Fanfic: 1/2 Irmão | Tema: One Direction, Harry Styles

(One Time – Justin Bieber)

Graças ao meu meio-herói-irmão os alunos diminuíram as especulações a meu respeito. Suponho que ele vai pedir alguma coisa em troca como já é de costume.

Eu largo minha mochila no sofá da sala e sento para assistir um pouco de televisão. Está passando The Vampires Diaries. Meu queixo quase vai ao chão quando olho nos olhos de Damon Salvarote.

- Manu, quero te pedir uma coisa. – Harry se impõe em frente a TV. Eu já ouvi essa frase em algum lugar. E minhas suspeitas sobre a tal coisa em troca foram confirmadas.

- Mais tarde Harry. Agora dá para sair da frente. – Eu balanço com a mão para que ele abra um espaço. – Você está atrapalhando minha visão.

- Não vou sair enquanto não me ouvir. – Ele abre os braços para que eu não possa ver nada além dele.

- Tá, tá bom. – Eu resmungo. – Mas fica sentado, por favor.

Harry derruba minha mochila no chão e senta perto de mim.

- O que você quer? – Pergunto enquanto miro meu personagem favorito.

- Dá para prestar atenção em mim pelo menos?

- Só um minuto Harry. – Concentro-me na TV. – Depois que o Damon tirar a camisa e entrar nos comerciais minha atenção será totalmente sua. Antes disto não insita, por favor. – Harry bufa e faz uma careta para mim. Tô nem aí.

- Pronto. – Entram os comerciais. – Só tenho olhos para você. O que quer? – Sorrio sugestivamente.

- Eu perdi uma aposta. – Ele olha para as mãos. – Você vai ter que pagar. – Eu arregalo os olhos.

- Harry, você sabe que eu não trabalho. Como vou conseguir dinheiro para cobrir suas negociações? – Eu disparo. – Pede dinheiro para a tua mãe.

- Não é em dinheiro sua boba. – Ele ri.

- Harry eu não estou entendendo mais nada. – Eu rolo os olhos.

- Você só tem que ficar com um amigo meu. – Ele sorri.

- Você é louco? – Eu grito. – Que porra você apostou?

- Isso não vem ao caso, só vou adiantando que ele pediu para ficar com você. – Ele faz beicinho.

- Comigo? – Levanto uma sobrancelha. – Por que não outra garota?

- Sei lá Manuela. – Dá de ombros. – Vai ver que ele tem uma queda por você.

- Quem foi o idiota que pediu um absurdo desses?

- O Niall.

- O irlandês?

- Ele mesmo.

- Por que você perdeu essa aposta Harry? – Eu resmungo.

- Porque eu não consegui comer quatro sanduiches seguidos. – Ele me olha inocentemente. – Você precisa ver o Niall comendo. Ele é demais.

- Harry, por sua causa eu vou ter que ficar com ele. Nós nem nos falamos.

- Não precisa falar, só beijar. – Ele pronuncia como se as coisas fossem tão simples assim.

- Harry, eu... – Fecho os olhos e conto mentalmente até dez. – Eu quero te bater garoto.

- Como se fosse adiantar. – Ele ri. - E tem mais, ele quer que você pague amanhã depois da aula.

- O que? Amanhã? – Fico boquiaberta.

- Sim. E ele prometeu me ligar para avisar se você realmente cumpriu com o combinado.

- Merda Harry, você só me mete em roubada.

Depois de saber daquela furada em que meu meio-apostador-irmão me colocou, a vontade de olhar meu Damon Salvotare evaporou. Subi para o quarto e liguei o computador. Eu tinha que fazer uma mega investigação sobre Niall Horan. Que ele é popular e amigo do Harry eu já sei. Tenho que analisar se sua fama de pegador não é tão exorbitante. Vejo umas fotos em seu perfil do facebook. É muito fofo, tenho que admitir. Tem carinha de bebê. Oh Deus me apaixonei, só que não. Não encontrei nada alegando que tem namorada ou que é tarado e pervertido igual a uma pessoa que conheço. Concluindo, eu não vou morrer se beijá-lo.

Termino de saborear o delicioso jantar que Anne fizeste e vou até o quarto de Harry. Quero ver o que está fazendo em sua bagunça. Bato em sua porta.

- Entra mãe.

- Sou eu Harry. – Adentro no local.

Harry está logado no skype e conversando com alguém. O quarto parece um depósito de lixo. Tem pratos e pacotes de comida para todo lado. Como um indivíduo consegue habilitar um lugar como este? Desvio dos sacos e caminho até sua cadeira.

- Está falando com quem seu chato? – Bato em seu ombro.

- Com o Niall. – Ele vira-se para me olhar. – Ele disse que está ansioso para ficar contigo.

Eu vejo a tela de conversação e o rosto de Niall fica vermelho assim como o meu quando o idiota do Harry solta suas gracinhas.

- Eu também estou ansiosa, Niall. – Sorrio para a tela. O rosto de Harry se fecha de repente.

- Eu pensei que você não queria Manu. – Harry fala sério.

- Isso foi antes. – Encolho os ombros. – Agora eu quero. Quero muito. – Minha voz soa como um desejo.

Niall está cor de escarlate.

(Don’t Tell Me – Avril Lavigne)

- Niall, cara, eu tenho que sair agora. – Harry dispara.

- Só porque eu cheguei. – Eu faço uma cara de decepção.

- Eu tenho que ir jantar. – Ele se explica.

- Só se for pela segunda vez. – Estalo.

Harry joga um olhar fuzilante, como se dissesse ocultamente “Eu te mato se não calar a boca”.

- Tudo bem cara. – Niall responde do outro lado. – Até mais Manu. – Ele sorri.

- Tchau amor. – Eu aceno com a mão. – Beijos.

- Beijo. – Responde.

Harry fecha bruscamente a tela do computador e levanta de sua cadeira.

- Amor. – Ele fala com raiva. – Não acredito que você o chamou de amor.

- Qual o problema Harry?

- Só as namoradas chamam assim.

- Bobagem.

- Não me diga que você... – Ele aperta os olhos. – Está interessada no irlandês.

- Se eu estiver qual o problema? – Dou de ombros. – Ele é fofo, é bonito, quer ficar comigo... – Conto nos dedos.

- Ele é meu amigo! Eu não quero que namore um dos meus amigos.

Eu sento na cama de Harry enquanto ele está em pé à minha frente.

- Você é muito ciumento com esses seus machos. Eu só quero um deles. – Olho para minhas unhas.

- Você não pode ser de um deles. – Harry senta-se e puxa meu queixo para que nossos olhares se encontrem. – Você pertence a Harry Edward Styles, entendeu?

- Harry, eu não sou uma mercadoria. – Franzo a testa.

- Você. É. Minha. – Ele pronuncia cada palavra lentamente.

- Você só pode estar louco Harry. – Tiro sua mão do meu rosto. – Vou pedir para a Anne te internar em uma clinica psiquiátrica. – Levanto da cama.

- Onde você pensa que vai? – Harry me puxa de volta. Caio por cima dele.

- Me solta. Eu quero sair.

- Não. – Ele segura meus pulsos.

Harry gira-me de forma que tenho as costas encostadas ao colchão e seu peso em cima de meu corpo. Deus, o que ele está fazendo?

- Você está me machucando. – Reclamo e ele larga meus punhos automaticamente.

Suas mãos percorrem vagarosamente o comprimento de meus braços e quando Harry para, seu rosto afunda em meu pescoço e ele inala fortemente.

- Você tem um cheiro tão bom. – Sussurra em meu ouvido. – É fascinante. – Ele morde o lóbulo de minha orelha e um arrepio fino circula por cada ponto do meu corpo.

- Sua boca é perfeita. – Ele desliza o dedo por meu lábio inferior. – Eu não quero que esses lábios sejam tocados pelo Horan.

Cristo, o Harry está totalmente fora de si.

- Eu quero beijá-la. Agora. – Seus olhos são quentes e exprimem desejo.

Puta merda, eu não quero beijar meu meio-irmão!

- Harry você está me assustando. – Eu tento tirá-lo de cima de mim. Eu estou apavorada com sua atitude.

- Só um beijo. – Seus lábios estão quase tocando os meus.

- Não Harry. Não. – eu suplico à medida que tento sem sucesso me livrar de seu ataque.

Nossos lábios se encontram.

- Harry, por favor... – eu choro desconsoladamente. – Para! – Eu grito.

Harry levanta bruscamente e me olha confuso, como se não soubesse o que fez nos últimos vinte minutos. Eu permaneço onde estou, com o rosto banhado em lágrimas e horrorizada com tudo que aconteceu.

- Manuela, me perdoa, por favor. – Harry põe suas duas mãos em cada lado de sua cabeça. Ele está perdido. – Eu não sei por que fiz isso. Eu não queria.

- Harry, eu... – Sussurro. Meu choro vai diminuindo subsequentemente. – Eu fiquei com tanto medo. – Coloco meus braços em volta de meu corpo. – Você parecia outro Harry.

- Manu, - Ele caminha para sentar na cama junto a mim. – Foi uma sensação tão estranha. – Seus olhos verdes são tristes, confusos, cheios de duvidas. – Só lembro-me de ter ficado com ciúme de você com o Niall e ter desligado o computador.

- Harry, você... – Eu hesito olhar em seus olhos. Tenho tanta vergonha de mim mesma. – Você tentou me beijar. – Minha voz é quase inaudível.

- Eu sinto muito. – Ele mira suas mãos. – Me perdoe Manuela, por favor, eu imploro. – Há uma sombra de tristeza em seu rosto.

- Tudo bem. – Dou um pequeno sorriso. – Vamos esquecer isso. – Toco em seu ombro.

- Obrigado. – Harry sorri aliviado e me abraça forte.