Fanfic: A Mudança Tem Olhos Verdes | Tema: One Direction

Olá linda casa! Cama como senti sua falta.

Os meninos deixaram a gente em nossas casas e foram para a deles. Estava super animada por não ter mais que passar um final de semana inteiro com os bobões. Eu preciso assumir que também estava um pouco triste. Sério? Triste? Eu falei isso mesmo? Acho que está havendo algo de errado comigo. Eu assumo, eles são legais.

–Olá minhas princesas. – Jay veio nos receber. – Como foi o final de semana?

–Ótimo, mãe, nós nos divertimos muito. – Joe dizia tudo animada.

–Foi legal. – dei os ombros.

–O que?!- Matt idiota gritou. – Emily dizendo que foi legal o final de semana? E ainda com os garotos da One Direction? Essa não é minha irmã, o que fizeram com você? – ele me virava de todos os lados procurando algo de errado. Doente esse meu irmão?

–Sem exageros Matt, sem exageros. – revirei os olhos. - Isso tudo é saudade?

–Não, isso é falta de quem irritar. – ele riu e lhe dei um tapinha.

–Bobo.

–Vamos meninas, fiz bolo para vocês. – Jay sempre adorável.

–Primeiro pedaço é meu. – sai correndo que nem um cavalo com câncer.

–Sai fora sua gorda. – Matt veio atrás me empurrando.

–Olá filha, como foi a viajem? – O homem no qual se dizia o meu pai disse quando eu entrei em casa.

–Boa. – extremamente seca.

–Senti sua falta. – não tente dar uma de pai legal.

–É mesmo é? – fui totalmente irônica. – Que triste.

–Não fale assim Emily, eu... – eu o interrompi. Não estava a fim de ficar ouvindo ele dar uma de bom samaritano.

–Pai sem essa de dar uma de pai preocupado. Eu estou cansada vou subir e dormir um pouco, tudo bem, até mais. – o deixei com cara de bunda para trás.

–Não vai comer o bolo? – Jay passou por mim quando eu subia.

–Depois, perdi a fome. Guarde um pedaço para mim. – dei um beijo em seu rosto e subi.

Deixei as malas em um canto qualquer e cai na cama. Ou talvez eu entrei em coma. Na van não tinha como dormir. Aqueles bobões não paravam de falar, e fazer piadas, o que me tiravam o sono e me faziam rir. Idiotas.

[...]

Quando acordei já era noite. Aproximadamente umas oito pra dar nove horas. Ops, acho que dormi demais. Olhei no relógio do celular que estava ao lado da minha cama onde tinha uma pequena mesinha com um abajur. Tinha duas ligações perdidas de um número desconhecido. Quem seria? Depois eu ligaria para o número.

Tomei um banho bem quente. Daqueles pelando mesmo? Que quando você sai do Box está tudo embaçado cheio de fumaça e parece que você acabou de sair de dentro de um vulcão? Não que eu saiba como é sair de um vulcão, mas vocês entenderam.

Desci e Matt e Joe estavam assistindo um filme de terror.

–Agradeço por terem me chamado em. – ironizei. – São ótimos irmãos.

–Você estava dormindo e se fossemos te acordar era capaz de jogar uma granada em nós. – Matt zoou.

–Como você sabe que eu tenho uma granada? – fiz cara de assustada e os dois me olharam com cara de tédio. Certo, me comportei como se tivesse doze anos.

–Sem contar que você tem um sono de pedra. Até parece um urso quando hiberna. – mais um me zoando. Obrigada irmãos.

–Certo, chega, podem parar de me zoar. – revirei os olhos. – Só por isso vocês não vão comer pipoca.

–Nós te amamos. – eles gritaram juntos, eu ri e fui fazer pipoca.

Fiz a pipoca e comemos juntos até o filme acabar. A órfã. Esse filme era um máximo. Joe estava morrendo de medo. Cagona mesmo. Essa merda nem dá medo, ok, só na parte que ela começa a tirar a maquiagem e surpreendentemente você descobre que ela não é uma criança.

–Cagona. – zoei ela. – Ficou com medo desse filminho? Pelo amor né Joe.

–Por isso que você é minha irmã preferida mesmo não sendo minha irmã. – Matt falou e ficamos meio confusas com a frase, mas conseguimos entender.

–Eu sei que você me ama acima de tudo. – me achei um pouquinho. – Sou a melhor irmã de todas.

–Menos Emily. – revirou os olhos.

–Bom, já que vocês estão no momento “Exclua a Joe” eu vou dormir. Boa noite imbecis. – ela deu um beijo em cada um e subiu. Ela com certeza ficou morrendo de ciúmes.

–Ela estava com ciúmes não estava? – perguntei e ele assentiu. – Que besteira, ela sabe que você faz isso pra irritar.

–Já me acostumei com os momentos de ciúmes da Joe, por isso não faço questão de correr atrás e dizer “Ai Joe, não fique com ciúmes, você também é minha irmã preferida”. – ele afinou a voz na tentativa de parecer uma mulher falando.

–Tentativa falha. – disse rindo. – Mas missão cumprida em me fazer rir. – fiz um joinha.

–Boa noite bobona, até amanhã, durma bem. – ele me deu um beijo na testa.

–Boa noite idiota, durma bem.

Nós subimos e cada um foi para o seu quarto. Eu precisava ligar para o Jack o mais rápido o possível para podermos conversar.

–Jack? – perguntei quando ele atendeu no último toque.

–Não Harry Styles. – ele debochou.

–Ai meu Deus, Harry Styles? Eu liguei para Harry Styles? Não acredito! Você é super sexy eu te amo tanto, só que meu namorado não pode saber. – fiz voz de puta quando está querendo dar, sabe?

–Emily. – falou cansado. – O que você quer?

–Te liguei porque precisamos conversar.

–Não sei se precisamos conversar.

–Você sabe muito bem que precisamos. Não dê uma de idiota.

–Não sei o que você quer conversar. – se fez de desentendido.

Se fazendo de desentendido agora é Jack? Vou te dar um soco na cara pra ver se você lembra. Idiota.

–Sábado as oito no restaurante de sempre. – mandei. – Não tem opções, isso é obrigatório.

–Emily, eu não sei... – eu o interrompi.

–As oito lá, tchau. – desliguei na sua cara.

Se eu ficasse dando muita corda ele não iria, e como eu preciso esclarecer coisas, tinha que ser assim.

Ainda era cedo. Quando eu digo cedo são mais ou menos uma hora da madrugada. Sou da noite, adoro dormir tarde. E agora o que eu faria? Sem sono, meus irmãos foram dormir, minha mãe postiça sai com o meu pai. Legal, fiquei sem nada pra fazer.

Tomei um susto quando o celular começou a tocar. Era um número desconhecido. Atendo ou não? E se for alguém em perigo? Claro, até por que uma pessoa em perigo em vez de ligar para a policia ligaria para mim. Que idéia de Harry. Ops, quer dizer, que idéia de burro.

–Alô? – atendi no último toque. Eu adorava a música eletronica que tocava.

–Emily? – uma voz rouca falou do outro lado da linha.

Voz rouca? Voz rouca me lembra apenas a uma pessoa. Não, não pode ser. Harry!

–Harry? – perguntei duvidando totalmente que fosse ele.

–Sim, desculpe te acordei? – perguntou gentilmente.

–Não. Como conseguiu o meu telefone?

–Liam.

–Traidor. – murmurei baixinho, mas acho que ele ouviu.

–Porque traidor? – perguntou sem entender.

–Ele sabe que eu não vou com a sua cara, porque ele fez a inútil menção de te dar o meu número?

–Porque ele é meu amigo e eu pedi.

–Ai que lindo, estou até emocionada com a grande amizade de vocês. – revirei os olhos mesmo sabendo que ele não podia me ver. – Porque você queria o meu número de telefone?

–Porque queria te chamar para ir ao parque comigo e a minha sobrinha amanhã.

Espera. É isso mesmo que eu ouvi? O que leva o cabelo de ninho a achar que por acaso eu sairia com ele? Faça-me o favor.

–Espera. – fiz uma pausa. – O que te leva a achar que eu sairia com você? Lembra que eu não vou com a sua cara?

–Eu achei que depois do nosso final de semana você teria mudado seu conceito sobre mim e aceitaria. – ele falava como se fosse à coisa mais óbvia do mundo.

–Harry, coloca uma coisa na sua cabeça. – falei calmamente. – Não foi só porque passamos um final de semana juntos que eu mudei meu conceito sobre você. Alias o final de semana foi chato, e foi apenas um dia que nos damos bem, o que não te leva a achar que eu suporto você.

Pude parecer dura e rude demais, mas era a verdade.

–Estou tentando ser seu amigo.

–Não, não está. Você pode estar tentando ser tudo, menos meu amigo.

–Para com essa pose de durona, aceite, eu não vou te morder.

–Desiste Harry, não vou sair com você. Nem se for para a França ou se for para uma simples caminhada no parque.

–Você ainda aceitará. Até amanhã. – deu uma risadinha e desligou.

O que? Imagine a cara de cú e o ponto de interrogação que se formaram no meu rosto. Eu não estava entendo absolutamente mais nada.

Eu não iria sair com o Harry nunca. Primeiro porque tudo que ele faz me incomoda ou é pra me irritar. Segundo, paparazzis. O que pensariam se eu saísse para um lindo passeio no parque com ele? Claro, que eu era a nova namorada do garoto de cachos da boyband mais quente do momento. E último o que Jack pensaria se visse fotos minhas com ele em redes socias? Meu namoro estaria totalmente acabado.

Resolvi ir deitar. Amanhã talvez eu daria uma caminhada. Preciso perder uns quilinhos. Mas antes martelava uma coisa na minha cabeça. Um lado da minha mente falava “Não confie nele, fique longe dele”. E outro dizia “Qual é o problema de dar uma caminhada com o garoto? Vá, para de ser durona”. Isso é sério mesmo cérebro?