Fanfic: Everything for her [Finalizada] | Tema: Vondy

Há três anos e seis meses:

-Como você ta se sentindo? – Passou a mão pelos cabelos dela preocupado. –Ainda ta sentindo muita dor?

-Não. – Deu um pequeno sorriso- To ótima, e já quero ver os meus bebês.

-Eles são lindos. –Sorriu lembrando que ficou horas na frente da maternidade olhando os dois pelo vidro. – Ela se parece com você e tem os olhos do Alfonso. – Disse com um pouco de desgosto- E ele tem um pouco dos dois.

-Eu não consegui ver muito bem -Suspirou- Tiraram eles de mim antes que eu pudesse olhar direito.

-Eles tinham que fazer exames, pra ver se ta tudo bem. Não se preocupa daqui a pouco os trazem aqui pra você dar de mamar e você pode olhar a vontade. –Deu um beijo na cabeça dela.

-Obrigada por cuidar de mim. –Sorriu- Nunca vou conseguir parar de agradecer.

-Já disse que não quero que agradeça. Faço tudo pela minha melhor amiga, esqueceu?

-E olha, eu prometo, quando eu sair da licença a maternidade eu vou procurar um emprego e...

-Não, não quero que você trabalhe.

-Não quer, mas eu vou. E isso não se discute. Você já comprou a casa sozinho e colocou meu nome, comprou os moveis e...

-Eu que te chamei pra vir morar em Nova York comigo. Então eu que tenho que pagar tudo.

-Você já fez muito me aceitando na sua casa, comprando coisas pros meus filhos e...

-NOSSOS filhos. –Disse um pouco alterado.

-Você não precisa fazer isso, não é sua obrigação.

-Dul... – Se aproximou mais dela e suspirou – Eu amo vocês. E na boa, desde o momento que você disse que tava grávida eu me apaixonei por eles, apesar de achar que era só um. – Ela sorriu e ele continuou. – Eu vou ser o pai deles.

-Eu não quero te prender a nada que você não queria.

-Eu quero fazer parte da sua família Dulce, eu quero estar com vocês.

-Ta, vamos parar de falar disso, você vai ser o pai e pronto. Não discuto mais isso. – Ele sorriu – E outra coisa que não se discute é que eu vou começar a trabalhar e assim que tiver dinheiro também vou fazer faculdade.

-Se é o que você quer. – Deu de ombros – Mas o dinheiro que você conseguir vai ser seu, guarda pra quando você realmente precisar, eu vou pagar tudo.

-Christopher o seu trabalho é bom, ótimo na verdade, mas quanto tempo você acha que vai conseguir sustentar sozinho, uma casa daquele tamanho e nós quatro?

-Eu consigo.

-Já disse Christopher esse fato não entra mais em discussão ou eu ajudo, ou eu compro um apartamento pra mim e pra eles dois, ai você só os vera de fim de semana.

-Isso não.

-Então para de ser orgulhoso e aceita minha ajuda como eu aceitei a sua.

-Ta tudo bem. Você pode me ajudar a pagar ALGUMAS coisas da casa.

-Meio a meio e não se fala mais nisso.

-Mas Dulce... – Parou de falar quando percebeu que ela não iria mais falar desse assunto – Ok você venceu.

-Eu sempre venço. – Sorriu travessa.

Fazia cinco meses que tinham se mudado de vez pra Nova York. Assim que chegaram Christopher comprou uma das melhores casas, grande o suficiente pra caber eles dois e mais 5 filhos, mas ele não se importou quando Dulce disse que aquela casa era um exagero, queria que o (a) filho (a) tivesse espaço pra brincar.

Dois meses depois que se mudaram pra Nova York descobriram que Dulce estava grávida de gêmeos, um menino e uma menina. Pra Dulce foi um choque. Pra Christopher foi divertido ver a cara de pânico que Dulce fazia cada vez que se lembrava de que tinha dois bebês dentro dela.

Christopher já tinha começado a trabalhar em uma empresa de um conhecido, não posso dizer amigos, e estava se dando muito bem.

Dulce queria iniciar o curso de pedagogia, mas resolveu fazer apenas depois que tivesse os bebês e tivesse dinheiro pra isso.

-Com licença, os bebês estão com fome. – A enfermeira entrou no quarto sorrindo e com um dos bebês no colo – A mamãe esta pronta pra ver os filhinhos?

Logo em seguida entrou outra enfermeira com o outro bebê no colo.

-Claro que eu to pronta. – Falou bem mais animada do que antes- Quero vê-los agora.

-Vamos começar pelo garotão que esta morrendo de fome. –Dulce se arrumou na cama e esperou a enfermeira entregar o primeiro bebê, o menino, a enfermeira ajudou pra que ela descobrisse o seio e desse pro bebê.

-Eu não sei fazer isso. –Disse um pouco desesperada quando viu a cara de choro do bebê.

-Você tem que mostrar pra ele onde é ele ainda não sabe, mas logo ele aprende. –Mostrou pra Dulce como ela fazia pra guiar o bebê até o bico do seu seio pra que ele começasse a comer – Prontinho. – Deu um sorriso quando viu o bebê começar a sugar o seio dela- Quando você vir que ele parou de sugar ele já vai estar satisfeito, o faça arrotar e dê pro papai. – Olhou pra Christopher – E de pra garotinha que acho que agora não ta com muita fome.

A outra enfermeira ainda estava segurando a menina enquanto Christopher a admirava, era tão pequena, tão... Tão... Tão Dulce. Agora sabia como Dulce tinha sido quando criança, são idênticas! Christopher queria pegá-la no colo, mas não tinha coragem e muito menos experiência, nunca tinha pegado uma criança no colo, tinha medo de machuca-la.

-Quer pegá-la?

-Quero, mas eu não... – Se ajeitou um pouco na cadeira- Não sei fazer isso.

-É muito fácil. Eu te ajudo. –Se aproximou do Christopher- Coloque os braços assim como os meus. –Mostrou como seus braços estavam posicionados embaixo da bebê – Assim, perfeito. – Colocou a bebê no colo dele e ele ficou tenso- Calma assim você pode ficar desconfortável, você não vai deixa-la cair.

Christopher morria de medo que machucasse ela, era tão pequena, tão frágil, tão linda.

-Eu to machucando ela? –Perguntou um pouco desesperado quando viu ela se remexer em seus braços.

-Calma. – Soltou um risinho, acostumada com o desespero dos pais de primeira viajem. – Ela só esta se arrumando. – Viu quando ela parou ainda mais aconchegada nos braços do pai. – Viu, acho que ela sabe que é o papai. – Sorriu.

-Ela é linda. – Passou uma das mãos no rotinho dela.

-É linda mesmo. Os dois são!

-Agora nos já vamos. – A outra enfermeira falou. – Se precisarem de alguma coisa é só apertarem esse botão. – Mostrou o botão ao lado da cama da Dulce e logo após as duas saíram fechando a porta bem devagar pra não fazer nenhum barulho e assustar os bebês.

Christopher olhou pra Dulce que olhava o bebê em seu colo enquanto ele se alimentava. Não acreditava que agora tinha dois filhos, e com a mulher que amava. Ok, os dois bebês não era exatamente filhos dele, mas ele cuidaria como se fosse, e cuidaria muito melhor que qualquer outro pai do mundo. Seus filhos seriam... Droga tinha esquecido a parte principal, qual seria o nome dos bebês?

-Dulce? – Ela o olhou. – Como vamos chama-los?

-É verdade. – Sorriu e olhou pra filha que estava no colo de Christopher. – Ainda não pensei nos nomes, mas eu posso pensar em um nome pra ele e você pensa em um nome pra ela.

-Posso mesmo? –Deu o maior sorriso do mundo.

-Claro. – Sorriu com a animação dele. – Você é o pai.

-Ta. Érr... –Olhou pra bebê novamente. – Acho que já sei um nome pra ela.

-Qual?

-Luna.

-Gostei. – Sorriu. – E porque esse nome?

-Não sei. – Deu de ombros. – Eu apenas gosto.

-Ok, eu já sei um nome pra ele também.

-E qual é? – Levantou da cadeira e sentou no pé da cama pra ficar mais próximo dela.

-Alexander. – Sorriu com a cara que ele fez.

-Meu nome?

-É, e eu só não vou coloca Christopher porque só existe um Christopher na minha vida, mas pode existir dois Alexander.

-Você é perfeita. –Sorriu e ficou observando ela tirar Alexander de seu peito e tentar fazê-lo arrotar.

-Agora eu preciso dar de comer pra minha linda. –Olhou pra Luna que dormia calmamente nos braços de Christopher.

-Acho que ela não quer comer agora. – Disse admirando a pequena dormir.

-Mas eu preciso dar de comer pra ela, não pode ficar tanto tempo sem comer. –Se preocupou.

-Ta você pode tentar. Segura ela. –Fizeram uma confusão tentando trocar os bebês de colo, mas conseguiram, Alexander foi pro colo de Christopher e Luna foi pro colo de Dulce.

-Ai meu Deus, eu fiz alguma coisa errada? –Dulce se desesperou quando ela começou a chorar.

-Aconteceu alguma coisa? –A enfermeira entrou rápido e olhou pra Christopher que tinha uma cara de desespero.

-Eu não sei. Ela começou a chorar quando a coloquei no colo da Dulce.

-Ela tava dormindo?

-Tava. – Dulce falou enquanto tentava levar a boca da filha até seu seio descoberto.

-Provavelmente deve ter se assustado, ou não gostou de mudar do colo do papai. – Passou a mão pelas costas do Christopher. – Então esta tudo certo né? Se precisarem me chamem. – Se despediu e saiu do quarto.

-Prontinho. –Sorriu. – Já esta comendo.

-Eles são lindos, Dulce. – Falou enquanto admirava o filho.

-Os dois lembram muito o Alfonso. – Disse um pouco chateada, queria que Alfonso estivesse ali, vendo os filhos nascerem, mas ele nem sabia que eles existiam.

-Esquece ele. –Negou com a cabeça, um pouco irritado. – Agora eu vou cuidar de vocês. –Passou a mão nos cabelos dela. – Não existe mais Alfonso na sua vida, esquece ele.

-Eu te amo. –Sorriu pra ele. – Obrigada por ser meu amigo.

-Eu também te amo. – Deu um sorriso forçado. – Pra sempre amigos né? –Suspirou baixinho de mais pra que ela percebesse. – Só amigos. – Olhou pro filho tentando se distrair um pouco.

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