Fanfic: Everything for her [Finalizada] | Tema: Vondy

-Eu quero ver os seus bebês. – Anahí choramingou.

-Amanha você vem aqui outra vez e eu garanto que eles vão estar aqui. – Sorriu. – O Alfonso te contou que ele quer contar pras crianças?

-Contou. –Forçou o sorriso. – Apesar de achar que esta muito cedo eu entendo ele.

-Penso o mesmo que você. – Suspirou. – Tenho medo deles não entenderem ou ficarem confuso com toda essa historia, eles ainda nem tem quatro anos.

-Não acho que eles vão ficar confusos, pelo que o Alfonso falou eles são bem inteligentes, só acho que eles podem não aceitar.

-Eles são crianças, criança nunca leva nada na maldade, acho que isso não vai ser problema.

-Então não tem com que se preocupar,acho que eles vão aceitar muito bem.

-Eu espero que...

-Ta pensando em contar pra eles a verdade e nem disse pra mim? – Ouviram uma voz grave preencher a sala. – Responde Dulce.

-Era isso que eu queria falar hoje com você lá no seu escritório Christopher. – Falou em tom obvio. – Se eu tivesse oportunidade garanto que você saberia.

-Eu to indo porque não quero me meter em briga de casal. – Anahí levantou do sofá e deu um beijo na bochecha de Christopher assim que passou por ele. – Bom te ver.

-Tava com saudade Barbie. –Deu um beijo na cabeça dela.

-Eu também, e só pra você saber eu deveria estar te cumprimentando com um soco pelo que fez ao meu maridinho. – Fez bico. – Sabia que o olho dele ficou quase o mês todo roxo?

-Garanto que não foi só ele que sentiu dor. – A abraçou de lado. – A mão que eu usei pra socar ele doeu por duas semanas. – Deu um beijo na bochecha dela e ela riu.

-Idiota. – Se soltou dele. – Estou indo. Tchau meus amores. – Saiu fechando a porta.

-Quando ele pretende contar? – Christopher parou em frente ao sofá e cruzou os braços.

-Amanha.

-Que? Não, é muito cedo.

-Ele tem direito.

-Não, ele não tem direito nenhum.

-Ele é o pai.

-Serio? Eu também. Caso você não saiba eu que cuidei deles desde que nasceram, eu que fui um pai pros dois e vocês dois não me consultaram em nada.

-Christopher você sabe que não...

-Que se foda que ele é o pai de sangue, eu que cuidei dos dois ok? Eu sou o pai deles, sou eu que eles chamam de pai e não esse idiota. Deveria conversar esse tipo de coisa comigo e não com ele.

-Eles não vão te trocar pelo Alfonso.

-E quem disse que isso me preocupa? Eu sei que eles vão estar sempre comigo. Eu vou ser o pai deles pra sempre.

-Eu te conheço, você tem medo que quando eles descobrirem te deixem pelo Alfonso. Isso não vai acontecer.

-Sei que não. – Abaixou a cabeça e respirou fundo. – Só não quero esse cara perto deles.

-Eu sou a mais errada nessa historia interia, eu sei que sim, mas agora eu quero corrigir as coisas que eu fiz. E começar por isso, ele tem o direito e a obrigação de ser o pai deles e eles tem o direito de saber quem é o verdadeiro.

-Eu sou o pai verdadeiro e não me importa o que você diz.

-Christopher...

-Eu sou o pai deles Dulce, não tem nada o que dizer pra eles, eu sou o pai e o Alfonso não é nada deles. Não tem porque contar isso pra eles.

-Chega Christopher. – Gritou irritada. – Eles são meus filhos, eu decido o que vai acontecer e eu quero que eles saibam que o pai verdadeiro deles é o Alfonso e ponto. Você não tem que decidir, você é o que mesmo faz parte nessa família. – Disse baixinho e se arrependeu logo depois de ver a cara dele.

-Eles são registrados com o meu nome, eu sou o pai deles perante a lei, e se eu quiser eu pego a guarda deles. – Deu de ombros.

-Tenta, você não é o pai de sangue, não tem chance alguma. – Falou com a voz embargada tentando controlar o choro, tudo que falava era da boca pra fora e sabia que cada palavra machucava Christopher, mas era o único jeito que encontrava de mostrar pra ele que Alfonso tinha tanto direito quando ele.

-Experimenta. – Deu um sorriso irônico. – Se eu os registrei eu sou o pai, me nego a fazer o exame de DNA e pronto. Em menos de uma semana eu ganho esse processo.

-Você não faria isso comigo. – Negou com a cabeça cruzando os braços. – Não tiraria meus filhos de mim.

-Você também quer tira-los de mim. – Deu de ombros. – Só vou devolver na mesma moeda.

-Não faz isso.

-É só você não fazer também. – Deu de ombros mais uma vez.

-Não é uma escolha Christopher, é a minha obrigação, eu menti e agora tenho que dizer a verdade, Alfonso é o pai deles e eles precisam saber.

-Ok. Se quiser conta. Mas já esta avisada, eu vou pedir a guarda deles.

-Porque você ta fazendo isso hein? Sabe que eles são tudo pra mim.

-São tudo pra mim também. Eles dois são a minha vida e eu não vou permitir que você faça isso.

-Eu só quero que eles saibam a verdade.

-E eu só quero que você pense. Só porque o Alfonso tem o mesmo sangue que eles significa que é mais pai que eu?

-Não é questão de quem é mais pai, a questão é que eles precisam saber que o pai biológico deles é o Alfonso.

-Não vejo essa necessidade. Não acho que seja necessário.

-Christopher eles não vão te trocar ok? Não vão preferir o Alfonso. E tem mais, eu não vejo problema deles terem dois pais, afinal é isso. Você e o Alfonso são os pais.

-Não, eu sou o pai. Sou eu que eles chamam de pai. Eu que cuidei deles como pai. Não o Alfonso. Eu não vou permitir que ele chegue e destrua a relação que eu construi com os meus filhos.

-Christopher...

-Era só isso que você tinha pra me dizer? Se sim eu já vou embora. – Passou a mão pelo rosto tentando se acalmar.

-Christopher...

-Era ou não, Dulce?

Ela ficou em silencio e ele se aproximou dando um beijo na cabeça dela.

-Vou arrumar as minhas coisas e depois vou embora. – Começou a subir as escadas e ela arregalou os olhos indo atrás dele.

-Como assim arrumar suas coisas e ir embora?

-Disse que queria pensar não disse? Já pensei, não acho que agora seja mais apropriado continuar a morar com você.

-Isso quer dizer que você não me perdoou pela mentira? – Perguntou com a voz embargada parando no meio do corredor.

-Eu perdoei. – Suspirou entrando no quarto.

-Então fica, por favor. Volta pra casa. – O seguiu até o quarto.

-Não dá. –Abriu a porta do armário e tirando todas as suas roupas que tinham ficado ali de dentro do armário.

-Porque não?

-Eu vou morar com a Ilza.

-Que? – Perguntou baixinho sem nem conseguir acreditar.

-Eu a pedi em casamento e vou morar com ela. – Sentou na cama e respirou fundo. Essa conversa tava sendo mais difícil do que ele pensava.

-Você o que? – Arregalou mais os olhos. – Você vai se casar?

-Vou. E vou levar meus filhos comigo.

-Não isso não. – Falou irritada.

-Você sabe que é muito importante pra mim não sabe? – Levantou da cama e se aproximou dela. – Sei o quanto os dois são importantes pra você, mas se você continuar com essa historia de que quer esse cara perto dos nossos filhos eu vou leva-los comigo sem me importar se isso vai ou não te afetar de alguma forma.

-Você não era assim. – Negou com a cabeça.

-Eu já aceitei perder a mulher da minha vida. – A encarou e ela suspirou. – Não vou aceitar perder os meus filhos. Nunca.

-Como você perdeu a mulher da sua vida? Vai se casar com ela. – Cruzou os braços e abaixou a cabeça.

-Ilza não é a mulher da minha vida, eu a amo, mas ela com certeza não é a mulher da minha vida.

-Então quem é a mulher da sua vida?

Christopher suspirou e passou a mão pelo rosto, tentava se controlar pra não gritar que a amava, que ela era a mulher da sua vida, não poderia fazer isso, ela tinha tido mais de 5 anos pra perceber que ela era a mulher da vida dele e não percebeu, não seria agora que ele diria não é mesmo?

-Amanha quando você tiver trabalhando eu venho pegar as minhas coisas. – Foi pra porta. – Não quero mais ficar aqui.

-Vem depois do almoço, Alfonso vai vir aqui pra contarmos pra eles, queria você junto.

-Não, de tarde eu vou estar ocupado falando com o advogado pra pedir a guarda deles. – A olhou pro um segundo.

-Não vai mudar de ideia né? – Deixou algumas lagrimas escorrerem.

-Não se você não mudar. –Saiu do quarto batendo a porta.

Uma pequena briguinha vondy pra apimentar um pouco as coisas... d: