Fanfic: Everything for her [Finalizada] | Tema: Vondy

Sabia que tinha agido de forma errada, deveria ter ido pra casa noite passada e falado com Dulce, quem sabe eles tivessem se acertado. E só de imaginar que eles pudessem ter feito as pazes ou começado a namorar fazia com que ele ficasse feliz como nunca.

Resolveu conversar com ela hoje, buscaria ela e as crianças no colégio e depois de passar uma tarde inteira e agradável em família eles conversariam e tentariam se acertar, obvio que ele sabia que seria difícil já que ela estaria irritada com ele. Mas isso não seria nada demais, apenas serviria pra ele rir e babar nela, afinal Dulce ficava irresistível e engraçada quando estava com ciúmes, coisa que ele adorava.

Agora só precisava chegar na escola conversar com ela e.... Quebrar a cara de imbecil que estava abraçando ela. Mas que palhaçada era aquela? Bufou apertando o volante, nem conhecia o cara, e muito menos sabia que Dulce o conhecia.

Desceu do carro com uma expressão nada boa e se aproximou do “casal” que se abraçava.

-Com licença. Interrompo?

-Que? – Dulce se soltou do homem e olhou pra Christopher. – Ah. Na verdade interrompe sim. – Cruzou os braços.

-Que pena, bom, mas eu já interrompi então não vejo problema né? – Sorriu irônico e olhou pro cara. – Perdão você é...?

-Perdão quem é você? – Respondeu não muito agradável.

-Ah, Rô esse é o Christopher, lembra?

-Ah, Uckermann né? – Deu um sorriso forçado. – Claro que lembro.

-Pena que não posso dizer o mesmo. – Colocou a mão no bolso da calça ainda encarando Dulce.

-Rodrigo. Estudei um ano com você, acho que no colegial. – Disse sem muita certeza.

-Ah... Não, eu não lembro. – Deu de ombros.

-Deixa ele. – Dulce puxou Rodrigo pelo braço e sorriu voltando ao papo. – Então o que ta fazendo aqui? Tem filhos? – Olhou pra escolinha.

-Não, na verdade é que meu carro quebrou e eu deixei na oficina no fim dessa rua. Preciso ir pro escritório a pé.

-Ah. Trabalha em que?

-Sou advogado.

-Que legal. – Sorriu.

-É muito divertido mesmo, e perdão interromper novamente, mas Dulce cadê Luna e Alexander, nossos filhos? – Perguntou tentando de alguma forma mostrar que ainda estava ali e mostrar pra Rodrigo que Dulce sim, tinha alguém pra cuidar dela.

-Luna e Alexander? Vocês dois tem filhos?

-Sim. – Christopher respondeu grosso.

-É, mais ou menos isso. – Dulce respondeu sem graça. – Seus pais vieram buscar eles. Caso não lembre é aniversario da sua mãe e queriam passar o dia com os netos. A noite nos chamou pra jantar.

-Ah.

-Depois você me conta tudo ok? – Percebendo o clima entre os dois deu dois beijos na bochecha dela. – Liga pra mim pra marcarmos de sair. – Deu um pequeno cartão pra ela. – Estou atrasado, não tem como anotar seu numero agora.

-Tudo bem. – Sorriu. – Mais tarde eu te ligo.

-Foi bom te rever. – A abraçou forte. – Tchau Dul. Tchau Uckermann. – Foi caminhando até sumir da vista dos dois.

-Será que pode me explicar que porcaria era essa?

-Porcaria? – Cruzou os braços. – Não sei do que ta falando. – Guardou o cartãozinho na bolsa e começou a andar deixando ele pra trás.

-Ei pera ai, aonde você vai? – A alcançou e a segurou pelo braço.

-Pra casa, onde mais eu iria? – Soltou o braço da mão dele.

-Eu to de carro, vem comigo. – A segurou novamente pelo braço e a “arrastou” até o carro.

-Ai Christopher me solta. – Soltou o braço e bufou assim que pararam em frente ao carro.

-Entra no carro. – Deu a volta até parar em frente a porta do motorista. – Quero que me explique porque estava agarrada com aquele imbecil. – Abriu a porta do carro e entrou.

Dulce bufou, mas apesar de estar irritada ela sorriu internamente. Ele estava com ciúmes e isso estava claro pra qualquer um que passasse na rua. Isso era ótimo, porque agora ele estava provando do próprio remédio. Entrou no carro com um sorriso vitorioso.

-Pode começar a explicar, porque tava agarrada com aquele imbecil. – Deu partida no carro e começou a dirigir, mesmo assim tinha toda a atenção nela.

Dulce não respondeu apenas ficou calada enquanto procurava algo na bolsa.

-O que você ta fazendo? – Olhou pro lado e a viu pegando o celular e o cartãozinho que o idiota tinha acabado de lhe dar. – O que ta fazendo com isso Dulce?

-Vou anotar o numero dele, o que mais eu faria com isso? – Rolou os olhos.

Christopher bufou e tirou uma mão do volante pegando o celular dela e o cartãozinho, abriu a janela e jogou os dois pra fora.

-Você bebeu? – Arregalou os olhos olhando pra trás e vendo o celular quebrar em vários pedaços e o cartãozinho “flutuar”. – Porque fez isso idiota?

-Você não vai ligar pra esse imbecil. – Fechou a janela.

-E precisava ter jogado meu celular pela janela?

-Sim precisava. Se quiser compro outro depois, mas só se prometer que não vai anotar numero de imbecis.

-Quem você acha que é pra mandar em mim? Eu tenho o numero de quem eu quiser no meu celular.

-Não me irrita Dulce. – Bufou.

-Posso saber por que você ta fazendo essa cena patética? –Cruzou os braços olhando pra ele.

-Deve ser porque eu vi você agarrada com ele, quero dizer, nem pra ser um conhecido. Você nem sabe o nome desse cara direito.

-Eu não devo satisfações da minha vida pra você ok? Eu abraço que eu quiser, onde e quando eu quiser e não vai ser você que vai determinar isso! E só pra você saber, ele não é um desconhecido, eu e você o conhecemos.

-Há mil anos.

-E daí? Se eu quiser abraçar algum que eu conheci quando tinha apenas um ano de idade eu vou fazer ok? A vida é minha e você não manda nela.

Christopher a olhava incrédulo, não acreditava que ela estava falando tudo isso pra ele.

-E que saber de mais uma coisa? Você não tem porque se meter, cuida da sua vida, pelo visto ela é bem mais agitada do que a minha.

-Eu não entendi o que você quer dizer e nem vou fazer esforço pra entender. O assuntou agora é: Você estava agarrada com aquele cara e eu não gostei nada.

-Você não tem que gostar, já disse a vida é minha.

-Você não se lembrou que a vida era só sua quando tava me beijando e tirando a minha roupa ontem né?

-Em primeiro lugar eu vou fingir que no ouvi isso. – Respirou fundo. – Apenas considerando o fato que você esta dirigindo, se não eu te matava agora mesmo pelo que disse.

-Não disse nada demais.

-Só me fez parecer uma vadia. – Gritou irritada. – E caso não se lembre meu amor, não foi ontem que a gente passou a noite juntos. Ontem você estava com a sua preciosa Ilza. Que foi? Vai querer um calendário agora pra saber com quem você dormiu em cada noite?

-O papo não é a Ilza agora. Eu só quero saber porque você estava agarrada com aquele cara.

-Eu estava abraçando ele, apenas isso. O reencontrei e o abracei. – Bufou.

-Só foi isso? – A olhou rapidamente. – Mesmo?

-Mesmo. – Abaixou a cabeça bufando.

-Perdão pelo que eu disse. – Suspirou e colocou a mão na perna dela. – Não foi minha intenção.

-Ta perdoado. - Tirou a mão dele da sua perna.

-Será que a gente pode conversar? – Suspirou.

-E o que estamos fazendo agora? – Cruzou os braços e olhou pela janela.

-Conversar direito, sobre ontem... Ou melhor, antes de ontem.

-Não. Não quero conversar sobre isso. Ontem eu queria conversar e você preferiu ficar na casa da Ilza, então não. Não vou conversar sobre isso.

-Dulce...

-Não Christopher. Se quiser conversa com a sua noiva. –Disse baixinho. – Já disse pra ela que botou um baita par de chifres na cabeça dela? – Ironica.

-Se você deixasse eu falar saberia que...

-Não vou deixar você falar.

-Dulce...

-Não Christopher. Ontem eu fiquei o dia todo te esperando, pra que pudéssemos conversar. Ai você simplesmente chega e fala que vai passar a noite com outra. Como acha que eu me senti?

-Me perdoa, mas eu... – Suspirou. – Eu sei que agi errado, mas, por favor, me escuta. – Parou o carro em frente a casa.

-Não. Não quero mais falar disso, é passado e pronto.

-Passado? Você sabe tanto quanto eu que aquilo não vai ficar no passado.

-Já esta no passado. Não vamos falar mais sobre isso. – Abriu a porta do carro.

-Dulce...

-Não vou repetir Christopher, se entendeu, ótimo, se não eu sinto muito. –Deu de ombros e saiu do carro batendo a porta com força.

Christopher bufou e socou o volante, pelo visto deveria mesmo ter ido noite passada conversar com ela. Quem sabe as coisas tivessem sido mais fáceis.

Meus amores digam o que querem que aconteça, comentem. Deem sujestões! Vou adorar!