Fanfic: # 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você | Tema: Laliter

Pvo Peter

Eu precisava dizer a ela tudo o que meu coração me impulsionava. Não era momentos de mentiras. Nem omissão.

- Sempre te amei. Desde o primeiro dia em que te vi com as mãos presas nas grades daquela boate, chorando por um cara que não merecia o seu amor. Nem o seu respeito.

Lali não emitiu nenhum som. Continuou ouvindo as minhas palavras.

- Você nunca saiu da minha cabeça. Sempre te procurei nos meus sonhos. Morri de prazer nos seus braços quando você me quis pela primeira vez e morro até hoje. Porque não existe nenhuma outra mulher que me dê o prazer que você me proporciona. É por você que o meu coração bate. E é por te amar tanto assim que eu te trouxe aqui, para a simplicidade do meu mundo. Você tem o melhor de mim, Láh - fiz uma pausa para esperar se ela falaria algo. Mas ela não falou.

Continuei.

- Você me conhece como nunca ninguém conheceu. Jamais duvide disso. Seu coração sabe que é verdade, embora os meus atos tenham feito você duvidar disso um dia - ela continuou quieta. Inexpressiva, e por mais que essa falta de expressão me deixasse triste, eu não consegui parar de falar - Sei que você quer apenas sexo comigo, mas eu, pelo menos queria poder fazer parte da sua vida. Não tenho nada pra te oferecer, mas consegui vencer os meus medos e te mostrar quem eu sou. Como eu sou, e por mais que você me ache um interesseiro, usurpador. Como você mesma diz, eu sei que não sou nada disso, e tudo o que eu fiz, foi movido pela esperança de te fazer pensar um pouco mais nas pessoas, em mim.. porque só assim, eu conseguiria te trazer para o meu mundo. Como agora.. - olhei ao nosso redor - Senhora Mariana Espósito, em outros tempos você jamais estaria aqui comigo. - segurei seu rosto novamente com as minhas mãos. - Eu nunca tive outra mulher depois de você. - ela entreabriu a boca para pronunciar algo, mas impedi que ela falasse e completei - A Martina nunca foi minha namorada. Eu queria te colocar ciúmes, só isso. - disse e ela continuou calada. A abracei bem forte. Sufocado pela dor do silêncio dela.

Na manhã seguinte. Acordamos cedo, recusamos o café da manhã oferecido pelos meus pais, na verdade, queríamos ir pra casa o mais rápido possível. Desde o monólogo na noite anterior, eu sentia Lali distante, como se não quisesse dizer nada para não me dar esperanças falsas. Entendo o lado dela, mas sei que foi necessário dizer a ela, com verdade, tudo o que eu sentia. Estacionei de frente para o prédio dela. Ficamos alguns minutos nos olhando em silêncio. Até que ela quebrou o mesmo.

- Tenho que descer, Peter.

- Tudo bem - disse fitando-a como um cão sem dono.

- Tchau - suspirou.

- Hei! - segurei seu braço antes que ela descesse. Lali recuou. Fixei meus olhos nos lábios dela, a mulher entendeu perfeitamente o que eu queria. Fechou os olhos e depositou um beijo suave e demorado nos meus. Mas fomos interrompidos bruscamente pelo barulho de alguém caindo ou se jogando na frente do carro. Quando olhamos na direção do sujeito, vimos um cara com uma câmera fotográfica nas mãos tirando várias fotografias.

- Mas que merda! - disse Lali furiosa - Esse desgraçado nos fotografou!

Balancei a cabeça negativamente enquanto o homem corria em direção à rua da praia de Copacabana.

- Lamento. - sussurrei decepcionado com o pavor que vi nos olhos dela.

- Lamentar não resolve nada. Coloque insulfilm nesse carro, Peter.

Saiu batendo a porta, numa patética tentativa de demonstrar raiva.