Fanfic: Unidos por uma dor

                Agnaldo Francisco vulgo Naldo e Palua Luna vulgo Lua sempre foram amigos, cresceram juntos nas ruas de Pavuna, sempre muito humildes cresceram ostentando riquezas. Quando ainda meninos fizeram um pacto de que fariam de tudo para ser tonarem pessoas influentes. Esforçaram-se, batalharam e estudaram. Ao logo dos anos Naldo se formou em educação física e trabalhava como personal trainer, já Lua se formou em artes cênicas, mas não conseguia nada na área. Naldo e Lua descobriram um amor ainda na adolescência, já estavam com planos para o casamento, mas Lua não conseguia esquecer o pacto que fizera com o amor de sua vida o próprio Agnaldo. Não queria casar e continuar vivendo em Pavuna, na casa atrás de sua sogra, queria mais, queria fama, fortuna, status...

                 Naldo sempre acordava cedo para ir trabalhar, pegava muitas conduções, mas o que mais odiava era o trem que pegava em Deodoro, era humilhante, mesmo ele sendo humilde não conseguia mais aceitar aquela situação. Conversava muito com seu colega de profissão Pedro, vulgo rebelde, todos o conheciam assim, pois fez uma participação em uma telenovela chamada rebelde. Já tinham passado por tantas coisas juntos que não o via mais como amigo e sim como um irmão. Ele já tinha lhe contato sobre uma senhora conhecida como Dona Adelaide de uns 60 e poucos anos, sobre como ela o olhava, já tinha perdido o marido a tanto tempo, que sentia falta de um homem para reacender o que o tempo apagará. O que mais chamava atenção de Rebelde era a fortuna que o finado marido deixou para então Dona Adelaide e o grande interesse que ela demonstrava sobre Naldo. Naldo era um rapaz apessoado, olhos castanhos escuros, cabelos negros e de uma educação e sensibilidade admirável. Naldo nada falava mais já tinha cogitado em aceitar as investidas dela e fugir para bem longe, Lua atormentava sua mente com o bendito pacto feito quando eram crianças, nunca teve coragem de mencionar dona Adelaide a sua querida Lua, ela se sentiria traída e muito triste.

                 Depois de um dia agitado, uma volta para casa cansativa e humilhante, Naldo chega em casa e encontra Lua reclamando de tudo e de todos, eles não eram casados mas já moravam juntos, Agnaldo não conseguia entender o porque de tantos motivos para reclamar, Lua gritava, esperneava, não queria aquela vida para ela. Em um momento de impulso ela acaba se descontrolando e partindo para cima de Naldo. No momento de fúria palavras são ditas, que magoam, ferem e destrói. Naldo acaba revelando o então segredo que mantinha desde que dona Adelaide o contratou.

                       - Eu poderia estar tendo uma vida muito melhor do que esse lixo em que vivemos – Esbraveja Naldo com fúria nos olhos.

                       - Eu posso saber o que você esta falando? Você esta me traindo? Quem é a vagabunda? – Questiona Palua.

                       - Que vagabunda? Eu não sei o que você esta falando? – titubeia Naldo, com a voz tremula.

                       - A loira dos olhos claros... – Inventa Lua tentando fingir que já sabe de tudo.

                  Naldo cai na gargalhada e Lua não gosta nada do que vê, pede uma explicação imediatamente, Naldo acaba revelando que uma senhora esta dando em cima dele, mas o que realmente importava era que seu finado esposo deixou uma bela fortuna no banco para ela. Na mesma hora os olhos de Lua brilharam era o que eles precisavam para sair da pindaíba que nunca tinham conseguido antes.

                  Naquele momento Naldo soube que algo estava errado, nunca tinha visto os olhos de Lua daquele jeito e uma mudança de humor repentino e exagerado. Foram dormir naquela noite como se nada estivesse acontecendo. De manha Palua já estava de pé, com uma animação que perdurava desde a noite seguinte, parecia que ela não tinha pregado os olhos. Era sábado nunca acordavam tão cedo, deveria ter um bom motivo para aquilo ter acontecido.

CONTINUA