Fanfic: Everything for her [Finalizada] | Tema: Vondy

Christopher quase não trabalhou o resto da tarde, apenas ficou pensando na noite anterior com cara de abobalhado e apenas no fim do dia começou a pensar em como conversaria com ela, não podia simplesmente chegar e perguntar “Ei Dulce você é mesmo apaixonada por mim ou eu sou retardado de imaginar tal coisa?”. Realmente tinha medo que a resposta fosse “Você é um retardado.”. Não sabia como conversar sobre isso com ela.

-Quer que eu te dê uma carona? – Perguntou pra Ilza assim que saiu do seu escritório.

-Adoraria. – Sorri.

-Então vamos senhorita. – Estendeu a mão pra ela e ela riu. – Porque riu?

-Porque eu acho engraçado quando você tenta ficar igual a um cavalheiro.

-Eu sou um cavalheiro. – Apertou o botão do elevador.

-Entendeu o que eu quis dizer.

-Talvez tenha entendido. – Sorriu e a puxou pela cintura assim que entraram no elevador.

-Chris...

-Acha mesmo que deveremos nos separar?

-Acho. – Passou o braço em volta do pescoço dele e forçou um sorriso. – Acho que é o melhor pros dois.

-Então eu estou sendo dispensado? – Fez bico e ela riu.

-Esta. –Deu um beijo demorado na bochecha dele.

-Ok. – Fez um bico maior. – Acho que posso superar. – Ela sorriu. – Mas já deixo avisado, se eu morrer de decepção a culpa é sua.

-Não vai morrer não. – Riu tirando as mãos dele da sua cintura e saindo do elevador.

-Érr... Posso dormir na sua casa hoje? – Perguntou abrindo o carro e parando com a porta aberta pra ela entrar.

-Na minha casa? – Estranhou. – Pensei que fosse pra sua casa conversar com a Dulce e se acertar com ela.

-Não. – Negou com a cabeça. – Acho melhor as coisas ficarem assim. – Fechou a porta dela e deu a volta no carro. – Eu prometo que é só por alguns dias, amanha mesmo começo a procurar um lugar pra mim.

-Não se preocupa com isso. – Colocou o cinto. – Sabe que pode ficar o tempo que quiser, o apartamento que você comprou pra mim é grande o suficiente pra você ficar com a gente.

-Eu só não quero atrapalhar. – Começou a dirigir.

-Não atrapalha você sabe. – Negou com a cabeça. – E a Lola vai adorar te ter por lá.

-E eu vou adorar ficar com ela. – Sorriu.

-Acha mesmo que é uma boa ideia? Quero dizer, ir hoje pra minha casa, se quiser pode ir, sabe que não me importo, to falando porque acho que você tem que se acertar com a Dulce primeiro.

-Não, eu não vou conversar com ela sobre isso ok?! Não tenho coragem pra isso. Sei que vou me desiludir mais uma vez e na boa não to preparado pra passar isso novamente.

-Eu já disse que...

-Por favor, Ilza, deixa esse assunto, já deu, não quero mais falar disso.

-Ok, você que sabe, a vida é sua. – Deu de ombros.

Ficaram em um silencio um pouco irritante, queriam conversar, queriam dizer algo, mas não conseguiam. Ouviram o celular de Christopher tocar e ele tirou do bolso.

-Atende pra mim.

-Ok... – Olhou o identificador de chamada. – Não, é a Dulce.

-E daí? Eu to dirigindo, não posso atender. – Olhou pra ela e depois voltou a olhar pra estrada.

-Eu não vou atender, ela já me odeia, se eu atender é capaz de querer me matar por telefone.

-Que bobeira. – Rolou os olhos. – Atende e coloca no viva voz.

-Ok. – Ela atendeu e colocou como ele disse.

-Alo. – Christopher falou um pouco receoso.

-Oi Chris. – Disse animada. – Ér... Eu não quero te atrapalhar, só to ligando pra saber que horas você vai chegar as crianças...

-Eu não vou ai hoje Dulce.

-Que? – Decepcionada. – Porque não?

-Porque... Érr... –Olhou pra Ilza que segurava o celular calada. – É que eu vou pra casa da Ilza.

-Pra casa da Ilza? – Perguntou incrédula, irritada e triste.

-É. –Coçou a nuca percebendo o tom de voz irritado dela.

-Mas eu achei que... – Ficou calada e bufou.

-Achou o que?

-Nada, esquece Uckermann. Divirta-se. –Desligou.

-Ela ficou irritada. – Ilza falou desligando o celular.

-Eu sei.

-Se sabe por que não vai pra lá?

-Porque não, já disse.

-Sabe que eu deveria fazer? Trocar de lugar com você e dirigir até a casa da Dulce.

-Quer me levar a força é? – Disse divertido.

-É o que eu deveria fazer. Mas você já é bem grandinho e sabe o que faz.

-Obrigado por entender. – Sorriu irônico.

-Quem sai perdendo é você. – Deu de ombros.

Ilza não fazia questão nenhuma que os dois se acertassem, obvio queria ver Christopher feliz, mas ver ele com Dulce significava ela ficar triste, então preferia que não acontecesse. Mas se acontecesse ela não tentaria nada pra impedir, ficaria feliz por ele e só.

-Papai... – Lola gritou assim que viu Christopher entrar no apartamento e correu até ele.

-Oi meu amor. – Christopher a pegou no colo e a encheu de beijos. – Tudo bem com você?

-Tudo. – Sorriu.

-Que ótimo. Ta linda. – A beijou na bochecha.

-Você também ta lindo papai. – Sorriu o abraçando pelo pescoço.

-Todo mundo ta lindo menos eu né? –Ilza falou cruzando os braços. – A mamã também ta aqui viu?

-Oi mamãe. – Sorriu pra Ilza.

-A mamãe ta com ciúmes. – Christopher cochichou pra Lola.

-Não precisa ter ciúmes mamãe, também te amo. – Estendeu os braçinhos e Ilza a pegou no colo.

-Te amo meu amor. – Deu um beijo na bochecha dela. – Cadê a vovó?

-Na sala.

Apesar de ter dinheiro o suficiente pra contratar uma baba Ilza preferia que sua mãe cuidasse de Lola, era confiável e não cobrava nada pra isso.

-Oi mãe.

-Oi meu amor. – Sorriu levantando do sofá. – Ola Christopher.

-Oi senhora. – A cumprimentou com um beijo na bochecha. – Como esta?

-Bem. – Sorriu.

-Papai vem ver o desenho que eu fiz. – Desceu do colo de Ilza e o segurou pela mão. – A mamãe que me ajudou.

-Claro meu amor. –Olhou pra Ilza e a mãe dela. –Com licença.

-Claro.

Christopher foi até o quarto da filha e Ilza ficou na sala conversando com a mãe.

-Então meu amor, ainda continuam juntos?

-Não. – Negou com a cabeça.

-Então porque ele ainda esta aqui? – A olhou. – Digo, morando aqui.

-Lola gosta dele como um pai, ele gosta dela então prefiro não me afastar por causa dela.

-Por causa dela ou por sua causa?

-Acho que os dois. – Fez uma careta. – Eu amo ele, mas ele não me ama, então se a gente for amigos...

-Não. Você não vai ficar feliz se vocês forem apenas amigos.

-Mamãe eu já sou grandinha e sei cuidar de mim.

-Eu sei meu amor, só não quero te ver sofrendo outra vez ok?

-Eu sei me cuidar. – Deu um beijo na bochecha da mãe.

-Falando em sofrimento... – Fez uma pausa. – Hoje vieram te procurar lá em casa, enquanto Lola tava na escola.

-Quem?

-Tomas.

-Tomas? –Arregalou os olhos. – Que Tomas?

-Tomas pai da Lola.

-E o que ele queria? Ele disse?

-Não, não quis dizer, só disse que queria te ver. E pediu seu numerou ou endereço.

-E você deu?

-Perdão meu amor. – Fez uma careta. – Parecia importante o que ele queria falar.

-Mamãe. – A repreendeu. – Porque fez isso? E se ele vier atrás da Lola.

-Se ele vier atrás da minha filha... – Christopher entrou na sala com Lola no colo. – Você me avisa. – Olhou pra Ilza. – Entendeu?

-Christopher... – Suspirou antes de continuar, mas ele a interrompeu.

-Entendeu Ilza? Se ele procurar você pra algo que não te agrade, conversar ou querer se reencontrar, ou se, principalmente, ele vier atrás da Lola eu quero que você me avise. – Disse serio. – Entendeu?

Lola apenas olhava pro pai e depois pra mãe, não entendia do que eles falavam, mas sabia que era serio então preferia não falar nada.

-Ta Christopher. – Suspirou. – Eu entendi.