Fanfic: Nobody compares to you | Tema: One Direction

"Você não tem escolha quando a vida resolve bagunçar seu destino. Pode parecer idiotice, mas as vezes o desespero pode ser apenas algo para que você possa dar risada no futuro."

Eu limpava as mesas da lanchonete de meu pai com meus fones de ouvido, cantando e dançando pela piso branco e preto e fazendo uma bagunça na lanchonete retrô, pela qual meu pai tinha muito carinho. Eu deixava manchas pretas do meu tênis por todo piso, enquanto dançava e cantava Call Me Maybe.

Janneth entra na lanchonete e joga o avental em cima da mesa que eu acabara de limpar, fazendo com que eu tirasse os fones do ouvido e a encarasse. Meu cabelo escuro escorria por meu ombro e alguns fios enjoados caiam em meus olhos. Janneth, minha mãe, suspirou e se aproximou de mim. Tirou os fios rebeldes de meus olhos e me encarou profundamente.

— Por favor, Marie. Leve as coisas mais á sério, não fique dançando no mundo da lua como estava agora. — Cruzei os braços e fiz um bico, em sinal de frustração. — Eu sei que você ama cantar, ama dançar, mas... Isso não é para você, não é para nossa família.

— E como você pode saber? — Grunhi, deixando a flanela com a qual eu limpava as mesas de lado. — Nunca tentou, nunca procurou um empresário interassado em uma cantora pop. Talvez eu tivesse algum futuro, não acha, Janneth?

Sorri, triunfante. Ela odiava que eu a chamasse de Janneth, eu só poderia chama-la de mãe ou mamãe. Ela suspirou e tentou conter a raiva, mas ainda estava estampado em seu rosto o ódio que sentia no momento.

— Escute aqui, mocinha. — Apontou o dedo indicador para mim, enquato continuava suspirando, para conter a raiva. — Eu sei muito bem o porquê de nunca ter deixado você se aventurar em uma carreira musical. É arriscado, perigoso. E se investirmos em você e em sua carreira e você não for aceita pelo público? O que aconteceria com todo o dinheiro que gastariamos para bancar sua "carreira"?!

— Isso só prova que você não confia em mim, só prova que acha que eu não tenho talento. — Tiro o avental e jogo em cima da mesa. — E eu estou cansada dessa vida de fracassada! Já estou terminando o ensino médio e até agora, nem você e muito menos o meu pai mencionaram uma faculdade. Pretendem me mater nesta lanchonete para sempre? Pois me desculpe, mas não vai rolar.

Saio do local, mesmo ouvindo os gritos de minha mãe... "Marie Jane Blake, você ainda vai se arrepender do que acabo de fazer". Eu apenas ignoro e continuo andando até minha casa, que ficava apenas a uma quadra de distancia daquela lanchonete idiota. A raiva que dominava meu corpo neste momento, se multiplicou quando eu cheguei em casa. Ao abrir a porta, escuto um som abafado, de uma musica pop, que reconheço muito bem. Subo as escadas pesadamente e marcho em direção ao meu quarto. Abro a porta brutalmente e encontro meus irmãos mais novos, Nathaniel e Alice, fuxicando meus CD`s e DVD`s das minhas bandas e cantores favoritos. O CD da Katy Perry estava tocando, enquanto Nathaniel cantava de forma desafinada e Alice remexia minha gavetas de "tesouros". Quando digo tesouros, quero dizer minhas revistas, fotos e outras preciosidades de cantores e bandas que amava.

— O que está acontecendo aqui, pirralhos? — Grunhi, enquanto entrava no quarto e só então eles notaram minha presença. — Quantas vezes eu já disse para manterem distância do meu santuário?

— Marie, eu juro que a Alice me chantageou e me obrigou a cantar Teenage Dream. — O desespero forçado em sua voz me fez rir, mas ainda assim, ele saiu correndo do quarto, como um patinho assustado.

Alice por sua vez, continuou vasculhando minha gaveta. Eu não me importei tanto, afinal, eu e Alice éramos muito amigas e unidas, ela gostava das mesmas musicas que eu e adorava me ouvir cantar.

Ela tirou uma foto minha do fundo da gaveta. Uma foto bem antiga, tão antiga que estava um pouco amarelada, mas nada que atrapalhasse a minha visão da foto. Uma garotinha segurando um violão de brinquedo e cantando em um karaokê antigo. Essa era eu, tão pequena e inocente, mas já sabia que queria levar a musica como algo profissional em minha vida. Cantar sempre foi um modo de distração.

— Marie, um dia você conseguirá. — Alice sorriu. — Eu tenho certeza. Seu nome já é algo de fazer qualquer um se apaixonar por sua musica. Marie Jane, parece um nome de artistas antigos do cinema.

— Alice Blake também é um nome lindo. — Eu sorri, me sentando ao seu lado na frente da gaveta. Alice também adorava cantar e embora sua voz ainda não fosse tão forte, ela cantava muito bem. — Nós conseguiremos, Alice. Nós duas conseguiremos.