Fanfic: Everything for her [Finalizada] | Tema: Vondy

-E o pai da Lola? – Colocou o garfo no prato de sobremesa e ficou olhando pra ela. – Ainda não me contou dele. Divorciaram-se ou...

-Não, nem fomos casados. – Brincou com o grafo na sobremesa e o encarou. – Na verdade só namoramos por uns seis meses.

-E ai você ficou grávida?

-É. – Suspirou. – Eu era muito ingênua sabe? Acho que toda garota de 17 anos é muito ingênua. -Afastou o prato e bebeu um pouco do vinho.  –Acreditei que ele me amava, acreditei que ele queria viver o resto da vida dele comigo e deixei rolar.

-Ai ele descobriu que você tava grávida e te abandonou.

-Previsível né? – Suspirou. – Acho que o dia que ele me deixou foi o pior da minha vida.

-Ainda gosta dele?

-Gostava, hoje não quero vê-lo nem pintado de ouro. Mas às vezes eu fico preocupada com a Lola sabe? Ela sempre me pergunta sobre o pai, quando vai conhecê-lo, porque ela é a única do colégio que não tem um papai...

-Não entendo o que tem de errado nos homens desse mundo. – Bufou um pouco irritado. – Não é homem o suficiente pra assumir o que fez.

-É. Mas eu tive sorte, meus pais me deram total apoio. – Sorriu. – Achei que eles iriam me colocar pra fora de casa ou... Sei lá, mas me enganei. Eles foram perfeitos comigo.

-É realmente você teve sorte. – Colocou o ultimo pedaço de doce na boca e afastou o prato. – Nunca mais se envolveu com outro cara?

-Relacionamentos rápidos, mas acho que o fato de ser nova e ter uma filha, assusta um pouco eles. – Deu uma pequena risada. – Acho que alguns homens não gostam de crianças.

-Não sei por quê. – Deu de ombros. – Eu sou homem e adoro crianças.

-Agora é sua vez, já me contou sobre seus pais, seus filhos, eu já te contei sobre meu relacionamento mais desastroso agora é a sua vez. Me conta, como você e a mãe dos seus filhos se relacionaram?

-É uma historia um pouco longa.

-Hum... –Olhou o relógio. – Ainda são 22h00min e a babá vai ficar até amanha de manha. – Sorriu. – Tenho tempo pra ouvir sua historia longa.

-Ok. – Deu um pequeno sorriso. – Bom, eu vou começar na época do colégio que foi quando eu conheci a Dulce.

-Ela é coordenadora no colégio das crianças né?

-É. Ela adora crianças. – Sorriu. – Quando estávamos no colégio eu era louco por ela.

-Era? – O olhou desconfiada.

-Era. – Riu com a cara que ela fez. – Eu queria ficar com ela o tempo todo, só que ela não queria nada serio comigo.

-Então nossas historias são um pouco invertidas.

-Não, a minha é um pouco mais maluca. – Riu. – Enfim, ela acabou ficando com outro, era totalmente apaixonada por ele e eu fiquei apenas como um amigo. No fim ela engravidou do cara e assim que ela contou pra ele, ele a deixou.

-Então você não é...

-Não sou pai biológico dos meus filhos. – Encostou-se à cadeira e suspirou. – De inicio eu só queria cuidar da mulher que eu amava, era triste ver como ela tava por ter sido iludida por aquele idiota.

-De inicio?

-É, eu queria apenas cuidar dela e dos meus “sobrinhos” – Fez aspas com as mãos. – Até falava que ia ser padrinho deles.

-Então porque agora fala que é o pai deles?

-Eu fui com ela no primeiro ultrassom. – Sorriu lembrando. – E a partir daquele momento eu sabia que eu seria bem mais que um tio babão. –Ela riu. – Apesar de odiar o Alfonso eu não queria tomar o lugar de ninguém, afinal é direito deles saberem que o pai é um cafajeste...

-Então você é mesmo o pai deles. – Sorriu.

-Sou sim, eu cuidei deles a vida toda, eu estive do lado da Dulce quando ela deu a luz. Eu ensinei muitas coisas pra eles. E não é só porque não são do meu sangue que não são meus filhos.

-Quando eu te vi pela primeira vez eu achei que você era só um empresário metidinho, e bonitinho.

-Bonitinho? – Ela riu.

-É só um pouco. – Colocou o cabelo atrás da orelha. – Mas agora percebo que você é um grande homem. Enquanto uns abandonam você cuida. –Sorriu mais.

-Eu sou apaixonado pelos meus filhos.

-Só pelos seus filhos ou pela Dulce também?

-Não, ela eu já superei.

-Não parece.

-Porque diz isso?

-Sei lá, você falou dela de um jeito tão... Não sei. Você ficou diferente quando falou dela.

-Eu ainda gosto muito dela, mas acho que a fase de paixão era só coisa de adolescente, agora só é uma amizade.

-E como vocês fazem? Você fica com as crianças no fim de semana ou...

-Não. Acho que essa é a parte mais complicada da historia. – Passou a mão pela barba que estava por fazer. – A gente mora junto.

-Juntos?

-É. É cada um em seu quarto, cada um tem sua vida, mas vivemos juntos. Gosto de estar perto dos três pra cuidar melhor.

-Você é surpreendente.

-Isso é bom ou ruim?

-Pra mim surpreendente é ótimo.

-Que bom.

-Érr... – Olhou o relógio. –Pode me levar em casa?

-Mas você não disse que a baba ia ficar até amanha?

-Disse, e vai, mas amanha eu acordo cedo pra trabalhar então...

-Tudo bem. –Sorriu de canto. – Eu te levo agora mesmo.

Christopher nunca tinha passado uma noite tão agradável assim, Ilza era uma mulher muito interessante, simpática, carismática e linda.

Pela primeira vez em anos saiu com uma mulher que não ficou se insinuando e não o criticou por ser pai tão novo. Ela tinha sido super amável e ficou interessado na historia dela, ficou feliz por ela ter confiado tão rapidamente nele pra poder contar uma historia não tão agradável assim.

-Esta entregue. – Parou o carro em frente a casa dela. – E antes da meia noite.

-Até parece que sou a Cinderela pra ser entregue antes da meia noite. –Riu.

-É você não parece a Cinderela. – A examinou. – Cinderela é loira e não chega nem aos seus pés.

-Muito obrigada. – Soltou um risinho e sorriu. – Quer entrar um pouco?

-Não, vou deixar você descansar. Amanha você tem que levantar cedo e... – Foi interrompido por um beijo.

Christopher não gostava de mulheres atiradas, mas Ilza foi atiradamente sensual. Ela foi atirada sim, mas até que Christopher tinha gostado. Alem de linda beijava super bem.

-Tem certeza que não quer entrar? –Mordeu o lábio inferior e o encarou.

-Acho que se você dormir um pouco mais tarde não vai afetar seu emprego né? –Tirou o cinto de segurança rapidamente e ela sorriu.

-Pode ter certeza que não. – Sorriu e saiu do carro.

Até ela se surpreendia com o que estava fazendo, não costumava se atirar assim pra um homem, mas Christopher... Parecia que ele a tinha conquistado de algum jeito. Foram até a porta da casa e abriu a porta de vagar.

-Sua filha ta dormindo? – Cochichou quando viu a casa toda apagada.

-Ta sim. Já passou das 20h00min, ela dorme cedo. – Trancou a porta quando ele entrou.

-Então, se não era pra ver sua filha o que você quer de mim? – Se fez de ingênuo e ela riu. – Toma cuidado posso pensar que esta querendo abusar da minha ingenuidade.

-Você é ingênuo? – Riu e passou o braço em volta do pescoço dele. – Eu nem te conheço direito e já sei que é mentira.

-Ta me chamando de safado? – Colocou as mãos na cintura dela.

-Não, só disse que não é ingênuo.

Ele sorriu e ela o beijo. Christopher tinha adorado ela, pela primeira vez na vida tinha gostado de uma mulher atirada. Ela mesma intensificou o beijo e o segurou pela gola da camiseta.

-Quer ir pro meu quarto? – Mordeu o lábio inferior dele.

-Acho melhor não, você bebeu um pouco a mais de vinho e não sei como você vai reagir amanha.

-Não se preocupa. – Riu. – Não vou falar que você abusou de mim.

-Mas você ta bêbada. –Passou a mão pelo rosto dela. – Não quero me aproveitar de você.

-É obvio que você não me conhece muito bem. – Sorriu e deu um selinho nele. – Eu preciso de muito mais que três taças de vinho pra ficar bêbada. Não se preocupe eu não to bêbada e sei exatamente o que fazer.

-Então eu acho que eu não te conheço muito bem, apesar de saber mais da metade da sua vida não sabia que você era alcoólatra. –Brincou e ela riu.

-Então vem me conhecer melhor? – O puxou pela gola da camisa até metade do corredor e ele parou no meio do caminho a puxando pela cintura. – Que foi? Não quer? – Perguntou receosa por ter sido atirada de mais.

Ele sorriu safado, mas não respondeu, a beijou de novo, dessa vez um beijo mais intenso e a empurrou pra parede. Grudou seu corpo no dela, levantou a perna esquerda dela pra que ficasse em volta da sua cintura e a pegou no colo a levando até o quarto, ainda sem deixar de beija-la.