Fanfic: Unidos por uma dor

                Palua sofria muito ao relembrar todas as humilhações e no momento que escutou sobre dona Adelaide, sabia que era a sua oportunidade de sair dessa vida e de esfregar na cara de Juçara o quão poderosa ela poderia ser. Não aguentava mais esperar que Agnaldo acordasse, aquela noite sem dormi gerou um plano que mudaria a vida deles para sempre. Luna não entendia o motivo da demora de Naldo, ele sempre era o primeiro a acordar, foi quando ela perceberá que ele a estava evitando talvez ele achasse que ela estava brava pelo ocorrido da noite anterior, Lua entra no quarto disposta a falar sobre o seu plano.

               - Naldo - Chama Lua com uma voz vibrante

               - O que foi Lua? - responde Naldo fingindo que acabará de acordar

               - Precisamos conversar. Levanta dessa cama! - Lua fala com entusiasmo e já abrindo as cortinas.

                - Mas o que pode ser tão importante? Hoje é sábado, tenho direito de dormir até mais tarde - Naldo responde.

                - Naldo, olha pra mim! Essa noite pensei em algo que pode mudar as nossas vidas - fala Lua convicta

                 Naldo começa a sentir um calafrio. Tinha medo do que Lua iria falar. Ele olha pra ela com expressão de espanto. Luna continua:

                 - Naldo, será que você não enxerga? Nós podemos ficar ricos. Essa é a nossa chance! - Grita Lua

                 - Mas do que você esta falando? Que chance? - Naldo questiona já com medo da resposta

                 - Essa mulher... D. Adelaide, não é isso?

                 - Sim - ele responde - O que tem ela? Fala Naldo espantado

                 - Ela pode ser a chave pra tudo. Presta atenção, vou te contar o que planejei.

                Naldo olha para a convicção de Lua se perguntando como ele pode viver tantos anos com alguém sem conhecê-la de verdade. Naldo não consegue acreditar na proposta feita por Lua. Sabia do desejo de mudar de vida, mas não esperava que ela fosse capaz de permitir que ele casasse com outra mulher, ou pior, que ela fosse capaz de matar alguém. Naldo por um momento questionou a sanidade de Palua. Lua tinha se mostrado, depois que ele revelara o segredo sobre D. Adelaide, em uma pessoa muito fria e calculista. Como ele se arrependera de ter contado a verdade a ela. Aquele sábado estava apenas começando, mas já estava sendo terrível, Lua continuava com um brilho estranho nos olhos e já sonhava com algo que não era dela. Agnaldo só em pensar nas obrigações de homem que teria que ter após seu casamento, sentia asco e um embrulho em seu estômago. Como poderia toca-la ou beija-la?

                Agnaldo ainda se lembrava do dia em que conheceu D. Adelaide. Estava com problemas financeiros, e o salário que ganhava na academia mal dava para se sustentar. Foi então, que seu amigo "rebelde", falou-lhe de que forma ele poderia ter uma renda extra, atendendo clientes em casa como personal trainer. Agnaldo se entusiasmou com a ideia de ganhar um pouco mais, e assim, fazer uma surpresa para Lua. Dar aquele par de brincos que ela sempre paquerava na vitrine de uma loja. Sem pensar duas vezes, Naldo aceitou a proposta do amigo, que devido ao grande numero de clientes, já não estava mais dando conta de todo serviço sozinho, e assim, dividiu algum de seus clientes com Naldo. Uma dessas clientes era D Adelaide. Uma senhora franzina na casa dos 60 anos. Adelaide não aceitava sua idade, e fazia de tudo para disfarçar o que o tempo fazia questão de mostrar. Não gostava dos seus cabelos, por isso tinha vários modelos de peruca, usava uma por dia, pois dizia que não gostava de ver todos os dias a mesma cara em frente ao espelho. Os dentes, todos implantados, eram de uma brancura superficial. Usava muita maquiagem, e aonde ia, exalava um forte cheiro de cigarro, o qual ela achava que era sinônimo de elegância. Usava roupas que não eram próprias pra sua idade, e aonde chegava, gostava de chamar atenção para si. Sem falar na atração que sentia por homens mais novos. Muito mais novos. Desde que perdeu seu marido, muitos deles se aproximavam tentando tirar uma casquinha de sua fortuna.

                As horas seguintes vinham acompanhado por uma tensão no ar que parecia que dava para pegá-la se Agnaldo quisesse, estava sendo insustentável aquela situação e a maneira que Lua achava natural o seu desejo de chegar a high socity. As horas passaram e quando Naldo percebeu já era segunda-feira, como ele chegaria ao condomínio de D. Adelaide e poderia encara-la depois do triste fim que Palua escreverá para ela. Chegando lá D. Adelaide estava com o seu humor costumeiro e a necessidade que ela tinha de fazer os exercícios errados para que ele a tocasse, Naldo não aguentava o cheiro de cigarro que estava impregnado nela sempre disfarçava, pois era o seu ganha pão que estava em jogo, era a cliente que o pagava melhor sempre o agradando. Ao fechar os olhos, ele ainda podia se lembrar das palavras de Luna ecoando em sua cabeça:

                - Nós precisamos nos livrar dessa mulher., e dar um jeito dessa grana vir parar nas nossas mãos! – Falou Palua sem demonstrar compaixão

                - O que? - Esbraveja Naldo - Você ficou louca? Eu não vou matar ninguém, não sou um assassino! – Responde indgnado.

                Apesar do grande espanto que a revelação lhe causou, por um instante Naldo pensou como seria sua vida se tudo se tornasse realidade. Então, depois de algum tempo em silêncio, ele responde:

              - Como seria possível se apoderar de seu dinheiro, para isso teria no mínimo que ser casado com ela!

               Lua lhe olha nos olhos, com aprovação.

             - Não acredito que você cogitou a possibilidade de me ver casado com outra mulher! Até aonde chegou sua ambição? - Fala Naldo com raiva.

CONTINUA