Fanfics Brasil - Capítulo XVI 1/2 Irmão

Fanfic: 1/2 Irmão | Tema: One Direction, Harry Styles


Capítulo: Capítulo XVI

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Após a partida de Liam, eu subo rapidamente as escadas para o quarto de Harry. Seu ódio por mim está em um nível bem elevado, e com razão. Eu não entendo o porquê de toda a minha culpa com relação ao beijo. No fundo, eu o desejei. Fantasiei isto por anos, e agora simplesmente estou com remorso por tê-lo feito. A reação de Harry foi um baque para mim. Senti-me como se devesse satisfações para ele.


- Harry. – Eu bato em sua porta.


- Me deixa Manuela. – Ele grita do outro lado.


- Não. Eu quero falar com você. – Grito.


- Não temos nada para conversar.


- Eu posso explicar Harry.


- Eu não quero saber!


Ele não vai me deixar entrar. A única forma seria invadir seu quarto e é isto que eu faço. Abro a porta e adentro. Harry está deitado na cama. Ele levanta bruscamente e me olha. Seus olhos estão vermelhos. Será que estava chorando? Eu não quero pensar que fui capaz de fazê-lo chorar.


- Sai daqui Manuela. – Ele vocifera.


- Harry, por favor. Eu só quero falar com você. – Soo aflita.


- Eu já disse que não. – Ele caminha com raiva até mim. – Agora sai! – Ele me empurra em direção à porta.


- Não me trate assim Harry. – Eu pareço desesperada. – O que eu fiz para você? – Uma lágrima ameaça cair.


- Sai Manuela! – Ele grita apontando para a saída de seu quarto.


- Harry... – Minha voz está falhando. E as lágrimas começam a descer por meu rosto.


Por que ele sempre me faz chorar?


- Me perdoa Harry. – Eu choro segurando meus braços, como se pudesse me proteger do mundo e da ira do meu meio-irmão. Eu tento me aproximar dele, mas ele sempre se esquiva.


- Vai embora garota! – Ele segura meu braço e me arrasta até a porta.


- Por favor... – Eu choramingo. Ele está me machucando.


- Eu quero que você morra! – Harry grita na minha cara e fecha a porta do quarto.


Automaticamente eu congelo tentando absorver suas ultimas palavras. Eu quero que você morra... Eu quero que você morra... Aquilo fica ecoando repetidas vezes na minha cabeça. Por que ele me disse algo assim? Eu mereço morrer por ter beijado o Liam? Eu não mereço... Não... Eu acho que não... Tudo o que me disse está doendo profundamente. Meu coração está apertado, angustiado. Sinto-me invisível e desnecessária, como um animal a ponto de ser sacrificado. Meu meio- irmão não me quer por perto. Isso é doloroso.


Eu caminho cambaleante para meu quarto. Agarro a colcha da cama e a jogo com força no chão. Derrubo todos os objetos do criado mudo. Os cacos de vidro começam a espalhar-se pelo grande tapete azul celeste. Desejo deitar-me por cima deles e morrer mutilada. Talvez seja isso que eu mereça. Mas, eu não o faço. Minha vida não iria tão facilmente. Eu preciso de mais para morrer. Eu penso e penso... Papai não guarda uma arma em casa... Eu não teria coragem de atirar em mim mesma... Meus olhos estão ardendo devido ao choro. Eu quero sumir... Sumir para sempre da vida do Harry...


Abandono o dormitório e caminho perturbada pelos corredores. Eu estou em pé, no topo da escada, olhando cada degrau à minha frente. Ela parece grande o suficiente para matar alguém. Eu abro meus braços. Respiro fundo. Conto mentalmente até dez. Durante esses dez segundos eu penso em como sempre fiz Harry sofrer, em como fui um peso para mãe e pai na separação. Penso nos amigos que nunca tive no colégio. Na dor de ser rejeitada. Imagino que ninguém sentiria minha falta caso eu fosse embora... Eles continuariam a viver normalmente... Felizes... Sem uma garota idiota para atrapalhar... Sem nenhum peso nas costas... Sem mim.


Respiro mais uma vez e... Atiro-me na longa escada.


 


- A pressão está caindo... – Alguém fala ao longe.


- Os aparelhos... Tragam os aparelhos! – Uma pessoa pronuncia angustiada.


- Ela não vai resistir.


- Ela não pode morrer. Vamos tentem mais uma vez!


- Os batimentos cardíacos pararam...


- Ela está se indo doutor...


- Não. Aumentem a frequência dos choques!


- Ela não suportará.


- É um risco a se correr. Tentem!


- Ela não reage.


- Mais uma vez!


Acordo sozinha em uma sala branca, com inúmeros fios ligados ao meu corpo. Está muito claro e a luz faz com que meus olhos doam. Uma janela transparente dá vista a uma parte do corredor do hospital. Mexo-me na cama com dificuldade. Meu corpo está dolorido e pesado. Minha cabeça lateja e parece ter uma faixa envolta na mesma. Algumas pessoas entram em meu quarto.


- Que bom que acordou Manuela. – Um homem vestido em trajes brancos traz consigo uma prancheta nas mãos.


- Filha. – Um senhor de talvez meia idade caminha em minha direção. Ele tem olheiras escuras e lágrimas nos olhos. – Como se sente querida? – Ele pergunta aflito.


- Meu corpo dói. – Eu sussurro.


- Por que você fez isso? – Ele chora segurando minha mão.


- Fiz o quê? – Eu o olho confusa.


- Por que se jogou da escada? – Ele me abraça.


- Eu não me lembro disso. – Eu tento recordar, mas nada vem à mente.


- Por que Manuela... – E ele chora descontroladamente.


- Por que me pergunta isto? – Eu estou confusa. – Eu não me lembro... E eu não sei quem é o senhor.


O senhor vira-se para olhar-me. Ele parece perdido e abalado com meu argumento. O médico analisa sua prancheta e encara-me.


- É o que eu temia Sr. Siqueira. – O médico pronuncia-se. – Ela está com amnésia...


Oh Deus, eu perdi a memória? Não!


- Por quanto tempo Doutor? – O senhor pergunta.


- Não se tem uma data prevista senhor. Pode ser apenas por uns dias, ou mesmo por anos.


Anos?


­- Não. – O homem chora. – Eu não quero que minha filha fique desta forma.


Dever ser meu pai.


- Você é meu pai? – Eu sussurro.


- Sim Manuela. – Ele volta a segurar minha mão.


- Não se preocupe comigo. – Tento esboçar um sorriso. – Eu tentarei lembrar...


O senhor parece tranquilizar-se. Ele mira-me complacentemente e sai em seguida com o médico.


Busco lembranças sobre minha vida, porém é como se tivessem apagado todo o meu banco de dados. Não me lembro de minha infância, nem adolescência, tampouco sei quem são meus pais. Eu conheci apenas o meu pai agora a pouco. E mamãe? Morreu? Eu não sei. As coisas se tornaram tão confusas e sem nexo.


Uma enfermeira entra com uma sopa e eu a tomo sem reclamar. Não recebi mais visitas desde então. Eu a pergunto sobre o senhor que visitou-me anteriormente, e ela responde que não o viu ou não sabe quem é. Gostaria de saber quem é minha mãe. Ela poderia explicar-me sobre nossa família. Sobre meu passado. Sei que me chamo Manuela, e que cai das escadas de nossa talvez casa. O motivo da queda não me recorda.


- Manuela? – Uma mulher de cabelos castanhos e longos entra acompanhada de um garoto.


- Sim. – Eu respondo. Também não sei quem é.


- Seu pai me explicou que você não se lembra de nada. – Ela vem até mim. O garoto me olha com seus olhos verdes e tristes.


- É. – Sussurro.


- Sinto muito querida. – Ela beija minha testa. – Eu me chamo Anne. Sou sua madrasta.


E minha mãe?


- Muito prazer. – Eu estendo minha mão.


- Este é Harry. – Ela aponta para o menino calado. – Ele é meu filho.


Meu meio-irmão.


- Muito prazer Harry. – Eu sorrio para ele.


- Nós somos sua família Manuela. – A mulher continua.


- E minha mãe? Eu não tenho uma? – Pergunto ansiosa.


- Sua mãe mora no Brasil. – Ela explica. – Seus pais são separados.


- Em que país nós estamos?


- Londres. – Ela fala suave.


Puta merda, Londres!


- Eu gostaria de ver minha mãe. – Falo sugestivamente.


- Você irá vê-la depois da formatura.


- Eu estou no colegial? – Pergunto surpresa.


- Sim querida. Este é seu último ano.


Okay.


- Estou com um pouco de sede. – Falo baixo.


- Harry, pegue um pouco de água para a Manuela. – Ela vira-se para o filho.


Ele se distancia para uma cômoda e volta com um copo cheio de água.


- Obrigada. – Eu seguro o copo de suas mãos trêmulas.


Por que está nervoso?


- Eu preciso sair por um momento. – A mulher gesticula. – Fique com ela, por favor. – Olha para o filho.


 


 


 



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- Então você se chama Harry. – Eu sorrio para o garoto. - Sim. – Ele responde. - Sente-se Harry. – Aponto para a cadeira ao lado da cama. – Nós somos meios-irmãos? Ele concorda com a cabeça. Ele é muito calado! - Posso fazer algumas perguntas? – Tento ajeitar-me na cama. - Sim. – Ele olha para ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 73



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  • viihpiolli Postado em 22/10/2013 - 14:13:17

    anacarolina1999 vc pode me mandar o link?

  • viihpiolli Postado em 22/10/2013 - 14:08:20

    oi leitora nova!! por favor continua ta incrível!!!!!!!!!

  • anacarolina1999 Postado em 01/07/2013 - 14:06:20

    Gente quem olhar esse meu comentario vai enetender, não sou a escritora nem nada, mas por acaso encontrei a escritora no animespirit e ela está postando lá, e ela me disse que exclui a conta desse site!!! Então procurem lá por: Meio irmão da Mery_horan

  • mila_horan Postado em 26/06/2013 - 17:40:30

    HEEY!!! POSTEEE MAIS!! TODAS QUEREMOS SABER O QUE VAI ACONTECER COM A MANUELA E HARRY!!

  • luizaah Postado em 20/03/2013 - 23:16:51

    Tá demorando muito e essa é minha fic favorita, kddddd? :(

  • mila_horan Postado em 19/03/2013 - 15:48:06

    Continuaa, me viciei nessa fic

  • anacarolina1999 Postado em 13/03/2013 - 17:30:46

    Cadê as continuações?? Já faz mais de 1 mês!! Vc tem twitter?? Se tiver qual é para eu te seguir

  • anacarolina1999 Postado em 13/03/2013 - 17:30:45

    Cadê as continuações?? Já faz mais de 1 mês!! Vc tem twitter?? Se tiver qual é para eu te seguir

  • anacarolina1999 Postado em 13/03/2013 - 17:30:45

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  • anacarolina1999 Postado em 13/03/2013 - 17:30:45

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