.

Eu: Longe disso, é uma pessoa maravilhosa.

Mariana: Hum... Vejo que já estão bem amigas hein!

Fomos interrompidas por nosso chefe, o Mário, que estava de saída.

Mário: Cuidem de tudo ai meninas.

Eu: Pode deixar.

Ele sorriu e saiu. Fomos para nossos lugares e logo os clientes começaram a chegar. Tudo estava indo bem, até que ouvimos alguns gritos vindo do interior da clinica. Fomos ver o que estava acontecendo e Roberta, uma de nossas depiladoras havia desmaiado. Levaram-na para o hospital às pressas e Mariana foi com ela. Fiquei na recepção sozinha esperando notícias e atendendo quem chegava. Fiquei bastante preocupada com ela, é uma mulher jovem, 29 anos para ser exata, que teve que lidar com o falecimento do marido que foi vítima de latrocínio há pouco mais de um ano, e desde então cuida dos dois filhos sozinha. Conversamos muito quando não temos nada para fazer, já fui em sua casa várias vezes e sempre fui bem recebida. Fiquei bastante tempo esperando quando Mariana ligou, disse que ela sofreu uma queda brusca de pressão. Disse que ela havia sido medicada e iria aguardar em observação. Depois que ela desligou dei a notícia para todos, que ficaram mais tranquilos por não ser nada mais grave. Quando deu o horário peguei a bolsa e sai da clínica, mas antes que pudesse atravessar a rua Fabiana me chamou.

Fabiana: Carolina vem que te dou carona.

Me virei e fui até ela.

Eu: Obrigada. Não fica mais difícil para você ter que me levar em casa e depois ir para a sua?

Perguntei enquanto íamos até o carro.

Fabiana: Claro que não! Eu passo por lá sempre, fica no caminho da minha casa.

Eu: Ah, menos mal.

Entramos no carro.

Fabiana: Você trabalha na clínica há quanto tempo Carolina?

Eu: Pode me chamar de Carol.

Fabiana: Ah, Carol.

Eu: Sim, melhor assim. Já tem quase quatro anos que trabalho ai.

Fabiana: Que bom.

Eu: Está gostando de trabalhar ai?

Ela ligou o carro e deu a partida.

Fabiana: Sim. Tirando algumas pessoas que parecem não gostar de mim, estou gostando de tudo.

Eu: Ótimo. Se quiser eu te apresento a todos. Tenho certeza que quando te conhecerem melhor vão falar com você normalmente.

Fabiana: Obrigada. Não gosto que as pessoas tirem conclusões precipitadas de mim.

Eu: Entendo, também não gosto disso.

Fabiana: O que vai fazer hoje à noite?

Eu: Nada, só vou ficar em casa esperando o sono chegar.

Ela riu, e eu ri também.

Fabiana: Vamos num barzinho, tomamos uma cerveja e eu te levo em casa depois.

Eu: Agora?

Fabiana: Sim.

Eu: Vamos então.

Parou em um barzinho com pouco movimento. Nos sentamos e fomos logo atendidas.

Fabiana: Sempre venho aqui com minhas amigas.

Eu: Gostei desse lugar. Sempre passo por aqui mas nunca tive a oportunidade de parar aqui.

Fabiana: Você não sai muito, não é?

Eu: Não...

Fabiana: Por quê?

Eu: Ah, minhas amigas se afastaram, todas estão namorando ou são casadas e eu solteira. Não gosto de sair sozinha.

Fabiana: Entendo. Eu sempre vou te chamar para sair comigo a partir de hoje.

Eu: Pode chamar.

Tomamos as cervejas, três para ser mais exata. Conversamos sobre diversos assuntos, lhe falei sobre minhas frustrações amorosas e ela me contou as dela. Várias vezes ela recebeu cantadas de alguns homens que também estavam no bar, recebi algumas também, e os homens eram até bonitos, mas recusamos conversa com eles. Quis ajudar a pagar mas ela fez questão de pagar sozinha, insisti bastante mas não me deixou pagar. Fabiana quis dirigir, mesmo tendo bebido, e eu não tive outra escolha a não ser ir com ela. Parou o carro para eu descer.

Eu: Não quer entrar um pouco?

Fabiana: Deixa para outro dia.

Eu: Ok. Nos vemos amanhã.

Dei um beijo em seu rosto e ela retribuiu.

Eu: Tchau.

Fabiana: Tchau.

Sai do carro e ela deu a partida. Entrei, tomei uma ducha, comi uma maçã e dei comida para o Bóris, que está aqui do meu lado nesse momento. Agora vou dormir porque já é tarde.