Fanfic: A Mudança Tem Olhos Verdes | Tema: One Direction

Mais uma semana se passou. Mais uma enorme, cansativa e demorada semana. Eu estava sentindo muita falta do Jack. Além da Jay, do Matt e da Joe, de vez em quando, só com o Jack eu era realmente diferente. Ele me fazia uma pessoa diferente, era por ele quem eu estava apaixonada, mas parece que ele preferiu acreditar nos boatos falsos.

Nesse meio tempo, ele não me ligou, não veio aqui em casa, não mandou mensagem, simplesmente fingia que eu não existia. Era como se nada tivesse acontecido entre nós. Como se “nós” nunca tivesse existido.

Mas uma coisa que aprendi era que se um cara não me queria por que eu iria correr atrás dele? Ou pior, chorar por ele? Não, chorar é para os fracos. Os fortes seguem em frente. E era isso que eu iria fazer. Seguir em frente.

Era um sábado chuvoso e frio. Particularmente um clima perfeito para as pessoas que querem ficar em casa lendo um bom livro, tomando um chocolate quente ou apenas assistindo filme. Eu claro, não estava fazendo nada disso, só estava deitada entre as cobertas. Mas como eu mencionei para as pessoas que querem ficar em casa, mas Harry não queria ficar em casa, não na sua casa, e sim na minha. Ele estava na sala conversando com Joe.

Ouvi umas batidas na porta e murmurei um “entra”, então Matt entrou.

-Bobona. – ele falou rindo, eu não respondi, apenas olhei e voltei à posição inicial. – O que foi? Está mal?

-Não, não é nada. – dei os ombros.

-Tem alguma coisa ai, você não me xingou. – ele fez uma cara de desconfiança. – Quer me contar o que houve?

Não respondi. E claro, com o meu silencio ele saberia a resposta.

-Quando quiser contar é só me chamar. – ele sorriu carinhosamente.

Ele estava indo embora quando eu o chamei novamente.

-Matt. – ele me olhou. – Eu quero conversar. – ele sorriu, voltou e se enfiou nas cobertas junto comigo.

-Então... – me incentivou a falar.

-Bom... –hesitei um pouco. – Meu namoro com o Jack acabou.

-E só por isso você está assim?

-Não fale assim Matt, ele era importante pra mim. – eu o olhei e ele sorriu como se pedisse desculpas.

-Certo, mas por que ele terminou com você?

-Harry Styles.

-Harry Styles? – perguntou confuso. – O que ele tem haver com isso?

-Ele simplesmente acabou com tudo. – falei brava. – Outro dia fui caminhar e então ele me viu, entrei em uma Starbucks, ele me seguiu e acabou que paparazzis descobriram e tiraram milhares de fotos, achando que eu era a nova namorada, quer dizer, vadia dele.

Jack deu uma risadinha gostosa e eu tive que acompanhá-lo.

-Foi por isso que a mamãe contou que repórteres estavam aqui outro dia?

-Sim. – falei baixo. – Sabe, se ele não tivesse me seguido, não haveria foto de nós juntos, e não teria essa confusão ridícula. O mais ridículo de tudo e que me deixa com raiva é que ele acha que eu o troquei pelo Harry, é totalmente estúpido.

-Sabe, se ele não acreditou em você é por que conseqüentemente ele não confia em você e sem confiança não há uma relação boa. – ele fez uma pausa. – Talvez ele não fosse o cara certo pra você.

-Eu sentia que ele era o cara certo, sabe. – olhei-o. – Com ele eu era uma pessoa diferente, uma pessoa melhor.

-Eu acho que não. – ele riu. – Você continuava marrenta com as outras pessoas, não era como é com a gente, gentil, atenciosa, amorosa. Se você era diferente como diz, deveria agir mais gentilmente com as pessoas de fora, não acha? – eu apenas assenti. – E se ele não conseguiu fazer com que você mude isso, então ele não era o cara certo.

Meu irmão é um sábio. Talvez ele estivesse certo. Ou quem sabe errado? Mas naquela hora tudo fazia sentindo. Se com ele eu me sentia diferente, por que eu continuava tratando as pessoas de fora com agressividade?

-Obrigada. – abracei-o. – Você é ótimo em dar conselhos. Principalmente em escutar, o que eu estava precisando muito, que alguém me escutasse.

-Você sabe que pode sempre contar comigo. – ele me beijou no topo da cabeça. – Por mais que você seja só minha meia irmã, eu tenho um amor muito grande por você.

-Obrigada, eu te amo. – beijei-o. – Você é o melhor irmão

-Eu também te amo. – sorriu. – E claro, eu sei que eu sou o melhor irmão de todo o mundo.

-Convencido. – revirei os olhos e ele riu.

Algumas batidas na porta foram ouvidas por nós e murmuramos um “entra” juntos, o que nos fez rir.

-Nós temos visitas, vocês podem agir educadamente e descer para recebê-los?

-Você quer dizer recebê-lo, não é? Por que o que eu saiba só o idiota dos cabelos cacheados está lá na sala. – me pronunciei.

-Será que dá pra parar com essa rixa infantil que você tem com ele e ir até lá?

-Não, sinto muito, mas eu não vou.

-Matt? – ela choramingou. – Vamos?

-Não, nunca fiz sala pra ele, não vai ser agora que eu vou fazer. – revirou os olhos e Joe bufou.

-Isso ai. – eu fiz um high five com ele, o que deixou a Joe com raiva.

-Certo obrigado viu vocês são ótimos irmãos. – falou com raiva e bateu a porta.

-Nós sabemos. – eu gritei. – Ela tem horas que sabe ser chata sem precisar fazer nenhum esforço.

-Eu concordo plenamente. – ele riu. – Bom, eu vou me arrumar.

-Vai pra onde? Vai sair na chuva e nesse frio?

-Vou pra casa de uma amiga. – ele sorriu malicioso.

-Casa de uma amiga? – eu falei alto e comecei a rir. – Claro que sim, nesse frio e nessa chuva vai pra casa de uma amiga.

-Qual é o problema? – se fez de santo.

-Nenhum. – neguei, rindo. – Pode ir pra casa da sua amiga.

-Idiota. – me mostrou a língua.

-Trouxa.

-Doente mental.

-Retardada. – me bateu com uma almofada. – Tchau to indo.

-Até mais garanhão.

Esse era meu “irmão”. Sabia sempre de quando eu precisava de um colo amigo, de uma conversa, de um simples abraço. Às vezes agradeço por meu pai ter casado com a mãe dele e ter vindo de brinde o idiota junto.

Por mais que a conversa com o Matt tivesse feito me sentir “menos pior”, eu ainda estava triste. Sentia-me sozinha. Pode ser besteira, mas era o que eu sentia. Sem ela. Meu porto seguro. Bom, ela costumava ser.

Eu tinha uma cômoda que havia uma gaveta com um cadeado. Sim, pode parecer um extremo exagero, mas ninguém sabia o que se tinha lá dentro. Nada de extremo valor, que alguém pudesse roubar. Era muito, além disso. Era algo de extremo sentimento. Naquela gaveta eu guardava um pedaço de mim. Algo que eu nunca esqueceria.

Quando me sentia triste e sozinha, eu abria a gaveta fechada às “sete chaves” e olhava aquela foto. Sim, uma foto. Dependendo do momento, às vezes eu me sentia melhor, ou muito ao contrário, às vezes parecia que eu me sentia mais triste e solitária. Era algo que eu não podia controlar. Ela me fazia falta. Sempre me fez.

Peguei e observei. Aquilo me doía. Doía por não te-lá aqui. Ao meu lado, me ajudando me apoiando, dizendo que tudo iria ficar bem. E sempre quando eu olhava aquela foto, eu fazia a mesma pergunta. Por que você me deixou?

-Por que você me deixou? – sussurrei baixinho, quase inaudível para eu mesma. Como sempre fazia.

-Muito bonita. – uma voz que eu já conhecia sussurrou. – É você?

Apressei-me em guardar a foto e tranca - lá. Aquilo era só meu. Só coisa minha. Ninguém tinha o direito de ver aquela foto que pertencia a mim. Muito menos ele. O causador dos meus problemas.

-O que faz aqui? – perguntei grossa e me mantive de costas para ele. Não me arriscaria olhar para seus olhos. Não arriscaria de repente, mudar os conceitos sobre ele.

-Eu vim na paz. – pude perceber de rabo de olho que ele levantou os braços em sinal de rendição e deu um pequeno sorriso. – Será que poderia conversar normalmente comigo e ao menos deixar suas grosserias de lado?

-Você quer que eu deixe as grosserias de lado? – eu dei uma risada sarcástica. – Como você espera que eu faça isso com você na minha frente, alias com você na minha vida, estragando-a a cada dia mais que tenta se aproximar?

-Quando você vai perceber que eu não sou o inimigo? E sim o amigo?

-Nunca. – fui grossa. – Você pode não ser o inimigo, mas o amigo. – dei uma pausa. – você nunca será.

-Você pode virar para mim e dizer isso olhando nos meus olhos? – pediu como se estivesse pedindo a uma criança para que lhe explicasse o porquê de estar mentindo.

Eu não me permitiria virar para encará-lo. De jeito nenhum.

-Por que eu? Vá embora, será bem melhor pra você.

-Para de tentar me afastar. – ele falou em um tom mais alto. – Não percebe que eu quero me aproximar de você? Para de tentar ser forte a todo tempo, eu sei que você precisa de alguém ao seu lado.

Virei-me e lhe encarei. Merda. O que eu mais temia, seus olhos se encontraram com os meus.

-Não, eu não preciso. – neguei. – Eu não preciso e não quero. Você é como todos os outros, Harry talvez seja pior que eles, você não mostra que é diferente, a cada coisa que você faz para me irritar isso só mostra que sim, você é igual a todos os outros.

-Como você quer que eu mostre se você não me dá um espaço para mostrar que eu sou diferente? – ele gritou?

-Não grita, você não tem o direito de gritar. – gritei irritada.

-Você me deixa assim. – ele passou as mãos pelos cabelos nervosamente. – Desculpe. – ele foi se aproximando mais perto de mim. – Eu só queria lhe mostrar que eu posso ser diferente.

-Você não vai conseguir você nunca... – e fui pega desprevenida. Ele me beijou. Seu beijo era calmo e macio. Pediu passagem para a língua e eu permiti sem hesitar. O que eu não queria que acontecesse, aconteceu. Ele foi parando aos poucos e no fim me deu um selinho.

-Quem sabe esse beijo não te abra a mente e você me dê uma chance de provar que eu sou diferente. – e assim com essas palavras ele se virou e foi embora.

Eu fiquei com a maior cara de tacho. Quem visse nossa conversa acharia que eu era a vilã e ele era o mocinho pedindo uma chance. Mas quem sabe não fosse isso?

Agora a merda estava feita. Eu havia provado o gosto da sua boca junto a minha. E confesso, havia sido muito bom.

Olá minhas leitoras. Me desculpem pelo 1 mes sem postar, mas eu mudei de cidade e por enquanto to sem internet. Só tenho no celular mesmo, mas acho que não dá para postar pelo celular, ou será que dá? Se der me avisem que eu posto. Me desculpem mesmo. Não sei quando vou postar novamente, mas espero que não me abandonem certo? Obrigada a todas :) x