Fanfic: Everything for her [Finalizada] | Tema: Vondy

-O que faz aqui? – Christopher perguntou em tom de voz mais grave do que o normal depois de abrir a porta e se deparar com Alfonso parado lá. –Alguém te convidou?

-Eu vim ver os meus filhos. – Se espremeu pra entrar no pouco espaço que Christopher tinha deixado e foi direto até a sala. – E já que perguntou, eu mesmo me convidei. – Sorriu irônico. – Cadê meus filhos?

-Ainda não chegaram. – Colocou as mãos no bolsos da calça e deu de ombros.

-Não começa Christopher, eu tenho o direito de ver os meus filhos.

-É serio. Se não acredita te dou total liberdade pra procurar pela casa toda. – Apontou pras escadas. – Se quiser também pode ir até o quintal. – Apontou pra uma das portas. – É logo ali.

-Que horas eles voltam? – Perguntou impaciente.

-Não sei, provavelmente daqui a pouco estão ai. Se quiser pode sentar pra esperar. – Apontou pro sofá e viu Alfonso negar com a cabeça.

-Sua falsa gentileza não me engana. – Deu um sorriso falso. – Não se preocupe, espero de pé.

-Não é falsa gentileza, mas você não acredita o problema não é meu. – Deu de ombros.

-Você finge ser o pai dos meus filhos e ainda quer que eu acredite em você?

-Caso não se lembre eu também fui enganado, pensei que você tivesse abandonado seus filhos e...

-Você me conhecia, sabia que eu nunca seria capaz de fazer isso.

-Porque você acha que eu fiquei com tanta raiva? Achei que o que eu conhecia em você era falso. Você, supostamente, tinha abandonado a mulher que eu amo e os filhos dela.

-Mesmo assim, isso não te da direito de tomar o lugar que não é seu. – Negou com a cabeça.

-Nunca tinha sido a minha intenção fazer isso. Aconteceu. A única coisa que eu não queria era que eles crescessem sem um pai.

-O pai biológico era o melhor não acha?

-Acho, mas como não aconteceu eu cuidei deles como se fosse um pai de verdade.

-Ótimo, mas agora o teatrinho acabou. – Sorriu irônico. – Agora quem cuidados meus filhos sou eu.

-Você vai cometer um erro enorme sabia?

-Brigar pra ficar com os meus filhos é um erro enorme? – Arregalou os olhos. – Eu não acho isso.

-Não, você ta certo em querer ficar com eles, mas ta fazendo da maneira errada.

-Então me fala qual é a maneira que você acha certa. – Sentou no braço do sofá e cruzou os braços. – Quem sabe eu concorde com você e aja dessa maneira. – Falou irônico. – Quer que eu espere quantos anos pra contar a verdade pros meus filhos?

-Não quero que espere anos. – Ignorou totalmente o tom de voz que ele usou. – Só alguns meses. Se isso foi incomodo pra você espere apenas um mês. – Deu de ombros. – Mas as crianças precisam te conhecer, te ver como alguém confiável e...

-Eu não vou esperar tudo isso pra ter meus filhos comigo.

-Eles vão fazer 4 anos daqui alguns meses ok? O que você acha que uma criança dessa idade tem na cabeça hein? O mundo deles são os pais, o que você acha que eles vão pensar se você simplesmente chegar aqui e falar “Crianças vocês vão comigo e nunca mais vão ver a mamãe e o papai”?

-Eu não vou ser igual a Dulce ok? Não vou tirar o direito dela de ver os filhos.

-Não importa, Luna só dorme do meu lado, Alexander só cai no sono quando ta nos braços da Dulce eles se apegaram a gente.

-Podem se apegar a mim também.

-Se você fizer as coisas da maneira certa eu tenho certeza que sim, mas não pode simplesmente chegar, acabar com o mundo deles e esperar que eles te amem.

-Quer saber? Você me encheu. – Bufou levantando. – Você não vai mudar minha cabeça ok? Eu vou pegar a guarda dos meus filhos, e se vocês tentarem mostrar algum tipo de resistência eu faço com que vocês sejam proibidos de vê-los.

-Eu não vou deixar que você faça isso. Não vai me afastar dos meus filhos. – Disse irritado, mas sem alterar o tom de voz. – Você já me afastou de muita coisa que eu amo, não vai fazer isso com os meus filhos.

-Fala isso pela Dulce?  -Perguntou em um tom divertido e irônico de voz. – Ela sempre foi apaixonada por mim e você sempre morreu pro ela. Mas ela nunca te deu bola. – Riu irônico. – Que foi? Tem medo que aconteça a mesma coisa com os meus filhos? –Gritou a palavra “meus” e apontou pra si. - Tem medo que eles prefiram a mim como a Dulce preferiu? – Disse em tom debochado.

Christopher já tinha se irritado de mais, se aproximou dele a passos rápidos e  o puxou pela gola da camisa o encarando com uma expressão seria, mas não poderia perder a cabeça, não novamente. Tinha que respirar fundo e se acalmar, e quem sabe “atacar” com as mesmas pedras: Humilhação.

-Não. Eu tenho certeza que meus filhos não vão preferir você. – Sorriu debochado e o soltou o empurrando pra trás. – Luna me tem como o Príncipe dos sonhos e Alexander me tem como o super herói. Garanto que é o pai deles que eles vão preferir.

Antes que Alfonso pudesse responder qualquer coisa ouviram a campainha tocar e Christopher foi até lá em silencio.

-Papai. – Alfonso ouviu a voz de uma garotinha gritar animada, e logo seu coração acelerou, era sua filha.

-Oi minha princesa. – Christopher a pegou no colo e deu um beijo na bochecha dela. – Como você ta? Se divertiu?

-Muito. – Disse animada.

-E ai campeão. – Christopher abaixou e ficou na altura do filho. –Cuidou da sua irmãzinha direitinho? – O pegou no colo também.

-Como sempe. – Sorriu pro pai.

-Esse é meu garoto. – Beijou a cabeça dele. – Oi mãe. – Cumprimentou Alexandra que estava parada na porta com um sorriso observando a cena. – Vem entra...

-Não meu amor. Estou atrasada. – Deu um beijo na bochecha do filho e dos netos. – Seu pai esqueceu que amanha ele viaja logo cedo e nem fez as malas, tenho que ajuda-lo a arrumar, sabe como é seu pai, se eu não ajudo ele só termina amanha.

-Pensei que ele tivesse ido com vocês.

-E foi, mas quando estávamos na sorveteria ele recebeu uma ligação do advogado que estava com algumas complicações, ele teve que ir e sei lá. – Deu de ombros.- Sabe que não entendo muito disso.

-Sei. – Sorriu pra mãe.

-Então preciso ir meu amor. – Deu mais um beijo na cabeça do filho e dos netos. – Boa noite meus amores. – Ia saindo e gritou já na porta do carro. – Mande um beijo pra Dulce também.

Christopher assentiu e fechou a porta começando a conversar com os filhos indo pra sala com eles, ignorou totalmente o fato de Alfonso estar atrás deles na frente da escada esperando pra vê-los.

-Eles são parecidos com você. – Alfonso ouviu Dulce falar ao seu lado, nem tinha visto que ela desceu as escadas e agora estava do seu lado.

-Luna e Alexander né? – Perguntou limpando o canto do olho que tinha uma lagrima.

-É. – Deu um pequeno sorriso. – Não vai conhecê-los?

Alfonso ficou calado e voltou a olhar pra Christopher e as crianças, Christopher estava sentado no sofá e os dois no colo dele apenas contando animadamente como tinha sido o seu dia. Dulce segurou a mão de Alfonso e caminhou com ele até a frente do sofá sorrindo pras crianças.

-Mamãe. – Os dois falaram animados ao mesmo tempo e desceram do colo de Christopher pra ir abraçar Dulce.

-Oi meus amores. – Abaixou pra ficar na altura deles e os abraçou. – Se divertiram?

-Sim. – Alexander respondeu.

-Quem é ele mamãe? – Luna perguntou curiosa olhando pra Alfonso.

-Ele é... – Olhou pra Alfonso esperando que ele falasse algo, e de preferência que não fosse “Eu sou o pai de vocês”.

-Eu sou um amigo dos pais de vocês. – Deu um sorriso forçado e abaixou ao lado de Dulce. – Me chamo Poncho.

-Eu sou a Luna. – Deu um sorrisinho pra ele.

-E eu o Alexander. –Falou apenas olhando pra Alfonso e abraçando Dulce pelo pescoço.

Alfonso não conseguiu falar mais nada, apenas ficou olhando pros dois pequenos na sua frente, eram seus filhos, se pareciam com ele, também eram parecidos com Dulce, mas com certeza bem mais parecidos com ele. Sempre achou que os únicos filhos que teria seriam com Anahí, e obvio que os conheceria desde o parto. E mesmo essa sendo uma situação totalmente diferente do que ele imaginava, ele já amava aqueles dois pequenos na sua frente e estava muito feliz por conhecê-los.

-Poque você ta cholando? – Luna perguntou se aproximando mais dele.

-Por que... – Sorriu. – Por que eu to feliz.

-Não chola. – Passou a mão pelo rosto dele limpando algumas lagrimas. – Papai sempre disse que chola não é bom.

-É, ele ta certo. – Deu um pequeno sorriso e segurou a mãozinha dela que estava no seu rosto.

-Quem quer chocolate? – Christopher perguntou animado e Alexander foi o primeiro a se pronunciar.

-Eu quelo.

-Eu também. – Luna se aproximou de Christopher

-Então vamos, tem lá na cozinha. – Pegou o filho no colo e segurou na mão de Luna e foram pra cozinha.

-Obrigada por não falar nada. – Dulce falou levantando e olhando pra Alfonso.

-Não falei nada, ainda. – A encarou. – Mas não pense que desisti disso ok? Eu quero que eles saibam que eu sou o pai deles.

-E eles vão saber. – Suspirou. – Só peço que não tire eles de mim. –Falou com a voz embargada. – Por favor, eles são tudo pra mim.

-Os conhecia há menos de 5 minutos e eles também já são tudo pra mim. O que faz você pensar que eu tenho menos direito do que você pra conviver com os meus filhos?

-Alfonso...

-Mamãe vem cá. – Alexander gritou da cozinha.

-Já vou meu amor. – Respondeu pro filho. – Quer ficar pra jantar com a gente?

-Sim, quero ficar um pouco mais com eles.

-Então vem. – Foi em direção a cozinha e suspirou quando ouviu Alfonso dizer.

-Mas não se iluda, ainda quero meus filhos comigo. E não vou desistir tão fácil.

Perdão não ter postado ontem amores, o meu pc não tava ligando :(