Fanfic: 1/2 Irmão | Tema: One Direction, Harry Styles

(I Turn To You – Christina Aguilera)

Depois que cheguei do tormento chamando escola, Liam havia enviado uma mensagem falando que gostaria que marcássemos logo um local para resolvermos as questões do Sr. Smith. Troquei de roupa e retornei a ligação.

Ele atendeu no segundo toque.

- Oi Manu. – Parecia contente.

- Oi Liam. Tudo bem? – Falei suavemente.

- Tudo ótimo. – Ele sorriu na outra linha. – Você tem um tempinho hoje à noite?

Eu tenho o meu encontro com Damon Salvatore todas as 19:00 hs.

- Sim. – Passei alguns segundos para responder pensando no capítulo de The Vampires Diaries que eu iria perder.

- Posso ir a sua casa para tentarmos resolver o questionário do professor?

Liam, aqui? Isso é uma ótima combinação!

- Claro. – Abri um sorriso de orelha a orelha que por sorte ninguém viu.

- Que horas está bom para você? – Ele pergunta.

- Não sei Liam. – Depois das 19:00 hs por favor!

- As 18:00 hs, pode ser?

Uma hora para resolver o trabalho do velhote e ver meu vampiro preferido!

- Está ótimo para mim. – Sorri.

- Então mais tarde eu apareço na sua casa. – Ele falou doce.

- Certo.

- Beijos Manu.

- Beijo.

Ele desligou. Eu me abracei segurando o bendito celular nas mãos. Puta merda, Liam Payne na minha casa. É para explodir todos os meus ovários mesmo. Eu teria de procurar uma roupa bem bonita e nada sexy para recebê-lo. Além de que necessito de horas de tratamento para não ficar sorrindo feito uma boboca na frente dele. Ele ficaria com medo de mim e iria embora na hora. Pensando bem, qualquer um sentiria medo.

Desço para almoçar. Saltitando igual bailarina, ou talvez pior. Anne e Harry estão à mesa comendo. Eles param o que estão fazendo e me encaram como se eu fosse um extraterrestre em visita ao planeta Terra.

- Aconteceu alguma coisa querida? – Anne pergunta.

Eu olho para meu corpo procurando algo de errado na minha roupa.

- Não Anne. – Balanço a cabeça e em seguida puxo a cadeira para sentar.

- Você está tão radiante hoje. – Ela sorri.

- Obrigada. – E eu acho que fiz uma cara de pateta de tão contente que fiquei com seu comentário.

- Deve ser por causa do Liam Payne. – Harry resmunga olhando para o prato.

Meus olhos brilham. Oh sim, é tudo culpa do Liam.

- Quem é Liam? – Anne pergunta interessada.

- É um amigo. – Respondo sorridente.

Harry se engasga.

Há há há Que gay!

- Calma filho! – Anne bate em suas costas. – Tome um pouco de água. – Ela entrega um copo.

Eu rio do vexame que meu meio-irmão acabou de dar.

- Então já são amigos. – Harry murmura após seu quase sufocamento com comida.

- O que tem de errado nisso querido? – Anne fazendo as perguntas que eu gostaria de fazer.  Você é demais mulher!

- Nada mãe. Eu só não gosto dele.

Você não gosta de nenhum dos garotos com quem falo Styles.

- Ele é uma péssima companhia? É um mau aluno? – Anne parece preocupada.

- É um dos piores, mãe. – Harry debocha. Eu aperto os olhos para ele.

- O Liam é o garoto mais inteligente da sala. – Eu interrompo a piada inconveniente do meu meio-chato-irmão. – Harry tem inveja dele Anne. Só isso.

- Oh sim. – Anne sorri. – Entendi o motivo da raiva.

Nós rimos enquanto Harry olha zangado para seu almoço.

- Anne. – Faço uma pausa. – O Liam virá aqui em casa hoje à noite.

- Fazer o quê?! – Harry se altera.

- Nós vamos resolver uma atividade do colégio. – Explico.

Harry me olha furioso.

- Tudo bem querida. – Anne fala suavemente.

Dou um sorriso vitorioso para Harry. Ele fecha a cara.

Concluo o almoço e subo outra vez para o quarto. Desta vez vou procurar uma roupa descente para vestir para meu encontro com o nerd mais cute-cute do colégio. Na verdade, não é precisamente um encontro, mas não custa nada sonhar e iludir-se um pouquinho.

(Paradise - Coldplay)

- Manuela? – Harry bate na porta.

- O que é? – Eu grito.

- Posso entrar?

- O que você quer? – Fecho meu armário.

- Quero entrar. – Responde. – Eu posso?

- Eu sei que você quer entrar. – Abafo um sorriso. – O que vai fazer quando estiver dentro? – Posso ser muito irritante quando quero.

- Sei lá. – Ele parece irritado. – Só me deixa entrar.

- A porta está aberta. – Eu sorrio.

- Ufa. – Ele entra. – Pensei que você me deixaria criando galhos na sua porta. – Ele senta na cama.

- É raízes Harry. – Eu disparo em uma gargalhada.

- Galhos, raízes, é tudo a mesma coisa. – Ele gesticula com as mãos. – Tudo faz parte da árvore. Dá no mesmo!

- Se o gênio da casa diz quem sou eu para discordar. – Encolho os ombros. – O que o garoto prodígio deseja no meu quarto? – Acomodo-me ao seu lado.

- Quero ficar um pouco com você.

- Você está doente? – Pergunto aturdida.

- Eu não! – Balança a cabeça para dar ênfase.

- Tem certeza que você quer a minha companhia? – Ergo uma sobrancelha.

- Sim. – Ele me abraça de lado. – Quero uma garota e um pouco de carinho. Você pode me dar?

- Talvez. Mas, com algumas condições.

Harry me solta.

- Que condições? – Ele me olha.

- Você não vai fazer piadinhas quando o Liam estiver aqui. – Aponto o dedo para ele. – Entendeu?

- Liam, sempre ele. – Harry faz uma cara de nojo. – Você não pense em outro garoto? – Ele dispara.

- Você sabe que sim. – Eu estalo. – Tem o Damon, o Logan Lerman, o Zac, o Taylor Lautner... – Conto nos dedos.

- E em mim você não pensa? – Ele levanta bruscamente da cama.

Oh Deus, ele está com ciúmes dos meus ídolos? Isso é ridículo.

- Claro que sim. – Dou um largo sorriso. – Você é um dos meus pensamentos favoritos. – Bom, na verdade não é, mas tem de se omitir os fatos muitas vezes.

Harry caminha de volta a cama sorrindo igual uma criança que acabou de ganhar presente. Ele se agacha e põe suas mãos nos meus joelhos.

- Você também é um dos meus preferidos. – Ele pisca.

Flertador barato!

- Harry. – Eu sorrio.

- Que? – Ele ainda está sorrindo.

- Senta aqui. – Aponto para a cama. Ele levanta e senta. – O que você quer de mim?

- Beijos, carinho e atenção.

Arregalo os olhos.

- Você precisa de uma namorada e não de uma irmã. – Agarro o travesseiro da cabeceira e coloco em meu colo para que Harry descanse a cabeça.

- Eu sei. – Ele diz suavemente enquanto faço cafuné. – Mas, por enquanto tenho a minha escrava.

Dou um tapa leve em sua cabeça.

- Você já tem um par para o baile? – Pergunto.

- Ainda não.

- Por que não convida a Trisha? – Trisha é uma das admiradoras do meu meio-irmão. Ela é filha do diretor. Morena, alta de olhos e cabelos escuros.

- Vou pensar. – Ele boceja.

- Está com sono? – Pergunto.

- Um pouco. – Ele me olha. – Você me faz relaxar.

Corei.

- Quer dormir na minha cama? – Pergunto timidamente.

- Você vai dormir comigo?

- Er... Não.

- Então eu não quero. – Ele levanta de repente. – Vou para o meu quarto. – Ele beija minha bochecha e sai.