Fanfic: # 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você | Tema: Laliter

Frente a um comentário desses, não deixava dúvidas de que a loira estava interessada, também percorri o corpo dela com os olhos, a avaliando de cima a baixo. Nada mal. Nada mal mesmo.

Poderia ser bem interessante ficar comMaria del Cerro, como nos velhos tempos. Respondi, com um olhar lascivo, descarado.

- Você acha? Não sabia que você ainda curtia..

A loira deu uma gargalhada. Antes de falar.

- Mulheres? Sempre! - Mary insinuou, me despindo com os olhos. - Na época você também se interessava..

Não consegui disfarçar o sorriso que bailou em meus lábios. Mary obviamente também se lembrava muito bem de como eu era na época. Voraz apreciadora dos corpos de todos da escola, depois de perder a virgindade aos 14 anos com o jardineiro gatíssimo do nosso colégio.

- É, eu era bastante interessada..

- E agora está?

Adorei o jeito dela. Direto, objetivo, sem rodeios. Como eu gostava. Peter me olhava como se estivesse sentindo dor. Uma dor que tive o prazer de aumentar.

- É bem provável..

No decorrer da noite, a conversa e os olhares de Mary foram se tornando cada vez mais quentes. A festa começou a esvaziar. A loira sussurrou no meu ouvido.

- Vamos? Não agüento mais esperar.

Concordei, dizendo.

- Vamos, para a minha casa. - E depois, rispidamente para Peter. - Vamos, Peter..

Ele caminhou atrás de nós, sem dar uma palavra. Quando chegamos no meu carro, entreguei as chaves para ele, ordenando.

- Você dirige!

E sentei no banco de trás, onde Mary me esperava, se mostrando total, absoluta e satisfatoriamente ousada. Ela beijava muito bem. E sem parar. Demonstrou deixando meus seios à mostra. Por pouco tempo, porque logo depois os cobriu uma voracidade extrema ao abrir o zíper do meu vestido, com as mãos e com os lábios. Me fazendo gemer. As mãos dela acariciaram minhas pernas. Os dedos deslizando no meu sexo como se eu não estivesse de calcinha. Pelo espelho retrovisor, podia ver o olhar de Peter. Uma mistura de tesão e raiva que me deixou absolutamente excitada. Me contorcendo, estremecendo, gemendo alto. Com um prazer muito maior do que o normal. Proporcionado pelos dedos de Mary, e pelos olhos de Peter. Quando paramos na garagem, fiz Mary fechar meu zíper, para sairmos do carro. Mas ela só parou de me agarrar quando fomos recebidas na sala do meu apartamento, por Hope. Peter nos seguiu, o tempo inteiro calado, talvez por pura raiva. Ou talvez, por ter entendido qual era o lugar dele, afinal.

Pedi para que Paz levasse Mary até o meu quarto, e providenciasse tudo o que ela quisesse. Tomei uma dose de Whisky, sentindo o par de olhos cravados em minhas costas. Apesar de Peter continuar mudo, sem dizer uma palavra.

Paz voltou, dizendo que Mary não queria nada, a não ser que eu fosse para o quarto. A dispensei. Paz desejou boa noite e desapareceu em direção ao quarto de empregada. Assim que ficamos a sós na sala, Peter perguntou, com uma frieza inédita nele.

- Também estou dispensado?

Andei em volta dele, o olhando de cima a baixo. Não tinha porque perder a oportunidade de fazer o que tinha planejado. Podia perfeitamente me livrar de Mary assim que terminássemos e depois começar tudo novamente com Peter. Nada demais.

- Não. Vou precisar de você mais tarde.

Ele me olhou com uma intensa e profunda raiva.

- Se pensa que vou dormir com você, está muito enganada.

O segurei pela nuca. Aproximei o meu rosto do dele. O bastante para que nossos hálitos se encontrassem. Mergulhei os olhos nos dele, ao dizer.

- É você quem está enganado. Vai dormir comigo. Hoje e quando eu quiser.Pitt..

Ele me puxou com força. Colou a boca na minha com brutalidade. Nossos corpos grudados, as línguas se buscando, encontrando, num duelo quase. Até precisarmos de ar.

Peter se afastou, completamente ofegante, e cuspiu as palavras.

- Você é uma cadela, Mariana!

Dei uma gargalhada. Ele sempre conseguia ser deliciosamente surpreendente. Respondi sem hesitar.

- Sou uma cadela sim, de raça. Você nunca comeu uma igual e é exatamente por isso que vai me esperar.

Me virei majestosamente. Cruzei o corredor com passos largos. Quando cheguei na porta do quarto, Peter me puxou pelo braço.

- Não quero esperar.

A voz de Mary veio lá de dentro.

- Lali, vem logo.. tô louca pra te chupar..

Impossível deixar de abrir um sorriso. De pura antecipação, desejo, tesão pela morena monumental que me esperava, provavelmente pelada. Peter me olhou como se eu o tivesse esbofeteado. Ficou parado me olhando, enquanto eu dizia.

- Não vou demorar.

Antes de entrar no quarto, e fechar a porta na cara dele.