Fanfic: Unidas pelo destino

Lupe se emociona com as palavras do seu patrão e é abraçada por Mai.

Lucrecia não acreditava no que estava ouvindo. Como o seu irmão poderia
ter dado aqueles dois apartamentos maravilhosos para uma empregada. Sem falar
das ações, que devem valer uma pequena fortuna.

“ A minha empresa que ergui com
tanto esforço e os meus outros bens e imóveis deixo tudo no nome das minhas 3
filhas. Anahí Giovana Bracho Portillo, Dulce Maria Bracho Espiñosa e Maite Bracho
Perroni.  Todos os bens devem ser
divididos em partes iguais. “

Dulce: Como assim? Ele deixou tudo pra gente?

Poncho: Sim! Mas...

Lucrecia: Como assim tudo? Deve ter alguma coisa errada.  Ele deixou a editora pra elas?(levantando-se)

Poncho: Eu posso terminar de ler o testamento, por favor?

Rodrigo: Calma mãe! O titio não iria fazer isso.

Poncho: Ele fez sim. Todos os seus bens, incluindo a editora, fora o que
deixou para a Lupe, foram deixados no nome das filhas. Deixa eu terminar de
ler.

“ Todos os bens devem ser
divididos em partes iguais entre as minhas filhas. Elas serão as responsáveis
por tudo aquilo que conquistei durante toda a minha vida.... Só tenho uma
condição para que isso aconteça...”

Anny: Como assim condição?

Dulce: Aí vem coisa...

Mai: Vcs podem esperar e deixar o Poncho ler.

Poncho: Um momento, por favor. Deixem eu terminar.

Anny: Tudo bem. Continue...

Poncho: Ok!

“Só tenho uma condição para que
isso aconteça. As minhas três filhas que imagino, acabaram de se conhecer devem
cumprir com algo que tenho a pedir. Para que consigam administrar tudo que
herdaram, vcs devem se conhecer melhor. Vcs são irmãs, mas nunca tiveram
contato antes. Talvez até por culpa minha, mas agora que já não estou mais
entre vcs, essa é a oportunidade de se conhecerem. E para isso terão que viver
juntas por um ano na casa da família. As três juntas, mas apenas as três. Mais
ninguém poderá morar com elas ali dentro, a não ser minha governanta de
confiança, a Lupe. Nenhuma poderá desistir, pois se alguma não concordar, todas
perderão o direito à herança.”

Anny: O que é isso? Esse homem era louco?

Mai: Não fale assim do meu pai! (levantando-se)

Anny: Querida! Vc acha que uma pessoa que coloca uma condição dessa é
normal?

Dulce: Odeio dizer isso, mas a Barbie aí tem razão. Isso é loucura!

Anny: Barbie é a mãe... Óbvio que isso é loucura. Só um louco poderia
pensar numa idiotice dessas.

Dulce: Não fale assim da minha mãe! (indo pra cima de Anny)

Mai: Parem as duas! Meu pai nunca foi louco! Se ele fez isso é porque
tinha alguma razão.

Poncho: Por favor! Vamos parar vcs três?

Anny: Eu não vou aceitar isso. Tenho a minha vida!

Lucrecia: Eu não acredito que meu irmão tenha feito isso! Onde ele estava
com a cabeça?

Poncho: Eu ainda não terminei!!!!! Vcs podem me ouvir?

Dulce: Eu nunca iria morar aqui nessa casa.

Rodrigo: Meu tio surtou!

Mai: Isso nunca iria dar certo.

Poncho: Me deixem terminar por favor!

Anny: Qual o seu problema hein? Termine logo com isso!

Poncho: Se vcs deixarem eu agradeço muito.

Maite: Continue Poncho. Por favor!

Poncho: Como eu dizia...

“Nenhuma das três poderá desistir,
pois perderão todo o direito à herança. Vcs deverão trabalhar na empresa. Cada
uma ocupará um cargo a sua escolha. Aquele em que tiverem mais afinidade. Terão
que fazer a editora crescer, e para isso deverão trabalhar juntas, em equipe. Poderão
tomar muitas das suas decisões com autonomia. Porém estarão sendo
supervisionadas pelo meu advogado, o Sr Alfonso Herrera. Ele vai estar sempre com
vcs, ajudando e orientando-as. Em decisões mais arriscadas e que exijam uma
grande quantia de dinheiro ou que ponha o negócio em risco, ele que dará a
palavra final. Faço isso porque ele é mais experiente nesse ramo, e vcs estão
apenas começando. Mas quero que vcs aprendam a tomar suas decisões sozinhas,
quero que aprendam a trabalhar em equipe e que consigam progredir na empresa.
Acredito que farão um bom trabalho juntas, por isso que estou deixando nas mãos
de vcs tudo que construí em toda a minha vida.”

Anny: Isso é demais pra minha cabeça. Não pode ser...

Poncho: Se vcs não cumprirem o que está aqui perderão tudo.

Lucrecia: E pra mim? Ele não deixou nada?

Poncho: Não senhora. Todos os bens do Sr Daniel ficaram com as suas
filhas.

Lucrecia: Não acredito! Como ele pôde fazer isso comigo?

Poncho: Foi o desejo do seu irmão.

Rodrigo: Realmente meu tio estava louco na hora que escreveu esse testamento.
Como deixar todo seu patrimônio nas mãos de pessoas que ele nem conhece.

Anny: Um momento! Vc está dizendo que eu tenho um terço de uma empresa,
no México, e que, para receber, eu preciso me mudar para cá? Viver aqui? Abrir
mão de um ano da minha vida? Mas nem pensar... Não quero esse dinheiro (olhando
para Maite e Dulce) Nunca fui sustentada por ele. Podem ficar com tudo pra vcs.

Poncho: Com licença Senhorita! Os desejos do seu pai foram muito claros.
Se discordar deles, a empresa não será de nenhuma das três.

Maite: Como assim?

Lucrecia: E ficaria com quem?

Poncho: Nesse caso com o parente mais próximo.

Rodrigo: Ou seja, minha mãe.

Poncho: Sim. Passaria tudo pro nome dela.

Maite: Não! Isso não pode acontecer.

Poncho: Lamento Mai. Seu pai que quis assim. Se qualquer uma das três for
embora daqui, a condição perderá a validade e a empresa e todos os bens do Sr
Bracho serão passados para D. Lucrecia. E cada uma de vcs receberá apenas mil
reais.

Anny: Mil reais? (com muita raiva) Aquele filho da mãe.

Maite: Cala essa boca!

Dulce que até então estava calada resolveu falar.

Dulce: Podemos contestar o testamento?

Poncho: Não! Levaria muito tempo, sairia caro e vcs acabariam perdendo.

Dulce: Ele pensou em tudo então. Quer nos deixar presas aqui por esse
tempo todo.

Anny: Deixar vcs presas! Porque eu não vou ficar não.

Maite: Vc não pode fazer isso. Não é só a sua vida.

Lucrecia: Se ela não quer, não podemos fazer nada. Vcs devem aceitar.

Maite: Isso nunca.

Dulce: Eu vou ficar. Não tenho nada a perder. Sei que isso não é justo
nem é correto. Não sei por que esse homem fez isso, mas eu ficarei. Quando esse
ano acabar eu vendo a minha parte pra vc (referindo-se a Maite) E vou embora.
Afinal, será só um ano.