Fanfic: Everything for her [Finalizada] | Tema: Vondy

-Boa tarde meus amores. – Luna pulou no colo dela e deu um beijo estalado em sua bochecha. – Oi lindo. – Deu um beijo na cabeça do filho e depois o pegou no colo também.

-E eu não mereço beijo? – Christopher protestou.

-Se eu conseguisse até te daria um beijo. – Mostrou como segurava os dois pequenos no colo.

-Então vamos comer porque eu to morrendo de fome. –Sentou na cadeira e logo os três também sentaram.

-Eu também to morrendo de fome, vocês demoraram muito. – Abriu o cardápio e olhou pro um instante. – Porque demoraram tanto?

-Que tal você falar Alex? – Olhou pro filho que abaixou a cabeça.

-Aconteceu alguma coisa? – Se preocupou.

-Eu pedi um beijo pra Lola.

-Filho. – Arregalou os olhos surpresa. – Você não tem idade pra isso.

-Com licença. –Chegou o garçom. – Querem fazer o pedido?

-Claro. – Christopher falou e já começou a fazer o pedido para os filhos, já sabia exatamente o que queria. – Já sabe o que vai querer Dulce? –Olhou pra ela.

Não enrolaram muito e fizeram o pedido, logo o garçom saiu retirando os cardápios e deixando os quatro novamente sozinhos.

-Não faltou contar algo Alex?

-Eu quebrei o brinquedo da Lola. –Falou baixinho.

-Alexander. –Ela o repreendeu novamente.

-Demoramos porque eu fiquei me desculpando com a mãe dela e ele com a menina.

-E também demolamos poique o papai ficou paquelando a mãe da Lola. –Luna cruzou os braçinhos e fez uma cara vitoriosa quando ele fez uma careta.

-Você o que?

-Agora a bronca é pro Alex, não pra mim. –Falou com Luna e ela lhe mostrou a língua. – Você esta muito atrevida hoje não acha?

-Não.

-Pois eu acho. – Dulce se meteu. – Pede desculpa pro seu pai. –A encarou seria. – Não pode falar assim com ele.

-Diculpa. –Falou emburrada.

-E por que você quebrou o brinquedo da menina? – Voltou a atenção pro Alexander.

-Poque ela não quis me beijar.

-E isso é motivo?

-Deixa Dul. –Negou com a cabeça. – Ele já se desculpou com a Lola, eles dois já se acertaram e ele não vai fazer nunca mais né?

-É, eu pometo. –Levantou a mão em forma de juramento.

-Ok. –Dulce deu um sorriso pra ele. – Agora o senhor Christopher vai me explicar que historia é essa de que tava paquerando a mãe da Lola?

-Eu só a convidei pra jantar ué. –Deu de ombros. – Tinha que recompensar de alguma forma pelo brinquedo quebrado.

-O brinquedo era da filha, não da mãe.

-Ela não quis aceitar um brinquedo novo então eu ofereci um jantar.

-Claro você tem que ser sempre muito simpático. Daqui a pouco também vai oferecer o café da manhã?

-Se ela fo toma café da manhã lá em casa ela pode leva a Lola? – Alex perguntou inocente.

-Claro que pode filho. – Sorriu pra ele e encarou Dulce que só faltava soltar fumaça pelas orelhas. – Depois conversamos disso.

Christopher nunca entendia porque Dulce fazia toda essa cena quando ele convidada alguma mulher pra sair, conhecida ou não, ela sempre arrumava uma desculpa pra não gostar da mulher ou achar algum defeito para que Christopher não prolongasse a relação pra mais de dois encontros. Ele sempre percebia o ciúme que ela sentia, só nunca entendeu o porque.

Dulce ficou calada praticamente o almoço todo, só falava quando os filhos falavam com ela, quando Christopher tentava puxar assunto ela nem o respondia, estava irritada demais, se respondesse seria grossa e não queria isso, pelo menos não enquanto estavam em um restaurante na frente dos filhos.

-Vai agora pode me dizer, por que ficou tão zangada por eu ter chamado a Ilza pra sair?

-Eu não fiquei zangada. – Fechou a porta do quarto e jogou a bolsa em cima da cama.

-As únicas crianças da casa estão no quarto ao lado, eles são os ingênuos, eu não. Fala o que te deu?

-Nada, já disse. – Bufou e cruzou os braços. –Só não acho você deva a chamar pra sair.

-E porque não?

-Porque eu trabalho naquele colégio.

-E daí?

-Não acho que seria legal você sair com alguém do meu ambiente de trabalho.

-A Ilza não trabalha lá.

-Mas a filha dela estuda lá.

-E o que tem haver? Vou sair com ela não com a filha.

-Quer saber? Faz o que você quiser. –Bufou e foi em direção ao banheiro.

-Espera. –A segurou pela mão, mas ela não virou pra encara-lo. – Sabe o que eu penso às vezes? –A segurou pela cintura enquanto cochichava no ouvido dela.

-Você pensa? – Perguntou irônica e ele não se importou.

-Eu penso que ás vezes você tem muito ciúmes, ciúmes de mais pra quem fala ser só de amiga. –Afastou o cabelo dela e deu um pequeno beijo no pescoço dela. – Ciúme de mais pra apenas uma amiga.

-O que quer dizer com isso? – Se afastou e ficou de frente pra ele. –Quer dizer que acha que eu estou apaixonada por você? – Cruzou os braços.

-Quer a verdade? É eu acho. –Também cruzou os braços e a olhou. – Eu to certo?

-Obvio que não. – Descruzou os braços e respondeu indignada.

-Então porque tanto ciúme? Porque não posso sair com outras?

-Você pode, a vida é sua, faz dela o que quiser. – Falou baixinho.

-Se você não me falar o que te irrita eu nunca vou saber, e vou continuar achando que ta apaixonada por mim.

-Não é isso. –Voltou a cruzar os braços e sentou na cama.

-Eu fico preocupado com você Dulce, eu gosto de saber o que te irrita. –Sentou ao lado dela.  –Não gosto quando você fica irritada comigo. –Suspirou.

-Não é nada. – Deu de ombros. – Só que... Eu tenho medo que você acabe se envolvendo de mais com alguém e esse alguém te convença a se afastar de mim e da Luna e do Alex. – Abaixou a cabeça.

-Serio que pensa isso?

-Eu sei que você nunca seria capaz de abandonar a gente, mas eu tenho medo sabe... – Suspirou. – Tenho medo que você queira formar uma família de verdade com uma mulher que...

-O que quer dizer com família de verdade? Vocês são minha família.

-Eu sei, mas você pode querer se envolver com uma mulher, se casar ter filhos com ela e...

-É obvio que isso um dia vai acontecer. – Dulce abaixou a cabeça. – Eu vou querer me casar, vou querer ter filhos com a minha mulher, mas nada vai mudar. – Levantou o rosto dela pra que ela o olhasse. – No dia que eu me casar vocês também vão fazer parte da minha família, vão estar comigo sempre.

-Nem sempre. –Respirou fundo pra não chorar, pensar que Christopher poderia ir embora algum dia doía muito. – Você vai morar na sua casa, com sua esposa e seus filhos e...

-E vocês vão juntos!

-Claro que não Christopher. – Negou com a cabeça. – Nenhuma mulher aceitaria isso.

-Isso o que?

-Dividir a casa com a amiga do marido e os filhos.

-E porque não?

-Porque não. Nenhuma mulher aceitaria isso. – Negou com a cabeça.

-Então não vou me casar. – Deu de ombros. – Se eu me casar vai ser com uma mulher que eu ame e que ela me ame, com os meus filhos e a minha melhor amiga.

-Quando você se apaixonar de verdade você não vai pensar assim. Você vai querer uma família por inteiro, uma família de verdade e não...

-E não o que? – Se irritou. – Será que da pra explicar que historia é essa de família de verdade, família por inteiro?

-A gente não é uma família de verdade e você sabe disso.

-Fala pelo fato de não sermos casados ou pelo fato de que eu não sou o pai biológico da Luna e do Alex? –Se controlava muito pra não gritar, odiava gritar com ela.

-Os dois. – Suspirou, sabia que ele não gostava quando ela falava assim.

-Eu sou o pai deles, não me importo com um exame de DNA ou...

-Eu sei você os ama como se fossem seus filhos.

-Não é como se fossem... ELES SÃO MEUS FILHOS. –Gritou totalmente irritado.

-Por favor, não grita. – Suspirou. – Se não eles vão se assustar.

-Então para de falar disso Dulce. –Bufou se controlando muito pra não voltar a gritar. – Eles são meus filhos!

-Ta bom, não falo mais. –Suspirou.

-Quando você vai entender que o fato de eu não ser o pai biológico deles não interfere no amor que eu sinto?

-Ta Christopher eu sei disso, mas você pode... –Suspirou. – Pode se cansar e jogar tudo pro alto. Essa não é a vida que você planejou pra você.

-Tem razão, nunca planejei essa vida. É bem melhor do que eu poderia imaginar. –Passou a mão pelo rosto dela e ela suspirou. – Por favor, não fala mais isso. Não gosto quando você fala assim. Até parece que não gosta que eu esteja aqui com vocês.

-Não fala bobagem. –Negou com a cabeça. – Você é maravilhoso comigo, amo que você esteja aqui comigo.

-Então demonstra. Mostra que você gosta de estar aqui comigo.

-Então... Você vai sair com ela? – Fez carinha de criança.

-Sim, eu vou sair com ela. – Sorriu com a carreta que ela fez.

-Então acho melhor ir logo, se não vai se atrasar. – Cruzou os braços.

-Eu vou jantar com ela, ainda falta pro jantar, só tenho que ligar pra ela pra combinar em que restaurante e que horas posso pegá-la na casa dela.

-Espero que se divirta muito. –Cruzou os braços. – E espero mesmo que essa relação dê certo pra depois você não falar mais que por culpa minha você não ta casado. –Mostrou a língua pra ele.

-Eu nunca disse isso. – Se defendeu. – Só disse que você sente ciúmes de mais.

-Você é um chato sabia? – Mostrou a língua pra ele. – Vai lá pra sua namoradinha que eu vou fazer uma comida deliciosa pra mim e pros meus filhos.

-Ah só pra vocês? –Fingiu estar zangado. – Eu não posso comer?

-Não, você vai ter muita coisa pra comer hoje.

-É verdade, MUITA coisa mesmo. –Falou em um tom malicioso e ela fechou a cara.

-Idiota. – Jogou um dos travesseiros, que tinha na cama, nele e ele riu.